Você já pode ir embora, me despeço de você sem remorso, não quero mais a sua companhia noturna, não quero mais a sua mordaça, nem seus cuidados extremos, não quero mais as notícias e suas dores anunciadas.
O amanhã é incerto, ainda iremos viver um bom tempo acorrentado a você, até porque o governo que nós temos ainda nos acorrenta a incerteza do amanhã. Vai demorar muito para recuperar mais “não cortaremos os pulsos, ao contrário, costuraremos com linhas duplas todas as feridas abertas” Como diz a romancista brasileira no livro “A disciplina do Amor” (Lygia Fagundes Telles).
Neste ano de 2020 aprendi que a vida sempre segue em frente, mesmo com as perdas, mesmo sem os abraços, mesmo com lágrimas nos olhos. Nesta vida e desse momento levarei a leveza de saber que estou viva pra contar, pra escrever, ainda vivo para os que amo e me amam e daqui só carregarei o amor, como diz Cecília Meireles no poema Desenho, do livro Mar Absoluto “Aprendi com as primaveras (plantas) a deixar-me cortar e a voltar sempre inteira”.
Muitos não sobreviveram para poder registrar o que aconteceu, como atravessamos esses dias tristes, sem as gargalhadas das minhas crianças, sem os abraços, o sorriso de satisfação da comida predileta.Não consegui me despedir do meu irmão que partiu sem vê-lo, não nos foi permitido comemorarmos datas importantes. Festejo daqui escrevendo, parafraseando meus autores prediletos, espalhando amor, acredito que amar nunca é demais, e que “o amor deveria ser um vírus”, como sempre fala minha amiga Joana.
Que esse NOVO ano que bate à nossa porta, venha com uma boa dosagem de vacina, de amor ao próximo, até de poesia e como diz John Lennon “A vida é aquilo que acontece enquanto você está fazendo planos”. Então vamos viver, pois de surpresas nos basta, você 2020, que já vai tarde.No virar da meia noite “Na hora em que a terra dorme… Enrolada em frios véus… Eu ouço uma reza enorme… Enchendo os céus…” Castro Alves.
SENHOR abençoa meus filhos, meus netos, meu povo tão sem rumo, traz VACINA, saúde e pão a todos.30/12/2020
Natal findou, hora de arrumar a casa, lavar a louça e aparar as arestas das discussões que permearam toda noite do papai Noel: “deveria ser perú, não Chester”, “não gostei do Arroz com passas”, “que vinho horrível…”. Sem falar do cunhado que bebeu coquetel de whisky, vodka com groselha e, inconvenientemente passou a ser o centro das atenções, contando piadas sem graça, revelando segredos que todos sabem e são protagonistas, ofuscando o enjoado, enfadonho e anualmente repetido, o “amigo secreto”, que de James Bond não tem nada. Todos têm ciência com semanas de antecedência, o que vão ganhar e de qual bolso foi desalojado compulsoriamente o cartão de crédito à compra.
Parece um cenário comum à noite de natal em muitos lares, nos quais milhares de famílias se reúnem para ceia natalina e, o é. Entretanto, de outros natais, não deste de 2020.
Este ano, a mesa de doze lugares ou a de quatro sobrou cadeiras, por causa do impedimento social ou porque muitos partiram para sempre, para nunca mais voltar. Não houve empurra-empurra, a algazarra das crianças correndo em volta dos móveis e cristais foi tomada pelo silêncio, pela ausência do som dos risos, gritos e sobretudo dos abraços dos netos. A casa, até vestiu-se de cores vibrantes: vermelho, branco e verde, muito verde, cor a qual lhe colocaram sobre os ombros a pecha de carregar as nossas esperanças, mas os olhos mostram tons pastéis, desbotadas e sem viço expondo cenário para um filme que não vai ser “rodado” ou talvez seja, mas sem atores: um filme triste, mudo em preto e branco.
Passou, terminou o natal e Noel já voltou à Lapônia. Agora, vem o Ano Novo, o esperado 2021 no qual jogamos todas as fichas, afinal e por fim, teremos a vacina contra o mal-humorado e criminoso vírus. Logo teremos carnaval, micaretas, pastores-curandeiros tomarão a vacina, as igrejas irão encher seus salões e cofres, empresários rirão com seus metais, políticos dirão que foi deles a “cura” do mal. Certamente, em 2021 estaremos vivendo o tão propalado “novo normal”, porém, com os velhos hábitos: desdenhar da fome alheia, olhar para o próprio umbigo e nas primeiras horas pós-pandemia planejaremos o natal de vindouro e, claro, como corriqueiramente acontece, não convidaremos o dono da festa. Quem? Perguntariam os mais desatentos ou então diriam: Noel! Noel não, direi: Aquele que faz aniversário no dia 25 e, teve os ensinamentos esquecidos por seus infiéis fiéis.
Mas também sem querer estragar o prazer de vocês, apenas alerto aqueles que irão ao mar pular as setes ondas, para que tenham muito cuidado ao fazer o pedido. Em 2018, ficamos surdo de gritar “Fora Temer”, nos deram o Capitão Bufão, reclamamos de 19 e veio 2020 com a pandemia. Vou seguir o conselho do meu amigo Josias e estou consultando búzios, tarôs e os astros a busca de uma prévia, uma avant-première, um spoiler, qualquer sinal que mostre a cara de 2021 para poder me precaver das surpresas desagradáveis, que por ventura esteja programada. De toda forma, todo meu estoque de Rivotril já zerou e até o momento não consegui chegar a uma conclusão das mensagens enviadas pelo alinhamento de Júpiter e Saturno. Na verdade, a única resolução que percebi é que o “novo normal ”será tão velho quanto o bumba, “do tempo do ronca”.
Nós, os latinos somos um povo que falamos não só com o conjunto bucal, mas também o nosso corpo todo expressa uma carga de sentimentos e desejos. Gostamos do contato físico, do afago, de um aconchego, um cafuné, um abraço. É impossível e totalmente inaceitável encontrar um amigo e não oferecê-lo um abraço e ainda, dentro dele uns tapinhas nas costas, como reafirmando, que aquele encontro é generosamente prazeroso e feliz. “O melhor lugar do mundo é dentro de um abraço”, diz a banda Jota Quest, numa feliz inspiração em sua música Dentro de Um Abraço. Não poderia ser mais precisa e real tão bela frase.
Entretanto, nestes tempos de medo e pandemia, um desalmado vírus nos impôs compulsoriamente o isolamento social. Nos separando fisicamente dos amigos, dos filhos, netos e parentes, trancafiando e condenando todos nós à solidão, de noites sem luar e dias sem calor. Diz Zeca Baleiro que anda tão à flor da pele que qualquer um beijo de novela o faz chorar. Ora, Zeca meu amigo, eu choro até assistindo MMA. Sou chorão por nascença.
Devo confessar que tenho chorado pra cachorro, principalmente, de saudades dos netos, os quais são nossa alegria de vida, são eles que enchem a casa ocupando todos os espaços, espalhando luz e vigor por todos os lados, quando estão o silêncio rende-se a algazarra. Há uns quinze dias toca meu telefone, era minha filha Pollyanne – mãe de Valentina – dizendo pra eu sair na janela, que Valentina tinha pedido a Felipe – pai dela -, para ver vovô “Bito” e vovó “Totorro”, pois estava morrendo de saudades. Quase não a vi, por causa das águas que jorravam dos olhos. Neste sábado,19 de dezembro de 2020, foi Lívia, filha de Jade Brito/Roberto, que a menos de dois metros nos oferecia seus abraços e, ante as nossas recusas, sem entender ela sorria e cantava “Lá,lá,lááá,lá…Lá,lá,lááá,lá. Ah! Vírus maldito, maldito seja vírus ruim, sem coração.
Porém, para restabelecer minha esperança, como não sei rezar, canto. Todos os meus netos têm uma música, para que possam permanecer próximos, mesmo em Santiago do Chile ou nas Quintas, no Serrambi ou a quatro quadras da minha casa, no Barcas, quando a saudade bate ligo o player.
Kaylanne minha neta mais velha, quando começou a aprender tocar violão gravou um vídeo dedilhando “Parabéns, pra você…” Portanto, se um dia eu cantar “Parabéns, pra você”, fique certo estou lembrando dela; Aléssia “Puro e Simples”, uma linda música gospel. Certa vez no carro ouvíamos Aleluia e Enzo com uns dois anos começou a cantar, logo se apropriou; Valentina, ainda criança com uns dois anos – hoje, com 4, mas acredita ter 15 -, cantava João e Maria e dizia Vovô “bito” e Lívia quando antes da pandemia, com poucos meses de vida Maria balançava ela para dormir cantarolando Aleluia, na base do “lá, lá, lá”, hoje ela nos embala e dispersa nossas saudades, via vídeo, cantando “Lá,lá,lááá,lá…Lá,lá,lááá,lá!”
Quando o coração acorda apertado fazendo você voltar à posição fetal Buscando colo, afago, carinho maternal. Por onde andou minha alma enquanto eu estava adormecida que não voltou com aquela alegria corriqueira?
Que abraços negados se recusaram a abraçar? Meu mundo revestiu de tristeza meu sorriso Por não poder conduzir meus pensamentos E meus passos inconscientes.
Ecoa ainda na minha cabeça o mundo em pandemia De saber dos que partiram sem se despedir Deixando braços vazios Uma música me tira da inércia do dia.
Um chamado de mãe me sacode A realidade ali, logo abaixo da minha janela O coração salta mais os braços continuam vazios Chora o afago sufocado.
Triste feliz dia, que te vejo e não posso te conter No colo tão saturado pelo tempo Do vazio, da falta do meu ser Que das minhas entranhas nasceram e longe foram viver.
Poetas, escritores, dramaturgos, músicos e filósofos, todos já definiram a saudade com infinitas e belas frases, melancolicamente bem dosadas, na frequência certa, para nos fazer verter água nos olhos como cacimba em leito de rio seco. Entretanto, tem uma cunhada pelo grande e saudoso Gonzaguinha, que também o não menos grande Fagner, gravou: “Saudade a gente não explica, é coisa que vem do coração”.
Eu não tenho saudade, produzo em profusão, saudades. Isso mesmo, no plural. Delas, todos os dias tenho um balaio cheio.
Não que seja saudosista e viva inebriado pelo passado ou navegue sem rumo em um tempo pretérito que sabemos que não vem mais. Mas, certas lembranças até nos confortam, provocando uma saudade boa. Outro dia o amigo Givanildo falou – falou não, provocou – do tempo em que fomos sócios: Eu, ele e Phabiano Santos, na agência de publicidade Modus Propaganda, ali na Avenida Alberto Maranhão, em frente a igreja São Vicente, em Mossoró/RN onde passamos grandes momentos profissionais e pessoais, certamente, éramos mais ingênuos e talvez, por isto mesmo, fomos felizes. Mas, imperiosa, a amizade ficou e floresceu.
Hoje, amanheci ouvindo Sunny, com Vanusa, logo depois soube de sua morte, fiquei com saudades. Um monte Cabugi de saudades me veio à memória: de sua quase sempre companhia com rota traçada à Mossoró para ver filhos e netos. Saudades do jornal O Mossoroense, Gazeta do Oeste, da Modus, Brito Propaganda, BN Propaganda – Nilton, cadê você?. Outro dia, me peguei sonhando acordado com a TV e o jornal Rio Branco. Destes lugares trouxe aprendizados, algumas frustrações, não perenes. Creio que saudade faz bem ao coração.
Entretanto, quando uma filha fala no WhatsApp; “E aí papai? Saudades!” Aí você sabe o que é saudade. O cabra que é valente, chora.
Jade, filha minha. Minha saudade é tanta – de todos vocês que só vejo pela internet, há pelo menos 9 meses -, não sei dizer o tanto e o quanto. Sei que é dorida.
Ontem,25, foi realizada a cerimônia de entrega do 42º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Por causa da pandemia, parte foi gravada e transmitida pela internet.
O Vladimir Herzog é o maior e mais importante prêmio da imprensa brasileira, que presta homenagem e reconhece o trabalho de jornalistas, repórteres fotográficos e artistas do traço que, por meio de seu trabalho cotidiano, defendem a Democracia, a Cidadania e os Direitos Humanos.
Quem foi Vladimir Herzog? Jornalista, professor e dramaturgo brasileiro naturalizado. Nascido na Iugoslávia, em 1937, filho de um casal de origem judaica. Durante a Segunda Guerra Mundial, para escapar do antissemitismo praticado pelo estado Croata, então controlado pela Alemanha Nazista, a família fugiu para a Itália, depois para o Brasil.
Foi diretor do departamento de telejornalismo da TV Cultura, professor de jornalismo na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP). Militante do Partido Comunista Brasileiro, se tornando uma liderança de resistência contra a ditadura. Depois de se apresentar voluntariamente para “prestar esclarecimentos” sobre seu envolvimento com o Partido Comunista. Foi preso, torturado e assassinado, em 25 de outubro de 1975, pela ditadura, nas instalações do DOI-CODI, no quartel-general do II Exército, em São Paulo/SP. Seu assassinato foi negado pelas forças reacionárias, diziam que foi suicído, até uma foto emblemática, no qual aparece quase de joelhos com um cinto no pescoço amarrado a uma grade. Peritos – a foto desmistificava e desmentia – atestaram a impossibilidade de alguém se enforcar daquela forma.
Voltando ao Prêmio. Nenhum de nós, participantes do movimento CHARGE CONTINUADA em solidariedade ao cartunista Aroeira, ameaçado pelo Presidente da República, o famoso Capitão Bufão, o fez para ganhar prêmio. Mas sim, para demonstrar nosso apoio a um colega e defender a liberdade de expressão, hoje, tão atacada.
Minha infância, adolescência e parte de minha vida adulta, foi sob o regime militar e lhes digo: ler, ouvir, falar, cantar, escrever, vestir, fumar, beber, desenhar não do seu jeito, mas do jeito que “eles” queriam. Viver com medo e sem liberdade não foi boa experiência.
Por isso, desde cedo decidi, dentro do meu micro-universo, travar luta em favor das liberdades e balizado por leituras e ensinamento de um Jovem Galileu, o qual lutava por justiça, segui em frente. Em 1979, entrei para o jornal Gazeta do Oeste, onde consegui ampliar meus horizontes e firmar meu pensamento. Participei do movimento sindical: gráfico e jornalístico, nos anos 80 fui para a Cooperativa do Jornalista de Natal, sob a batuta do velho comunista Luciano e, até hoje, luto, imagino e quero um mundo melhor para todos os trabalhadores.
Haverá quem queira minimizar ou desdenhar deste PRÊMIO DESTAQUE por se tratar de uma comenda coletiva, Ora direi: Ele é importante, e talvez, ficou maior, exatamente pela simbologia imprimida à luta de todos, visto que foi criado especialmente para esse movimento dos cartunistas:
“De fato, foi tudo muito desafiador porque sem antecedentes e modelos. Tivemos que criar tudo do zero e baseado apenas em algumas experiências remotas que não tinham, nem de longe, a dimensão e a complexidade do PVH. Mas foi o possível neste cenário atual de pandemia e pandemônio”. Ana Luisa Zaniboni Gomes, curadora.
Mas, o que quero dizer é que não importam suas vitórias e conquistas, se elas não tiverem alicerces nas boas batalhas, nas causas justas, se assim não forem, certamente, irão perecer sem honra. Lutem por justiça!
Apesar do que o ex-ministro da Justiça Saulo Ramos disse sobre ele no autobiográfico “Código da Vida” (“Entendi que você é um juiz de merda!”), o homem colocou no Supremo Tribunal Federal, o ministro Celso de Mello, se construiu como um dos grandes juízes daquela Corte mais do que centenária. Embora prolixo e quase sempre detalhista em seus votos, Celso de Mello tornou-se, nos 31 anos de atuação como membro da mais alta Corte brasileira, uma referência de julgador íntegro, liberal e progressista. Ao completar 75 anos vai para inatividade. Enfim, um grande magistrado deixa a bancada do Supremo Tribunal Federal nesse dia 13 de outubro de 2020, num dos momentos mais difíceis que esta nação enfrenta, nos seus múltiplos aspectos: social, econômico e político.
O ministro Celso de Mello, com seu sotaque de forte acento paulistano e seus votos por vezes quilométricos, certamente será uma sentida ausência. Saulo Ramos, genial advogado, decerto cometeu fatal equívoco: Celso de Mello jamais foi um “juiz de merda”. Foi integralmente juiz e, doravante, no belo tempo que lhe resta de existência, há de experimentar a placidez do convívio de seus entes queridos. Sê feliz. Ave, Celso!
Um sobressalto, todavia, cercava a aposentadoria do ministro Celso de Mello: o presidente Bolsonaro, em momentos distintos, disse que nomearia um “ministro terrivelmente evangélico” , depois, que “tomasse cervejas com ele”. Nas duas afirmações um paradoxo inequívoco: fosse “terrivelmente evangélico” o futuro ministro não tomaria cerveja, porquanto não consumiria bebidas alcoólicas, como ocorre com os evangélicos.
Entretanto, somente dois requisitos concorrem na escolha presidencial: notável saber jurídico e reputação ilibada. Posto que a reputação ilibada se baseie em circunstâncias quase sempre objetivas, o notório saber jurídico estaria sempre a ser submetido a complexas avaliações inter-subjetivas, tendo como objeto inevitáveis posicionamentos científicos e filosóficos, permeados, num plano mais fundo, por visões ideológicas e políticas.
O ministro Celso de Mello resolveu antecipar, por alguns dias, a sua aposentadoria e estabeleceu o dia 13 de outubro de 2020 para encerrar cinquenta anos dedicados ao serviço público. Grande Celso, que pouco ou nada fica a dever àquele que decerto fora a inspiração de seu nome, o filósofo Celso, o romano de origem grega que formulou o mais primitivo conceito do Direito (“ius est ars boni et aequi”: o direito é a arte do bom e do equitativo), e que levou à compreensão do que venha a ser a “justiça”.
Conhecedor de que o ministro Celso de Mello anteciparia a sua aposentadoria para o dia 13 de outubro de 2020, o presidente surpreendeu a nação ao anunciar que o seu indicado para substituir de Celso de Mello seria o desembargador federal Kassio Marques, do Tribunal Regional Federal de 1ª Região, competente magistrado há nove anos ( nomeado por Dilma Rousseff) que, por méritos próprios, já era candidato a uma vaga no Superior Tribunal de Justiça.
A comunidade jurídica aplaudiu a escolha do presidente Bolsonaro, em especial a OAB que guarda, por seu presidente, Felipe Santacruz, enorme distância do Palácio do Planalto. Claro, no oceano de punitivismo penal que se tem no Brasil, inspirado sobremaneira pela ideologia ‘lavajatista’, a chegada de um juiz garantista ao STF – entenda-se por garantismo penal a doutrina que tem como maior expoente e formulador o italiano Luigi Ferrajoli, que na sua acepção mais singela e que nos interessa aqui, seria um sistema de vínculos impostos ao poder estatal em garantia dos direitos dos cidadãos, sendo possível falar-se em níveis de efetividade dessas garantias previstas constitucionalmente e que se concretizam nas práticas judiciárias do Estado-juiz -, deve ser louvada como algo extraordinário, sobretudo, se essa realização pode ser atribuída a um governo de cariz ultraconservador como o do presidente Bolsonaro.
O garantismo penal de Kassio Marques está prefigurado em muitas das decisões que tomou na condição de desembargador federal do Tribunal Regional Federal da Primeira Região. Claro, ele pode continuar como garantista penal a exemplo do seu antecessor Celso de Mello, mas, poderá sofrer a mutação maligna – o beijo fatal do punitivismo penal – que contaminou gravemente Cármen Lúcia Antunes Rocha, Edson Fachin e, pasmem, Luiz Roberto Barroso. Antes de sentarem nas poderosas curuis da Corte Suprema brasileira, eram progressistas, garantistas, modernos e mesmo até esquerdóides, porém, o peso da toga os transformou em “terrivelmente” conservadores, obscurantistas e punitivistas radicais.
Assim, a boa expectativa é que Kassio Marques não abjure o seu passado de bom magistrado e que possa cumprir, no Supremo Tribunal Federal, onde decerto ficará por muitos anos, se Deus consentir, o bom e belo desígnio de revelar o direito nestes tempos estranhos de obscurantismo, barbárie e global pandemia. Salve.
A passarinhada que faz pousada em um velho figo, aqui no pé de minha janela, hoje amanheceu mais alvoroçada do que nunca, com sons mais estridentes, nem parecia aquela sinfonia de ontem, anteontem e de sempre, que regida – digo porque vi – por um Bem-ti-vi de papo amarelo e às vezes auxiliado por um golinha anunciava o alvorecer.
Certamente, houve festa no céu. Todos cantando em tons diferentes, entretanto, se dava para ouvir a alegria em um eufórico regozijo à vida de matar de inveja os raquíticos de imaginação. Essa turma muito me recordou uma que, ao “fechar” o jornal do dia, a Gazeta do Oeste, se dirigia com ligeireza de quem vai tirar o pai da forca, ao Kikão, ali na boa terra de Santa Luzia, mas na verdade ia beber água que passarinho não bebe e, se desse, pegar o sol com a mão.
Lá Ferreira dedilhando Pombo Correio no seu companheiro violão em Si, alguns sem Dó, cantavam atravessado, enquanto ainda outros sacrificavam a harmonia batucando um samba para acompanhar. Mas, nada disto tinha relevância, pois, o que importava, de fato, era festejo à vida, amizade, alegria e cantar pro dia nascer feliz. Por isto digo e repito: Ontem, houve festa no céu e a passarinhada esbaldou-se.
Tenho 5 filhos, todos têm uma música e por razões diferentes, nas quais quando a saudade pensa em tocar a campainha, não dou a mínima soltando o som, revivendo momentos que, certamente, ainda teremos outros tão intensos ou melhores. Existe uma frase bastante popular, quando uma coisa é boa se diz: “Isto é música para meus ouvidos”. Ouvir de vocês pai, painho, coroa, é música para meus ouvidos.
Você, Larissa minha bela bióloga, que não temos tempo para saudades, pois, nos falamos todos os dias, ainda assim, me dou ao luxo, depois de nossos longos papos, nos quais aprendo muito, com um clique no mouse vou ao Youtube ou me socorro do meu surrado – de surra mesmo, pois, o “bixin” apanha -, violão para tocar “É precisa saber viver”, e a cada frase me encanto com suas atitudes de quem sabe o que quer, mas como todos humanos responsáveis, têm dúvidas, entretanto, com ciência que “É preciso saber viver”.
Quem espera que a vida Seja feita de ilusão Pode até ficar maluco Ou viver na solidão É preciso ter cuidado Prá mais tarde não sofrer É preciso saber viver…
Toda pedra no caminho Você pode retirar Numa flor que tem espinhos Você pode se arranhar Se o bem e o mau existem Você pode escolher É preciso saber viver…
É preciso saber viver! É preciso saber viver! É preciso saber viver! Saber viver!…
Feliz Aniversário filha minha. Larissa Brito Do seu pai Brito.
Bem antes da pandemia, esbarrei com um amigo de infância, num dos corredores do Shopping Midway, aqui na Capital do Sol. A princípio não o reconheci, logo que pronunciou meu nome, me veio o dele, aliás, seu apelido, do qual não gostava – Confesso que não sou muito bom de nomes, nunca fui. Cedo aprendi um truque: chamar todo mundo de amigo, não há como errar menos ainda, constranger ninguém -.
Conversa vai e conversa vem, caímos naquele caduco clichê quando o bate-papo desmilinguiu-se, ele de pronto, sentenciou:“você não mudou nada”. Retruquei que tinha mudado muito, pois já beirando os 60 anos seria impossível não mudar. Nos abraçamos, seguimos para Miranda, onde compraria um teclado novo para meu computador velho de guerra.
Maria, do meu lado, imediatamente “puxou-me a orelha”, por ter sido tão realista na argumentação com meu “brother” de adolescência. Claro, fui um pouco ríspido, impaciente ou talvez ainda, ranzinza. Mas, ora, da minha longínqua adolescência e velha infância trago apenas as lembranças do que eu era. Mudei e mudei muito, todos mudam.
O mundo muda a todo instante e nós, a solavanco dele. Se você gostava de mim na adolescência, nos meus primeiros anos de adulto ou até semana passada pode se surpreender comigo e passar a me odiar, não que eu seja tão diferente assim do que fui, mas, pode ser que você nunca tenha me visto, assim sendo, não percebeu meus defeitos e qualidades como deveria. Certamente hoje, alguns defeitos e qualidades foram potencializados, outros o tempo jaz. Portanto, não sou, você não é, ninguém é o mesmo de ontem.
Se você ignora tanto as mudanças das coisas do mundo, das pessoas, talvez, a sua seja maior. Ah! Nada que foi será!
“Meu domingo alegre vai ser”, título da música de Ângelo Máximo, que nos anos 70, com esta versão, certamente, alegrou e embalou o domingo de muita gente, também naqueles anos havia Gil cantando seu Domingo no Parque, ao inverso da primeira, contava uma triste história de dois amigos e ainda tinha Agepê falando dos Sete Domingos.
Na música, Agepê dizia que ia fazer sete domingos para poder namorar sua amada, o que de fato, uma alusão de que domingo é dia de felicidades e, assim, nós humanos trabalhadores, pró-ativos, criativos e produtivos, escravizados à feiras, sonhávamos com as manhã de domingo para bebericar uma pinga com nossos iguais, esquecendo o resto dos dias tristes da semana.
Outro dia, em conversa com Maria, dizíamos de como nossos domingos mudaram e perdemos referências e, principalmente, nesta pandemia, onde nos parece que todos os dias se assemelham a segunda-feira. Antes íamos na casa de papai, na casa da mãe dela, na Saraiva tomar um café ou comprar um livro – sim, um ou outro, os dois, somente se fossem em 60 vezes -, ou ainda às vezes a caminho de Paranamirim, onde mora meu pai, decidíamos ir almoçar em Mossoró depois voltávamos em riba do rastro, somente para ouvir uma nova playlist – que frescura – que havíamos gravado e nela deveria ter cinco ou seis músicas que não constavam em nosso acervo.
Lá por volta da segunda metade do anos 80, aos domingos púnhamos nosso bravo Fiat 147 sobre as “Costela de Adão” a caminho da praia de São Cristóvão, com Polary e Pollyanne no banco de trás, cantando Baby Can I Hold You, melhor que Tracy Chapman, lá chegando quase sempre encontrávamos o galego do Chaplin, Ricardo Lopes e seu aparato de pesca e suas lentes.
Perdemos mesmo boas e grandes referências dos nossos domingos. Não que seja um saudosista inveterado. Mas quem me diz que o domingo mossoroense é o mesmo sem ouvir o camaradinha Caby da Costa LIma? Sem ler Emery Costa e sua “E Lá Sem Vão…? Nem vou falar de Airton Senna. Às vezes ouço Azougue – Nando Cordel, em plena quinta-feira, fingindo ser domingo e lembrando do meu amigo Caby, que por saber do meu gosto por essa música quase sempre rodava em seu programa dominical. E quando nos encontrávamos dizia que ainda iríamos ser sócios de uma agência de publicidade com este nome, não implementamos a agência, mas criamos o site www.azougue.com, que logo deixei pra ele, meu domicílio na capital, me impediu de continuarmos.
Mas, Azougue é uma coisa que atrai, chama, gruda como nosso passado de bons domingos nunca sairá de nós. Certamente, outros bons e grandes domingos virão e poderemos cantar “Meu domingo alegre vai ser…”
Joacir Rufino de Aquino (Economista, professor e pesquisador da UERN)
Há uma grande polêmica em torno da escrita correta do nome do município de Assú, situado geograficamente na porção oeste do semiárido potiguar. No papel timbrado da Prefeitura o nome da localidade aparece com “SS” e acento agudo no “Ú” (Assú). A maior parte das pessoas, porém, prefere escrever com “Ç” e sem acento na vogal em que termina a palavra (Açu). Já outros usam o caminho do meio, escrevendo com “SS” e sem acento no “U” (Assu), sendo esta a forma empregada costumeiramente no âmbito da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
Em uma simples caminhada pelas ruas da cidade percebe-se que o nome do município é escrito em placas e nas faixadas comerciais das três maneiras simultaneamente. Da mesma forma, não é incomum encontrar algum documento público que apresente o mesmo problema, onde a confusão sobre a grafia do nome do município se manifesta no começo, no meio e no fim dos enunciados. Inquieto com a situação, em 2008, o professor Gilton Sampaio, do Campus de Pau dos Ferros/UERN, enviou uma mensagem ao colega Messias Dieb (na época docente do Campus de Assú/UERN e hoje na Universidade Federal do Ceará – UFC), com as seguintes perguntas: “Dieb, qual a grafia correta do nome do município em que você trabalha? Dizem que há flexibilidade entre Açu/Assu, mas também é permitido Açú/Assú?”.
Na tentativa de esclarecer a dúvida do amigo pauferrense, e de muita gente, o professor Dieb respondeu: “Gilton, a grafia do nome Assú/Assu/Açú/Açu tem sido motivo de polêmica. Em função disso, o Júlio César (que foi professor do Departamento de Letras do Campus de Assú/UERN e também está hoje na UFC) fez uma pesquisa diacrônica para descobrir como era a verdadeira grafia. Consultou documentos muito antigos, inclusive do comecinho do século XIX. Teve acesso ao documento oficial (registrado em cartório) que elevava a localidade ao status de município e, nesse documento, e em vários outros, ele encontrou a grafia ASSÚ (com SS e o acento transgressor da norma culta). Embora o registro oficial seja assim, muitas pessoas querem – cada uma – criar suas próprias normas de grafar o nome da cidade. O resultado é um pandemônio lexical desnecessário”.
O trecho transcrito do diálogo destacado, de modo bastante preciso, contribui para pôr ordem na casa. O nome “próprio” do município em foco, segundo o seu registro oficial em cartório, deve ser escrito ASSÚ! Qualquer outra grafia, mesmo que siga um critério semântico e seja amparada institucionalmente, não é correta. A palavra AÇU, originária do vocabulário indígena, por sua vez, deve ser utilizada tão somente para designar a microrregião banhada pelo Rio Piranhas, a qual é denominada de VALE DO AÇU. A distinção entre os termos é clara, conforme lembra o historiador assuense Ivan Pinheiro, mas, infelizmente, ela não tem recebido a devida atenção por parte das instituições de ensino e da maioria da sociedade local.
Portanto, seria de bom tom o poder público municipal trabalhar o tema e procurar esclarecer a população a respeito. Inclusive há indícios de uma ideia de modificar oficialmente o nome da cidade para sua variante indígena, Açu. A iniciativa é pertinente, uma vez que valorizaria a história cultural dos primeiros habitantes da área e também ajudaria a ajustar a sua grafia à norma culta da gramática vigente nos nossos dias. No entanto, a proposta não avançou e o nome do município continua igualzinho ao de sua emancipação política em 16 de outubro de 1845, ou seja, Assú com “SS” e acento no “Ú”. O que muda a cada instante é a forma incorreta de escrevê-lo, ora de um jeito, ora de outro, alimentando uma confusão inteiramente desnecessária dentro e fora de suas fronteiras territoriais.
Sempre me causou espanto e fascínio as questões da alma humana, da existência, por que se busca tanto Deus e as religiões? Nos meus tempos de adolescente questionava o porquê de tantas religiões? Principalmente, aqui no ocidente onde as tradições e manifestações populares, a priori, são tão parecidas. Até porque o Deus é somente Um!
Ora, em minha santa e abençoada ignorância não sabia das mais de 35 mil praticadas nos continentes asiático e oceânia. No Butão, por entre as montanhas do Himalaia tem a religião do “Falo Sagrado”, onde há santuários com pênis enormes em riste apontando para os céus. Nos mais de sete bilhões de humanos sob este céu há todo tipo de religião a gosto dessa enorme freguesia.
Em verdade vos digo, meu deslumbramento pelos escritos nos livros bíblicos ainda me causam comoção, suas parábolas e as palavras ditas por aquele Rapaz vindo lá de Nazaré com uma boa nova, mudando toda uma concepção até de ter, ver e estar com Deus, saindo de um Deus quase tirânico, grego demais, para Um mais humano, compreensivo, amoroso, tolerante. Este Deus dito por seu Filho, – que na verdade era o Próprio – falava de opção pelos pobres, os humildes, doentes, humilhados, escravizados, tinha Ele e era latente uma especial ternura a alma humana sofrida.
Certamente, em algum ponto de minha pobre trajetória sexagenária, descobri que continuo sem entender o deus de muitos de religiões variadas falam, destes que possuem calos nos joelhos de aos domingos orar e rezar e, certos de serem “limpinhos’, dizem que são cruelmente cristãos, a favor da tortura, vendem e compram a fé pela cotação de mercado, destes que veem o pobre como uma sub-raça, como algo desprezível, como lixo, destes que dedicam desdém por aqueles que lutam por dias melhores para todos os trabalhadores e cidadãos, destes que sob o “manto da má religião”, distorcem tudo que não concordam, destilam ódio a tudo que não entende e não querem entender, tendo a ignorância e arrogância como bandeira da verdade, certamente não faço parte desta legião o deus dessa gente, certamente, não é o Meu.
Ter um deus ou uma religião para chamar de seu, nestes tempos onde tantas religiões se proliferam como ervas daninhas em um terreno fértil de nulidades e com tantas igrejas falando em deus numa estridente confusão de vozes, parecendo uma Babel, não está fácil. Ele precisa voltar!
Desde época em que foi falado da construção do novo aeroporto de São Gonçalo do Amarante, como a grande obra para o Rio Grande do Norte, que nos posicionamos um tanto quanto reticentes, pois entendíamos que seria muito mais viável e econômico, a ampliação do excelente e bem localizado aeroporto de Parnamirim/RN, do que os altos investimentos em São Gonçalo, que sinalizavam as autoridades naquela me momento, é verdade, motivados pela instalação no novo Aeroporto de um Centro de Conexões que nunca veio para o RN. Já desde daquela oportunidade, que defendíamos com convicção, que com a economia da reforma de ampliação do extraordinariamente bem localizado aeroporto de Parnamirim, podia pleitear a duplicação da BR 304, ganhando assim ampliação do nosso modal de mobilidade terrestre tanto quando do ampliado e maravilhoso aeroporto histórico de Parnamirim de localização estratégica, desde da época da segunda grande guerra mundial.
Não tenham dúvidas os senhores, que a duplicação da BR 304 teria sido muito mais viável e importante para o desenvolvimento do RN do que o novo aeroporto de São Gonçalo, pela força estruturante para o RN, do último trecho que falta para unir toda a região Nordeste, que resta no trecho perigoso da nossa BR 304, ligando Natal/Mossoró até Aracati, no Ceará. Nos parece muito claramente, por incrível que pareça, que faltou até o momento, vontade e visão estratégica dos nossos últimos governos, tanto federal quanto estadual, para brigar por esse importantíssimo equipamento de logística intermodal, para ligação com rapidez e segurança à nossa capital Natal e o estado do Ceará .
Temos defendido, como representante do Conselho Regional de Economia, que mas do que um interesse do Estado, trata-se de um interesse que devia ganhar forças dos próprios demais governadores do Nordeste, pois interessa a toda a nossa região, pela importância para a logística de transportes de cargas, para intensificar o turismo regional crescente e para a nossa economia em geral, por onde passa parte da riquezas e produção entre os Estados, mas notadamente, para SALVAR E PRESERVAR VIDAS.
Assim, entendemos que cabe uma ampla mobilização da sociedade Civil, Governos e nossa bancada federal e estadual para lutarem pela duplicação da BR 304 urgente, como uma prioridade do Estado e da nossa Governadora de Fátima Bezerra. Temos dois ministros de Estado e uma bancada atuante de deputados e senadores, inclusive, afirmar que o senador Jean Paul-Prates, colocou uma emenda na comissão Mista do senador, incluindo no orçamento da união a duplicação da BR 304, assim cabe a nós nos mobilizar para aprovação da referida emenda, como uma prioridade para o nosso Estado, pois é mais do que importante para a nossa economia e o crescente turismo regional, ela é indispensável para “SALVAR E PRESERVAR VIDAS”,
Por Ricardo Valério Costa Menezes Presidente do Corecon-RN
Diante do aprofundamento da desigualdade social do Brasil com a pandemia , temos que respeitar a posição e condições de cada cidadão. Uns estão enfrentado a pandemia no ar refrigerado e com suas rendas e confortos garantidos.
Enquanto a grande maioria perdeu seu empregos, 67 milhões estão vivendo exclusivamente do auxílio emergencial ou seja 1/3 da nossa população, com desconforto e com poucas perspectivas de novas oportunidades de ocupação, pois emprego infelizmente, daqui por diante, vai depender da economia se recuperar, o que em nossa visão ocorrerá lentamente e não em V como anuncia o Paulo Guedes, Ministro da Economia, quando existe uma recuperação na mesma velocidade da nossa queda. Vamos melhorar sim, mas possivelmente os novos empregos não voltarão na mesma velocidade e o momento da vez, da sociedade será do empreendedorismo, onde cada brasileiro está tentando se reinventando.
As enormes desigualdades sociais e econômicas, comparativamente seria como que, enquanto alguns, de fato, enfrentam a pandemia num mar revolto em seus iates, a maioria dos brasileiros, valentemente, enfrentam as ondas altas do desemprego a nado.
Assim, cada um pode fazer um pouquinho por cada novo empreendedor. Dando preferência à adquirir produtos regionais e produzidos no Rio Grande do Norte.. E sempre, que possível, comprar nas proximidades de sua casa. A pequena e média empresa é quem mais emprega e precisa muito de sua força e da sua preferência.
Tudo vai passar. O momento exige de todos mais solidariedade, humanidade e atitudes positivas perante nossos semelhantes.
Por: Ricardo Valério Costa Menezes -Economista Presidente do Corecon-RN