Adriana Calcanhotto

Adriana da Cunha Calcanhotto (Porto Alegre, 3 de outubro de 1965) é uma cantora e compositora brasileira.

As suas composições abordam estilos variados: samba, bossa nova, pop e baladas. Dentre as características de repertório, observa-se a regravação de antigos sucessos da MPB e arranjos diferenciados. Também gravou um disco de música infantil sob a alcunha Adriana Partimpim.

Infância e família

É filha de Carlos Calcanhoto, baterista de jazz e bossa nova, e de Morgada Assumpção Cunha, bailarina e professora de Educação Física. Aos seis anos ganha do avô o primeiro instrumento: um violão. Aprendeu a tocar o instrumento e também, mais tarde, a cantar. Logo emergiu nas influências musicais (MPB) e literárias (Modernismo Brasileiro). Ficou fascinada pelo Movimento antropofágico de Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e outros nomes daquele movimento cultural.

A vida artística iniciou-se em bares de Porto Alegre, como o Fazendo Artes, situado próximo à I Cia. de Guardas do Exército, próximo ao Parque Farroupilha, e o Porto de Elis, na av. Protásio Alves. Também trabalhou em peças teatrais e depois se lançou em concertos e festivais por todo o país no estilo voz e violão.

Os primeiros álbuns

O primeiro disco, lançado em 1990 pela gravadora CBS, trouxe canções de autoria (a faixa título e Mortaes) e regravações de clássicos da MPB (Sonífera Ilha, do grupo Titãs, Caminhoneiro de Roberto e Erasmo Carlos, Disseram que Voltei Americanizada, gravada por Carmem Miranda, e Nunca, do conterrâneo Lupicínio Rodrigues).

Naquela estação, por sua vez, integrou a trilha sonora da telenovela global Rainha da Sucata, de Sílvio de Abreu (1990). No ano seguinte, recebeu o Prêmio Sharp de revelação feminina. No segundo trabalho, Senhas, de 1992, o repertório estava focado nas canções de autoria, com destaque para Esquadros e Mentiras; esta última foi incluída na trilha da novela Renascer, de Benedito Ruy Barbosa.

Em 1994, a fórmula dá sinais de cansaço e desgaste devido à exposição excessiva na mídia. Por isso, nesse mesmo ano lançou o LP A fábrica do poema, com algumas doses de experimentalismo (poemas de Augusto de Campos, Gertrude Stein, textos do cineasta Joaquim Pedro de Andrade e parcerias com Waly Salomão, Arnaldo Antunes, Antônio Cícero e Jorge Salomão). No terceiro disco, que também foi o último a ter versão em vinil, os destaques foram Metade e Inverno. Prosseguiu com o álbum Maritmo, que simulou uma incursão pela dance music (Pista de dançaParangolé Pamplona), samplers (Vamos comer Caetano), e a regravação de Quem vem para beira do mar, de Dorival Caymmi.

Uma das participações foi uma performance na livraria Argumento, no Rio de Janeiro, musicando poemas do poeta português Mário de Sá Carneiro em 1996. Um deles, O outro acabou por entrar no CD Público (2000), que trazia regravações dos antigos sucessos entre outras canções consagradas e também rendeu um DVD, lançado no ano seguinte pela gravadora BMG.

Você também pode gostar...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *