Só No Blog Mesmo

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Noel arrombou a festa

Ouvi de um palestrante em um congresso da Unimed, em São Paulo, quando detínhamos a conta publicitária da unidade de Mossoró/RN, a respeito da eficácia do marketing como ferramenta de comunicação de massa, cintando a igreja católica como uma das entidades fomentadoras mais competentes no uso desse instrumento: organizando, planejando e uniformizando sua comunicação para poder cristalizar simbologias e marcas na mente dos fiéis: a cruz, torres das igrejas, os sinos, que em cada badalada comunica uma mensagem diferente. Uma verdade cristalina.

Se valendo do seu poder o cristianismo apoderou-se da festa pagã na qual os romanos celebravam a chegada do inverno (solstício de inverno) e, solidificou o 25 de dezembro como dia do nascimento de Jesus Cristo e por anos a fio foi o natal uma festa que envolvia todo mundo católico. Talvez ainda seja, uma das festas mais importantes para os cristãos. Entretanto, um velhinho escroto rechonchudo vestindo vermelho, tendo alguma ligação histórica e mítica, com santo católico, o São Nicolau passou a dividir as atenções dos festejos com o principal protagonista, o Menino Jesus.

No país do marketing em 1931, o desenhista Haddon Sundblom utilizou a imagem de Noel em um comercial da Coca-Cola e acrescentou um saco de presentes e um gorro, deste então o velhote se comporta como ator principal, corrompendo crianças, jovens, adultos e velhos. Noel, agora é pop e não poupa ninguém. Na verdade, poupar não faz parte de seu vocabulário, cooptado pelo marketing uma vez por ano vem como um furacão, arrasando quarteirões, causando estragos devastadores nos bolsos de muitos pobres cristãos desavisados, que trocaram o Aniversariante pelo embusteiro e, só vão dar por si no mês seguinte quando as faturas dos cartões de créditos entopem dramaticamente a caixa de correspondência dos celulares.

Noel e o consumo desenfreado estão intricadamente cimentados. O natal, festa, que outrora fora católica, hoje, rendeu-se, cedeu lugar a festa da gastança, festa do comércio, festa dos ricos, que cada vez ficam mais riscos deixando outros mais pobres que Jó. O marketing por tempos fortemente aplicado pela igreja católica com destreza foi rompido pela força do capital vitimando sua Joia, sua simbologia Maior: o próprio Deus. Chico que ponha as barbas de molho, por aí tem um outro charlatão orelhudo que diz pôr ovo de chocolate ameaçando outra data importante ao catolicismo.

“O Natal já foi festa, já foi um profundo gesto de amor. Hoje, o Natal é um orçamento” Nelson Rodrigues.

Extrema-Direita

Na Argentina, apoiadores do presidente extremista Javier Milei estão sugerindo aos pobres apenas uma refeição por dia, para contribuírem com o plano de resgate da economia.

Economia TOP

O FMI divulga as 20 maiores economia do mundo, o Brasil ocupa o nono lugar, o que deveria ser motivo de orgulho para nós os brasilianos, na verdade é um vergonhoso retrato da cruel desigualdade imperando há séculos. Um país onde suas riquezas são para poucos apaniguados, sendo, hoje, em 2023, a nação com a maior concentração de renda onde 1% da população detém 50% das riquezas. Um escárnio.

Música do ano 2023

“Erro Gostoso” de Simone Mendes, eleita a melhor música de 2023 aferida pelo Domingão do Hulk. Graças a Deus meus pobres ouvidos foram poupados, na verdade não nem sei quem diabos é Simone Mendes. Como soube? Ora, pensei que fosse Simone Bittencourt de Oliveira, aquela que canta Martinho da Vila, Geraldo Vandré, que canta o potiguar Romildo Soares, de saudosa memória.

Frase

Previsão sobre o Governo Lula “Para virar Argentina seis meses, para virar Venezuela um ano e meio” – Paulo Guedes.

Com um ano Lula fez o Brasil ultrapassar o Canadá.

Papangu 2024

Sendo esta a última Papangu de 2023, desejo que em 2024 a paz, saúde e solidariedade sejam a tônica. Papanguzada até 2024.

Caricatura

Caricatura do compositor potiguar Iremar Leite, autor da música “Santo de Barro”, gravado pelo Trio Mossoró, que por sai vez também teve uma belíssima interpretação do amigo Pe. Guimarães.

Brito e Silva – Cartunista

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Feliz 15 anos, viva sua idade.

Hoje, seria e é, um dia para lhe oferecer meus parabéns, felicidade etecetera, etecetera, etecetera… …Mas, antes devo render gratidão aos céus, universo, deuses por me permitirem ainda respirar os ares terrestres e poder ver duas netas chegarem a idade mágica dos 15 anos: Kayllanne e, neste dia de 18 de novembro de 2023, você minha amada neta Aléssia Brito. Por motivos de distância e tempo não posso lhe dar um abraço e um beijo. Apesar dos mais de 7 mil quilômetros que nos separam fisicamente, me apego a Lei da Relatividade, em que tempo e distância são relativos, no meu coração você e seu irmão são uma constante.

Hoje, eu poderia aborrece-la com um monte de conselhos dizendo que a vida é boa e a felicidade até existe, o que, de fato, pode ser que sim. Entretanto, segundo alguns filósofos boa parte do nosso futuro, felicidade e boa vida depende de nós, talvez, 50%. Já São Thiago diz “fé sem obra é morta”, isto é, somente a vontade sem ação nada se faz. Se pudesse, fique certa, que aplanaria seu caminho para sua felicidade ser plena.

Agora sim, um conselho: nunca se esqueça de onde você veio, suas raízes são os alicerces de uma jornada à felicidade.

Feliz 15 anos, viva sua idade.

Vovô te ama muito, aqui com o coração esborrotando de saudades.  

Brito.

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18º Salão Internacional de Humor de Caratinga.

Caricatura do pintor, desenhista e caricaturista brasileiro Helios Seelinger selecionada para “Cartunistas do Brasil” do 18º Salão Internacional de Humor de Caratinga. Helios foi um grande ícone de sua época, influenciando, e continua, gerações até os dias atuais.

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Exposição “ELE POR ELES E ELAS

A exposição “ELE POR ELES E ELAS” montada desde o dia 05 de novembro em um dos locais mais lindos de Sampa, que é o Solar Fábio Prado da Fundação Padre Anchieta, Endereço: Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2705 – SP. Se você estiver na bela capital, dê uma chegadinha por lá.

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“50 Vezes Zélio” – Registro de Fotos da Paralela do 50º Salão Internacional de Humor de Piracicaba

Exposição “50 Vezes Zélio”

     O 50º Salão Internacional de Humor de Piracicaba teve em sua programação, uma mostra paralela em homenagem a Zélio, ‘pai’ do Salão de Humor, que ficou aberta ao público até o dia 29 de outubro. A Exposição denominada ’50 vezes Zélio’, reuniu 50 caricaturas de Zélio Alves Pinto, feitas por 50 artistas convidados, entre brasileiros e estrangeiros teve curadoria do cartunista e produtor cultural caratinguense Elcio Danilo Russo Amorim, o Edra, diretor do Salão de Humor de Caratinga (MG).

    “Em 2018, quando fiz parte da comissão julgadora de premiação em Piracicaba, foi assinado um convênio de parceria mútua entre os Salões de Humor de Caratinga e o Salão de Humor de Piracicaba. A exemplo da edição do ano passado, quando propus ao Júnior Kadeshi a exposição paralela em homenagem aos 90 anos de Ziraldo, voltei a fazer uma nova proposta uma nova mostra paralela de caricaturas pra este ano, desta vez em homenagem a Zélio Alves Pinto”, revela Edra. 

     O curador ressalta que é inegável a importância do Zélio na história do Salão de Humor de Piracicaba e a consideração que todos externizam a ele. “Fico imensamente grato a todos os artistas que atenderam ao meu convite e muito feliz em poder prestar esta merecida homenagem ao Zélio, por tudo que ele representa nas artes gráficas e pela sua importância em relação à existência de todos os salões de humor realizados no Brasil”, finaliza. 

CARTUNISTAS PARTICIPANTES BRASIL: Adnael (AL), Aleixo (GO), Alex Faria, Alisson Afonso (RS), Amorim (RJ), Antoni Ribeiro Martins (RJ), Baptistão (SP), Brito (RN), Duarte (SP), Deraldo (BA), Edra (MG), Érico San Juan (SP), Fernandes (SP), F. Machado (SP), Fredson Silva (SP), Guedes (SP), Glen Batoca (RJ), Jal (SP), J. Bosco (PA), Jorge Inácio (ES), Jindelt (SC), Juska (RS), Leite (MG), Luciano Soares Lima (RS), Manga (SP), Maraska (SP), Miller (RJ), Mauro Miranda (RJ), Nei Lima (RJ), Paffaro (SP), Rosana Amorim (SP), Ricardo Antônio da Silveira (MG), Ricardo Soares (SP), Robinson (SP), Spacca (SP), Synnöve (SP), Ulisses (RJ). EXTERIOR: Santiagu (Portugal), Bassir Hassan (Iran), Berly Rivadeneira Sanchés (Peru), Brady Isquierdo (Dubai), Luis Armestar Miranda (Peru), Luis Demétrio (Cuba), Martín Falloca (Argentina), Walter Toscano (Peru), Omar Zevallos (Peru), Paulo Pinto (Portugal), Pedro Silva (Portugal), Shankar Parmarthy (Índia), Siamak Babani Gholami (Iran), Yuksel Cengiz (Turquia).

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Exposição “ELE POR ELES E ELAS

A exposição “ELE POR ELES E ELAS” estará montada já no dia 05 de novembro em um dos locais mais lindos de Sampa que é o Solar Fábio Prado da Fundação Padre Anchieta.

Será em um espaço pequeno – um corredor de entrada – mas muito bem aproveitado para este evento que homenageia o nosso Paulo Caruso que faria 74 anos no próximo dia 06 de dezembro. No mesmo momento está acontecendo neste mesmo endereço a exposição do Fantástico e por isso com um bom público.

Como não haverá coquetel de abertura e gostaríamos de ter desenhistas presentes e juntos, estamos pedindo que quem puder estar por lá no dia 07 de novembro, às 16h, poderemos nos encontrar ao mesmo tempo. Endereço: Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2705 – SP.

Claro que há desenhistas de todo o Brasil participando, mas os mais próximos de Sampa nos dariam uma alegria grande em estarem presentes.  

O Chico Caruso estará por lá e mais pessoas da família talvez estejam também.

Agradeço se quem puder estar lá já dê um OK agora.

Jornalista/cartunista José Alberto Lovetro

Desenhistas participantes:

Abel Costa, Adão de Lima Jr., Adnael, Alecrim, Alexandre Cabral, Allen Campos, Amorim, André Camargo, André Ribeiro, Aroeira, Baptistão, Bira Dantas, Brito, Bruno Dutra Che, Cacinho Jr., Cafalli, Camilo Riani, Caó Cruz Alves, Capucci Jr., Cárcamo, Cau Gomes, Chico Caruso, Claudio Duarte, Clayton Rebouças, Dálcio Machado, Ed Carlos, Eder Santos, Edgar Vasques, Ediel Ribeiro, Edra, Erasmo Spadotto, Érico San Juan, Fábio Vicente,Fausto Bergocce, Fernandes, Fluzão, Francisco Machado, Fred Ozanan, Glen Batoca, Gomes Oliveira, Humberto Pessoa, JAL, J.Caesar, Jean Claude, Jean Pires, Júnior Lopes, Kleber Sales, Laerte, Leandro Hals, Luciano Meskyta, Manga, Manoel Dama, Maraska, Mario Sergio, Mauricio de Sousa, Mauro Miranda, Max Ziemer, Miguel Paiva, Nank Ngablak, Nei Lima, Nilson Felix, Omar, Paffaro, Paulo Lima, Priscila Faria, Quinho, Ricardo Soares, Rui Miranda, Spacca, Synnove Hilkner, Toni D”Agostinho, Trilho, Veronezi, William Medeiros, Xavi.

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“Job” é meus “zóvus”

Quando o Waldeck Artur de Macedo humorista, radialista, cantor e compositor baiano, conhecido por Gordurinha, compôs a musica “Chiclete Com Banana”, pareceu apenas uma bem-humorada música e é, entretanto, também uma crítica aos americanos que tinham pouco ou quase nenhum conhecimento do Brasil e a uma boa parcela dos brasileiros que expunham uma verdadeira admiração exacerbada pelo estilo dos galegos, principalmente porque ainda estava bastante viva a presença dos soldados estadunidenses em terras brasilis.

O certo, é que nosso complexo de vira-lata sempre nos empurrou para outras paragens além fronteira, em busca frenética de uma sofisticação social aceitável nas cortes europeias renegando nosso passado mestiço, indígena e caboclo, assim íamos para França, é certo, alguns apaniguados da elite, que de fato, somente alimentavam ela própria, em detrimento da casta mais baixa, da ralé que ficava a ver navios, literalmente.

No período da Ditadura Militar, a arte sofreu uma recrudescente censura, logo abriu-se um mercado para o que vinha de fora: passamos a consumir de forma compulsória a arte e costumes dos ianques; música, filme, teatro, “baicon”, MacDonald… Claro, que Reino Unido por aqui também fazia a festa, The Beatles, Pink Floyd, Rod Stwart e tantos outros cantores e bandas. Evidentemente toda essa profusão da língua inglesa impregnou a todos nós.

Lembro quando entrei no jornal Gazeta do Oeste, nos anos 1979, encontrei palavras chique “Copy Desk” que era o cara que fazia a revisão dos textos; na diagramação tínhamos o “Paste up”, profissional que fazia a colagem determinada pelo diagramador; “picas“, unidade de medida; “ombudsman” o sujeito que fazia uma análise do jornal impresso naquele dia dentre muitas outras. Quando migrei para publicidade a palavra mais dândi, sofisticado era “brainstorm”, na boca deste cabeça chata comedor jerimum perdia todo seu glamour, não podia ser mais brega, isto nos anos 90. Agora, é quase impossível ligar a tv e não ouvir pelo menos uma centena de palavras em inglês que sepultaram suas semelhantes em português. Não sei há motivos para os estudiosos da língua pátria terem alguma preocupação ou é pura breguice usual ou, talvez ainda, uma posição alarmista deste bocó, lá do sertão de Angicos. O fato é, na percepção de um monte de cabeça de vento, acredita, ser “descolado”, usar Call ao invés de ligação; deadline ao invés prazo; feedback ao invés de retorno…Ora, meus caros, “job” é meus “zóvus”. Aqui trabalhamos feitos condenados.

Como disse o grande dramaturgo Ariano Suassuna “Não troco o meu “oxente” pelo “ok” de ninguém!

“Chiclete Com Banana”,

Eu só ponho bib-bop no meu samba

Quando o Tio Sam tocar o tamborim

Quando ele pegar no pandeiro e no zabumba

Quando ele aprender que o samba não é rumba…”

– Almira Castilho/Gordurinha.

Rabo entre as pernas

O Malta, aquele senador “pastor” bolsonarista, que aparece sempre, vociferando na CPMI de 8 de janeiro, como se fora o próprio bastião da verdade e da venturança. Rodeado por outros rotos mentais vomitou em uma coletiva acusando o Presidente Lula de não ter assinado a Lei de Liberdade Religiosa.

Depois de um vídeo circular internet o qual mostra as fuças do mentiroso pastor, na solenidade em que Lula assina a lei em questão. De cara lisa, na última sessão da CPMI, estava quietinho lá no fundão com o rabo entre as pernas. A mentira parece ser um mandamento de alguns pastores bolsonaristas.

Emirados

O fisioterapeuta Roberto Freitas, de passaporte em mãos rumo aos Emirados Árabes Unidos, fazendo parte do staff do lutador de MMA Paulo Borrachinha, que irá lutar no dia 21 de outubro, em Abu Dhabi. Roberto fará toda preparação física do atleta. Vitória!!!

Livro 1 – Rock’n Roll

Logo mais na Amazon, o livro Rock’n Roll – Uma Breve História da Música Que Mudou a Maneira de ver o Mundo – do advogado, professor e músico Ugo Monte. Socorro Brito, que fez a diagramação antes, agora faz a adaptação para o formato da empresa do Jeff Bezos.

Livro 2 – Memórias do meu Eu, na Terra Syara Minor

Também na grade do InDesign do computador de Maria o mais novo livro Memórias do meu Eu, na Terra Syara Minor, do professor Severino Martiniano, lá da bela cidade de Ceará-Mirim/RN, meus miolos fervem para uma boa capa, além das ilustrações que anteveem aos capítulos.

Frase

“O senhor se tornou uma pessoa abjeta, misógina” – Senadora Eliziane Gama falando com o deputado Marcos Feliciano.

Caricatura

Caricatura do jornalista, tradutor e poeta romeno George Cosbuc para Festival Internacional da Romênia.

Brito e Silva – Cartunista

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Barrados no São João

Sempre fui muito ligado com as coisas do sertão, talvez, por alimentar um conselho simples que meu velho pai – in memoriam – seu Luiz, sempre que tinha oportunidade não a perdia e olhando nos meus olhos dizia “nunca esqueça de onde você veio”, não sei se queria dizer “nunca me esqueça” ou se “não esqueça sua terra” misturei tudo, fiz um angu e não o esqueço as coisas do meu torrão e muito menos deles, apesar de sua partida pré-matura – digo eu –. Todos ou quase todos os dias estou com ele ou ele está comigo, o certo é quando a saudade bate me chamando à porta com intuito de minar meus olhos os dedos no teclado do computador acionando o play e “Vai boiadeiro que a noite já vem…” invade a alma e sua presença me preenche mandando a saudade embora.

Nesse período junino, não a menor dúvida que estaria – talvez esteja – em sua cadeira de balanço sob a sombra de uma frondosa mangueira, plantada por ele, com a caixa de som conectada a uma extensão que saía de uma tomada da sala de casa que atravessava a rua para alimentar a alma e o seu coração impulsionando a música do Rei do Baião, Luiz Gonzaga a todo volume. Certamente, aquele pé de mangueira, ali em Parnamirim também sente falta do seu som.  

Vendo os festejos de São João na Estação das Artes, lembrei de um tempo aonde o povo se apinhava na estação transitando pra lá e pra cá, não para forrobodear, mas para viajar de uma cidade para outra, na verdade, até de um estado para outro, pois a ferrovia ligava Mossoró à Souza, na Paraíba. Pois muito bem. Peguei o trem de volta ao passado, atiçado como se uma caldeira de Maria Fumaça fosse, fazendo parada lá no bairro Paredões em meados dos anos 70, onde com alguns amigos havíamos planejado uma viagem junina para interior, mas precisamente à cidade de Mineiro, hoje Frutuoso Gomes.

Minha mãe, dona Geralda, fez uma bermuda e uma calça, do mesmo tecido, com estampas típicas quadriculadas e uma camisa nos mesmos moldes e estilo. Malas prontos, lá se fomos nós, uma reca de adolescente para estação, talvez para a maior aventura de nossas vidas sem a presença de adultos para nos pôr na “linha”. Íamos para casa de parentes de um amigo que morava na nossa rua – o qual, por razões do tempo e decerto do trauma, não lembro seu nome nem dos outros colegas – a viagem já foi uma aventura, a agitação nas estações das cidades em que o trem passava, gente subia, gente descia, vendiam milho assado, cozido, canjica, bolo pé-moleque, da moça, sanfoneiros tocavam “Santo de Barro” música de Iramar Leite, sucesso na época gravado pelo Trio Mossoró.

Se não me falha a memória – o que é quase impossível não fazer – em Caraúbas entrou um cego com óculos escuro de camisa Volta ao Mundo, verde de doer, proferiu uns versos de cordel, aplaudido saiu, com a mão estirada, colhendo moedas dos passageiros, desceu ao terceiro apito, o trem já em movimento olhei pela janela, estava o “cego” contando os Cruzeiros colhidos. 

Em Mineiro, já “imperiquitados”, à noite descemos para o centro da cidade na companhia de Maria, que morava de parede e meia da casa que nos hospedava, e suas amigas. Eu confesso, me apaixonei pelos olhos castanhos cor de mel, cabelos lisos que adornavam parte das ancas e das pernas bem torneadas, de seu corpo que parecia um genuíno Geannini, isto é, todos nós estávamos “arriados os quatros pneus” por Maria. A caminho já imaginava dançando xote fugando naquele pescoço.

Na praça, todos “anchos” nos fazendo de importantes, quando fomos cercados por outros jovens, que simplesmente nos indicaram o caminho da estação, se não quiséssemos apanhar, como não sou afeito a surras, convenci os outros. Partimos para estação, esperando o amanhecer trazer o trem, passamos a noite ouvindo o forrobodó troar.

Na prancheta

Sobre a prancheta dois cordéis que estamos ilustrando. “Meu Último Poema” escrito pelo amigo Antônio Nilson aonde faz nos primeiros versos um convite à reflexão antes da partida final. “Os Crentes de Antigamente”, lavra do poeta Galego Jucuri. Ambos poetas de primeira linha, lá da boa terra de Santa Luzia.

Pelé

Já em solo do “liberté, égalité, fraternité o cartunista potiguar Joe Bonfim para os preparativos da exposição somente com cartunistas brasileiros tendo como tema o Rei do Futebol, o nosso Pelé. Exposição que será inserida no Festival de Humor de St Just Le Martel, na França, em setembro de 2023.

Estrela

Juro que não queria – mentira: estava com os dedos coçando – em falar no meu “Fogão” liderando o campeonato brasileiro de 2023 e sendo tratado pelos “globais” como candidato a campeão. Sei que alguns insatisfeitos, agora, depois do VAR, não têm mais aquela “ajudinha” dos juízes, dirão que isto é “fogo de palha”. Outro dia um “invejoso” taxou o Botafogo de estrela cadente.

Ah! Um abraço aos amigos Edilson Pinto e Josias Arruda, torcedores daquele time, apesar de dizerem que “praga de urubu” não pega, ainda assim, não ouso dizer o nome.

Caricatura

Caricatura do cartunista sírio Abdulhadi Shammah, para o The 1st.International Caricature Competition/Egypt,2023.

Frase

“Estão fazendo um aborto comigo, me tirando do útero” – Bolsonaro

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Adeus, Paulo Souto

Adeus, Paulo Souto

Na manhã deste domingo,11, a música potiguar desafinou, perdeu um de seus ícones, morreu o cantor e compositor Paulo Souto, líder da banda DuSouto, que embalou as noites natelenses.

Nossa singela homenagem ao Txio Paulinho, assim carinhosamente chamado pelos mais íntimos.   

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“Negro bufento”

Muitos falam em racismo com a distância e a ignorância voluntária que lhes são embalados. Apesar dos negros – nós – serem mais de 60% da população brasileira, ainda assim sofrem os efeitos de uma sociedade branca escravagista – haja vista às últimas notícias de trabalho análogo(?) à escravidão em vinícolas do Sul do país, entre outras tantas – que se camuflam numa hipócrita e puída retórica de não ser racista e preconceituosa.  

“Não sou racista, tenho até amigos negros”. Quem nunca ouviu esta infame frase? E muitas vezes vomitadas por pessoas que têm a epiderme um pouco mais clara, entretanto, a melanina não permite sustentarem por milésimo de segundos seus descarados e voluntários preconceitos que as fazem negar sua raça e suas origens.

Ser negro está além da cor da pele. Existem negros brancos e brancos negros. Vinícius de Morais se dizia o branco mais preto do Brasil. O grande Paulo Freire cunhou “Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser opressor”. Esta veste perfeitamente, como se sua pele fosse o “negro branco”: aquela pessoa comum que assumiu um cargo e por estar numa função de poder esquece de onde veio e quem é, passando a se comportar e usar toda arrogância, ar de superioridade e aridez que antes sofrera e que certamente seu cargo, talvez, iluda que a proteja. Mas, um “negro esbranquiçado” também pode ser uma pessoa do alto escalão social, um parlamentar, um malta, um magno, um pastor evangélico, um cantor, um fundamentalista religioso, o senador Magno Malta(PL/ES), que certamente, sua cútis o denunciaria em qualquer país europeu ou nos Estados Unidos como negro.

Estes “negros desbotados, bufentos” pela falta de consciência ou meliantemente usam a dor alheia para ficar “bem na fita” junto a horda que ora surgiu à tona, emergida das profundezas dos esgotos em que permanecia em letargia esperando ser despertada e, como uma besta foi acordada, incentivada e alimentada pelos fascistas, neonazistas que foram ungidos ao poder em 2018.

Voltando ao malta, o senador Magno, que em uma fala racista ofendeu a todos nós humanos, brancos, negros, que indiscutivelmente mascarado por sua burrice ou ruindade voluntária, tentou minimizar os ataques sofridos pelo jogador brasileiro Vinícius Júnior, do Real Madrid, vomitando uma infeliz e intencional fala: “Cadê os defensores da causa animal que não defendem o macaco?”. O senador vai à Comissão de Ética do Senado, mas o corporativismo será atuante e, provavelmente, não será cassado, nos jogando nas fuças como somos um país que mantém no seio da sociedade a hipocrisia bem nutrida.

Ser negro é preciso ter negritude, ter coragem, honestidade, ética, hombridade, ser humano. Vinícius Júnior, na Real, você é maior que um time, um malta, um magno, maior que o preconceito que um dia haveremos driblá-lo e vencê-lo. Viva os negros, vivas os brancos, vivas aos humanos. Vivas a Vinícius Júnior.

Exposição

Obrigado a Ernesto Guerra diretor da Aliança Francesa/Natal, ao cartunista Brum, um dos melhores do Brasil, carioca que aqui se aportou depois de tomar um “caldo” nas águas de Ponta Negra e ao amigo Joe Bonfim cartunista potiguar que há 34 anos faz fama pelas terras do “Liberté, égalité e fraternité” sendo o embaixador do cartum potiguar na Europa. Obrigado, amigos pela oportunidade de estar juntos com vocês na Exposição “Um Pour Tous…E Todos Por hUmor”.

Exposição II

O cartunista potiguar Joe Bonfim, por morar na Europa, mais especificamente, é incansável na luta para expandir e fomentar o cartum norte-rio-grandense e brasileiro além de nossas cercanias, e juntamente com o Grupo Brasil-Cartuns convida caricaturista brasileiros para exposição com o tema Pelé. Exposição será inserida, no maior Festival de caricaturas do mundo, em St Just Le Martel. Na França, em setembro de 2023.

Pelé

Caricatura para exposição na França, no Festival St Just Le Martel. em setembro de 2023.

Frase

“Cadê os defensores da causa animal que não defendem o macaco?”, senador Magno Malta (PL/ES).

Nossa coluna na revista PAPANGU

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Magno Malta

Depois da exposição racista odiosa, nojenta e doentia feita pelo senador Magno Malta(PL/ES) sobre os ataques sofrido pelo jogador brasileiro Vinícius Júnior, que vai à Comissão de Ética da Casa, acabou de ser premiado com a Segunda vice-Presidência da CPMI – Comissão Mista de Inquérito que irá investigar a tentativa de golpe de Estado no último 8 de janeiro.

Não há dúvidas de uma boa parte da nossa sociedade brasileira está doente. 

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Chico Lopes

Morreu nesta quinta-feira (11), aos 85 anos, o cantor e compositor mossoroense Chico Lopes, que ficou conhecido como “o astro de Mossoró” na década de 1990, com a música “Fã de Eliane”. 

A música faz uma homenagem à cantora Eliane do Forró. O cantor Chico Lopes foi vítima de um atropelamento na avenida Dedé Brasil, em Fortaleza, onde morava.

Nossa homenagem ao músico da Boa terra de Santa Luzia. 

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Abril é o manster!

Longe de mim ser supersticioso e muitos menos acreditar em coisas do além. Entretanto, em sexta-feira 13 não passo embaixo de escadas nem por cem e uma cocada preta de rapadura Cariri, se o segundo que se aproxima ventila a possibilidade de um gato preto cruzar meu caminho, logo mudo a direção e se isto for impossível fecho os olhos; também não ando em casa mal-assombrada, morro de medo de alma. Todos sabem que é melhor prevenir que remediar, assim sendo, arriscar não é preciso, né não poeta?

Digo e reafirmo não acredito nessas “besteiras”. Mas carrego sempre comigo uma figa e uma folhinha de arruda no bolço esquerdo da calça e uma moeda do último dinheiro que recebi, não é por nada não, mas como diz a moçada “vai qui…”. E cá pra nós, têm alguns meses do calendário gregoriano que me trazem uma felicidade danada, abril é um deles, talvez o maior, talvez não, seguramente é o maior deles. Em 27 de abril nasceu minha filha mais velha Pollyanne Brito, 29 sua filha, minha neta Valentina; Jade Brito no 23, meu neto mais novo, João Miguel em 24 de abril e uma outra filha do coração, Priscilla Cibelle, que faz párea com Jade, também sua filha Sarah que veio ao mundo em 4 de abril, sem falar do 5 que é aniversário do meu genro Roberto. Para mim, não poderia ser um mês mais alvissareiro, repleto de sorrisos e alegrias esborrotando por todos os lados.

Pois muito bem, pensei que abril já havia esgotado suas benesses comigo, ledo engano, me aparece o cartunista Joe Bonfim – desenhista potiguar que mora na França há 34 anos – acompanhado de outro grande chargista Brum, me convidando para fazermos uma coletiva na Aliança Francesa e, assim se fez. Em uma semana pulsemos a exposição na parede da Aliança. Na primeira reunião conheci Ernesto Guerra, diretor da AfrNatal onde ao sabor de um cafezinho feito por seu Ranulfo com assistência luxuosa da secretária Irlanda criou-se a ideia e no nome da exposição “Un Pour Tous…E Todos Por hUMor” uma referência direta ao clássico ao slogan do romance do escritor francês Alexandre Dumas, no seu livro “Os Três Mosqueteiros”, que tem como protagonistas os espadachins Athos, Porthos, Aramis e D’Artagnan, porém, nosso slogan é muito mais modesto e em bom português seria “Um por todos e todos por humor”, lá fomos nós de lápis em punho. Como “Os três Mosqueteiros” que são quatro, também fizemos nossa “trinca” de quatro: Brito, Brum, Bonfim e Ernesto, nosso D’Artagnan. Vivas para abril, ao Brum, vivas ao Bonfim, vivas para Ernesto, vivas para o cartum potiguar!

Que os outros 11 meses não me escutem: mas, abril é assim, é o monster!

Exposição

A nossa exposição “Um Pour Tous…E todos por hUMor” com caricaturas, charges e cartuns estará na Aliança Francesa até 12 de maio, das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira.

Livro

Recebi do Memorial da América Latina o livro “Latinidades – 100 anos em discos” que traz a história de vários músicos das Américas, este vem ao encontro do que estou gestando aqui na terrinha, guardando as devidas proporções. Na verdade, estou publicando no site www.blogdobrito.com 100 caricaturas, acompanhada de um pequeno perfil de 100 músicos potiguares de nascimento ou por adoção, que fazem essa caudaloso caldo da cultura norte-rio-grandense, que em algum momento vai virá um livro.  

Lamúrias

Fala-se pelos corredores assombrados do Congresso Nacional que a oposição anda chorosa com ar de arrependimento pela insistência na instalação da CPMI – Comissão Mista de Inquérito que irá investigar o atentado golpista de 8 de janeiro de 2023. Haja vista, a fala do senador potiguar – vergonha nossa – Rogério Marinho reclamando que o Governo pretende a presidência e relatoria. Ora, seu Marinho, ainda é cedo para lamurias.

Frase

“A fraude está no TSE – para não ter dúvida -” Bolsonaro sobre as eleições de 2014.

Caricatura

Caricatura do ator argelino Athmane Ariouet Osmam para o Festival Internacional da Argélia 2023. Estamos entre os 20 finalistas.