Realidade virtual

É verdade que a humanidade evoluiu em todas as áreas e, principalmente, na comunicação. Hoje nos comunicamos com os confins do nosso sistema solar, haja vista, que em 5 de novembro de 2018, a Voyager 2 deixou oficialmente nosso sistema ao atravessar a heliopausa, fronteira que marca o fim da heliosfera – sistema solar – e o início do Espaço Interestelar, até então, transmitia imagens à Nasa.

Com a criação e o avanço da internert, se viu a possibilidade do universo virtual ser uma realidade, o que motivou empresas de tecnologia a mudarem de nome, exemplo o Facebook, que agora se chama Meta – de metaverso -. Mas o que diabos é o universo virtual? Os estudiosos frisam que é uma realidade alternativa, separada e coexistindo com a nossa. Ora, mais que coisa!

Outro dia na CNN uma psicopedagoga infantil – não sei se era essa mesmo a nomenclatura – dizia da importância dos pais brincarem com seus filhos, para que as crianças possam ter um desenvolvimento físico e mental saudável, de pronto, concordei.  Matutei e conclui da não haveria necessidade de ter um PhD genialmente especialista para chegar a este notório resultado. Depois de alguns minutos, minha velha e raquítica memória começou a processar e imprimir que aquele povo bonito, branco, de olhos verdes, bem vestido da Tv nunca falou para mim, na verdade dizia, diz e dirá sempre a outro tipo de gente, se expressa, dá dicas do que se deve beber, comer, dormir, vestir para um outro Brasil do qual nunca faço parte e uma avassaladora maioria de brasileiros também não. 

Essa gente da tv, da grande mídia e políticos são de outro mundo, isto é, de uma outra realidade, de um outro universo paralelo. Não sei qual é, de fato, a realidade virtual se a nossa ou a dela. Às vezes creio que por ter acesso ao mundo tecnológico, logo seria ela do mundo paralelo, por exemplo: ninguém me tira da cachola que nessas motociatas, imagens de tv, vídeos, fotos, propaganda do horário eleitoral, promovidas por Bolsonaro, seja ele mesmo, principalmente, aquele imbecil imitando uma pessoa sofrendo, sem fôlego por causa da Covid-19, dizendo “E eu com isso? Não sou coveiro” e aquela figura com uma caixa de Hidroxicloroquina na mão correndo atrás de uma ema, sem falar daquela outra vomitando “Não lhe estupro, porque você não merece, é feia”, certamente, isto não foi feito ou dito por Bolsonaro. Um humano, um cristão temente a Deus jamais protagonizaria tais aberrações. Aposto uma cocada de rapadura Cariri que o Bolsonaro é um holograma do mal, um Fake.

O grande Machado de Assis percebeu a existência do mundo paralelo e virtual no Brasil e cunhou de “Brasil oficial” e “Brasil real”: o “real” seria bom e revela os melhores instintos”, o “oficial” é caricato e burlesco. Concordo plenamente no “real” o povo é sofrido, não usufrui do que produz, é faminto e, claro, ao mesmo tempo é alegre, lutador, solidário, humano, tolerante (era). O “oficial” é cruel, desumano, destrói florestas, queima índios nas paradas de ônibus, rouba merenda escolar, foge para Paris com medo de votar, é preconceituoso, corrupto, homofóbico, misógino, racista… Pior disto tudo é que esse universo paralelo, essa realidade virtual faz o universo real doer a carne, a alma, faz o estômago roncar, roncar de fome.

Ah, por falar em brincar com crianças. Não brinquei com as minhas e, se o fiz, foi pouco, pois o tempo não me era generoso. Porém, creio, que foi o suficiente para não os traumatizarem – penso eu -. Hoje, brinco de vovô com os netos. 

Em verdade, vos digo: Só sei que não sei em que mundo vivo se no real ou paralelo.

Ventos do norte

“Não é verdade que os ventos do norte, não movem moinhos.  

RasleBOLSONARO II 

Nossa caricatura/charge na Exposição no Centro Permanente de Caricatura e Desenho de Imprensa de St. Just Le Martel/FR. Tendo como um dos organizadores o nosso embaixador, o cartunista potiguar, Joe Bonfim. 

Brum I

O cartunista carioca Brum, também está na Exposição no Centro Permanente de Caricatura e Desenho de Imprensa de St. Just Le Martel/FR, um dos mais renomados chargista brasileiro sofreu uma das violências mais tacanhas, desprezíveis, uma cafajestada que somente em estado antidemocrático encontra eco: Brum foi demitido do jornal Tribuna do Norte por causa de uma charge criticando o Presidente Bolsonaro.

Brum II

O talento sempre irá falar mais alto e esta competência o cartunista tem em profusão. A resposta ao golpe desferido pelo jornal Tribuna do Norte, veio a galope, o Brum recebeu Menção Honrosa no 2° Salão de Humor Sobre Doação de Órgãos – 2022, na categoria charge, foram mais 200 inscritos. 

Frase

“Com toda a certeza, o índio mudou. Está evoluindo. Cada vez mais o índio é um ser humano igual a nós”. Bolsonaro

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