Saindo do prelo, o livro do amigo professor José Lacerda, entitulado “Constança”, sendo um romance denso, bem construído em sua trama envolvente a qual nos permite trilhar entre o real e o imaginário com a mesma intensidade. Além de toda fidelidade as tradições da linguagem, jeitos e trejeitos de nosso povo, também nos conduz a imagens que trazemos guardadas em nossos nos baús de lembranças. Estando disponível em Natal na livraria do campus da UFRN, no Sebo Vermelho, na banca de revistas do Nordestão da Avenida Roberto Freire, em Mossoró/RN na Livraria Independência.
Constança, foi editado pela Queima-Bucha, do amigo Gustavo Luz, diagramação e projeto gráfico de Socorro Brito e tivemos o prazer de assinar a capa.
Luís Carlos Noronha participa de grupo para viabilizar nominata robusta
Professor Luís Carlos Noronha incentivado por seus eleitores e admiradores, informou que há dias vem participando ativamente de encontros, reuniões conversas preliminares, na cidade de Natal e em Apodi, onde tem sua base eleitoral com alguns nomes de pretensos pré-candidatos. As articulações não param, já no último dia 14/06, o grupo realizou mais uma reunião, de forma remota, com 23 pré-candidatos, 10 nomes a mais, de quando iniciou as discussões. “Na primeira reunião, em que participamos, estiveram presentes 13 pré-candidatos de todas as regiões do RN, a últimas foram 23”, explicitou Luís Carlos.
Segundo o professor no grupo é bastante diversificado e composto políticos já testados nas urnas: suplentes de deputados estaduais, suplentes de vereadores, ex-prefeitos de cidade de porte médio e pré-candidatos a federal. “O grupo tem articuladores no Seridó, Oeste, Litoral e Agreste”, acrescenta o professor.
Ao ser questionado sobre qual seria o quociente eleitoral, afirma que será 65 mil, mas ressaltou que na eleição passada seis nomes entraram pela sobra, com pouco mais de 55 mil, inclusive o projeto do seu ex-partido, o PSOL, que nunca tinha elegido um deputado estadual. Prof. Luís Carlos e os outros articuladores têm bastante experiência e acertado sempre nas nominatas de vereadores em Natal e a última de deputado estadual. Neste projeto, acredita que de 8 a 10 mil votos, estão concorrendo as vagas de estadual.
Luís Carlos Noronha é um nome forte, sendo testado por duas vezes como vereador eleito por Natal e hoje é primeiro suplente de deputado estadual. Natural de Apodi, detém no currículo curso de engenharia, mestre em física, pós-graduado em gestão pública e ciências políticas, além de professor de cursinho preparatório e pós-graduado no ensino de Química e Matemática, também bastante é conhecido em Natal por sues aulões gratuitos para o ENEM, no conjunto Potilândia, zona sul. Luís Carlos objetiva junto ao grupo viabilizar a candidatura dos 48 nomes para uma nominata robusta, construindo assim, uma alternativa viável para a povo potiguar.
“Se todos conhecessem a intimidade sexual uns dos outros, ninguém cumprimentaria ninguém.” Disse o dramaturgo Nelson Rodrigues “despindo” os moralistas que “ostentam” ou pensam que têm a “alma branca lavada com Omo Total”, Caetano Veloso foi mais sútil em sua bela música Vaca Profano, versou “De perto ninguém é normal”, já o jornalista Millôr Fernandes, na mesma vibe escreveu: “como são maravilhosas aquelas pessoas que não conhecemos muito bem”. Estas três frases bastam para nos jogar nas fuças que é nulo e tolo nos esforçarmos e ficar pé insistindo exibir uma transparência absoluta inexistente. E, certamente, por isso mesmo, somos compelidos – às vezes por ingenuidade, ignorância e outras por pura vaidade – a cairmos em algumas armadilhas: somos enganados por não termos o pleno conhecimento do outro e, portanto, somos suscetíveis a ser “passados para trás”.
E quando aplicamos este conceito à política, a miopia e o estrabismo se estabelecem fazendo moradia. Assim como quem está apaixonado e não percebe os “defeitos” do outro, porém quando a paixão desce pelo ralo todas as qualidades, antes vistas, seguem o rastro e surge o restabelecimento da razão ou realidade. Segundo os filósofos – plantonistas do feicebuque – dizem quando somos “flechado” pelo rechonchudo anjo do cúpido, nos “embriagamos” por outra pessoa, se idealiza uma imagem e vestimos a amada com esta miragem, claro, com todas os predicados que temos em comum, nos permitindo a ficar em estado hipnótico, em êxtase. Afinal, encontramos nosso par perfeito que compartilha todas as nossas “fantasias”, ideais e vontades alojadas lá nos recôncavos mais sombrios do cérebro – quando se possui um -. Mas, tenho a impressão que isto só pode ser posto às pessoas comuns, assim como e você, porque a qualquer momento podemos sentir “a ficha caindo”, despertamos e voltamos à luz. Claro, a decepção pode querer lhe fazer aconchego e ser companhia de divã. Mas, ainda assim, diria que ser natural a pobres mortais.
Isto posto, devo afirmar: há pessoas transparentes e cristalinas como água de cacimba de rio, dormida, que não deixam dúvidas do que, de fato, realmente são:
FRASES DE BOLSONARO:
“Eu sonego tudo o que for possível”
“Pobre só serve para votar. Título de eleitor na mão e diploma de burro no bolso”. Bolsonaro
“Espero que o mandato dela acabe hoje, infartada ou com câncer, ou de qualquer maneira”.
“Só não te estupro porque você não merece”
“Eu sou favorável à tortura. Tu sabe disso”.
“Quilombola não serve nem para procriar”
“Polícia brasileira tinha que matar é mais”.
“Para mim é a morte. Digo mais: prefiro que morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí. Para mim ele vai ter morrido mesmo” (2011)
“Por isso o cara paga menos para a mulher (porque ela engravida)” (2014)
INDÍGENAS
“Ele devia ir comer um capim ali fora para manter as suas origens” (2008)
“Menos direito ou todos os direitos e menos emprego”.
Não poderia ser mais transparente, translúcido e um livro aberto a pessoa que cunhou estas pérolas acima, logo não estaríamos cometendo nenhum absurdo denominar seu autor de sonegador, anticristão, estuprador, racista, torturador, fascista, golpista, machista, homofóbico, misógino…Do mesmo modo não correríamos riscos algum afirmando que os eleitores que levaram esta nefasta figura desumana ao Palácio do Planalto, certamente concordam com pelo menos uma ou mais destas frases, se não todas e suas ideias. Se assim não fosse, não teriam tornado Bolsonaro Presidente e continuar apoiando-o.
Então, não cabe o conceito das frases inicias do texto ao eleitor do Capitão Bufão, isto é, não pode argumentar que foi enganado, na verdade, é no mínimo cúmplice de suas falas e atos e, portanto, responsável também por seus desatinos.
Empestando o ar
o Capitão Bunda-Suja Bufão, infelizmente, decidiu empestar o ar de nossa terra, em solo sagrado segurou uma criança no colo e criminosamente retirou a máscara que o inocente usava. Logo após sua partida precipitou-se uma tesuda chuvarada – como dizia Queiroz – lavando o chão onde o Coisa Rui pisou. Deus é Pai!!!
Pergunta
Perguntaram se eu votaria em um candidato de direita para derrotar Bolsonaro. Derrotar Bolsonaro não é uma questão ideológica, mas de sobrevivência da democracia.
Luís sabe o que diz
O deputado Luis Miranda (DEM/DF) que fez acusações pesadas na compra da Covaxin pelo Governo Federal, levantando suspeitas de corrupção, é um velho conhecido da polícia brasileira como estelionatário tendo uma vida pregressa bastante agitada. Morando nos Estados Unidos voltou ao Brasil como deputado eleito pelo Distrito Federal. Que dizer, sabe o que está falando, de quem está falando, é um entendido do borogodó.
Frase
“Se a Covaxin derrubar o Bolsonaro será considerada a vacina mais eficaz do planeta!”, Jornalista José Simão.
“Quanto mais certezas você tem, menos você leu, menos você viveu” – Luiz Felipe Pondé – Filósofo
Diz o dito popular, em resposta de quem se sentiu ofendido “Não me meça com sua régua”, bela réplica. Mas, ora vejam: Nós sempre usamos nossa própria “régua” para balizar opiniões, isto é, os pensamentos e ideias expressadas estão sempre alicerçadas em nossas experiências, convicções morais, religiosas, culturais e intelectuais. Não há como usar régua alheia para isto, e, se mesmo assim o fizermos, deixaremos de ser vetor para sermos apenas um canal.
Algumas pessoas confundem e claro, usam a própria “régua”, como fazemos todos nós, que por ser petistas – não sei nem se sou. Não milito: voto – sou cego, não tenho senso crítico, quem assim procede, certamente, não conhece meu passado e presente. Vou falar algo que já pontuei antes por diversas vezes: Fui um dos que fizeram multidão na capela do Hospital Duarte Filho, em Mossoró, para fundar o PMDB, lá pelos anos 80 – o então MDB – depois fui número na fundação do PT de Mossoró/RN, porém, nunca me filiei a nenhum das duas agremiações. E por que não o fiz? Simples: para ter as minhas próprias conclusões e delas ser prisioneiro ou tê-las como “travesseiro” e poder viver sem amarras compromissadas com qualquer regra, doutrina ideológica partidária. Pode até parecer arrogância, creio que não seja. Assim como um andarilho que não bebe água, apenas de um rio, sinto necessidade de beber de várias fontes. Não creio em nada cegamente.
Muito cedo aprendi que toda história tem dois lados, por isso mesmo, me designar de radical, é um risco n’água. Eu tenho lado – e por tê-lo já fui cunhado até de lixo, mas aí é outra história – e convicções bastante firmes, porém não são imutáveis, bastam me convencer ou minha velha memória perceber o erro para serem evaporadas.
Nos deuses? Rezo por precaução. Na Ciência? “Boto fé” com um pé atrás. Pois, a própria não é definitiva (e cá pra nós pobres passageiros: definitivo somente a morte). Sou de um tempo em que ela tornou réu e crucificou o pobre do ovo de galinha, argumentava que nós indigentes mortais, estávamos com as veias entupidas com colesterol oriundo do nosso ovo de cada dia, hoje, restaurou-lhe o estatus de inocência e, mais: recomenda o consumo com certa frequência.
Logo sexagenário – o que também não quer dizer que me tornei sábio, estou convicto que morrerei um velho tolo – que sou, tenho mais ainda milhares de razões para usar meu desconfiômetro, exagero? Não sei, talvez sim em algumas questões ou talvez não, isto, provavelmente, diria mais assertivamente alguém que quer me vender gato por lebre. Desconfio das vacinas? Sim, de todas, pelos mesmos motivos que confio, isto é, balizo decisões e premissas em minha ignorância cavalar, entretanto, há mais motivos para confiar que o contrário. Não vejo mais crianças com Poliomielite Sarampo, Varíola, Difteria…
Tomaria a vacina? Sim, já tomei a primeira dose da Astrazeneca. Entretanto, tomaria qualquer uma outra, uterina da China, Estados Unidos, Rússia, Reino Unido ou do Paraguaio, morrendo de medo da reação – como, de fato, tive – porém, vou tomar a segunda dose da vacina de Oxforf.
Portanto, as bobagens que escrevo, não têm pretensão de convencer quem quer que seja ou ainda, doutrinar ideologicamente nem meu cão – que não possuo -, ledo engano de quem assim puder pensar, pois, certamente, delira igual a mim, pois, os meus maus escritos às vezes são apenas devaneios, reconheço e, por isso mesmo, não merecem maiores atenção de pessoas mais sensatas. Por outro lado, também não escrevo para agradar ninguém. Agora, pôr as minhas lindas mãozinhas – que meus netinhos beijam – no fogo por ninguém, ah! Isto não faço nem a pau Juvenal
Sabugo
Outro dia, vi um anúncio de bucha orgânica para tomar banho, daquelas que brotavam nos tempos de quintais, lá nos Paredões, em Mossoró/RN.
Entendo, compartilho da preocupação com a degradação do meio ambiente e colaborar com a preservação do planeta é um ato de sobrevivência de todos nós. Só espero que não inventem de trocar o papel higiênico por sabugo.
Canalhas
Temos uma tendência natural a criar heróis e mitos, talvez, para justificar nossa própria incompetência de feitos além de nossa mediocridade. Convivi com alguns heróis com pés de barros, de alguns nem escombros perduram. outros ainda resistem, uns até por merecimento de ofício, entretanto, logo abaixo da epiderme até a alma, tudo é pútrido.
Entretanto, agradeço-lhes o convívio, foi aprendizado para não me tornar um deles.
Maria
Em que pese os males trazidos pela pandemia, em meio a perdas de irmãos e amigos, despertou em Maria sua adormecida veia das artes plásticas. Maria voltou a pintar.
Caricatura
Um belo achado. Em minhas incursões nas redes sociais tive o grato encontro com Karina Pereira, uma menina de apenas 11 anos desenhando como gente grande. Uma joia rara que está sendo lapidada no Belém do Pará.
Frase
“Os canalhas não só envelhecem, como o vinho, depuram, lhes restando essencialmente a canalhice”. – Brito e Silva
“O Brasil não é um país sério” cunhou o francês Charles de Gaulle. E é preciso fazermos uma “mea culpa” admitindo que o general tinha e, para nossa vergonha mais ainda, continua com nítida razão, se um dia quisermos almejar a soleira da civilização.
Somos obtusamente cínicos. Um país onde em toda sua história republicana dos 38 presidentes, apenas 5 terminaram seus mandatos, portanto, nossa relação com a democracia é aos trancos e barrancos, entre tapas, beijos, golpes e torturas, isto mostra nossa desmascarada simpatia aos regimes antidemocráticos.
Mesmo que muitos insistam em se esconder ou dissimular que o atual governo central não vetorizou, amplificou e quase que deu uma garantia, para estas forças nefastas saíssem das sombras e de cara limpa fossem aos bares exibir suas tendências nazistas usando a suástica (símbolo do nazismo), isto é tão nítido quanto um dia a vida definhará.
O próprio presidente Tapir, em sua burrice esférica, é notório atos contra imprensa, negros, mulheres, professores, culturas, artistas, trabalhadores dão sustentabilidade a tese de sua simpatia ao nazismo e, por isto, já foi repreendido por diversas versas por líderes mundiais, por negar o holocausto. Em entrevista já disse que seria um soldado de Hitler, mesmo sabendo de toda atrocidade cometida.
“O Brasil não é para principiantes”, frase creditada ao Tom Jobim. Mais que certeira. No Brasil é possível negro ser racista; judeu nazista; cristão tem simpatia pela tortura; mulher é machista; gay homofóbico; democratas pedem intervenção militar; trabalhador apoia sindicato patronal; pobre pensa que é rico…
Acabo ler um post no Feice que em Natal surgiu o Movimento de Arte Neonazifascista. Definitivamente, não somos sérios.
Festival cartunista Jal e do Gual O prazo para a inscrição vai até o dia 31 de maio. Além das caricaturas do Jal e do Gual (uma de cada, individualmente) você pode enviar até 3 caricaturas de cartunistas brasileiros.
Em geral, quando se encontra algo fora da curva, distante do cotidiano, para exaltar afirmamos que tal seguimento tem “salvação”, portanto digo: nossa arte, o desenho tem salvação.
Neste campo árido de ideias e senso comum de paz e harmonia coletiva escassos onde todos buscam impor suas verdades, transformando as redes sociais em um campo infértil, eis que surge uma Flor do Deserto, bela única, robusta, forte, porém, delicada, suave, cheia de luz, como a arte deve ser. Falo da pequena paraense, Karina de Souza Pereira, filha do casal Eliete de Souza Pereira/Luiz Henrique Moura Pereira, que na página de sua mãe no Facebook – Eliete Pereira – vem encantando a todos com seus desenhos de traços firmes e precisos os quais com suas cores fortes nos conduzem à contemplação. Karina passeia com sua identidade por cartuns, charges, caricaturas, tirinhas e ilustrações. Karina é pura arte.
Karina, a pequena notável, ainda é uma criança de 10 anos, cursando a 6ª série do Ensino Fundamental do Centro Educacional Kyoco Oti (Escola japonesa), em Belém/PA, onde reside. Segundo sua mãe Eliete, logo aos 4 anos de idade começou seus primeiros rabiscos sem que alguém lhe impusesse e quando aprendeu a ler, sua mãe passou a abastecê-la com os gibis: Mônica, Turma da Mônica, Pateta, Mikey Mouse, dentre outros. Conseguindo atenção de todos ao seu redor: colegas do transporte escolar, colegas de classe, professora, diretora faziam fila para ter seus desenhos.
“Em 2018, em sala de aula, os próprios colegas organizavam um curso que ela ministrava para eles. Ela tinha até uma secretária que era sua coleguinha e cada aluno dela tinha aulas grátis”, explicitou, Eliete, mãe de Karina.
Mas, na casa do casal Eliete/Luiz Henrique, há outro talento dos traços. Elite diz, que como mãe sempre incentivou seus dois filhos ao desenho. Bruno, irmão de Karina, também desenha muito bem, mas não gosta de publicar, talvez por timidez: “Coloquei-os em curso de desenho do professor João Bento (Belém-PA), de 2018 até 2019. Após isso ela mesma iniciou por sua conta o desenho Digital que hoje também é uma paixão. No início da pandemia, Karina quis desistir da arte, então eu comecei a desenhar caricatura (horrível por sinal) para atraí-la quando pedia ajuda, ela ria, ficava comovida e finalmente começava a desenhar, ufa!”, expressou Eliete.
Nota-se que a mãe de Karina, é uma grande incentivadora, também sua maior fã. Diz que a arte é fundamental na vida e que todos ficam hipnotizados com tanta beleza de suas obras da pequena artista. Também afirma que compra todo material de pintura e desenho que ela necessita para fazer sua arte.
Evidentemente, Karina ainda é uma criança e muita coisa pode e vai mudar, sem dúvida alguma. Entretanto seu empenho e desenvoltura pelo desenho com puro talento nato, artes, natureza – onde seu estado é exuberante – animais e um desejo enorme de um mundo melhor, certamente, ainda há esperanças para nós todos. É bonito e honroso de se ver um talento brotar com toda sua inocência verdadeiramente inata: “Eu fico com a pureza da resposta das crianças, é a vida! É bonita e é bonita!…
Nosso certificado de participação no Salão de Humor de Caratinga.
Exposição nas plataformas digitais do Salão de Humor de Caratinga A exposição virtual de caricaturas denominada “A Voz”, em homenagem ao cantor caratinguense Agnaldo Timóteo, organizada pelo cartunista Edra, estará a disposição para visitação do público em todas plataformas do Salão Internacional de Humor de Caratinga a partir de 3 de maio, quando se completa um mês do seu falecimento. São caricaturas enviadas de cartunistas de vários estados do Brasil e também do exterior.
Exposição “A VOZ”, será inaugurada amanhã, quando completará um mês da morte do cantor.A exposição virtual de caricaturas denominada “A Voz”, em homenagem ao cantor caratinguense Agnaldo Timóteo, organizada pelo cartunista Edra, estará a disposição para visitação do público a partir de amanhã, 3, na fanpage e no blog do Salão Internacional de Caratinga. São caricaturas enviadas de vários estados do Brasil e também do exterior. Na edição de hoje o Diário de Caratinga apresenta o trabalho de alguns cartunistas que estarão na mostra.
A primeira vez, daqui do terceiro andar, que vi meus filhos e netos lá embaixo, no estacionamento sem sentir o cheiro, sem poder tocá-los, sem ver os olhos deles, me deu um nó na garganta e os meus começaram a minar como os olhos de um condenado, que inerte, sente apenas o frio do fio do machado cortando o ar descendo em direção do seu pescoço e, somente uma imensa tristeza invade a alma.
Esta cena se repetiu neste último ano e ainda continua se multiplicando. Outro dia toca o meu celular era Felipe, meu genro, com minha neta Valentina, filha de Pollynne, lá embaixo, que o “obrigou” a vir aqui, porque ela insistentemente dizia estar morrendo de saudades dos avós. Lá de baixo mandou uma porção de beijos e foi-se embora com sua saudade matada, deixando a nossa cada vez mais doída.
Outra vez, aliás, no natal passado Jade/Roberto trouxeram sua filha, nossa neta, nós fomos até à portaria, ficamos a mais de dois metros deles e devidamente mascarados. Lívia quando nos viu estirava os braços em nossa direção e balbuciando vovô – Maria jura até hoje, que ela dizia vovó – e nós ali paralisados, sem podermos avançar nenhum centímetro, ela olhava para mãe como se perguntasse porquê de nós não tomá-la nos braços, repetiu o gesto por diversas vezes. E como se fosse para driblar nossa memória futura, a cena se repetiu logo depois com Valentina trazido por Pollyanne/Felipe. Não resisti. Subi com os olhos marejando.
É verdade que aprendemos a lidar com esta nova situação, até com um certo controle emocional para poder permanecer saudável mentalmente. Mas não me transformei sólido e duro quanto o mármore. Sei, que feitos condenados estamos todos em prisão domiciliar, vigiados por milhões de legiões invisíveis prontas para surrupiar nosso último suspiro, nossa alma. Nesta solitária os sentimentos e sentidos oscilam em um vai-e-vem como as ondas dos mares que teimam em subir à areia branca e se banharem ao sol, mas não vão além da última espuma seca. Entretanto, como pingente me apego aquelas cenas dos netos no estacionamento, igualmente uma âncora que penetra o solo marinho parando o transatlântico sobre as águas ou como a raiz fincada no alto da colina suporta o balanço do capim durante o temporal mais medonho sem deixa-lo perder a honra. Assim me posto, convicto que passada a tormenta estaremos todos juntos e, talvez, credite isto de “novo normal”, antes disto, jamais!
Como chamar de normal não poder abraçar meus filhos e netos? Como chamar de normal mais de quatro mil mortes por dia? Como chamar de normal mais de 360 mil mortes? Como chamar de normal a ineficiência voluntária e genocida do Governo Federal? Parece óbvio que não é normal. Mas, também nunca foi tão preciso dizer o óbvio: isto não é normal, é óbvio, e menos ainda “novo normal”, se o é, protesto e não aceito.
O normal ou novo normal frente a pandemia seria o Governo Federal logo no primeiro momento ter comprado as vacinas que foram disponibilizadas, falar ao povo da necessidade do uso de máscaras, de não fazer aglomerações, ter implementado uma força tarefa para cuidar da crise sanitária que se mostrava no horizonte, ter implementado um Auxílio Emergencial capaz de manter as pessoas alimentadas e pagando suas contas básicas sem a necessidade de sair às ruas atrás do pão de cada dia. Isto sim, seria um “novo normal”. Não temos “novo normal”.
Normal ou novo normal será quando meus netos, filhos, pais, irmãos e amigos couberem num abraço.
Editais
Tenho uma vontade danada de um dia participar de algum edital estatal, seja ele com RG municipal, estadual ou federal. Até tentei participar da Lei Aldir Blanc, mas quando abri, percebi que estes “troços” não são escritos para gente de baixo QI, como eu. Recorri a um amigo especialista, de pronto disse precisar de ajuda de um outro especialista, que também iria carecer de um terceiro. Desisti. Fiquei lambendo o dedo.
Pedro, o esnobe
Para ficar bem na “telinha” e com seus pares de direita do “Manhattan Connection”, no 14 de abril, o jornalista Pedro Bial, tido como inteligente e cortes, perdeu fleuma. Talvez para mostrar aos Marinho, seus patrões, que mesmo em dando entrevista em outra tv, se mantém firme ao antipetismo implementado pela Globo.
O Pedro, grosseiro, preconceituoso, presunçoso e esnobe afirmou que só entrevistaria Lula com ajuda de um polígrafo. Ainda não aprendeu que o mundo gira e a terra é redonda.
Polígrafo
Fico imaginando o Capitão Bufão sendo entrevistado pelo “Pedroca’ com o auxílio de um polígrafo. Certamente, daria um trabalho danado à logística. Pois, teriam que levar todo estoque para o estúdio ou a entrevista seria no almoxarifado para facilitar a reposição do polígrafo a todo instante.
Fogo baixo
O nosso Fogão anda mesmo em fogo baixo. Eliminado da Copa do Brasil pelo ABC de Natal, em um jogo sofrível. Diz meu amigo Delegado: “Com esse joguinho perde até para o Potiguar, e ele torce pelo Leão da Doze”. Isto já me conformaria.
O Conde
O amigo, Rubens Coelho, chamado de Conde por todos, disse “Não dá para viver sem chorar com o normal bolsonariano com essa diabólica pandemia”. É verdade. Mas, também não dá para viver sem lutar.
Caricatura (Seu Jorge)
Desenho do cantor e compositor Seu Jorge, que ilustra nosso e-Book 200 Caricaturas de Astros da Música Nacional e Internacional, disponível no site https://blogdobrito.com/loja/ Para quem gosta de caricatura e música é uma boa pedida.
Frase
Inspiradora e contunde frase do meu amigo Delegado (porteiro, filósofo, monge e sociólogo): “Quem mente, mente!”
O mercado do sexo virtual levantou o astral dos empresários que entendem do borogodó e seus cofres prazerosamente estão indo ao clímax, provando que no duro dá para ganhar dinheiro com o sexo. Neste trabalho não tem moleza. A mão de obra especializada está dando tudo de si e um pouco mais, trabalhando diuturnamente para poder gozar de uma tesuda conta bancária advinda do cibermercado sexual e deixar muitos seus clientes de mãos peludas.
É movimentada anualmente uma gama enorme de produtos neste mercado multimilionário, cada vez crescente: fotos, vídeos, filmes, sexo explicito on-line, instrumentos, “brinquedos” e jogos sexuais, conversas estimulantes, entre outros, o cardápio tem a gosto do freguês. Na Califórnia, Estados Unidos, são produzidos, todos os anos, cerca de 11.000 filmes de pornô hard-core, o que demonstra o gigantesco tamanho do mercado e sua demanda. De acordo com o “libido” do seu cartão de crédito, o ponto G é o limite.
Pesquisas indicam um aumento expressivo durante a pandemia por brinquedos sexuais e em mais de 50% na busca por sites pornográficos. Atualmente, existem 25 milhões de sites pornôs pagos e grátis, sendo que eles representam 12% de todos os sites da internet é mais de 30% de todo o tráfego online do planeta.
A professora norte-americano do Arizona/USA, Courtney Tillia, 33 anos, com mestrado em educação especial, decidiu despir-se da beca de professora, largou seu emprego para se dedicar ao OnlyFans, certamente, foi aprovado com louvor por seus alunos assinantes, haja visto que suas páginas de nudes e poses sensuais lhe rendem de 100 a 500 mil dólares ao ano.
Mas, para os que têm um potencial financeiro menor, há os sites pornográficos gratuitos, prazerosos à primeira vista, na verdade para os mais afoitos e desavisados podem ser uma arapuca, sem falar da multidão de profissionais da chamada “vida fácil” que navegam atrás de qualquer um que cai na rede a procura e uma “mãozinha”.
Por aqui, na terra de Tupã o negócio também subiu. Já existem algumas figuras famosos usando OnlyFans, entre elas a nossa Anita. O que me deixou encafifado, é o que será que ela vai mostrar e oferecer aos seus fãs que ainda não vimos nos seus clipes? Bom, esperemos.
Porém, se você pretende pôr sua piroga para navegar nas gélidas águas da internet, preste atenção nos ventos de popa, que ao invés de um porto seguro podem fazê-lo baixar o mastro diante de tempestades tortuosas. Há belas mulheres enviando fotos nuas a navegantes de primeira viagem, os chamados “nudes”, depois começam a fazer chantagens. Lembram do filme Piratas do Caribe? Pois, bem, muito cuidado com o canto das sereias, o final pode ser brochante.
Brilha uma Estrela
“Ô ô ô, o campeão voltou!” costumam cantar por estádios afora fanáticas torcidas de futebol para seus times do coração. Ora, e por quê não dizer: “Ô, ô, ô, Lula voltou!!!”.
Lula voltou
Sim, ele voltou, Lula está de volta e, certamente, tem grandes chances de ser nosso presidente nos levar a patamares civilizatórias aceitáveis. Nos colocar novamente no cenário internacional não como uma nação pária, de bárbaros e sim como uma grande nação que merece e respeita todas as convenções das quais é signatária e com honra, altivez, sem se rebaixar, colocar-se em seu merecido lugar de destaque nas políticas de interesses mundiais.
Entretanto, para fechar o ciclo, se faz necessário, desmascarar o Moro, “herói dos pés de barros”, com a confirmação da 2ª Turma do STF, de sua suspeição para que todos saiba que o deputado Glauber Braga, (Psol/RJ) tinha razão quando disse que o ex-juiz Moro entraria para história como “juiz ladrão, capanga de Bolsonaro”, confirmando o que Lula dizia desde há muito.
Lula Voltou II
Essa nova jornada de Lula já começa obrigando uma engenharia na retórica da direita. O PSDB desenha um discurso, no qual mostra sua diminuta capacidade eleitoral onde prevê um cenário no qual não se coloca na disputa direta contra Lula nas próximas eleições de 2022, e sim, diz claramente que a disputa ficaria entre Lula e Bolsonaro e que a polarização entre Lula e Bolsonaro é ruim para o Brasil.
Não poderia ser mais contundente, esta sentença é uma declaração de incompetência incontestável.
Efeito Lula: Depois de sua fala na última quarta-feira(10), toda cúpula ministerial do Palácio do Planalto mudou de postura, apareceu, inclusive, o Presidente Bolsonaro, usando máscaras.
Caricatura
Desenho da mossoroense Marieta Lima, artista plástica e professora de artes, que estará nas páginas de nosso próximo livro, ainda sendo gestado.
Frase
“A verdade venceu e vai continuar vencendo.” Luiz Inácio Lula da Silva
Ontem(9) à noite, meu amigo jornalista Paulo Procópio, o qual conheci lá pelas redações d’O Mossoroense ou Gazeta do Oeste, me enviou essa foto sobre uma exposição de Caricaturas que fizemso no Restaurante Travessia, do amigo Flávio Gurgel. Promovida pelo saudoso amigo Caby Da Costa Lima, nosso Camaradinha que hoje mora com o JC, – como costumava denominar Jesus Cristo – isto em 28 de novembro de 1993. Cefas amigo, você tem razão, na matéria diz que a minha exposição na casa do jornalista Dorian Jorge Freire, foi no ano anterior, portanto, em 1992. Os 60 anos desmatou-me a cachola e parte da memória aproveitou e desceu a ribanceira.
Duas pessoas confessavam entre si suas angustias do ano que pereceu, bem aqui, abaixo da soleira de minha janela. Entre rosários de lamúrias e desventuras, uma delas citou a decepção com o Bolsonaro. Quase gritei “cada um tem o Presidente que merece”, percebi não merecer.
Eu, por outro lado se fosse imprimir uma retrospectiva de 2020, fazia um command C, command V da “Veni, vidi, vici” – Vim, vi e venci — frase em latim, tatuada ao cônsul romano Júlio César em 47 a.C.. A qual estava em mensagem enviada ao senado romano anunciando sua vitória sobre Fárnaces II do Ponto na Batalha de Zela. Vencemos todos, somos vitoriosos sobreviventes. Certamente, menos aquelas famílias vítimas do feroz vírus e da incompetência da besta-fera bufônica.
Mas, devo confidenciar: se não fosse a saudade dos meus netos e filhos que corrói o coração causada pelo isolamento social decorrente deste virulento e maldosos vírus e tudo que o envolve, apesar de Bolsonaro, do ponto de vista profissional, o ano que abriu a década não foi tão ruim assim.
É verdade que havia agendamento do lançamento do livro 200 Caricaturas de Astros da Música Nacional e Internacional para julho, por força da pandemia fomos obrigados a transformar em um e-book, e ancorá-lo no www.blogdobrito.com/loja/, também tivemos que suspender a exposição virtual de caricaturas, para promover o livro e oportunizar amantes deste tipo de desenho e músicas terem esse contato, esta seria realizada no Cebo Balalaika — Natal/RN —, por motivos diferentes também não realizamos uma exposição virtual programada pela Secretária de Cultura da Prefeitura de Mossoró.
Foram alguns percalços que certamente, muitas outras pessoas também sofreram pela mesma motivação. Entretanto, participei de cinco festivais de cartuns, três no Brasil e dois na França: I Festival Internacional de Caricaturas e Cartuns — do Maciço de Baturité/CE, em homenagem ao grande cartunista cearense Mário Mendez; XII Salão de Humor — Humana Saúde/Medplan, entre os quase três mil participantes, com a caricatura do cantor Milton Nascimento fiquei entre os duzentos selecionados; 42º Prêmio Jornalístico Vlademir Herzorg, ganhei o prêmio coletivo na categoria Prêmio Destaque Vlademir Herzorg com Charge Continuada – Somos Todos Aroeira e na Exposição do “Pandemonium” Festival Internacional de Caricaturas e Cartuns de Saint Juste Le Martel(FR) e Marseille(FR), em palestra do ex-Presidente francês, François Hollande, sentou-se na frente de minha caricatura retratando presidente Bolsonaro, exposta logo acima de sua cabeça. Segundo o cartunista potiguar e o criador do Festival, Joe Bonfim, o registro fotográfico ilustrou os principais jornais franceses e europeus que estavam dando cobertura ao evento, então, não posso me queixar.
Ilustrei livros e caricaturei muita gente. Me desculpem os demais amigos, mas, desenhei um livro que certamente, pelo valor de sua importância histórica, fiquei bastante feliz em fazê-lo, foi o livro do poeta Caio César Muniz, no qual faz homenagem aos cem anos de Vingt-un Rosado.
Claro, que flores têm espinhos. Também tivemos alguns embates políticos desagradáveis e estéreis, perdemos amigos para Covid-19, arranjamos algumas malquerenças vãs, muitas destas, como dizia vovô – in memoriam – lá do jornal O Mossoroense, “sai na urina”. Porém, com muita esperança na vacina para poder abraçar meus netos e filhos, o impeachment do Boca de Esgoto, logo 2021 não poderá ser menos que 2020.
Direito As convenções, regramentos, leis, protocolos são instrumentos civilizatórios, são linhas limites, freios aos nossos instintos primitivos. Quando estas linhas são ultrapassadas perdemos o respeito a estes instrumentos, nos tornamos bárbaros, selvagens e torturadores aonde impera a lei do mais forte. O grande sonho do Bufão Boca de Esgoto.
Culpa Dizer que o povo, por motivos mil, anda ressabiado com a política e sua tríade que forma o poder democrático, isto seria chover no molhado. Entretanto, afirmar que este mesmo povo tem neste arcabouço uma boa parcela de culpa também seria verdadeiramente verdade, então logo, precisamos todos rejuvenescer. Uma “mea culpa” sincera, talvez, nos fizéssemos enxergar melhor o futuro.
Twitter “Vacina sim, cloroquina não. Vacina sim, porte de arma não. Vacina sim, sem furar a fila, sem aglomerar, com máscara”, estava lá no Twitter do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves, no 17 de fevereiro de 2021. Ora Carlitos, quem patrocina o contrário disto, é o seu apadrinhado, prefeito Álvaro Dias, entupindo UPAs com o kit do Bufão: Cloroquina e Ivermectina. Nem vem que não tem.
Armas É notório a todos o sentimento de antipatia do Capitão Bufão, Boca de Esgoto, dedica a democracia e a vida humana. Haja vista seu comportamento diário ignorando todos os protocolos sanitários e suas falas. Se não bastasse, desnudado de qualquer sentimento cristão, publica decretos flexibilizando a compra de armas de fogo por pessoas comuns. Enquanto o mundo implementa uma corrida contra o tempo, buscando maneiras para apressar o fim da pandemia e consequentemente salvar vidas, aqui a morte é louvada e o vírus desdenhado.
Armas II Para muitos estes decretos, que a princípio têm o inocente objetivo de armar o “cidadão de bem” para que possa se defender da violência que permeia o país, na verdade, camufla a real intensão do Capitão, que seria de armar seus asseclas, que numa possível derrota em 2022 irão às ruas armados, talvez até invadir o Congresso Nacional e o STF. Para nortear e alicerçar a tese, existem inúmeras falas do Capitão, a um clique de qualquer cristão.
Batalhas Há batalhas que não precisam acontecer, mas se travadas, não merecem ser vencidas e se ainda assim, vencidas forem, laureadas não serão, pois, nelas poucas ou quase nenhuma honra existem.
Caricatura Caricatura da poetisa acariense, Jeanne Araújo, que ao lado de outros 99 escritores potiguares, também estará ilustrando as páginas de nosso próximo livro, programado para o final de 2021.
E-mail recebido do amigo cartunista Joe Bonfim, potiguar da gema, morador de Paris há mais de 20 anos, criador e um dos organizadores da exposição:
Caro Caricaturista ou cartunista, Obrigado pela sua participação à nossa Exposição “Pandemonium” no Festival Internacional de Caricaturas e Cartuns de Saint Juste Le Martel, na França. Eu aproveito esta mensagem para agradecer e enviar seu diplôma de participação. Esta exposição vai viajou, Até Marseille, no sul da França. Cordialmente e até o ano que vem! Obrigado pela consideração e confiança, Cuidem se bem, Um grande Abraço, Joe Bonfim, de Brasil-Cartoons, Criador e organisador da exposição junto com os co-presidentes do Centre Permanent de St Juste Le Martel.
O escritor Machado de Assis, cunhou um extraordinário conceito entre as diferenças que coabitam o Brasil, porém, separadas pelas castas: O Brasil real e o Brasil oficial. Para Machado o país real é bom, e reserva os melhores instintos. O país oficial é caricato e burlesco.
O Brasil oficial é do Capitão Bufão, que ignora a pandemia, afirmando tratar-se de uma “gripezinha” e, quando não, diz que esta se aproxima do “finalzinho” quando, na verdade, ainda estamos na média de 600 vidas ceifadas pela COVID-19 por dia, em total de mais de 165 mil e, talvez, já surfando uma segunda onda. O país oficial é o estado da negação das ciências, da exaltação à ignorância, onde 6.671 militares receberam o auxílio emergencial – criado para aqueles trabalhadores que não teriam renda durante a pandemia – e não devolveram, do descaramento e do sorriso amarelo. O país que será um dos últimos a vacinar seu povo, porque o presidente é obscurantista, obtuso embebido de ignorância ímpar.
O país oficial é glamouroso nas telas, telinhas e telões: explicitamente editado e reeditado nas novelas globais, no Mais Você onde Ana Maria Braga dita receitas às festividades de dezembro da fanfarrona e bolorenta classe média posar de rica, nas redes sociais.
Outro dia, seguindo conselhos do meu fisioterapeuta – meu genro Roberto Freire – exercitando os dedos no meu poderoso Remote Control tropecei no talk show Casos de Família, apresentado pela jornalista Christina Rocha. Programa que é a cara do Brasil real, do qual muita gente “chic” e alguns falsos, pseudos intelectuais torcem o nariz, o denominam de brega e “coisa de pobre”, mas, que certamente, silenciosamente assistem e, na maioria das vezes, se reconhecem nos “casos” expostos: há brigas, puxões de cabelos, gritos, palavrões expressados pelos convidados. Estes que são pessoas comuns das periferias das grande cidades do “sul maravilha” e seus dramas cotidianos, que na tv, aos olhos de muita gente viram piadas e destas não merecem um olhar mais atencioso, mais caridoso, mais acolhedor ou mesmo uma lágrima de remorso.
O Brasil oficial é arrogante, mentiroso, sujo, ilusionista onde abriga um Luciano Huck, que faz do Lata-Velha, ‘Lar Doce Lar’ e seu Caldeirão de quadros para grandes audiências do Ibope, assim poder suportar sua vida nababesca e, talvez alicerçar uma possível candidatura à Presidência da República; que faz herói um juiz que levou o país a uma crise política e econômica sem precedentes, em nome de uma falsa e mentirosa “guerra” contra a corrupção, prendendo e destruindo reputações, pichando empresas como “antro de corrupção” e hoje, sem constrangimento algum, bem à vontade se encontra trabalhando para estas mesmas empresas. O Brasil Oficial é horrorosamente abençoado por um querubim caído.
No Brasil real moram milhões de almas piedosamente alegres, apesar da dor e das mazelas seculares que lhes impuseram; nele há milhões lutando bravamente nos hospitais, UPAs, Postos de Saúde e outros tantas em laboratórios, freneticamente buscando frear este maldoso vírus. Vivas ao Brasil real.
Como diz Chico, “esta terra ainda vai cumprir seu ideal”.
Epitáfio
O que esperar de 2021? Ora a vacina. Não podemos supor que alguém mude, o sol passe a nascer no oeste, o gato deixe de miar porque começa um Ano Novo. Entretanto, toda e qualquer mudança permitida começa em você e mude enquanto é tempo, depois não adianta cantarolar, com a voz embargada e os olhos cheios de falsas lágrimas: “Devia ter amado mais, ter chorado mais…”.
Salários
Álvaro Dias, como todo político de carreira sem o menor compromisso com o povo, deixou o funcionalismo municipal a ver navios, isto é, sem salários de dezembro. Eleito, agora é a política da malvadeza, do castigo, do “não tô nem aí”, confia na memória curta do povo.
Capitalismo selvagem
Lembre-me de um amigo de direita, que no Governo Lula, tinha um pequeno negócio familiar: vendia peças para computador e, estufava o peito com uma certa galhofa dizia “não vejo a hora desse governo comunista acabar antes que esse barbudo tome tudo que é meu e dê para esses vagabundos comunistas”, respirava e dava uma risada escandalosamente, demosntrando satisfacão pelo dito. O capitalismo tomou-lhe o pão de cada dia, foi obrigado a fechar sua microempresa.
Sangue
Disse-me um velho comunista, seu José, lá em Mossoró, em uma reunião no Sindicato da Construção Civil: “Não há riqueza que não tenha sangue de trabalhador”.
Caricatura do amigo escritor mossoroense Canindé Silva. Confidenciou-me que ela vai fazer pousada na contracapa de seu próximo livro.
Sede
Do meu amigo Delegado(porteiro, filósofo, monge e sociólogo): “Na hora da onça beber água, todos perdem a sede”.