Raimundo Fagner Cândido Lopes, mais conhecido apenas como Fagner (Orós, 13 de outubro de 1949), é um cantor, compositor, instrumentista, ator e produtor brasileiro, e um dos integrantes do chamado Pessoal do Ceará
Mais jovem dos cinco filhos de José Fares, imigrante libanês, e Dona Francisca, Fagner nasceu na capital cearense, embora tenha sido registrado no município de Orós.
O nome de Fagner vem sendo incluído na lista dos maiores cantores de música latina, principalmente pela sua filiação com outros músicos latinos não-brasileiros, como Mercedes Sosa
Raimundo Fagner nasceu em 13 de outubro de 1949 foi registrado na cidade de Orós, no interior do estado do Ceará e batizado em 27 de dezembro na Igreja do Carmo em Fortaleza. Aos seis anos ganhou um concurso infantil na rádio local, cantando uma canção em homenagem ao dia das mães. Na adolescência, formou grupos musicais vocais e instrumentais e começou a compor suas próprias músicas. Venceu em 1968 o IV Festival de Música Popular do Ceará com a música “Nada Sou”, parceria sua com Marcus Francisco. Tornou-se popular no estado em 1969, após comparecer em programas televisivos de auditório na TV Ceará, e juntou-se a outros compositores cearenses como Belchior, Jorge Mello, Rodger Rogério, Ednardo e Ricardo Bezerra, o grupo ficou conhecido como “o pessoal do Ceará”. Também no ano de 1969, após ganhar o ‘I Festival de Música Popular do Ceará – Aqui no Canto’, Fagner saiu em excursão junto com o grupo de música e teatro do Capela Cistina, foram para Buenos Aires de ônibus, a viagem durou 45 dias de estrada.
A carreira nacional de Fagner começou de forma bastante imprevisível. Mudou-se para Brasília em 1970 para estudar arquitetura na Universidade de Brasília, participou do Festival de Música Popular do Centro de Estudos Universitários de Brasília com “Mucuripe” (parceria com Belchior), e classificou-se em primeiro lugar. No mesmo festival, recebeu menção honrosa e prêmio de melhor intérprete com “Cavalo Ferro” (parceria com Ricardo Bezerra) e sexto lugar com a música “Manera Fru Fru, Manera” (também com Ricardo Bezerra). A partir de então, Fagner conseguiu despertar a atenção da imprensa do Sudeste, sendo suas canções intensamente executadas em bares.
O julgamento de habeas corpus impetrado em favor do ex-presidente Lula, denegado pelo placar mínimo de um voto, propiciou a prisão do líder petista precedida de uma tensa permanência deste, por dois dias, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista onde, aliás, o começo desse que tem sido um dos mais relevantes fenômenos políticos da história republicana, que foi a criação do Partido dos Trabalhadores e a ascensão política de um torneiro mecânico que terminou eleito presidente da República e, neste momento, ocupa uma pequena cela de 15 metros quadrados em cumprimento de pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Esse episódio que vai da decisão do STF e consequente prisão de Lula produziu, no Brasil e alhures, uma montanha de artigos e reportagens com os mais díspares e variados enfoques, numa explosão de paixões e ressentimentos. Enfim, para o bem ou para o mal tudo foi dito e escrito, de reles desaforos e xingamentos vulgares a belas peças literárias.
No entanto, em toda essa torrente de opiniões que tem passado através dos diversos espaços midiáticos, sejam veículos da imprensa tradicional ou nas redes sociais, algo estranhamente não mereceu maior atenção: o efetivo papel de presidente Michel Temer na decisão do STF que selou, ao menos por enquanto, a sorte do presidente Lula, negando a habeas corpus preventivo que evitaria a prisão deste, cuja condenação penal fora mantida por órgão judicial de segundo grau.
Ora, a lógica mais elementar mandaria que Temer lançasse mão de sua influência – talvez restrita a apenas um dos ministros da Corte, Alexandre de Morais, ex-auxiliar por ele nomeado, porém, que seria suficiente para concessão da ordem – não propriamente em favor de Lula, mas, para consolidar, na Corte Suprema, a jurisprudência que reconhece o aprisionamento de pessoa após condenação penal mantida na segunda instância como franca agressão ao princípio da presunção da inocência expressamente previsto no artigo 5º, inciso LVII, da Constituição Federal, pelo qual “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória“.
Ressalte-se que, se não existisse tal princípio chantado na Constituição da República, ainda assim o Brasil deveria observar a regra de que a prisão de uma pessoa somente deve ocorrer com o chamado trânsito em julgado das sentenças penais condenatórias, ou seja, quando esgotadas todas as possibilidade de defesa, inclusive, aquelas veiculadas via recursal. E por quê? Porque é signatário de dois importantes pactos multilaterais, cujas disposições por isso, fazem parte da ordem constitucional, por força dos parágrafos 2° e 3° do artigo 5° da Constituição Federal: A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, artigo XI,1 (“Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa”); e a Convenção Americana Sobre os Direitos Humanos, também conhecida como Pacto de San José da Costa Rica, artigo 8º, 2, (“Toda pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma sua inocência enquanto não se comprove legalmente sua culpa”). Simples assim.
O dr. Temer fez de conta que nada tinha a ver com a decisão do STF no caso Lula. Ora, todos os seus amigos mais próximos ou estão presos (preventivamente) ou respondem a processos por corrupção e outros crimes conexos, ademais de constituírem aquilo que a crônica política e policial chama de “quadrilhão do Temer”. Ele próprio figura em vários inquéritos que, por força do seu cargo de presidente, estão paralisados à míngua de autorização da Câmara dos Deputados, porém, terão prosseguimento a partir de janeiro de 2018 quando, atida evidência, deixará de ser inquilino do Palácio do Planalto.
Assim, a despeito de ser um experiente e atilado animal político, Michel Temer parece não perceber que inelutavelmente é vítima do tal “efeito Orloff”: ele poderá ser Lula a partir de janeiro de 2018. Isto será a realização daquele vaticínio popular que se traduz “na volta do ‘cipó’ de aroeira no lombo de quem mandou bater”, ou deixou que batessem. Isto sem levar em conta de que grande parte da bandalheira que grassou nos governos petistas de Lula e Dilma pode ser colocada na conta de Temer e seus correligionários peemedebistas, estes que sempre ficaram com boa parte da pilhagem dos dinheiros públicos empreendida, nas últimas décadas, por políticos, empresários e altos executivos de empresas estatais, e que resultou nessa ‘lavagem a jato’ a qual, sob o pretexto de combater a corrupção, empurra o Brasil ladeira abaixo no rumo do retrocesso político-institucional em que direitos e garantias fundamentais do cidadão, de berço constitucional, passam a ser olimpicamente desrespeitados.
No mínimo, deveria desejar melhor sorte ao líder petista, por um gesto de solidariedade daqueles que até bandidos e mafiosos são capazes de expressar. De lembrar que, aos omissos, o poeta Dante reservou os lugares mais quentes do Inferno. Também, não deve ser olvidada, quanto aos que se omitem, aos que vestem a capa da indiferença, aquela severa advertência contida numa das célebres passagens do Apocalipse de São João: “Eu conheço as tuas ações e as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera que foras um ou outro, frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és frio nem quente, te vomitarei da Minha boca!… sê pois zeloso e arrepende-te!” (Apocalipse 3:15,16,19). Indiferente, omisso, nem frio nem quente, o morno Temer logo será vomitado da boca do poder e o cutelo do ímpio Barroso irá ao seu encontro, mas, essa será outra história.
John Winston Ono Lennon MBE, nascido John Winston Lennon; (Liverpool, 9 de outubro de 1940 — Nova Iorque, 8 de dezembro de 1980) foi um músico, guitarrista, cantor, compositor, escritor e ativista britânico.
John Lennon foi um dos fundadores da banda britânica The Beatles, em que, junto com Paul McCartney, fez parte de uma das mais importantes duplas de compositores do século XX. Em 1966, conheceu a artista plástica japonesa Yoko Ono, com quem iniciou um relacionamento pessoal, sentimental, artístico e profissional. Em 1968, Lennon e Ono produziram um álbum experimental, Unfinished Music No.1: Two Virgins, que causou grande controvérsia por apresentar uma foto do casal nu, de frente e de costas, na capa e contracapa. A partir deste momento, John e Yoko iniciariam uma parceria artística e amorosa, que continuaria até a morte do cantor. Cynthia Powell, a primeira esposa de Lennon, mãe de seu primeiro filho, Julian Lennon, pediu o divórcio no mesmo ano, alegando adultério. Em 20 de março de 1969, Lennon e Ono casaram-se, durante uma cerimônia civil realizada em Gibraltar. Utilizaram a repercussão mediática de seu casamento para divulgar um evento pela paz, chamado de “Bed in”, ou “Na Cama Pela Paz”, como um happening de sua lua-de-mel, realizada no Hotel Hilton, em Amsterdã. No final do mesmo ano, Lennon comunicou aos seus parceiros de banda que estava deixando os Beatles. Na mesma época, Lennon devolveu sua medalha de Membro do Império Britânico à Rainha Isabel II, como uma forma de protesto contra o apoio do Reino Unido à guerra do Vietnã, o envolvimento do Reino Unido no conflito de Biafra e “o fraco desenvolvimento de Cold Turkey nas paradas de sucesso”.
Em 10 de abril de 1970, Paul McCartney anunciou oficialmente sua saída dos Beatles, e o consequente fim da banda. Antes disso, John Lennon havia lançado outros dois álbuns experimentais, em parceria com Yoko Ono, Unifinished Music No. 2Life with lions e Unifinished Music No.3: Wedding album. Também lançara o compacto “Cold Turkey” e o disco ao vivo Live peace in Toronto, creditados à banda Plastic Ono Band, com a participação de Eric Clapton, Klaus Voormann e Alan White. No final do ano, foi lançado o primeiro disco solo de Lennon, após o fim dos Beatles: John Lennon/Plastic Ono Band, que contou com a participação de Ringo Starr, Yoko Ono e Klaus Voormann.
Dentre as composições de destaque de John Lennon (creditadas a Lennon/ McCartney) estão “A Hard Day’s Night”, “I Feel Fine”, “Ticket To Ride”, “Help!”, “Strawberry Fields Forever”, “All You Need Is Love”, “I Am The Walrus”, “Revolution”, “Lucy in the Sky with Diamonds”, “Come Together”, “Across the Universe, “Don’t Let Me Down” e, na carreira solo, “Imagine”, “Instant Karma!”, “Happy Xmas (War is Over)”, “Woman”, “(Just Like) Starting Over” e “Watching the Wheels”.
Recebeu uma Estrela da Calçada da Fama de Hollywood em 30 de setembro de 1988. Em 2002, John Lennon entrou em oitavo lugar em uma pesquisa feita pela BBC como os 100 mais importantes britânicos de todos os tempos. Em 2008, John foi considerado pela revista Rolling Stone o 5º melhor cantor de todos os tempos. Foi considerado o 55º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.
John era um destaque na banda. Allan Williams agenciou alguns shows em clubes noturnos de Hamburgo para os Beatles em 1960. Na época os Beatles passaram a ser formados por John Lennon (guitarra), Paul McCartney (guitarra), George Harrison (guitarra), Stuart Sutcliffe (baixo) e Pete Best (bateria). A primeira viagem a Hamburgo foi uma tragédia. Eles dormiam dentro de um cinema abandonado, em condições precárias, e deviam seguir um contrato para tocar lá. Eles tocavam na casa noturna determinada, mas resolveram quebrar o contrato, tocando em outro lugar também. Assim, o homem que os contratou ficou furioso e denunciou George, que era menor de idade, e George foi deportado, gastando todo o dinheiro que ganhara. Além disso, a banda foi acusada de ter causado intencionalmente um incêndio no cinema. A desculpa deles foi de que, como não tinha luz, eles tentaram fazer uma fogueira e perderam o controle. Eles voltaram arrasados para Liverpool e este foi quase o fim da banda.
No dia 21 de março de 1961, os Beatles fizeram a primeira de uma série de apresentações no Cavern Club de Liverpool. Eles voltaram a Hamburgo em abril do mesmo ano. Gravaram um disco acompanhando Tony Sheridan na canção “My Bonnie”. Stuart acabou abandonando a banda para se casar com a alemã Astrid Kirchherr e não voltou mais a Liverpool. Isso talvez tenha sido uma coisa boa, pois Stuart tocava mal a ponto de ser pressionado por Paul McCartney, chegando a bater no guitarrista no palco, e ele só entrara na banda devido a sua amizade com John, que insistira demais, a ponto de ter feito o amigo gastar o dinheiro que ganhara como artista plástico, seu sonho de profissão, para comprar o contrabaixo. Assim, Paul McCartney se tornou o baixista da banda.
Os Beatles em 1964, chegando a Nova Iorque
No dia 9 de novembro de 1961, Brian Epstein viu os Beatles pela primeira vez tocando no Cavern Club e mais tarde assinou um contrato para empresariá-los. No dia 31 de dezembro, eles foram a Londres tentar arrumar um contrato de gravação com a Decca Records, mas foram dispensados. Em abril de 1962, os Beatles voltaram a Hamburgo para tocar no Star Club e receberam a notícia da morte de Stu. Isso foi um choque para John que já havia perdido seu tio George e sua mãe Julia.
Finalmente, assinaram um contrato de gravação em 9 de maio de 1962 com a Parlophone Records. George Martin, o produtor musical dos Beatles, sugeriu que eles trocassem de baterista, o que foi feito com a entrada de Ringo Starr também de Liverpool. Finalizava-se então a formação dos Beatles com John Lennon (guitarra rítmica), Paul McCartney (baixo), George Harrison (guitarra solo) e Ringo Starr (bateria). Tal formação manteve-se nos shows e nos discos até a fase “psicodélica” da banda, quando os integrantes passaram a demonstrar talento e interesse em outros instrumentos, inclusive Lennon passa a se destacar não só em guitarra base, mas também solo (Get Back, Honey Pie, Birthday, Revolution), contrabaixo (Helter Skelter, Back in the USSR, Let it Be, Long and winding road, esta última tendo a linha de baixo odiado por McCartney e ajudou a contribuir com a intriga em torno da música que também fora arranjada por Phil Spector, a contragosto do compositor) e teclado e piano (I’m down, Oh, Darling!, Something). John Lennon foi também quem gravou a gaita nas músicas dos Beatles.
Em 5 de outubro de 1962, os Beatles lançaram seu primeiro compacto com a canção “Love me Do”. E no dia 11 de fevereiro de 1963, em apenas um dia, gravaram seu primeiro álbum Please Please Me. Não demorou muito para os Beatles se tornarem um grande sucesso na Inglaterra. E, com o posterior sucesso nos Estados Unidos, iniciava-se a beatlemania.
Na primeira fase do grupo, John era responsável pela maioria das composições dos Beatles, mesmo elas sendo assinadas como dupla Lennon/McCartney. Era evidente sua liderança e maior produtividade musical na banda. John Lennon também começou a desenvolver-se como letrista e compôs algumas canções mais intimistas influenciado por Bob Dylan como “I’m a loser” e “You’ve got to hide your love away”. Durante a segunda fase dos Beatles, John revelou-se cada vez mais um grande letrista. Entre suas composições estão “All you need is love”, “Strawberry Fields Forever”, “A day in the life” e “Across the Universe” entre outras.
Em 1966, John declarou em uma entrevista: “O cristianismo vai desaparecer e encolher. Eu não preciso discutir isso, eu estou certo e eu vou provar. Nós somos mais populares que Jesus agora. Eu não sei qual será o primeiro – o rock ‘n’ roll ou o cristianismo. Jesus estava certo, mas seus discípulos eram grossos e ordinários.” A frase “somos mais populares que Jesus Cristo” repercutiu no mundo todo, recebendo ataques religiosos, gerando eventos em locais públicos de jovens religiosos queimando discos dos Beatles, e até mesmo grupos fanáticos esperaram a banda do lado de fora do show para tentar matá-los. John pediu desculpas publicamente, alegando ter sido mal interpretado, se explicando logo depois. “Não sou antideus, nem anticristo, nem antireligião”, disse. Ele também disse que esta frase poderia ter sido substituída por “a televisão é mais popular do que Jesus” que seria a mesma coisa e não faria tanto barulho. Esse fato e algumas letras polêmicas de sua carreira solo (entre elas, “God”, onde diz não acreditar na Bíblia e em Jesus) lhe renderam fama de ateu, mas Lennon nunca chegou a expressar esse suposto ateísmo, declarando-se, em uma entrevista, agnóstico.
Devido à morte do empresário dos Beatles, Brian Epstein, em 1967 a banda começou a ter problemas sérios. O fracasso financeiro da Apple Corps, empresa criada pela banda, foi o começo. O clima começou a ficar tenso no estúdio, pois havia briga entre os membros. Em 1970, Paul McCartney anunciou o fim dos Beatles.
Logo após a separação, John deu uma entrevista à revista Rolling Stone, onde ele mostrou ressentimentos relacionados a Paul McCartney e aos Beatles. Segundo ele, os Beatles tratavam Yoko Ono hostilmente. Também alegava não ter o espaço que queria na banda, que a mesma perdera o sentido, e até revelou sua forte insegurança em trabalhar ao lado de Paul McCartney, algo que desde quando eles se conheceram, o atingiu. Quando viu Paul tocando pela primeira vez, se encantou, e Paul foi amigável, ensinou Lennon a tocar duas músicas que ele estava tocando errado, e John quisera ele em sua banda de primeira, mas também revelava ciúme quanto a ele. John tivera dificuldades quando começou a tocar guitarra, enquanto Paul era um prodígio com instrumentos musicais ainda mais novo. Durante o período logo após a separação da banda, Lennon demonstrava agressividade nas entrevistas quanto a Paul McCartney, alegando até que, com ele, conforme os anos, os Beatles se tornariam a “banda de apoio” que o Paul desejava deles. Ele falou tanta coisa da banda que em outra entrevista anos depois, quando as coisas se acalmaram, ele retirou algumas de suas declarações e voltou a ocasionalmente ter contato com os antigos amigos, mas isto foi perto da data da sua morte.
Sir James Paul McCartney Kt, MBE (Liverpool, 18 de junho de 1942) é um cantor, compositor, multi-instrumentista, empresário, produtor musical, cinematográfico e ativista dos direitos dos animais britânico. McCartney alcançou fama mundial como membro da banda de rock britânica The Beatles, com John Lennon, George Harrison e Ringo Starr. Lennon e McCartney foram uma das mais influentes e bem sucedidas parcerias musicais de todos os tempos, “escrevendo as canções mais populares da história do rock”. Após a dissolução dos Beatles em 1970, McCartney lançou-se numa carreira solo de sucessos, formou uma banda com sua primeira mulher Linda McCartney, os Wings. Ele também trabalhou com música clássica, eletrônica e trilhas sonoras.
Em 1979, o Livro Guinness dos Recordes declarou-o como o compositor musical de maior sucesso da história da música pop mundial de todos os tempos. McCartney teve 29 composições de sua autoria no primeiro lugar das paradas de sucesso dos EUA, vinte das quais junto com os Beatles e o restante em sua carreira solo ou com seu grupo Wings.
Paul McCartney é o canhoto e baixista mais famoso da história do rock, embora também toque outros instrumentos, como bateria, piano, guitarra, teclado, etc. É considerado como um dos mais ricos músicos de todos os tempos. Foi eleito, em 2008, o 11º melhor cantor de todos os tempos pela revista Rolling Stone. Fora seu trabalho musical, McCartney advoga em favor dos direitos dos animais, contra o uso de minas terrestres, a favor da comida vegetariana e a favor da educação musical. Em 1997 foi publicada a biografia intitulada Many Years From Now, autorizada pelo músico e escrita pelo britânico Barry Miles. Sua empresa MPL Communications detém os direitos autorais de mais de três mil canções, incluindo todas as canções escritas por Buddy Holly.
Como os outros três membros da banda, McCartney foi agraciado, em 1966 como Membro do Império Britânico. Porém, é o único membro dos Beatles a ostentar o título de “Sir”, honraria que lhe foi concedida pela Rainha em 1997. Paul McCartney é vegetariano e já declarou à imprensa como tomou essa decisão: “Há muitos anos, estava pescando e, enquanto puxava um pobre peixe, entendi: eu o estou matando, pelo simples prazer que isso me dá. Alguma coisa fez um clique dentro de mim. Entendi, enquanto olhava o peixe se debater para respirar, que a vida dele era tão importante para ele quanto a minha é para mim”. É membro honorário e participante ativo das campanhas do PETA (People for the Ethical Treatment of Animals, ou Pessoas pelo tratamento ético dos animais, em português).
Paul nasceu no Hospital Geral de Liverpool, Inglaterra, onde sua mãe, Mary, tinha trabalhado como enfermeira na maternidade alguns anos antes. Ele tinha um irmão, Michael, que nasceu no dia 7 de janeiro de 1944. Foi batizado com o nome de James Paul McCartney na igreja católica; sua mãe era católica e o pai, protestante, posteriormente tornou-se agnóstico. Como muitos de Liverpool, os McCartney tinham ascedência irlandesa.
No ano de 1957, McCartney então com quinze anos conheceu John Lennon ao assistir ao show de uma banda chamada Quarrymen em Woolton (subúrbio de Liverpool). Esta seria a banda que daria origem aos The Beatles. No início, a tia de John desaprovou a amizade dos dois pois McCartney vinha da classe operária. A entrada de McCartney para a banda se deu após Lennon ver McCartney tocar a canção “Twenty Flight Rock” de Eddie Cochran. John Lennon acabou o convidando para entrar para a banda. Os dois começaram a compor juntos algumas canções. Em 1958, McCartney convenceu Lennon a aceitar George Harrison na banda. Lennon estava relutante ao aceitá-lo já que Harrison era considerado muito novo. Após a entrada de Harrison, Stuart Sutcliffe, amigo da escola de artes de John Lennon, entrou para a banda como baixista.
Os Quarrymen mudaram de nome várias vezes até começaram a se chamar The Beatles. Em 1960, a banda foi pela primeira vez tocar em Hamburgo. Na época, Jim McCartney relutou bastante em deixar seu filho ainda adolescente, Paul, ir a Hamburgo. Paul e o baterista Pete Best acabaram sendo deportados da Alemanha após darem início a um pequeno incêndio no local onde estavam hospedados.
Os Beatles quando chegaram no Aeroporto JFK, na Cidade de Nova Iorque, em 7 de fevereiro de 1964: essa primeira visita dos Beatles aos Estados Unidos é um dos momentos fundamentais da história da banda e, mais amplamente, do rock mundial.
Em 21 de março de 1961, os Beatles fizeram seu primeiro show no Cavern Club. Após Paul McCartney notar que outras bandas de Liverpool tocavam as mesmos covers que eles, ele e John se intensificaram em compor novas canções. No mesmo ano, os Beatles retornaram a Hamburgo para fazer shows em clubes noturnos, neste momento Paul passou a tocar baixo pois Stu largara a banda e então os Beatles se tornaram um quarteto com dois guitarristas (John e George), um contrabaixista (Paul) e um baterista (Pete). Foi ainda no mesmo ano que os Beatles conheceram Brian Epstein e logo depois conseguiram o contrato com a EMIParlophone após serem recusados pela Decca Records. Com a assinatura do contrato, Pete, o baterista, foi dispensado e em seu lugar entrou Ringo Starr.
Durante os Beatles, McCartney formou junto a John Lennon uma dupla de compositores, e combinaram que mesmo quando alguma canção fosse escrita só por um deles, ela traria a assinatura de Lennon/McCartney. Nos Beatles, McCartney era o que mais escrevia canções românticas. São de sua autoria canções como “Yesterday”, “And I Love Her”, “Michelle” e “Here There and Everywhere”. Embora Paul sempre fosse acusado de só escrever baladas, ele também escreveu várias canções com um estilo mais pesado como “Back In The USSR”, “Helter Skelter” e “The End”. A canção “Yesterday” é a mais regravada por outros artistas em todos os tempos. Nos anos 60, Paul ainda escreveu canções para outros músicos entre elas “A World Without Love” gravada por Peter & Gordon que atingiu o primeiro lugar nas paradas de sucesso). Em 1966 os Beatles, no auge da fama, pararam de fazer shows ao vivo. No mesmo ano, Paul McCartney foi o primeiro beatle a desenvolver um projeto musical solo, onde compôs a trilha sonora para o filme televisivo The Family Way. Pelo trabalho, McCartney ganhou o prêmio Ivor Novello como melhor tema instrumental.
Depois que Brian Epstein morreu em 1967, McCartney se tornou a figura central da banda, o que acabou gerando conflitos com Lennon. Ele e Lennon também entraram em conflito na hora de escolher um novo empresário para a banda. Em 1969, McCartney tentou convencer os outros beatles de voltarem a fazer apresentações ao vivo. Neste mesmo ano, por sua sugestão os Beatles gravaram o filme/documentário Let It Be pensando que isto os reaproximaria, o que não aconteceu. Em dia 10 de abril de 1970 Paul McCartney anunciou publicamente o fim dos Beatles em entrevista coletiva e anunciou o lançamento de seu primeiro álbum solo. Embora eles já não quisessem mais continuar juntos a entrevista antecipada de Paul sem o consentimento dos demais integrantes gerou mágoas a ponto de ser acusado por eles de traidor.
McCartney admitiu que se refugiou no álcool para lidar com o fim da banda em abril de 1970 e quase desistiu da música.
O lançamento do álbum Let It Be quase um mês depois da declaração oficial do fim dos Beatles deixou Paul insatisfeito. A produção do álbum foi entregue a Phil Spector, e McCartney ficou desapontado com o tratamento que Phil deu a suas canções, principalmente em “The Long and Winding Road”.
George Harrison, MBE (Liverpool, 25 de fevereiro de 1943 – Los Angeles, 29 de novembro de 2001) foi um guitarrista, cantor, compositor e produtor musical e cinematográfico inglês que obteve fama internacional como guitarrista dos Beatles. Geralmente chamado de “o Beatle quieto”, Harrison aderiu ao hinduísmo e ajudou a ampliar os horizontes dos outros Beatles assim como seu público ocidental ao incorporar instrumentos indianos na música do grupo. Embora a maioria das canções da banda fossem escritas por John Lennon e Paul McCartney, a maioria dos álbuns dos Beatles, a partir de 1965, continham, pelo menos, duas composições de Harrison. Suas músicas para o grupo incluem “Taxman”, “Within You Without You”, “While My Guitar Gently Weeps”, “Here Comes the Sun” e “Something”. Esta última se tornou a segunda música mais regravada dos Beatles.
As primeiras influências musicais de Harrison foram George Formby e Django Reinhardt. Carl Perkins, Chet Atkins e Chuck Berry foram influências posteriores. Em 1965, ele começou a levar os Beatles na direção do folk rock através de seu interesse pelos Byrds e por Bob Dylan, e na direção da música clássica indiana pelo seu uso do sitar em “Norwegian Wood (This Bird Has Flown)”. Tendo iniciado a adesão da banda à meditação transcendental em 1967, ele desenvolveu, posteriormente, uma associação com o movimento Hare Krishna. Depois do fim do grupo em 1970, Harrison lançou o álbum triplo All Things Must Pass, que foi aclamado pela crítica, produziu seu single mais bem sucedido, “My Sweet Lord”, e introduziu seu som característico como artista solo, a slide guitar. Ele também organizou, em 1971, com o música indiano Ravi Shankar, o Concerto para Bangladesh, precursor de shows beneficentes posteriores como o Live Aid. Como produtor musical, Harrison produziu grupos contratados pelo selo Apple dos Beatles antes de fundar a Dark Horse Records em 1974 e, e como produtor cinematográfico, co-fundou a HandMade Films em 1978.
Como artista solo, Harrison lançou vários singles e álbuns que se tornaram best-sellers e, em 1988, co-fundou o supergrupo The Traveling Wilburys. Músico prolífico, participou como guitarista convidado em faixas de Badfinger, Ronnie Wood e Billy Preston e colaborou em canções e música com Dylan, Eric Clapton, Ringo Starr e Tom Petty, entre outros. A revista Rolling Stone o colocou na 11.ª posição na lista dos “100 Maiores Guitaristas de Todos os Tempos”. Ele também foi incluído duas vezes no Rock and Roll Hall of Fame: como membro dos Beatles em 1988 e, postumamente, por sua carreira solo em 2004.
O primeiro casamento de Harrison, com a modelo Pattie Boyd em 1966, terminou em divórcio em 1977. No ano seguinte, ele se casou com Olivia Harrison (nascida Arias), com quem teve um filho, Dhani. Harrison morreu em 2001, aos 58 anos, de câncer de pulmão. Ele foi cremado e suas cinzas foram jogadas nos rios Ganges e Yamuna na Índia, numa cerimônia privada de acordo com a tradição hindu. Ele deixou um patrimônio de quase 100 milhões de libras.
Nascido em Liverpool em 25 de fevereiro de 1943, Harrison era o caçula entre os quatro filhos de Harold Hargreaves Harrison se sua esposa Louise (nascida French). Ele tinha uma irmã, Louise, e dois irmãos, Harry e Peter. Sua mãe trabalhava como assistente de loja para uma família católica de raízes irleesas, e seu pai era um motorista de ônibus que havia trabalhado como despenseiro na companhia marítima White Star Line. Sua futura esposa, a modelo Pattie Boyd, descreveu os pais de Harrison como “bem baixos e bem Liverpooldianos”.
De acordo com Boyd, a mãe de Harrison era especialmente encorajadora: “Tudo que ela queria para seus filhos era que eles deveriam ser felizes, e ela reconheceu que nada fazia George mais feliz do que fazer música”. Ávida fã de música, ela era conhecida entre amigos por sua barulhenta voz, que, às vezes, ao cantar, espantava visitantes ao chacoalhar as janelas da casa dos Harrisons. Enquanto esteve grávida de George, ela teve por hábito ouvir a transmissão semanal do programa Radio India. Joshua Greene, biógrafo de Harrison, escreveu, “Todo domingo, ela sintonizava em sons místicos evocados por sitares e tablas, na esperança de que a música exótica trouxesse paz e calma ao bebê no útero”.
Harrison nasceu e viveu os primeiros seis anos de sua vida em Arnold Grove, n.º 12, no distrito de Wavertree, em Liverpool, uma casa geminada num cul-de-sac. A casa tinha um banheiro externo e seu aquecimento vinha, unicamente, de uma única lareira de carvão. Em 1949, foi oferecida uma council house à família e se mudou para Upton Green, n.º 25, em Speke. Em 1948, aos cinco anos, Harrison foi matriculado na Dovedale Primary School. Ele passou no exame eleven-plus e cursou o Liverpool Institute High School for Boys de 1954 a 1959. Embora o instituto oferecesse um curso de música, Harrison ficou desapontado com a ausência de guitarras e sentiu que a escola “moldava [os estudantes] para ficarem amedontrados”.
As primeiras influências musicais de Harrison foram George Formby, Cab Calloway, Django Reinhardt e Hoagy Carmichael. Nos anos 1950, Carl Perkins e Lonnie Donegan foram influências significativas. No início de 1956, ele teve uma epifania: enquanto andava em sua bicicleta, ele ouviu a música “Heartbreak Hotel” de Elvis Presley tocando numa casa próxima, e a canção despertou seu interesse no rock and roll. Frequentemente, ele sentava no fundo da sala de aula, desenhando guitarras em seus livros da escola, e, mais tarde, comentou: “Eu estava viciado em guitarras.”Harrison citou Slim Whitman como outra influência inicial: “A primeira pessoa que vi tocando guitarra foi Slim Whitman, numa foto dele em uma revista ou ao vivo na televisão. Guitarra estavam, definitivamente, ficando na moda”.
Embora apreensivo sobre o interesse de seu filho em seguir uma carreira musical, no final de 1956, o pai de Harrison comprou-lhe um violão Dutch Egmond flat top. Um amigo de seu pai ensinou a Harrison como tocar as músicas “Whispering”, “Sweet Sue” e “Dinah” e, inpirado pela música de Donegan, Harrison formou uma banda de skiffle chamada The Rebels com seu irmão Peter e um amigo, Arthur Kelly. No ônibus a caminho da escola, Harrison conheceu Paul McCartney, que também cursava o Liverpool Institue, e os dois se tornaram amigos através do amor de ambos pela música.
Sir Richard Starkey, Kt, MBE (Liverpool, 7 de julho de 1940), mais conhecido pelo seu nome artístico Ringo Starr, é um músico, baterista, multi-instrumentista, cantor, compositor e ator britânico, que ganhou fama mundial como baterista dos Beatles após substituir Pete Best, ficando nos Beatles até a separação do grupo em 1970. Quando a banda foi formada em 1960, Starr era membro de outra banda de Liverpool, Rory Storm and the Hurricanes. Além de atuar como baterista, Starr foi intérprete de canções de sucesso dos Beatles (em particular, “With a Little Help from My Friends” e “Yellow Submarine”), como co-autor em “What Goes On” e compôs “Don’t Pass Me By” e “Octopus’s Garden”.
Ringo é conhecido pelo seu estilo seguro de tocar e pelos seus toques de originalidade. O apelido Ringo surgiu por causa dos anéis que Ringo gostava de usar (ring quer dizer anel em inglês). Ele também é vegetariano, assim como outros integrantes dos Beatles, Paul McCartney e George Harrison. Em 2011, Starr foi eleito o 4º maior baterista de todos os tempos pela revista Rolling Stone.
Após a dissolução dos Beatles em 1970, Starr lançou-se em uma carreira solo de sucessos, e formou uma banda a All Starr Band, na ativa desde 1989.
Ringo Starr morava com a mãe, Elsie, e o padrasto, Harry Graves em um bairro humilde de Liverpool. Quando era pequeno, passou por vários problemas de saúde, ficando internado em um total de três anos em hospitais de Liverpool. Por essa razão, ele acabou ficando atrasado na escola e aos 15 anos mal sabia ler e escrever.
Em 1957, Ringo começou sua própria banda skiffle com Eddie Miles, chamada The Eddie Clayton Skiffle Group. No ano de 1959, ele juntou-se ao grupo Raving Texans, que tinha como cantor Rory Storm. Posteriormente a banda mudou de nome para Rory Storm and the Hurricanes. Foi nesta época que ele passou a adotar o nome artístico Ringo (derivado de “ring”, anel em inglês) por causa dos anéis que constantemente usava. Os Hurricanes fizeram uma turnê em Hamburgo em 1960, onde Ringo acabou conhecendo os integrantes de outra banda de Liverpool, The Beatles.
Ringo só acabaria entrando para os Beatles quando eles acertaram um contrato de gravação com a gravadora Parlophone. Cansados do temperamento de Pete Best, o baterista dos Beatles naquela época, os outros integrantes da banda resolveram dispensá-lo e chamar Ringo Starr para substituí-lo. Os fãs de Pete não gostaram da substituição e no início, protestaram contra a mudança gritando Pete Forever, Ringo Never (ou seja, Pete sempre, Ringo nunca).
Ringo Starr só entrou como baterista dos Beatles em 1962. Enquanto fazia parte do conjunto, ele compôs poucas canções, na verdade foram só duas: Don’t Pass Me By, para o Álbum Branco e Octopus’s Garden para o álbum Abbey Road e mais quatro em co-autoria com os outros beatles (What Goes On do Rubber Soul, Flying do Magical Mystery Tour, Maggie Mae e Dig It do Let it be). Embora não tivesse feito muitas composições, sempre cantava uma música nos shows e discos da banda de outras autorias, entre elas Boys, I Wanna Be Your Man, Honey Don’t, Act Naturally e Good Night. Mas conseguiu grande sucesso cantando as músicas Yellow Submarine do álbum Revolver e With a Little Help From My Friends do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, ambas escritas pela dupla Lennon/McCartney e também por uma música de autoria sua, Octopus’s Garden do álbum Abbey Road. No documentário Anthology, Ringo declarou que toda vez que ele mostrava alguma nova composição sua aos outros beatles, eles acabavam identificando alguma similaridade com outra composição popular.
Ringo Starr em 1964.
Ringo entre os Beatles era o que tinha a personalidade mais calma e possuía um estilo tranquilo, o que foi um fator importante na sua integração com os outros integrantes do grupo mesmo após a sua dissolução em 1970. Ele foi durante todo o tempo o que manteve um melhor relacionamento com os outros três ex-beatles.
Apesar do sucesso da banda, ele era considerado por muitos músicos um baterista medíocre. Para se defender usava, com seu humor característico, uma frase sarcástica: “Dizem que não toco muito bem, mas sou o baterista da melhor banda do mundo… logo, sou o maior baterista do mundo!”. Mas ele tem muito a seu favor nesse quesito, tendo sido o baterista a popularizar um modo de tocar bateria com igual força em ambas as mãos, em contraposição ao estilo vigente, que deixava a mão esquerda segurando a baqueta como um palito chinês. Ringo também ajudou a melhorar a qualidade das gravações de bateria na época. Como membro dos Beatles, teve importância na elaboração dos arranjos, com batidas simples, mas inconfundíveis.
Luiz Gonzaga Kedi Ayrão (Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 1942) é um cantor e compositor brasileiro. Seus principais sucessos são as canções “O Lencinho”, “Porta Aberta”, “Nossa Canção”, “Águia na cabeça” e “Os Amantes”, esta última gravada em 1977 e que vendeu aproximadamente dois milhões de cópias.
Nasceu no bairro do Lins de Vasconcelos, no Rio de Janeiro. Filho do músico e compositor Darcy Ayrão (1915–1955), cresceu em ambiente musical. Na casa de um tio, Juca de Azevedo, saxofonista, costumavam frequentar Pixinguinha e João da Baiana, que tocavam composições do maestro e professor Ayrão. Aos 20 anos, através de seu tio compositor, conheceu vários artistas de renome, entre eles, Ataulfo Alves, Humberto Teixeira, Osvaldo Santiago e Alcir Pires Vermelho.
Nesse ambiente, Ayrão desenvolveu o gosto pela música e seus cadernos, cheios de composições, faziam sucesso entre os colegas que frequentavam o Bar do Divino, conhecida esquina do subúrbio carioca onde jovens, que mais tarde se tornariam famosos, se aglomeravam. Nessa época, veio morar no seu bairro, aquele que iria se tornar o maior ídolo da então chamada Música Jovem: Roberto Carlos, surgindo então uma grande afinidade.
Posteriormente, formou-se em Direito e atuou durante alguns anos na profissão de Advogado e Procurador do BEG – Banco do Estado da Guanabara.
Em 1962 teve sua primeira composição gravada, “Só por Amor”, interpretada por Roberto Carlos, que logo depois, também viria a gravar, no ano de 1966, “Nossa Canção”, considerado o primeiro sucesso romântico do cantor. Durante essa época, compôs várias canções que foram gravadas por diversos artistas da Jovem Guarda, ícones dessa geração, como Renato e Seus Blue Caps, Golden Boys, dentro outros.
Em 1968 participou do festival “O Brasil canta no Rio”, da TV Excelsior, com a composição “Liberdade! Liberdade…”. Em 1969, a convite de Rildo Hora e Romeu Nunes, esta canção foi lançada em compacto simples pela RCA Victor.
No ano de 1973 gravou um compacto simples com a canção “Porta aberta”, composição de sua autoria em homenagem à Portela e foi considerado seu primeiro sucesso como cantor. Devido ao grande sucesso do compacto, a gravadora Odeon lançou em 1974 seu primeiro LP.
Em 1975, lançou o disco Missão, despontando com os sucessos nacionais “Bola Dividida”, de sua autoria, e ainda “Saudade da República”, de Artúlio Reis. Por essa época, mudou-se com a família para São Paulo e passou a cantar na Catedral do Samba, uma das principais casas da noite paulista, dividindo o palco com Pery Ribeiro e Leny Andrade.
Em 1976 regravou “Nossa Canção” no LP Luiz Ayrão, no qual também foram incluídas de sua autoria, “Conto até Dez”, “Reencontro”, “A Viúva”, “Bola pra Frente”, “Um Samba Merece Respeito”, “O Lobo da Madrugada”. Deste LP, destacou-se também “Quero que Volte”, permanecendo por mais de um ano nas paradas de sucesso.
Em 1977 gravou novo LP, destacando-se o choro “Meu caro amigo Chico”, no qual fez uma resposta musical ao também choro “Meu caro amigo”, de Francis Hime e Chico Buarque. Uma polêmica envolveu o lançamento do disco por causa da faixa “Mulher à brasileira”, samba-enredo com o qual havia chegado às finais na escolha de samba na GRES Portela para o desfile do ano seguinte, sendo o samba aclamado como o preferido pela comunidade na quadra da escola e bastante divulgado nas emissoras de rádio, inclusive, foi cantado pela multidão presente nas arquibancadas superlotadas na hora do desfile de 1978.
Ainda em 1978 gravou o LP O Povo Canta, no qual interpretou de sua autoria “Jogo Perigoso”, além de “Amor Dividido” e “Violão Afinado”, ambas em parceria com Sidney da Conceição, além da faixa-título, também parceria de ambos. No disco incluiu ainda “Meu Anjo”, composição que seu pai fizera em homenagem à sua mãe Sylvia.
No LP Amigos, de 1979, interpretou um de seus maiores sucessos, a composição “A Saudade que Ficou – O Lencinho”, de Joãozinho da Rocinha (um de seus pseudônimos) e Elzo Augusto. Na faixa contou com a participação especial do coral dos Canarinhos de Petrópolis. Destacou-se também neste disco a faixa “Escola de Samba”, de sua autoria.
Em São Paulo, como empresário, fundou três casas de shows: Canecão Anhembi, Sinhá Moça e Modelo da Liberdade, por onde passaram nomes como: Roberto Carlos, Elis Regina, Simone, Chico Anísio, Amália Rodrigues, Martinho da Vila, Clara Nunes, Cauby Peixoto, Angela Maria, Isaurinha Garcia, Jair Rodrigues, Silvio Caldas, Nelson Gonçalves, Inezita Barroso, Adoniran Barbosa, Os Demônios da Garoa, Os Cantores de Ébano, Lana Bittencourt, Denílson, o comediante Costinha, o humorista e compositor Chocolate e inúmeros outros talentos.
No LP de 1983 – Quem não tem Esperança não tem Horizonte… foi gravada a canção Águia na cabeça composta em parceria com Sidney da Conceição, em homenagem a sua escola de samba Portela, que lhe rendeu muito sucesso.
No Ano de 1986 gravou o álbum: Raízes do Samba, onde brindou novamente escola de samba Portela com o samba “O que que há portela” de sua autoria com o nome de Tiãozinho Poeta, (outro de seus pseudônimos) e alcançou sucesso não só na quadra da escola como também nas emissoras.
Em 1999 lançou outro álbum com canções que fizeram sucesso, como: A saudade que ficou (O Lencinho), Saudades da república, Portela dividida,
Ayrão é autor de 3 livros, o romance: O País dos meus Anjos (2000), sobre o caminho entre a descrença e a fé; Meus Ídolos & Eu, (2010), onde abre seu acervo de memórias, reunidas ao longo de 50 anos de vivência no meio artístico e narra de maneira bem-humorada histórias dos bastidores vividas e contadas por algumas das geniais personalidades do nosso universo musical, prefaciado pelo jornalista e importante historiador da Música Popular Brasileira, Ricardo Cravo Albin, e, mais recentemente, mais um romance: Da Aurora ao Pôr do Sol (2016), inspirado em sua história pessoal.
Participou de muitos programas de televisão do país, tendo gravado mais de trinta discos, e ganhou muitos prêmios. Suas canções o levaram a fazer shows em países da América Latina, Estados Unidos da América, Itália, França e Japão.
Completando mais de 50 anos de carreira, e mais de 5 mil shows mundo afora, Ayrão atinge a impressionante marca de cerca de 11 milhões de cópias vendidas, 40 álbuns lançados no Brasil e America Latina, 11 Discos de Ouro, 8 Discos de Platina, 2 Discos de Diamante e centenas de troféus e premiações diversas.
Se fez Justiça? Não! Está certo? Não! Foi errada a decisão do Supremo Tribunal Federal? Também não.
A decisão de negar o Habeas Corpus ao Presidente Lula por um placar de 6×5, só reflete o que havíamos afirmado da existência de um racha no STF, no que diz respeito a interpretação do 5º artigo da Lei Maior: “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. E como pode ser o Supremo tão divergente em uma matéria que lhe é natural? Também não sei. Mas, que houve muita encenação, discursos políticos inflamados, não tenho a mínima dúvida.
Se ali estivessem a votar e interpretar o artigo 5º, juizes de futebol, juizes de rinha de galo, juizes de desfile de Miss, seria cabível um resultado tão apertado. Pois, talvez os critérios poderiam descambar para gostos e afinidades, mas não. Os ministros são juristas, todos conhecem o Direito, capazes constitucionalistas, então por quê diabos largo fosso entre às interpretações? 6×5? Em minha santa e robusta ignorância só posso conceber que um artigo de tamanha envergadura não haveriam razões, motivos ou qualquer suspeita de interpretação, mas de uma objetividade plena, sem direito ao discursos às vaidades intelectuais.
Com a devida vênia, esse rasgo a muitos pode parecer normal, a mim nunca. Uma corte Suprema que em um artigo da Constituição, que versa sobre garantia de liberdade do cidadão vota com tamanha divergência, não me parece segura do que diz. Será que o 5º artigo não está cristalino e é tão confuso que seja capaz de gerar um placar tão ambíguo?
Será que a Corte se rendeu às ameaças e chantagens do coronel? Vá saber! Jurisprudência? Ora, desde 89 já mudou três vezes sobre o mesmo tema.
Se fez justiça? Claro que não! A justiça não é justa. Ela apenas aplicar a Lei(?).
O Supremo se acovardou ou se apequenou, como temia Cármen Lúcia? Digamos que um pouco mais da metade se agachou, sim.
Você apostaria todas a s suas fichas na Justiça brasileira?
São muitas indagações. Mas, como disse o Ministro Celso de Mello, estamos falando da minha, sua, nossa liberdade.
Só mais uma: Quanto durará esse novo entendimento? O show deve continuar.
Kayllane, Aléssia, Enzo e Valentina, sem dúvidas sei que nesta data em que escrevo, vocês não têm ciência dos tempos difíceis em que vivenciamos. Por outro lado, agora (neste futuro, se estiverem lendo), já devem ter visto nos livros de história sobre o acontecido com o maior líder da América latina e um dos melhores presidentes do Brasil e toda conjuntura envolvida.
Em nome do combate à corrupção, massacraram moralmente militantes de esquerda, querendo tatuar a criação dos desvios de caráter a um partido, a um pensamento, levando uma camada de hipócritas às ruas vestindo camisetas amarelas guiados por um pato amarelo, patrocinado pela FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo-, vomitarem e disseminar ódio.
Devo dizer que houve sim, uma conspiração – estou falando baixinho, visto que, se for ouvido, certamente, serei linchado em praça pública, pois também há uma onda de intolerância, uma espécie de neofascismo, neonazismo uma mistura de ignorância involuntária e voluntária e, esta, insiste na implementação, – guardando as devidas proporções -, de um novo modelo de caça as bruxas contemporâneo, jogando quem pensa, opina, tem ideias e, principalmente, aqueles que fazem a defesa de um sistema político que priorize ou tenha como foco os mais humildes e mais pobres, numa desmoralização pública, se utilizando das redes sociais, a mais nova nefasta moda, a tal das fakes news -. Sem ir a miúdo, da força e imposição dos grandes conglomerados da comunicação nacional, todos sem exceção, apoiaram e fazem campanhas pressionando os mais altos agentes operadores da lei a tomarem decisões que lhes afaguem seus interesses comerciais.
Para vocês terem ideia, um procurador da República, da operação Lava Jato, o famoso Deltan Dallagnol, criador de um PowerPoint, onde incriminou Lula e no final diz uma frase: “não temos prova, mas temos convicção”, está fazendo jejum, para que o Supremo Tribunal Federal, vote confirmando a prisão de condenado em 2ª Instância. Numa demonstração cabal de falta de confiança em sua tese acusatória.
Alguns mais sensatos, tanto da direita quanto da esquerda, sem se apequenarem às ideias radicais ou ideológicas, dizem da notoriedade insana imposta ao Presidente Lula, colocando sobre seus ombros crimes sem provas e o condenando, estuprando a Constituição – desculpem seu velho avô, mas é a palavra que, de fato, encontrei para dizer do ocorrido com o 5º artigo da Lei Maior: “Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória” (art. 5o).
Logo, me é possível pensar, que a Constituição foi e é usada, com viés da conveniência de quem o faz: Rasgam, remendam, rasgam novamente e novamente remendam.
Claro, que a história, já deve ter sido escrita e, pode estar na linha que digo ou diametralmente diferente, entretanto, é preciso entender e ler a história do Brasil desde seu início, em 1.500, com um olhar mais crítico, para se situar nestes tempos dos anos 2018.
Porém, netos queridos, lembrem-se que a história é contada pelos vencedores.
Hoje, 1º de abril, diz a cultura popular, ser o Dia da Mentira, mas, que mentira absurda! Aqui na gleba Cabrália, essa tradição francesa foi ampliada para o resto dos outros 364 dias do ano. Mentimos para o guarda da esquina, para o médico, para o bispo, simplesmente mentimos. Não sei se hoje, o sol, religiosamente da minha janela, todos os dias, logo ali, beirando às 5h, surge sob a ponte Newton Navarro rasgando as águas do Atlântico. Hoje, talvez, por vergonha de tanta falta da verdade, parece não querer mostrar-se tão cedo.
Do meu lado, Maria me revela que não é isso não. Descuidado e desapercebido que sou, pergunto de que é então? Ela me responde que é de saudades.
Claro, é a mais pura verdade: a saudade já se faz presente. Hoje a casa está vazia, aparentemente silenciosa, não aquele silêncio de Chico, do vizinho reclamar. Mas, um silêncio maravilhosamente barulhento.
Em cada canto da casa vemos cheiros, escutamos sons, ainda na geladeira os gostos se misturam. É verdade, todos se foram para suas vidas: Polary para Mossoró levou Sanara(nora) Aléssia e Enzo (netos), além da caçula Larissa – que em meu teclado sinto suas digitais, pois, enquanto soavam gargalhadas, choros, gritos, músicas ela fazia um trabalho da faculdade, na corrida para recuperar o tempo de greve -; Felipe(genro) deu meia-volta com Pollyanne e Valentina – o mais novo membro da família – para Avenida Airton Sena; Roberto e Jade bateram asas para Nova Parnamirim. ficamos eu e Maria, Maria e eu e a casa vazia.
Mentira: a casa não está vazia e também não estamos sós. A casa está cheia, “esborrotando” de saudades, isso sim. Saudades de sexta-feira e sábado. Sós, nunca. Há pouco ouvi Valentina(beatlemaníaca), em cantinho da minha mesa, rindo ouvindo Beat Bugs, sucedido por Enzo que exibia seus dotes de cineastas tendo a Newton Navarro em seu foco e Aléssia me pedindo dicas de desenhos. Então como poderíamos dizer que estamos sozinhos, se estamos transbordando de saudades que irão nos alimentar até a próxima reunião?
Sem falar dos outros sons, que agora escorrem pelas minhas bigornas e estribos que veem da mesa principal, onde falávamos de política, futebol e religião. É meu filho, em nossa república todo mundo é bamba em democracia. Tem evangélico, católico, Kardecista e outros que não pagam dízimo; tem quem pense mais a esquerda e outros um pouca à direta; tem Fla…(esse mesmo que você pensou) Vascaíno, abcdista e, se procurar bem direitinho é capaz de encontrar um americano na moita e, claro, botafoguense. Falamos de Estados Unidos e Europa, mas isto é outra história. Em verdade vos digo, foi muito samba, muito choro e Rock’In Roll. Entretanto, o que mais existe, de fato, neste micro-universo, é respeito carinho e muito amor. Filhos meus, já estou com saudades.
Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, mais conhecido como Gonzaguinha, (Rio de Janeiro, 22 de setembro de 1945 – Renascença, 29 de abril de 1991) foi um cantor e compositor brasileiro.
Gonzaguinha era filho registrado, mas não natural, do cantor e compositor pernambucano Luiz Gonzaga e de Odaleia Guedes dos Santos, cantora do Dancing Brasil.
Compôs a primeira canção “Lembranças da Primavera” aos 14 anos, e em 1961, com 16 anos, foi morar no bairro de Cocotá, na ilha do Governador, com o pai para estudar. Mais tarde, estudou Economia na Universidade Cândido Mendes. Na casa do psiquiatra Aluízio Porto Carrero conheceu e se tornou amigo de Ivan Lins. Conheceu também a primeira mulher, Ângela, com quem teve 2 filhos: Daniel e Fernanda. Teve depois uma filha com a atriz Sandra Pêra, a atriz e cantora Amora Pêra.
Foi nessa convivência na casa do psiquiatra, que fundou o Movimento Artístico Universitário (MAU), com Aldir Blanc, Ivan Lins, Márcio Proença, Paulo Emílio e César Costa Filho. Tal movimento teve importante papel na música popular do Brasil nos anos 70 e em 1971 resultou no programa na TV Globo Som Livre Exportação.
Caracterizado por uma postura de crítica à ditadura, foi visado pelo DOPS. Assim, das 72 canções mostradas a esse órgão, 54 foram censuradas, entre as quais o primeiro sucesso, Comportamento Geral. Neste início de carreira, a apresentação agressiva e pouco agradável aos olhos dos meios de comunicação valeu-lhe o apelido de “cantor rancor”, com canções ásperas, como Piada Infeliz e Erva. Com o começo da abertura política, na segunda metade da década de 1970, começou a modificar o discurso e a compor canções de tom mais aprazível para o público da época, como Começaria Tudo Outra Vez, Explode Coração, Grito de Alerta e O que É o que É, e também temas de reggae, como Nem o Pobre nem o Rei.
As composições foram gravadas por muitos dos grandes intérpretes da MPB, como Maria Bethânia, Zizi Possi, Simone, Elis Regina (Redescobrir ou Ciranda de Pedra), Fagner, e Joanna. Dentre estas, destaca-se Simone com os grandes sucessos de Sangrando, Mulher, e daí e Começaria tudo outra vez, Da maior liberdade, É, Petúnia Resedá.
Em 1975, dispensou os empresários e tornou-se um artista independente, o que fez em 1986 fundar o selo Moleque, pelo qual chegou a gravar dois trabalhos.
Nos últimos doze anos de vida, Gonzaguinha viveu em Belo Horizonte com a segunda mulher Louise Margarete Martins (Lelete) e a filha deles, a caçula Mariana.
Morte
Gonzaguinha morreu aos 45 anos, em 29 de abril de 1991, ao regressar de uma apresentação no Paraná, vítima de acidente automobilístico em uma rodovia no sudoeste daquele Estado. Em 2017 Gonzaguinha foi tema do carnaval da GRES Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, com o enredo “É! O Moleque desceu o São Carlos, pegou um sonho e partiu com a Estácio!”.
As articulações políticas estão em plena efervescência em todas às direções e em todo recôncavo do estado. O professor Luiz Carlos Noronha, apodiense da gema, de pé atolado na lagoa, apesar de morar em Natal há vários anos, e ter sido vereador por dois mandatos, pelo munícipio da Capital do Sol, nunca faltou a sua cidade natal, prova disto foram os votos que obtive, em Apodi, de quando sua candidatura a deputado estadual em 2014. Esta aceitação se expande através do seu trabalho sério na área educacional e dá sustentação a uma nova tentativa a deputado estadual, lhe conferindo apoios e incentivos importantes da comunidade do magistério, além dos estudantes. Na eleição passada quase beliscou uma cadeira na Assembleia Legislativa, ficando na suplência.
Agora de partido novo, no Psol, Luiz Carlos acende nova esperança de um assento no legislativo potiguar, visto que, nas eleições passadas faltaram pouquíssimos votos e, desta feita os apoios estão se somando aos montes, sem falar de toda cobertura e empenho que será oferecido pelo partido, o que não ocorreu com PMDB(MDB), por razões outras, canalizou forças para pessoas alheias à agremiação partidária.
De Apodi vem mais um aliado, que em apoio ao Professor Luiz Carlos, fala da amizade e dos laços que nunca foram perdidos com sua terra: “Grande político, hoje suplente de deputado estadual, representou muito bem nossa cidade Apodi, em dois mandatos de vereador na nossa capital Natal, um fato histórico”, disse, Nilson Viana.
O forrozeiro Nilson, que nas eleições passadas foi candidato a deputado estadual pelo PC do B, hoje, um dos entusiastas apoiadores da nova empreitada do Professor, foi além, afirmou que desta vez o sonho da cidade do Apodi de ter um filho será concretizado.
Piquinês
A cada dia tenho mais consciência latente de nossa pequinês humana, nossa indiferença a razão. Que importa a razão? A verdade? O certo? Por que diabos devo achar justa a justiça se ela não me cabe?
Certo
Prego batido e ponta virada, assim me confidenciou uma fonte fidedigna, que o filho de Agnelo Alves, será é o candidato a “salvador” do legado Alves, isto é, o prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves(PDT) – que juro de pés juntinhos cumprir os quatro anos de mandato – , decidiu, na última sexta-feira(23), apostar na frágil curta memória do natalense, afirmando que será candidato ao Governo do Estado.
Ajuda
O ex-deputado João Maia do PR, falou ao jornal Agora RN, que é pré-candidato a deputado federal e, justifica o não apoio a sua irmã, a deputada federal, Zenaide Maia (PHS), que também já se coloca como pré-candidata ao Senado Federal, dizendo que é dirigente do partido e não dono do partido.
“Dizendo para as pessoas que estou me colocando como pré-candidato a deputado federal, porque acho que na Câmara eu tive dois mandatos, eu posso ajudar melhor o RN, o Seridó”. Ora, João você não vai ajudar sua irmã, vai ajudar o Rio Grande do Norte. Quem disse que político é eleito para ajudar? Ele é eleito para trabalhar, talvez o ex-deputado João Maia nnao saiba o que é trabalhar.
Frase
“Já era a intenção dele. Acertamos nesses últimos dias”, michel temer sobre saída do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
José Luiz Silva, o “Padre Zé Luiz” nasceu em 1928 em São José do Campestre/RN e morreu em 1991, em Natal. Foi padre durante duas décadas em Pendências, Macau, Touros e Pau dos Ferros. Deixou a batina em 1969, casou-se e teve 3 filhos. Foi jornalista e publicitário, escreveu em diversos jornais do Estado e publicou 8 livros.
Nara Lofego Leão (Vitória, 19 de janeiro de 1942 — Rio de Janeiro, 7 de junho de 1989) foi uma cantora , compositora e sambista brasileira.
Filha caçula do casal capixaba Jairo Leão, advogado, e Altina Lofego Leão, professora. Pelo lado paterno era descendente de portugueses e pelo materno era descendente de imigrantes italianos da vila de Castelluccio Superiore, na região da Basilicata, que imigraram para o Espírito Santo no século XIX (famílias D’Amico e Lofiego). Nara nasceu em Vitória e mudou-se para a Cidade do Rio de Janeiro quando tinha apenas um ano de idade, com os pais e a irmã, a jornalista Danuza Leão.
Durante a infância, Nara teve aulas de violão com Solon Ayala e Patrício Teixeira, ex-integrante do grupo “Os Oito Batutas” de Pixinguinha. Aos 14 anos, em 1956, resolveu estudar violão na academia de Carlos Lyra e Roberto Menescal, que funcionava em um quarto-e-sala na rua Sá Ferreira, em Copacabana. Aos 18 anos, Nara tornou-se professora da academia.
A bossa nova nasceu em 1957, quando Nara fazia reuniões no apartamento de seus pais, localizado no edifício Champ-Elysées, em frente ao posto 4, da Avenida Atlântica, em Copacabana, das quais participavam nomes que seriam consagrados no gênero, como Roberto Menescal, Carlos Lyra, Chico Feitosa e Ronaldo Bôscoli.
Daí em diante, Nara se reaproxima de Carlos Lyra, que rompeu a parceria musical com Bôscoli em 1960, e de ideias mais à esquerda. Inicia um namoro com o cineasta Ruy Guerra. Nessa época passa a se interessar pelo samba de morro por influência de Lyra .
A estreia profissional se deu quando da participação, ao lado de Vinícius de Moraes e Carlos Lyra, na comédia Pobre Menina Rica (1963). O título de musa da Bossa Nova foi a ela creditado pelo cronista Sérgio Porto. Mas a consagração efetiva ocorre após o golpe militar de 1964, com a apresentação do espetáculo Opinião, ao lado de João do Vale e Zé Keti, um espetáculo de crítica social à dura repressão imposta pelo regime militar. Maria Bethânia, por sua vez, a substituiria no ano seguinte, pois Nara precisara se afastar por estar afônica em consequência da poeira do teatro. Nota-se que Nara Leão vai mudando suas preferências musicais ao longo dos anos 1960. De musa da Bossa Nova, passa a ser cantora de protesto e simpatizante das atividades dos Centros Populares de Cultura da UNE. Embora os CPCs já tivessem sido extintos pela ditadura, em 1964, o espetáculo Opinião tem forte influência do espírito cepecista. Em 1966, interpretou a canção A Banda, de Chico Buarque no Festival de Música Popular Brasileira (TV Record), que ganhou o festival e público brasileiro.
Dentre as suas interpretações mais conhecidas, destacam-se O Barquinho, A Banda e Com Açúcar e com Afeto — feita a seu pedido por Chico Buarque, cantor e compositor a quem homenagearia nesse disco homônimo, lançado em 1980.
Nara também aderiu ao movimento tropicalista, tendo participado do disco-manifesto do movimento – Tropicália ou Panis et Circensis, lançado pela Philips em 1968 e disponível hoje em CD
Aqui, em meio a rabiscos, lembrei do que me disse Paulo Linhares, pelo WhatSpp: “Todos nós temos nossas batalhas”, o que me levou a Mário Sérgio Cortella, em sua palestra, onde fala da necessidade de termos inimigos fortes, amigos sinceros que nos digam, na lata, na cara dura aquilo que precisamos ouvir e não o que queremos ouvir e ver, pois assim, nos tornamos mais fortes para as lutas do dia a dia. Em geral, se deixarmos os elogios ultrapassarem os limites de sua verdade, estaremos fadados ao fracasso, a luta será, inevitavelmente, perdida, não importando a arma que empunhemos.
É verdade, Paulo: temos nossas lutas também e, sem dúvida alguma, a maior delas é contra nós mesmos. A Teoria da Psicanálise de Freud diz que o superego é responsável por “controlar” o Id, isto é, reprimir os instintos primitivos com base nos valores morais e culturais. Devo confessar que já pensei – veja a ousadia – como Vinicius de Moraes, que certa vez disse: “Críticos são sujeitos que têm mau hálito no pensamento”. Depois de muitos banhos de água de sal para sarar as feridas, hoje, costumo observar com muito mais cuidados às críticas negativas ou aquelas mais contundentes, certamente, me dizem algo a mais. Também não serei hipócrita de afirmar que desconsidero as críticas elogiosas, seria uma grosseira mentira: tenho um silo esborrotando delas e, algumas penduro na parede de entrada. É certo, que também existem, aos borbotões, aquelas disfarçadas, que na verdade é inveja, tais como: esse texto não foi ele que fez, essa publicidade também não, ele não é tão criativo assim, ele não tem capacidade de fazer isto…Ora, estas já apertei o botão da descarga faz tempo.
Não há duvida que aquela opinião que entra em choque com a sua, certamente, lhe causa mais impacto, ela sempre nos pega de surpresa, principalmente relativa a seu trabalho. Onde quase ou sempre, você espera elogios aos milhões e, na net então, os likes e comentários positivos, têm que serem capazes de encher a Armando Ribeiro Gonçalves.
Pois, bem. Semana passada desenhei Raul Seixas e Jairo, meu amigo de 40 anos e lá vai fumaça, achou parecido com Enéas Carneiro, aquele do Prona, candidato à Presidência da República, do “Meu nome é Enéas”. Fui para prancheta, desenhei, redesenhei e ficava igual ao já feito, como não saía do lugar fui ao auxílio de Maria – ela, anos-luz mais inteligente que eu -, disse: desenhe Enéas!
Pronto, eis o dito cujo. Obrigado, amigo Jairo, pela sinceridade. Agora, é com você.