Só No Blog Mesmo

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Última “dança”

Desde que me entendo por gente, por pessoa, procurei entender as minhas limitações e possibilidades na sociedade em que vivia/vivo. Assim sendo, passei a conhecer o meu lugar e os meus iguais e decidi lutar por um lugar ao sol para todos nós.

Sei que vocês vão dizer que não passo de um medíocre fanfarrão cartunista que, aos 61 anos, tem a cara de pau de dizer que lutou por seus iguais, sem nos mostrar um catatau de provas com lutas e batalhas épicas carimbadas e certificadas. Outros, talvez, indagarão se ouço estrelas, se perdi o senso… E eu vos direi, no entanto: talvez, os dois!

Nesse Brasil de “cabôco” de Mãe-Preta e Pai João, faz-se necessário um pouco de loucura e de “ouvir estrela”, não só ouvi-la, mas também segui-la como um farol. Nunca me conformei com a minha e a pobreza alheia, nunca fiquei indiferente ao sofrimento do outro, nunca vi uma criança em sinal pedindo ou vendendo pirulito, ao invés de estar numa escola ou brincando sendo criança, para não encharcar os olhos d’água.

Nos anos 80, entrei para o movimento sindical gráfico – Não imprimi uma história de grandes feitos sindicais que tenha mudado a categoria, longe disso. Foi uma passagem meramente estratégica: eu já era filiado ao Sindicato dos jornalistas/FENAJ – Federação dos Jornalistas Profissionais), para muitos amigos da época, servia até de deboche, pois eu era tesoureiro de um sindicato de pobres, que não tinha dinheiro, e quando aparecia não dava tempo de entrar em caixa. Entretanto, foi lá nessa época, no jornal Gazeta do Oeste, em uma sentada com Maria Emília Lopes Pereira, com sua folha de pagamentos do pessoal da Astecam, que aumentamos os salários de todos os funcionários, inclusive, teve um que recebeu 100% de aumento, se não evitando uma greve, mas, pondo uma pressão sobre as outras gráficas.

Também nos anos 80, fiz número para fundar o PMDB, em sua primeira reunião na capela do Hospital Duarte Filho. Logo depois, fiz a mesma coisa com o PT mossoroense. Porém nunca me filiei a nenhum dos dois partidos – não sou, mas minha alma é liberta, não aceita algemas e ainda hoje, sou um “petista” fiel.
Nesse tempo, construí uma família da qual muito me orgulho, com cinco filhos, cinco netos, duas noras e dois genros, que neste momento de isolamento social, comprovei que sem eles a vida seria pifiamente nula, sem muito sentido, não merecia ter sido vivida.

Com um lápis na mão fiz e continuo lutando minhas batalhas, sei que ignorada por alguns e desdenhada por outros, porém são 42 anos sem fugir, entrincheirado no pé da Jurema. Muitas batalhas foram sonhos, utópicas, inglórias, moinhos de vento. Não fui e não sou nenhum Aquiles ou o honroso Hector. Porém, é certo que tive minhas “Tróias” a conquistar e defender, certamente, devo ter ofertado “presentes de gregos”. Contudo, não há nada a pedir perdão ou perdoar, foram e são minhas batalhas, minhas lutas e por favor, não me peça para ficar alheio às lutas por uma vida melhor para todos e, se por castigo, perder completamente o senso, pedirei a “dama de negro” a última “dança”.

ACA
Não sei porque cargas d’água o grande artista digital Túlio Ratto, editor desta nossa Papangu – que graça a Deus para o bem de todos e felicidade geral daqueles que apreciam um bom conteúdo, com exceção do nosso, voltou – não fez minha caricatura na campanha de retorno da revista.

Talvez, não quisesse minha inimizade, mas não devia ter tanta preocupação, sou amigo do espelho.

Por outro lado, me frustrou. Desde então frequento diariamente a ACA – Associação dos Cartunistas Anônimos. Mas, decidi fazer uma campanha: Quero minha “Caloi”.

Ódio
Pelo que indica os narizes da renas, meu barroco não está no itinerário do bom velhinho. Certamente ficarei sem ceia e panetone.

Não consigo entender o ódio concreto do poder público aos seus artistas aldeões. Tapinhas nas costas, elogios a carradas e até comendas, mas na hora do “vamos ver”, isto é, de transformar toda essa bajulação em o que, de fato, se tornar respeito ao trabalho, que é sua remuneração, são tratados com desdém, o ódio, o desrespeito, a arrogância se impõem.

Não conheço um só artista, que tenha ou já teve seu trabalho comprado, seja por prefeituras ou governos de estado que não sentiu na pele a humilhação da peregrinação na tentativa de receber seu suado dinheiro.

Estou na iminência de não receber mais um trabalho. Desta feita da Secretário de Cultura – Prefeitura de Mossoró/RN, que certamente, no apagar das luzes, não vai pagar. Até porque venho cobrando a dias, recebo respostas vãs.

Erro
Enxergar o erro alheio é um prazer vulgar, nulo. Porém, reconhecer os seus pode até ser doloroso, mas é libertador.

Caricatura
A caricatura de Raimundo de Brito, está ilustrando no próximo livro, no qual iremos desenhar 100 figuras da arte e cultura do Rio Grande do Norte.

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A doce escolha de Robério

Luis Carlos Noronha

O Professor Robério Paulino, vereador eleito pelo Psol, encontra-se em uma encruzilhada, ponto-chave de sua carreira política: escolher entre ocupar um cargo no parlamento municipal natalense, para o qual foi mandado pelo povo ou para o estadual, herdado em uma suplência. Certamente, não será tão dolorosa e traumatizante quanto a Escolha de Sofia.

O deputado Sandro Pimentel(Psol), em ação da Justiça Eleitoral, por erros na prestação de contas de sua campanha, perdeu o mandato, tendo como primeiro suplente, o professor Robério. Agora, vereador eleito, vai às redes sociais para que seus eleitores opinem sobre sua decisão.

Robério também não vai escolher na base do “bem me quer, mal me quer”. Não irá trocar 4 anos na Câmara Municipal de Natal, por 2 anos Assembleia Legislativa. Assim sendo, abrirá vaga ao terceiro suplente, o também professor Luis Carlos Noronha, que possui uma larga experiência de 8 anos de parlamento como vereador da cidade de  Natal e, agora, pode experimentar o legislativo estadual. 

O professor Robério não se encontra em uma “sinuca de bico”, não será uma amarga e sim, uma doce escolha. 

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12º Salão de Humor

O Salão de Humor tem a alegria de compartilhar com você a lista dos duzentos trabalhos finalistas de sua 12ª edição.Tivemos 2.740 inscritos, com a participação de artistas de mais de 60 países. Um recorde que mostra como a arte e a liberdade importam, principalmente, em momentos delicados como o que estamos vivendo.A lista com o nome dos finalistas está em anexo, confira se o seu nome está entre eles. E mesmo que não esteja, o nosso muito obrigada pela sua participação. Estou finalista com a caricatura de Milton Nascimento.

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Simplesmente Maria

Hoje, é o dia dela, é aniversário de Maria. Mas, o que dizer se eu já dissera tudo ou quase tudo? Logo, tenho que agradecer sua infinita paciência, a sua generosidade, que muitas vezes, dissimula, faz de conta que não viu, não ouviu, não sentiu para não ferir nem magoar, mas sei que viu ouviu, sentiu e a às vezes sangrou, mas manteve-se firme como uma rocha, um alicerce a suportar o peso da construção.

Há 34 anos, como diz os jovens, “juntamos nossas escovas de dentes” e desde então estamos juntos, 24 horas por dia, o dia todo, todos os dias e, certamente, esta longevidade, esta permanência se deve a ela ser a âncora, o equilíbrio, o alicerce e assim, juntamos famílias e construímos um grande amada família com 5 filhos, 5 netos e 3 genros e duas noras, que na verdades, são todos filhos. 

Ela é aquela que pondera. Entretanto, contraditoriamente é intensa, viva, ardente: Não rir, gargalha; não chora faz rio; não odeia, perdoa. Ora, direis, então Maria é perfeita? Não, direi. É humana.

Apesar de, tem longas conversas com suas plantas. Certa vez me disse que a saudade tem cheiros e gostos.

Certamente, hoje vai chorar por saudades dos netos, rir por estarem todos com saúde e descansar o coração por estarmos, aqui, sexagenariamente juntos.

Maria! Eu ídem! 

Feliz Aniversário Maria.

Brito

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Cada um tem o Luis XIV que merece!

Uma das crianças do atual Presidente da República, fez uma analogia a Luis XIV  Rei da França. Aquele que foi o dono do maior reinado da história com 72 anos de poder absoluto. Pensador e criador do Palácio de Versailles. Um rei católico, e muito moderno quando falamos em arquitetura, arte e moda. Pouco tempo depois o próprio Presidente da República proferiu uma das frases famosas de Luís XIV “Eu sou a constituição”. Achei interessante eles saberem quem foi Luís XIV, já que eles desconhecem tanto da nossa história, nunca imaginaria que eles saberiam tanto sobre o Rei Sol.

O Monarca está em alta aparentemente na nata (azeda) da política nacional e regional. Aliás, a monarquia por si só já tem vários fãs em cargos públicos brasileiros. Alguns deles não se tocaram ainda que o presidencialismo e democracia não funcionam exatamente como uma monarquia. 

Acho que foi pensando assim e se inspirando no absolutismo do nosso amigo Lulu, o Ex-Prefeito da cidade do Natal, Carlos Eduardo Alves, foi o político que comandou a província Natalense por vários anos, foi reeleito algumas outras vezes, enfim, é daqueles urubus que sempre estão pairando por aqui.  Eu não me lembro a vez que ele não esteve envolvido com o nossos poderes regionais (direta ou indiretamente) em todos esses anos de my life.

Natal já é a Cidade do Sol, Carlos, por sua vez, não satisfeito com tal solaridade da cidade, Carlitos gostaria também ter o título de “Rei Sol”, que combinaria perfeitamente com seu legado deixado pra cidade – nenhum -. Acredito que a partir dessa ideia, ele começou a ser crítico de arte e arquitetura, tal qual como o verdadeiro Rei Sol, o  Luís XIV. 

Seu plano para se tornar o Luís da Cidade do Sol, começou com o grande projeto arquitetônico feito no lugar onde aconteceu uma das maiores tragédias da história da nossa cidade. O deslizamento que aconteceu no bairro de Mãe Luiza em 2014, deixou muita gente sem casa, outras, sem vida. Lembro da grande preocupação com as pessoas do bairro, lembro o espanto coletivo que tivemos por toda cidade. Desastre que deixou famílias sem um lar, e sem um chão, literalmente. Essa semana tive o desprazer de lembrar desse acontecimento através das redes sociais de Carlitos.  Nos comentários que não foram apagados, pessoas davam notícias de que ainda existem famílias que não tiveram suporte necessário pelos poderes públicos pós-tragédia.

Mas plano infalível pra recompensar aquelas famílias não poderia falhar, Carlos, em um dos seus milhões de mandatos, construiu uma escadaria, de uma arquitetura realmente inquestionável. Que tapou o buraco deixado pelo deslizamento com inúmeros degraus e um arco do McDonalds. 

Não satisfeito apenas com a construção, ele decidiu ser crítico de arte. Soube que ele planejava aquilo como Luís XIV planejava o palácio de Versailles. Tive a confirmação depois que aconteceu uma intervenção artística no monumento. Carlitos ficou extrem

amente ofendido nas artes que foram feitas em “suas paredes”. Depois desta, que ficou de muito de bom gosto, sensível, popular, agradou a população e deu realmente uma vida a um lugar de memórias tristes como um lugar acolhedor pro morador. 

O crítico de arte e arquitetura Sr. Carlos Eduardo disse que “achou feio” e gostaria que “aquilo” fosse retirado imediatamente do monumento que planejou com tanto carinho. Fiquei imaginando Luís XIV construindo Versailles. 

Quem és tu, Carlos Eduardo, pra criticar arte popular? Um político de família, que teve todos os privilégios que alguém pode ter na vida. A arte pode não significar muito pra você, mas para quem é pobre, da comunidade que fica escondida atrás daqueles prédios de luxo, ter sua arte e sua voz, sua cara representada cura dores inimagináveis. 

Fora que pra se retratar com a classe artística posta uma foto com Gilberto Gil pra tentar iludir meia dúzia de seguidores que apoia a arte. Não sei nem o que dizer, só sinto ódios dessa burguesia que nos gere desde que o mundo é mundo. 

Desculpe Carlos Eduardo, mas durante as suas caminhadas você vai ver muito sua escadaria Versailles sendo galeria a céu aberto para todos apreciarem a arte. Sinto muito, mas arte é política. Fazer arte é um ato político.

Jade Brito e Silva – Publicitária

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TSE cassa mandato do deputado estadual Sandro Pimentel

O Segundo suplente prof. Luís Carlos, pode ser beneficiado com as movimentações políticas.

Na segunda-feira, dia 3, o Ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), rejeitou recurso apresentado pelo advogado   do deputado estadual, Sandro Pimentel(PSol), mantendo a decisão da Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte que cassou o mandato. Entretanto, Sandro vai continuar no exercício do mandato porque ainda cabe recurso na Corte.

Caso, não aceite o recurso e o parlamentar seja confirmado sua cassação, assume o primeiro suplente do PSOL, seu desafeto, professor universitário Robério Paulino, que obteve 18.550 votos na eleição de 2018. Mas, já em andamento conversas e movimentações para que Robério assuma uma secretaria no Governo Fátima Bezerra, deste modo mudaria novamente um tabuleiro político e a composição da Assembleia Legislativa, pois, o professor Luis Carlos Noronha, assumiria a cadeira de deputado. 

O professor Luis Carlos foi vereador por dois mandatos em Natal e tem amplo trânsito no partido e bom relacionamento com o PT. Não há dúvida que neste cenário a Governadora Fátima Bezerra, certamente, sai com vantagem, que além de ganhar um secretário com doutorado em políticas públicas e um deputado, que tem seu patrimônio eleitoral na região oeste, fortalecendo sua base eleitoral, principalmente na cidade do Apodi, sendo o mais votado nas duas últimas eleições. Vale salientar, que Psol só conseguiu a meta de eleger um deputado com a chegada do  professor Luis Carlos, fazendo cumprir o quociente eleitoral. 

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Corecon-RN-Observatório COVID-19: O mundo comemora vacina produzida na Universidade De Oxford

Ricardo Valério, Presidente do Corecon-RN, comenta sobre a grande e alvissareira notícia vindo da Inglaterra, mais precisamente da respeitadíssima Universidade de Oxford, que fez novas testagens da vacina contra o Coronavírus com resultados extraordinários de imunização. No início de junho já havia demostrado seu entusiasmo pela produção da vacina e que o Brasil seria uma base de testes, com possibilidade do país ser uma unidade de produção para América Latina, o que, de fato, seria um grande avanço para a ciência brasileira.

Por outro lado, faz um protesto e condena o comportamento visto por todos os norte-rio-grandenses, as aglomerações acontecidas, neste último final de semana, nas praias do estado, e principalmente, nas orlas urbanas. Na capital a mais chocante, que tomou proporções perigosas, na notoriamente na bela e mais conhecida de Natal, a Praia de Ponta Negra.

Faz uma reflexão dos decretos dos Governos, os quais mostra que não são um “liberou geral”, mas, um modo de paulatinamente a vida tenha uma certa normalidade e da responsabilidade dos jovens, que ora, estavam naquela multidão, que podem ser um vetores ativos com a possibilidades de levarem o vírus para seus familiares.

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Todos pagam seu quinhão.

Não tenho a menor dúvida, depois desta pandemia, a vida não será como antes. As relações, certamente, ganharam novos contornos, ficarão expressadas e balizadas nas ações do antes, durante e depois.

Se, dessa passar, vou rever alguns conceitos que nutria a alguns bolsonaristas, que ainda imaginava ter neles um pouco de sensatez e hombridade, talvez uma migalha de honradez, muito embora no período da campanha e todo o mandato do Tapir até aqui, se mostraram nebulosamente vazios de tais caros provimentos de caráter.

Agora, não é hora de arengas, pendengas menores, é certo. O momento é de solidariedade coletiva. Entretanto, falo destes que nem mesmo nestes tempos se comportam ou não têm o menor respeito pelo que diz as autoridades sanitárias. Parecem não possuir amor próprio, ao próximo, talvez por ignorância ou puro absoluto desprezo por suas vidas e alheias.

Não lhes são bastante o que se ver mundo afora. O amontoado de gente mortas e mais outras milhares de infectadas pelo coronavírus, que certamente, irão gerar outros milhares de cadáveres, ainda assim, não dão a menor bola para o isolamento social. Chefiados e incentivados por um presidente da República desiquilibrado, muitos atendem o som do berrante, saem às ruas sem os devidos cuidados. 

Na cidade João Câmara/RN, o poder público municipal faz vistas grossas à desobediência ao isolamento, segundo o amigo Gilvan Leite e, fotos comprovam pessoas se aglomerando nos espetinhos, supermercados, paredões de som. Tudo isto acontecendo, certamente, com a conivência das autoridades municipais maior do município, com as bênçãos do prefeito Manoel Bernardo. Nada mais bizarro, dantesco e irresponsável. As urnas puniram os responsáveis. Aqui, sobre este torrão ressequido, de uma maneira ou de outra, todos pagam seu quinhão.

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Colisão com o passado

Caricaturas feitas pelo cartunistas Bonfim

 “Vida é uma séria de colisões com o futuro”, dizia o José Ortega y Gasset, filósofo espanhol do Século XX. Eu, com todo atrevimento, ignorância que possuo e cultivo regando todo santo dia, ampliaria o dito do jornalista madrilenho, acrescentaria no final: “…e o passado”.

Ontem, domingo (02), saí da toca, fui encontrar uma pessoa que só tinha ouvido falar e a convite seu, via telefone, me danei com Maria para o Shopping Midway. Na Livraria Saraiva fomos tomar um café e conhecer ao vivo e a cores o cartunista Bonfim, natalense, morador de Paris (FR), que há trintas anos, em janeiro, vem banhar-se nas águas quentes da bela Praia de Ponta Negra.

Antes, havia me dito que estava com uma missão de extrema importância: fazer uma exposição de caricaturas na cidade de Baturité (CE), em homenagem ao seu grande amigo e cartunista o cearense Mendez, falecido, em 21 de outubro de 1996, para isto, estava convidando cartunista, chargista e caricaturista de todo país e estrangeiros – já com muitas confirmações -, eu seria um destes, de cara, aceitei.

Lá pelos idos de 1979 fazendo as charges do Jornal Gazeta do Oeste, deparei-me com um grande cartunista, o famoso Edmar, do Cartão Amarelo, logo passei a reproduzir freneticamente seus desenhos, como estudo, na busca de meu próprio traço. Na procura de mais referências, eis que na Livraria Independência, Mossoró/RN, tropecei em um livro de “Como fazer Caricaturas”, era do Mendez. Uma caricatura do cantor Milton Nascimento, determinou que eu deveria ser caricaturista. Hoje, aquela imagem me diz para continuar tentando sê-lo.

Além, de ter uma tarde agradável, de bom papo, ideias e projetos com o, agora, meu amigo Bonfim, ainda ganhamos duas caricaturas feitas na hora, uma minha e outra de Maria. 

Ora, imagine participar de uma exposição em homenagem ao Mendez é ou não é uma (boa) colisão com o passado? Obrigado, Bonfim. 

O grande cartunista Bonfim, desenhando Brito e Socorro.
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Joga bosta no Marinho


Diz o Estadão que o potiguar – para vergonha nossa – Rogério Marinho de grande articulador, pois, lhe é dedicada à vitória do Governo Golpista do temer, relativo a reforma trabalhista ao “isolamento político”, de quem todos, agora se afastam em um processo de esvaziamento de seu “prestígio”, o qual nunca teve. Na verdade, foi um destemido cínico a serviço da FIESP e de toda comunidade patronal, hoje, recebe o pagamento que todo serviçal bajulador, mas cede ou mais tarde, recebe: o desprezo.

Ambicioso e vaidoso Rogério mirou o estado de São Paulo para domiciliar seu título de eleitor, visando uma eventual aventura política, entretanto, sua enorme empáfia o cegou privando de ver que ele foi e, é, apenas um mero instrumento aos interesses  do capital, que não tendo mais serventia, certamente, será jogado fora aos gritos de “Joga pedra na Marinho, joga bosta na Marinho”. 

Pretencioso, a “Geni” potiguar, imaginara que a elite política paulista iria ceder-lhe lugar na fila da frente. Hoje, dizem que vive um inferno astral dentro e fora governo do Tapir. Certamente, ainda terá que lamber muitas botas, para fazer parte do “Club do Jardins”, mas, certo que sempre entrará pela porta dos fundos, para servir, claro.

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Exposição – Emanoel Amaral

Cartunista Emanoel Amaral

Nunca tive uma amizade muito próxima com Emanoel Amaral, entretanto seu generoso talento me aceitou como irmão nas artes, o copiava freneticamente lá pelos anos 70, a procura da minha própria identidade gráfica.

No final dos anos 80 fui para o estado do Acre, trabalhar na Tv e Jornal Rio Branco, período em que Emanoel estava voltando, pois, seu direito de expressão foi violentamente violado. Sua verve e sua crítica fina não agradou a muitos políticos nazifascistas acreanos e puseram fogo em um jornal que ele trabalhava, o Folha do Acre, na capital Rio Branco, seus algozes lhe deram horas para sair da cidade, que o fez volta a nossa bela Natal/RN. 

Ao chegar no Ceará, foi preso com de drogas em sua bagagem, fato que atribuía a uma ação do Palácio Rio Branco, fato complementar as perseguições por suas charges contundentes. Os fascistas mudam apenas de lugar. 

Outro dia, em passagem pelo Sebo Balalaika, perguntei por Emanoel, fui informado que estava muito doente, entre uma conversa e outra Ramos disse que tinha uma aquarela de Amaral, pensava em emoldura-la e fazer uma rifa para reverter o saldo para alentar o o seu tratamento.  

Não houve tempo, ele veio a falecer antes. Então sugeri a Ramos que nós cartunistas e amigos fizéssemos uma caricatura, desenho, charge de Emanoel e depois expuséssemos lá mesmo no Balalaika ideia acatado de imediato.

Ramos está arregimentando cartunista, organizando a exposição em uma data ainda a ser definhada. Então aqui, vai minha pequena e irrisória homenagem (in memoriam) ao amigo cartunista, Emanoel Amaral.

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“Mejor Compañero Quinto Año a 2019”,

Outro dia, em conversa com Polary, disse-lhe, sem muita pretensão que a palavra deste século seria Solidariedade. Mas, assistindo o documentário/série com do Bill Gates, digo sem medo de errar que a Solidariedade em toda sua extensão, poderia, de fato, ser levada à prática se consolidando como a palavra dos próximos cem anos.

Quando vejo um presidente desprovido de senso crítico, sendo ridicularizado por uma adolescente que está fazendo o que, talvez ou certamente, nós deviríamos está fazendo me causa um certo desânimo no futuro.

Entretanto, do Chile me chega uma notícia que me anuncia que nem tudo parece perdido. Minha neta Aléssia recebeu o Diploma de Honor, Escula Dr. Luis Calvo Mackenna, “Mejor Compañero Quinto Año a 2019”, isto é, “Melhor companheira do quinto anos de 2019”, por ser uma aluna solidária, que ajuda os seus colegas.

Solidariedade sim, para aqueles que têm fome de justiça, que perecem nas lutas pelos seus direitos, que lutam por um mundo melhor e mais justo para todos. Aqueles que fazem o que nós na teoria ainda bradamos, mas que esquecemos os caminhos da prática.

Tenho uma confiança extraordinária nesta nova geração, creio que fará tudo e resolverão tudo aquilo em que fracassamos.

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Sábado de Ramos e de nós todos.

Fabrício Cavalcante, João Cavalcante, Laércio Eugênio Cavalcante, Brito e Silva, Socorro Brito, Pollyanne Brito, Arlete Cavalcante e Lariza Cavalcante.

Ontem, 7, sai da toca. Peguei Maria , – ou foi o contrário?, Deixa pra lá – e fomos lá no Sebo Balalaika, na exposição do meu amigo Laércio Eugênio Cavalcante, que depois dos traços, veio flores. Muitas flores expressamente encrustadas em telas, com cores de tons variados das mãos habilidosas de somente quem entende do riscado consegue extrair tanta beleza. O Sábado de Ramos também teve a presença do escritor Lenilson Antunes relançando Paramirim Field – Último Pouso, uma leitura para aqueles gostam das histórias que vão além das contadas nos livros didáticos e, para todos que preferem degustar um bom texto literário.

Por lá também tivemos um pouco da mais fina música da MPB a cargo de Joca Costa e Heliana Pinheiro, músicos consagrados nos palcos com anos de estradas.

Logo na entrada revi o amigo Carlos Sérvulo, o qual há anos não trocávamos um dedinho de prosa e, claro, falamos de tudo um pouco. Antes mesmo que me desse conta, esbarrei com o jornalista e advogado Paulo Procópio, apesar de nos vermos todos os dias na net, nada mais justo que um olho no olho.

Por lá também encontrei Amorim, lá de nós, de Mossoró, morava ali na Mário Negócio, próximo a padaria 2001.

Foi um sábado agradável, onde eu e Laércio reunimos parte de nossa prole, como fazíamos nos anos 80. Claro, antes era muito mais fácil, pois era bem menor e todos crianças. Hoje, cada um com seus afazeres e responsabilidades de adultos, muitos deles, não puderam se juntar a gente, entretanto, certamente, foram talvez, os mais citados em nossas conversas se fazendo presentes. Fica o registro na foto. 

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Sábado de Ramos

Neste 7, a partir das 10h, até às 16h, o Sebo Balalaika promove seu Sábado de Ramos, onde os artistas Laércio Eugênio Cavalcante, Lenilson Antunes, Joca Costa e Heliana Pinheiro emprestam seus talentos para o Evento. 

Laércio Eugênio plástico, não carece de apresentação. Chargista e ilustrador, trabalhou e publicou em diversos jornais potiguares, entre eles Tribuna do Norte, o Mossoroense e Gazeta do Oeste, em paralelo colocava suas imagens vividas em tempo de menino, lá do sítio Mata Seca, no alto oeste. Logo nas primeiras fortes pinceladas arregimentou uma porção de admiradores, hoje, se rendeu às flores e expõe “Depois dos traços, flores “. Confessou-me, que busca em suas tintas, uma textura das pinceladas que ainda não existe.

Laércio soma algumas dezenas de exposição e a participações em salões de Artes, sendo ganhador de alguns deles.

Lenilson Antunes, é professor e escritor Sociólogo da UFRN, o seu livro Parnamirim Field – Último Pouso, já esgotou a primeira edição. O impresso traz a narrativa das histórias de bastidores da Segunda Grande Guerra vividas em solo norte-rio-grandense, no chamado Trampolim da Vitória. Uma boa leitura com um belo passeio pelos intramuros da história.

A dupla, Joca Costa e Heliana Pinheiro, possuem seu caminho já bastante consolidado no meio artístico musical do estado e do país, realizando inúmeras apresentações em bares e casa noturnas.

Com vasto repertório podemos pinçar peças de Cole Porter, Tom Jobim, Duke Ellington e dos irmãos Gerswhin, entre outros.

Produtor, professor e arranjador musical, Joca Costa é referência para gerações de instrumentistas. Começou a carreira como integrante da Orquestra Clube América e integrou o lendário Impacto 5 nos anos 70. Também atuou como requisitado instrumentista ao lado de nomes como Geraldo Azevedo, Gilberto Gil e Elba Ramalho com a qual se apresentou no Festival de Jaz de Montreuax, Suíça.

Já ao lado de Heliana Pinheiro, esteve no Festival de Jazz do Arizona. Desde então a dupla sempre realiza shows que tiveram ótima repercussão entre a crítica especializada em música.

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Lívia, decidida, decidiu!

Alguns queriam sua chegada para 20 de julho – não sei porque, certamente, não tinha nada a ver com o gringo Neil – outros nem tanto, a agenda de Dra. Michelle Amaral dizia para os 22, pois bem, neste impasse, ela decidida, decidiu, se antecipou e veio ontem (15), às 21h44, no Hospital da Unimed. Mais uma natalense à aconchega-se ao meu tesouro mais precioso: Família.

Não importa.

Lívia, não importa 13, 23, 27 ou mesmo o 20, julho é julho e, somente ele, poder ser infinitamente julho.
Nada importa, a não ser, o julho que corre em suas veias, a alimentá-la e, assim o fará, julhos a fio. 

Julho abraça todos, cabe os janeiros, fevereiros, abris e agostos!
E, em teus olhos cabem todos os meus julhos e os que ainda virão.
Seja bem-vinda, Lívia Brito e Silva, sob o céu de julho. 

Obrigado, Jade, filha minha.