Gosto sim, de carnaval!

Lívia Brito e Valentia Brito

Ontem, (segunda-feira), na fila (sem fila) do pão um vizinho, sorridente me indagou:

– E aí, seu Brito? Parece que não gosta de carnaval!?
– Gosto sim. Quanto mais longe tiver de mim, mas gosto…
– Eu também! Isso é coisa do diabo.

Com um boa tarde, me esguiei, segui ao barraco na velocidade das tartarugas do Arquipélago de Colón, comer pão com geleia de acerola, feita por Maria. Ele ficou importunando a coitada do caixa, que certamente, preferiria está em algum mela-mela ou no bloco dos Cão, louvando a folia, santificando com alegria a festa mais profana e abençoada pelos deuses, que a tirania daquela verborragia preconceituosa arrogante advinda do bloco dos infelizes.

“Carnaval é a alegria popular. Direi mesmo, uma das raras alegrias que ainda sobram para a minha gente querida. Peca-se muito no carnaval? Não sei o que pesa mais diante de Deus: se excessos, aqui e ali, cometidos por foliões, ou farisaísmo e falta de caridade por parte de quem se julga melhor e mais santo por não brincar o carnaval.” Dom Élder Câmara.

Gosto sim, de carnaval. Longe ou perto, dentro ou fora, só ele nos permite alegrias e êxtases em profusão juntas e misturadas, pois bem: Dei-me ao desplante de ler algumas dezenas de páginas do Livro da Filosofa, ouvi Banda Reflexu’s, Pink Floyd, The Beatles, Luiz Gonzaga, Agepê – som alto sem vizinhos por perto e com ausência total de música de sertaneja nas redondezas, ô glória -, assisti As Sufragistas, La La Land e mais dois chatos que esqueci os nomes e ainda vi Portela na avenida, nesta segunda. Ora quem pode proporcionar uma miscelânea destas? Certamente, só o “manda-chuva” da vez. Ah, também fiz uma boa arrumação em nossa loja (virtual), que estará de portas abertas, em breve.

Gosto sim, de carnaval. Você pode até tentar sair dele, mas ele não sai de você e quando não vai até ele, ele vem até você. Para tirar a prova dos nove, o Rei lhe induz ao revivamento, a mente lhe é povoada com belos carnavais já vividos que agora, se torna tão deglutíveis e palpáveis como um bom sonho. 

Assim, foi feito: Me senti tão inteiro, como se presente estivesse na festa momesca, através das minhas belas e amadas netas Valentina (filha de Pollyanne/Felipe) e Lívia (Jade/Roberto), em seu primeiro ensaio de foliã. Gosto sim, de carnaval. Somos do bloco da vida, da alegria!

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