Caricatura

0

Keith Richards

Keith Richards (Dartford, 18 de dezembro de 1943) é um músico, compositor e ator britânico, considerado um dos grandes nomes do rock do século XX. Richards é mais conhecido como integrante dos The Rolling Stones e é considerado um dos maiores e mais influentes guitarristas de todos os tempos. Foi eleito o quarto melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.

Keith Richards nasceu em 18 de dezembro de 1943, em Dartford, Condado de Kent, filho único de Bertrand Richards e Doris Dupree Richards. Ele viveu seus primeiros anos sob o ataque dos foguetes V-1nazistas sobre sua cidade. Filho de trabalhadores de fábrica e neto de socialistas e líderes de lutas pelos direitos civis, seu contato com a música veio desde criança, através do avô Gus, que tinha em sua casa um velho violão de cordas de tripas, como diz sua autobiografia.

Keith, ainda jovem, admirava o Rock and Roll e o Blues produzido nos Estados Unidos, sendo fã de Elvis Presley, Muddy Waters e Willie Dixon, entre outros. Estudava na Sidcup School of Art, quando, em 1961, reencontrou o amigo de infância Mick Jagger, também aficionado em Blues. Logo Keith abandonou os estudos e investiu tudo na banda.

Admirador do tipo de música do guitarrista negro americano Chuck Berry, um dos precursores do rock’n’roll, Keith foi o principal responsável pela introdução do rhythm and blues no repertório da banda, que ele desenvolveu com o outro fundador, Brian Jones, introduzindo um som de duas guitarras na linha rítmica dos Stones, fazendo a diferença com o grupo que explodia no mundo todo na época do começo de sua carreira, os Beatles e criando um som mais pesado.

Considerado um dos maiores criadores de riffs – refrões musicais – da história do rock e autor de (I Can’t Get No) Satisfaction, o grande hino da carreira dos Stones até hoje – criada durante uma noite insonia num quarto de hotel de Los Angeles em 1965 – Richards e seus companheiros de banda Brian Jones, Mick Jagger, Charlie Watts e Bill Wyman, os originais Rolling Stones, estouraram no Reino Unido e em todo o planeta a partir da segunda metade dos anos 60, fazendo uma música crua e de letras provocativas, misturando rock, folk, pop, soul e gospel, vendendo milhões de discos e arrebatando platéias e fãs em todos os cantos do mundo, quando eram considerados a maior banda rhythm and blues e a segunda maior banda da história, depois de seus eternos rivais-amigos, Os Beatles, a quem faziam o contraponto de “meninos maus”, diferente da imagem de bonzinhos do grupo de Liverpool.

Tem uma parceria histórica com Mick Jagger, a qual foi batizada de The Glimmer Twins. Ambos têm uma relação que vem desde a infância, mas alterna momentos de fraternidade, com vários desencontros e rusgas. Keith, em sua auto-biografia, confessou que não suporta as pretensões de Jagger, seus “cálculos”, seu excesso de atenção aos negócios, sua ânsia pela aprovação do establishment e sua tendência ocasional de tratar Richards e os outros membros da banda como empregados, tendo afirmado: “…Eu adorava andar com Mick, mas não entro em seu camarim acho que faz uns vinte anos. Às vezes, sinto saudades do meu amigo”. Em outra vez, afirmou: “As únicas coisas de que Mick e eu discordamos é a banda, a música e o que fazemos.

Keith tem dois filhos de sua ligação com a atriz e mulher de diversas atividades culturais Anita Pallenberg, sua companheira nos primeiros anos de drogas e loucuras com os Rolling Stones. Em 1976, enquanto Keith estava em excursão, o terceiro filho dele com Pallenberg, um bebê chamado Tara, morreu no berço. Seu vício em drogas, público e ostensivo, marcou época. Em 1973, os editores da revista especializada New Musical Express puseram Keith no topo de sua lista anual de “estrelas do rock com maior probabilidade de morrer” naquele ano.Mesmo para um roqueiro, em uma época em que a experimentação e uso de narcóticos entre astros do Rock era uma moda quase obrigatória, Richards consumia quantidades hercúleas de Heroína, Cocaína, Mescalina, LSD, Peiote, Mandrax, Tuinal, Maconha, além de muitas bebidas alcoólicas, o que levou observadores a acharem que ele estava com os dias contados. Richards permaneceu no topo da agourenta lista de seu observatório da morte por dez anos, até que, o New Musical Express finalmente jogou a toalha e admitiu que ele era “imortal”. O ponto decisivo para Keith, foi quando do incidente em Toronto em 1977: Keith fora detido com grande quantidade de drogas, processado pela justiça canadense,e quase condenado como Traficante Internacional de Drogas. Depois disso, começou a se tratar da dependência. Reza a lenda que Keith trocou todo o seu sangue numa clinica suíça, para ajudá-lo a se livrar da dependência da heroína que pontuou sua vida durante os anos 60 e 70.

Desta parte mais depressiva de sua vida, Richards emergiu curado do vício e casado com a modelo nova-iorquina Patti Hansen, uma das mais famosas e bonitas do mundo na época, com quem tem duas filhas: Theodora Dupree (18 de março de 1985) e Alexandra Nicole (28 de junho de 1986).

Além de seu trabalho com os Stones, Keith também manteve uma carreira solo paralela, além de gravar com outros artistas como Steve Jordan, Tom Waits, John Phillips, Aretha Franklin, Bono, The Edge e outros.

Em 2007, Keith fez uma participação especial no filme Piratas do Caribe – No Fim do Mundo, como Capitão Teague, pai de Jack Sparrow, interpretado por Johnny Depp, e reprisou o papel no filme Piratas do Caribe – Navegando em Águas Misteriosas que estreou em 20 de maio de 2011.

Avô de cinco netos, Keith Richards admitiu que foi o seu avô Gus que o fez apaixonar-se pela música e a escolher a guitarra como instrumento para toda a vida.

Em 2014 escreveu uma história infantil chamada “Gus & eu”, em parceria com Barnaby Harris e Bill Shapiro, editada em setembro de 2014 na língua inglesa (e que será editada no mercado português pela editora Jacarandá, com tradução de Maria da Fé Peres.

0

Mick Jagger

Sir Michael Philip “Mick” Jagger (Dartford, 26 de julho de 1943) é o vocalista dos The Rolling Stones, considerada uma das maiores e mais famosas bandas de rock and roll de todos os tempos.

A carreira de Jagger dura há mais de 50 anos e foi descrita como “um dos vocalistas mais populares e influentes da história do Rock & Roll”. A voz e o desempenho distintivos de Jagger, juntamente com o estilo de guitarra do Keith Richards, são a marca registrada dos Rolling Stones durante toda a carreira da banda. Jagger ganhou a notoriedade da imprensa pelo seu uso admitido da drogas e envolvimentos românticos, e foi retratado frequentemente como uma figura contracultural.

No final dos anos 1960, Jagger começou a atuar em filmes (começando com Performance e Ned Kelly), com recepção mista. Em 1985, ele lançou seu primeiro álbum solo, She’s the Boss. No início de 2009, Jagger juntou-se ao supergrupo elétrico, SuperHeavy. Em 1989, ele foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame, e em 2004 para o Reino Unido Music Hall of Fame com os Rolling Stones. Em 2003, foi condecorado cavaleiro pelos seus serviços prestados à música popular.

Vocalista, compositor, letrista, em 2016, pai do oitavo filho e líder dos Rolling Stones, banda que possui mais de 200 milhões de discos vendidos em cinco décadas de carreira.

Filho mais velho de um professor e de uma dona de casa, Jagger nasceu no dia 26 de julho de 1943 na pequena cidade de Dartford, Kent, no sudeste da Inglaterra, com o nome Michael Phillip Jagger. Aluno exemplar na infância e adolescência, ele sempre conquistou o carinho das pessoas por onde passou por seu carisma e estilo solto e bem-humorado de ser.

Aos 14 anos, ganhou seu primeiro violão e logo passou a colecionar discos de blues de nomes como Muddy Waters e Howlin´ Wolf. Empolgado com as possibilidades na música, se juntou ao amigo Dick Taylor, que tocava baixo, para montar sua primeira banda, chamada Boy Blue and the Blue Boys, na qual assumiu o posto de vocalista.

Indo de encontro a toda a rebeldia que em breve levaria ao mundo ao lado dos Stones, Jagger entrou na London School of Economics para estudar Contabilidade e Finanças, em 1960. No entanto, enquanto prestava bacharelado também investia na carreira musical – e, quando precisou escolher um caminho a seguir, não teve dúvida e largou o curso. Logo trouxe para seu lado o guitarrista Keith Richards, que conhecera em sua cidade natal, e os dois passaram a explorar a cena ainda emergente do blues na capital britânica. Em uma casa noturna, conheceram o também guitarrista Brian Jones.

O embrião para os Stones estava liberado. Jones queria montar sua própria banda; Jagger e Richards tinham a mesma pegada. Em 1963, Taylor abandonou o projeto, sendo substituído por Bill Wyman, e Charlie Watts se juntou ao grupo de jovens músicos ocupando o posto de baterista. Com o direcionamento do empresário Andrew Loog Oldham, eles passaram a ser chamados de “os roqueiros durões e selvagens do Reino Unido”, fazendo, assim, oposição aos considerados bons meninos dos Beatles.

O vocalista dos Rolling Stones, Mick Jagger, poderia ter sofrido uma tentativa de assassinato em 1975, caso seus supostos agressores não tivessem sido atingidos por uma forte tempestade. A informação foi publicada na edição de 2 de março de 2008 pelo jornal britânico The Sunday Telegraph.

Os detalhes do complô foram revelados por um ex-agente do FBI a uma rádio da rede britânica BBC, que elaborou uma série de programas sobre a entidade policial norte-americana.

O ex-agente afirmou que membros do grupo de motociclistas Hell’s Angels queriam se vingar de Jagger, após um trágico show dos Rolling Stones no festival de Altamont, nos Estados Unidos, em 1969, quando um jovem foi assassinado por um membro da gangue.

Os Hell’s Angels supostamente faziam a segurança do evento e, após o crime, Mick Jagger teria dito que não queria mais os serviços do grupo.

0

Tim Maia

Tim Maia, nome artístico de Sebastião Rodrigues Maia (Rio de Janeiro, 28 de setembro de 1942 — Niterói, 15 de março de 1998), foi um cantor, compositor, maestro, produtor musical, instrumentista e empresário brasileiro, responsável pela introdução do estilo soul na música popular brasileira e reconhecido mundialmente como um dos maiores ícones da música no Brasil. Suas músicas eram marcadas pela rouquidão de sua voz, sempre grave e carregada, conquistando grande vendagem e consagrando muitos sucessos. Nasceu e cresceu na cidade do Rio de Janeiro, onde, em sua infância, já teve contato com pessoas que viriam a ser grandes cantores, como Jorge Ben Jor e Erasmo Carlos. Em 1957, fundou o grupo The Sputniks, no qual cantou junto a Roberto Carlos. Em 1959, emigrou para os Estados Unidos, onde teve seus primeiros contatos com o soul, vindo a ser preso e deportado por roubo e porte de drogas. Em 1970, gravou seu primeiro disco, intitulado Tim Maia, que, rapidamente, tornou-se um sucesso país afora com músicas como “Azul da Cor do Mar” e “Primavera”.

Nos três anos seguintes, lançou vários discos homônimos, fazendo sucesso com canções como “Não Quero Dinheiro (Só Quero Amar)” e “Gostava Tanto de Você”. De julho de 1974 a 25 de setembro de 1975, aderiu à doutrina filosófico-religiosa conhecida como Cultura Racional, lançando, nesse período, dois discos, com destaque para “Que Beleza” e “O Caminho do Bem”Desiludiu-se com a doutrina e voltou ao seu estilo de música anterior, lançando sucessos como “Descobridor dos Sete Mares” e “Me Dê Motivo”. Muitas de suas músicas foram gravadas sob a editora Seroma e a gravadora Vitória Régia Discos, sendo um dos primeiros artistas independentes do Brasil. Ganhou o apelido de “síndico do Brasil” de seu amigo Jorge Ben Jor na música W/Brasil. Na década de 1990, diversos problemas assolaram a vida do cantor: problemas com as Organizações Globo e a saúde precária, devido ao uso constante de drogas ilícitas e ao agravamento de seu grau de obesidade. Sem condições de realizar uma apresentação no Teatro Municipal de Niterói, saiu em uma ambulância e, após duas paradas cardiorrespiratórias, faleceu em 15 de março de 1998. É amplo seu legado à história da música brasileira, e sua obra veio a influenciar diversos artistas, como seu sobrinho Ed Motta e seu filho Léo Maia (também cantores). A revista Rolling Stone Brasil classificou Tim Maia como o maior cantor brasileiro de todos os tempos, e também como o 9º maior artista da música brasileira.

Nascido no Bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, na Rua Afonso Pena 24, filho de Altivo Maia (1900-1959) e Maria Imaculada Nogueira (1902-1991), Tim Maia começou na música tocando bateria no grupo Tijucanos do Ritmo, formado na Igreja dos Capuchinhos próxima a sua casa, passando logo para o violão. Tim, nessa época, era conhecido como “Babulina”, por conta da pronúncia do rockabilly Bop-A-Lena de Ronnie Self (apelido que Jorge Ben Jor tinha pelo mesmo motivo). Em 1957, fundou o grupo vocal The Sputniks, do qual participaram Roberto Carlos, Arlênio Silva, Edson Trindade e Wellington. O grupo se apresentou no programa Clube do Rock de Carlos Imperial na TV Tupi. Roberto Carlos afirma ter aprendido a batida do rock no violão ao ver Tim executar Long Tall Sally, de Little Richard. Erasmo Carlos nunca fez parte do grupo, mas sim do The Snakes, grupo que acompanhou tanto Roberto quanto Tim após o fim do The Sputniks. Em 1959, foi para os Estados Unidos, onde estudou inglês e entrou em contato com a soul music, chegando a participar de um grupo vocal, o The Ideals. No grupo, Maia era conhecido como Jim, gravaram a canção “New Love” em um compacto, a composição foi composta em parceria com Roger Bruno, a voz principal do The Ideals, a gravação teve a participação do percussionista Milton Banana e do contrabaixista de jazz Don Payne, no entanto, quatro anos mais tarde, viria a ser deportado de volta para o Brasil, preso por roubo e posse de drogas. Bruno nunca mais teve notícias de Jim e se tornou um famoso compositor, sendo inclusive gravado por Teddy Pendergrass e Cher, curiosamente, Paul e Sheila Smith, um casal de amigos de Bruno gravaram com Tim Maia em 1973, no mesmo álbum em que o cantor resolve gravar a até então inédita, New Love, sem que Bruno soubesse que Jim e Tim eram a mesma pessoa.

Em 1968, Tim produziu o álbum A Onda É o Boogaloo, de Eduardo Araújo. O álbum trouxe a sonoridade da soul music para a Jovem Guarda. Nessa época, Tim começou a se apresentar em São Paulo e num programa de rádio de Wilson Simonal, e fez uma apresentação na TV Bandeirantes com a banda Os Mutantes. No mesmo ano, teve composições gravadas por Roberto e Erasmo Carlos. Erasmo gravou “Não quero nem saber” e Roberto, “Não Vou Ficar”, para o álbum Roberto Carlos. A canção também fez parte da trilha sonora do filme Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-rosa. Seu primeiro trabalho solo foi um compacto pela CBS em 1968, que trazia as músicas “Meu País” e “Sentimento” (ambas de sua autoria, como todas as músicas sem indicação de autor). Sua carreira no Brasil fortaleceu-se a partir de 1969, quando gravou um compacto simples pela Fermata com “These Are the Songs” (regravada no ano seguinte por Elis Regina em duo com ele e incluída no álbum Em Pleno Verão, de Elis) e “What Do You Want to Bet”.

0

Zé Ramalho

José Ramalho Neto (Brejo do Cruz, 3 de outubro de 1949), mais conhecido como Zé Ramalho, é um cantor, compositor e músico brasileiro. É primo da cantora Elba Ramalho. Em outubro de 2008, a revista Rolling Stone promoveu a Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira, cujo resultado colocou Zé Ramalho na 41ª posição.

José Ramalho nasceu em 3 de outubro de 1949 em Brejo do Cruz/PB, filho de Estelita Torres Ramalho, uma professora do ensino fundamental, e Antônio de Pádua Pordeus Ramalho, um seresteiro. Quando tinha dois anos de idade, seu pai se afogou em uma represa do sertão, e passou a ser criado por seu avô. A relação entre os dois seria mais tarde homenageada na canção “Avôhai”. Após passar a maior parte da sua infância em Campina Grande, sua família se mudou para João Pessoa. Esperava-se que ele se formasse em Medicina.

Assim que a família se estabeleceu em João Pessoa, ele participou de algumas apresentações de Jovem Guarda, sendo influenciado por Renato Barros, Leno e Lílian, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Golden Boys, Beatles, Rolling Stones, Pink Floyd e Bob Dylan.

Em 1974, seu primeiro filho com Ízis, Christian, nasceu. Antes de compor, ele escrevia versos de cordel.

Em 1974, ele tocou na trilha sonora do filme Nordeste: Cordel, Repente e Canção, de Tânia Quaresma. Na época, passou a misturar as suas influências: de Rock “n” Roll a forró. Um ano depois, gravou seu primeiro álbum, Paêbirú, com Lula Côrtes na gravadora Rozenblit. Hoje em dia, as cópias desse disco valem muito por serem raras.

Em 1976, mudou-se para o Rio de Janeiro.

Em 1977, gravou seu primeiro álbum solo, Zé Ramalho. No próximo ano, seu segundo filho, Antônio, nasceu.

Em 1979, veio o terceiro filho, João, fruto de sua relação com a cantora Amelinha, e também o segundo álbum, A Peleja do Diabo com o Dono do Céu. Mudou-se para Fortaleza em 1980, onde escreveu seu livro Carne de Pescoço. O terceiro álbum A Terceira Lâmina, foi lançado em 1981, ano em que nasceu sua primeira filha, Maria Maria; logo após, veio o quarto disco, Força Verde, em 1982.

Em 1983, após o lançamento do quinto álbum, Orquídea Negra, terminou sua relação com Amelinha Collares. Depois de gravar Pra Não Dizer que Não Falei de Rock (também conhecido como Por Aquelas que Foram Bem Amadas), no início do ano de 1984, casou com Roberta Ramalho, com quem é casado até hoje.

Os anos 80 seriam palco de uma queda no sucesso de Zé Ramalho, com o lançamento dos álbuns De Gosto de Água e de Amigos (1985), Opus Visionário (1986) e Décimas de um Cantador (1987). Uma possível causa dessa fase ruim seria o uso de experimentalismo na música. Em 1990 e 1991, ele tocou nos Estados Unidos para um público brasileiro.

0

Djavan

Djavan Caetano Viana (Maceió, 27 de janeiro de 1949) é um cantor, compositor, produtor musical e violonista brasileiro.

As músicas de Djavan são conhecidas pelas suas “cores”. Ele retrata muito bem em suas composições a riqueza das cores do dia a dia e se utiliza de seus elementos em construções metafóricas de maneira distinta dos demais compositores. As músicas são amplas, confortáveis chegando ao requinte de um luxo acessível a todos. Até hoje é conhecido mundialmente pela sua tradição e o ritmo da música cantada.

Djavan combina tradicionais ritmos sul-americanos com música popular dos Estados Unidos, Europa e África. Entre seus sucessos musicais destacam-se “Seduzir”, “Flor de Lis”, “Lilás”, “Pétala”, “Se…”, “Nem Um Dia”, “Eu te Devoro”, “Açaí”, “Segredo”, “A Ilha”, “Faltando um Pedaço”, “Oceano”, “Esquinas”, “Samurai”, “Boa Noite” e “Acelerou”.

Djavan é filho de uma mãe negra e de um pai branco que trabalhava como ambulante. Sua mãe, lavadeira, entoava canções de Ângela Maria e Nelson Gonçalves. Djavan poderia ter sido jogador de futebol. Lá pelos 11, 12 anos, o garoto Djavan Caetano Viana divide seu tempo e sua paixão entre o jogo de bola nas várzeas de Maceió e o equipamento de som quadrafônico da casa de Dr. Ismar Gatto, pai de um amigo de escola. Da primeira paixão, despontava como meio-campo no time do CSA (Maceió), onde poderia ter feito até carreira profissional. Aos 23, chega ao Rio de Janeiro para tentar a sorte no mercado musical. É crooner de boates famosas – Number One e 706. Com a ajuda de Edson Mauro, radialista e conterrâneo, conhece João Araújo, presidente da Som Livre, que o leva para a TV Globo. Passa a cantar trilhas sonoras de novelas, para as quais grava músicas de compositores consagrados como “Alegre Menina” (Jorge Amado e Dorival Caymmi), da novela Gabriela, e “Calmaria e Vendaval” (Toquinho e Vinícius de Moraes).

Em três anos, nas horas vagas do microfone, compõe mais de 60 músicas, de variados gêneros; com uma delas, “Fato Consumado”, tira segundo lugar no Festival Abertura, feito pela Rede Globo, e chega ao estúdio da Som Livre. De lá sai com seu primeiro disco, das de Aloysio de Oliveira, mítico produtor de Carmen Miranda a Tom Jobim. A voz, o violão, a música de Djavan, de 1976, é um disco de samba sacudido, sincopado e diferente de tudo que se fazia na época. Visto hoje, este trabalho não marca apenas a estreia de Djavan. Torna-o figura incontornável na história da música brasileira. O seu primeiro álbum trouxe o “carro-chefe”: “Flor de Lis” que se torna um grande hit nas rádios. Além dos sucessos “Flor de Lis” e “Fato Consumado”, o álbum mostra outras composições que ganharam reconhecimento entre críticos e fãs: “Maria das Mercedes”, “Embola Bola”, “Para-Raio”, “E Que Deus Ajude”, etc.

0

Rita Pavone

Rita Pavone (Turim, 23 de agosto de 1945) é uma cantora, intérprete e atriz italiana.

Começou sua carreira como cantora em 1962 com o single La partita di pallone e, pouco tempo depois, torna-se um sucesso mundial, fazendo também exitosas turnês em países europeus e da América Latina:Argentina e Brasil. Lança outros vários singles em seguida, como Alla mia etàCome te non c’è nessunoCuoreDatemi un martelloChe m’importa del mondoViva la pappaIl geghegè e Fortissimo, atingindo o topo das paradas. Em 1967 Rita atuou no filme Pistoleiros do Oeste.

Em 1968 Rita se casa na Suíça com seu empresário, produtor e descobridor, o cantor italiano Teddy Reno. Foi um escândalo na sociedade italiana porque Reno, cujo verdadeiro nome é Ferruccio Ricordi era casado com Livia Protti e não existia divórcio na Itália até 1970.

Em 1971 Rita e Teddy se casam oficialmente na Itália.

Em 1969 sua carreira desacelera na Itália, participou do Festival de San Remo com Zucchero e, no ano seguinte, com Ahi ahi ragazzo! e em 1972 com Amici mai. Emplacou vários sucessos em outros países como Alemanha (Arrivederci Hans), Bonjour la France (França), Io che amo solo te (Brasil).

Neste segundo período da sua carreira toma um caminho mais difícil e, consequentemente, menos premiada pelo resultado das vendas, das canções de autor, estabelecendo-se também como compositora. Canta em diversos idiomas com sucesso.

Depois de uma vida de concertos em várias partes do mundo, Rita anuncia no primeiro dia de 2006 que deixa definitivamente os palcos, cantando pela última vez em público.

Nas eleições legislativas italianas de 2006, Rita candidatou-se a uma vaga no senado italiano, disputando pela circunscrição dos italianos no exterior, não sendo eleita. Vive a participar de programas na TV Italiana com frequência.

Atualmente Rita mora em Chiasso, no cantão de Ticino, Suíça e possui uma segunda residência em Ariccia, distante 28 km de Roma.

Seus dois filhos também moram na Suíça. Alessandro é apresentador de um programa na TV Suíça-Italiana e Giorgio é guitarrista e cantor de rock.

0

Maria Bethânia

Maria Bethânia Viana Telles Velloso (Santo Amaro, 18 de junho de 1946) é uma cantora e compositora brasileira.

Na juventude, Maria Bethânia participou de peças teatrais ao lado de seu irmão, o também cantor e compositor Caetano Veloso, e de outros cantores proeminentes da época. Em 1965, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou sua carreira musical substituindo a cantora Nara Leão no espetáculo Opinião. No mesmo ano, assinou contrato com a gravadora RCA e lançou seu homônimo álbum de estreia.

Com mais de 26 milhões de discos vendidos ao longo de mais de 50 anos de carreira, Bethânia foi eleita em 2012, pela revista Rolling Stone Brasil, como a quinta maior voz da música brasileira.

Nascida na Bahia em 18 de junho de 1946, Maria Bethânia é a sexta filha de José Teles Veloso (Seu Zezinho), funcionário público dos Correios, e de Claudionor Viana Teles Veloso (Dona Canô). Seu nome foi escolhido pelo irmão Caetano Veloso, inspirado em uma canção, a valsa Maria Betânia, do compositor Capiba, então um sucesso na voz de Nélson Gonçalves.

Bethânia é membro de uma família de artistas, irmã da escritora Mabel Velloso, do cantor e compositor Caetano Veloso, e tia dos cantores Belô Velloso e Jota Velloso.

Na juventude, participou de espetáculos semi-amadores em parceria com Tom Zé, Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil e, em 1960, mudou-se para Salvador com a intenção de terminar os estudos. Lá, começou a frequentar o meio artístico, ao lado do irmão Caetano e três anos depois, em 1963, estreou como cantora na peça Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues. Nesta época, Bethânia e Caetano conheceram outros músicos iniciantes como Gilberto Gil, Gal Costa, Tom Zé, Alcivando Luz e outros, os quais acabariam lançados como cantores e compositores pela cantora. No ano seguinte, montaram juntos os espetáculos Nós por ExemploMora na Filosofia e Nova Bossa Velha, Velha Bossa Nova.

0

Raimundo Fagner

Raimundo Fagner Cândido Lopes, mais conhecido apenas como Fagner (Orós, 13 de outubro de 1949), é um cantor, compositor, instrumentista, ator e produtor brasileiro, e um dos integrantes do chamado Pessoal do Ceará

Mais jovem dos cinco filhos de José Fares, imigrante libanês, e Dona Francisca, Fagner nasceu na capital cearense, embora tenha sido registrado no município de Orós.

O nome de Fagner vem sendo incluído na lista dos maiores cantores de música latina, principalmente pela sua filiação com outros músicos latinos não-brasileiros, como Mercedes Sosa

Raimundo Fagner nasceu em 13 de outubro de 1949 foi registrado na cidade de Orós, no interior do estado do Ceará e batizado em 27 de dezembro na Igreja do Carmo em Fortaleza. Aos seis anos ganhou um concurso infantil na rádio local, cantando uma canção em homenagem ao dia das mães. Na adolescência, formou grupos musicais vocais e instrumentais e começou a compor suas próprias músicas. Venceu em 1968 o IV Festival de Música Popular do Ceará com a música “Nada Sou”, parceria sua com Marcus Francisco. Tornou-se popular no estado em 1969, após comparecer em programas televisivos de auditório na TV Ceará, e juntou-se a outros compositores cearenses como Belchior, Jorge Mello, Rodger Rogério, Ednardo e Ricardo Bezerra, o grupo ficou conhecido como “o pessoal do Ceará”. Também no ano de 1969, após ganhar o ‘I Festival de Música Popular do Ceará – Aqui no Canto’, Fagner saiu em excursão junto com o grupo de música e teatro do Capela Cistina, foram para Buenos Aires de ônibus, a viagem durou 45 dias de estrada.

A carreira nacional de Fagner começou de forma bastante imprevisível. Mudou-se para Brasília em 1970 para estudar arquitetura na Universidade de Brasília, participou do Festival de Música Popular do Centro de Estudos Universitários de Brasília com “Mucuripe” (parceria com Belchior), e classificou-se em primeiro lugar. No mesmo festival, recebeu menção honrosa e prêmio de melhor intérprete com “Cavalo Ferro” (parceria com Ricardo Bezerra) e sexto lugar com a música “Manera Fru Fru, Manera” (também com Ricardo Bezerra). A partir de então, Fagner conseguiu despertar a atenção da imprensa do Sudeste, sendo suas canções intensamente executadas em bares.

0

John Lennon

John Winston Ono Lennon MBE, nascido John Winston Lennon; (Liverpool, 9 de outubro de 1940 — Nova Iorque, 8 de dezembro de 1980) foi um músico, guitarrista, cantor, compositor, escritor e ativista britânico.

John Lennon foi um dos fundadores da banda britânica The Beatles, em que, junto com Paul McCartney, fez parte de uma das mais importantes duplas de compositores do século XX. Em 1966, conheceu a artista plástica japonesa Yoko Ono, com quem iniciou um relacionamento pessoal, sentimental, artístico e profissional. Em 1968, Lennon e Ono produziram um álbum experimental, Unfinished Music No.1: Two Virgins, que causou grande controvérsia por apresentar uma foto do casal nu, de frente e de costas, na capa e contracapa. A partir deste momento, John e Yoko iniciariam uma parceria artística e amorosa, que continuaria até a morte do cantor. Cynthia Powell, a primeira esposa de Lennon, mãe de seu primeiro filho, Julian Lennon, pediu o divórcio no mesmo ano, alegando adultério. Em 20 de março de 1969, Lennon e Ono casaram-se, durante uma cerimônia civil realizada em Gibraltar. Utilizaram a repercussão mediática de seu casamento para divulgar um evento pela paz, chamado de “Bed in”, ou “Na Cama Pela Paz”, como um happening de sua lua-de-mel, realizada no Hotel Hilton, em Amsterdã. No final do mesmo ano, Lennon comunicou aos seus parceiros de banda que estava deixando os Beatles. Na mesma época, Lennon devolveu sua medalha de Membro do Império Britânico à Rainha Isabel II, como uma forma de protesto contra o apoio do Reino Unido à guerra do Vietnã, o envolvimento do Reino Unido no conflito de Biafra e “o fraco desenvolvimento de Cold Turkey nas paradas de sucesso”.

Em 10 de abril de 1970, Paul McCartney anunciou oficialmente sua saída dos Beatles, e o consequente fim da banda. Antes disso, John Lennon havia lançado outros dois álbuns experimentais, em parceria com Yoko Ono, Unifinished Music No. 2 Life with lions e Unifinished Music No.3: Wedding album. Também lançara o compacto “Cold Turkey” e o disco ao vivo Live peace in Toronto, creditados à banda Plastic Ono Band, com a participação de Eric Clapton, Klaus Voormann e Alan White. No final do ano, foi lançado o primeiro disco solo de Lennon, após o fim dos Beatles: John Lennon/Plastic Ono Band, que contou com a participação de Ringo Starr, Yoko Ono e Klaus Voormann.

Dentre as composições de destaque de John Lennon (creditadas a Lennon/ McCartney) estão “A Hard Day’s Night”, “I Feel Fine”, “Ticket To Ride”, “Help!”, “Strawberry Fields Forever”, “All You Need Is Love”, “I Am The Walrus”, “Revolution”, “Lucy in the Sky with Diamonds”, “Come Together”, “Across the Universe, “Don’t Let Me Down” e, na carreira solo, “Imagine”, “Instant Karma!”, “Happy Xmas (War is Over)”, “Woman”, “(Just Like) Starting Over” e “Watching the Wheels”.

Recebeu uma Estrela da Calçada da Fama de Hollywood em 30 de setembro de 1988. Em 2002, John Lennon entrou em oitavo lugar em uma pesquisa feita pela BBC como os 100 mais importantes britânicos de todos os tempos. Em 2008, John foi considerado pela revista Rolling Stone o 5º melhor cantor de todos os tempos. Foi considerado o 55º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.

John era um destaque na banda. Allan Williams agenciou alguns shows em clubes noturnos de Hamburgo para os Beatles em 1960. Na época os Beatles passaram a ser formados por John Lennon (guitarra), Paul McCartney (guitarra), George Harrison (guitarra), Stuart Sutcliffe (baixo) e Pete Best (bateria). A primeira viagem a Hamburgo foi uma tragédia. Eles dormiam dentro de um cinema abandonado, em condições precárias, e deviam seguir um contrato para tocar lá. Eles tocavam na casa noturna determinada, mas resolveram quebrar o contrato, tocando em outro lugar também. Assim, o homem que os contratou ficou furioso e denunciou George, que era menor de idade, e George foi deportado, gastando todo o dinheiro que ganhara. Além disso, a banda foi acusada de ter causado intencionalmente um incêndio no cinema. A desculpa deles foi de que, como não tinha luz, eles tentaram fazer uma fogueira e perderam o controle. Eles voltaram arrasados para Liverpool e este foi quase o fim da banda.

No dia 21 de março de 1961, os Beatles fizeram a primeira de uma série de apresentações no Cavern Club de Liverpool. Eles voltaram a Hamburgo em abril do mesmo ano. Gravaram um disco acompanhando Tony Sheridan na canção “My Bonnie”. Stuart acabou abandonando a banda para se casar com a alemã Astrid Kirchherr e não voltou mais a Liverpool. Isso talvez tenha sido uma coisa boa, pois Stuart tocava mal a ponto de ser pressionado por Paul McCartney, chegando a bater no guitarrista no palco, e ele só entrara na banda devido a sua amizade com John, que insistira demais, a ponto de ter feito o amigo gastar o dinheiro que ganhara como artista plástico, seu sonho de profissão, para comprar o contrabaixo. Assim, Paul McCartney se tornou o baixista da banda.

Os Beatles em 1964, chegando a Nova Iorque

No dia 9 de novembro de 1961, Brian Epstein viu os Beatles pela primeira vez tocando no Cavern Club e mais tarde assinou um contrato para empresariá-los. No dia 31 de dezembro, eles foram a Londres tentar arrumar um contrato de gravação com a Decca Records, mas foram dispensados. Em abril de 1962, os Beatles voltaram a Hamburgo para tocar no Star Club e receberam a notícia da morte de Stu. Isso foi um choque para John que já havia perdido seu tio George e sua mãe Julia.

Finalmente, assinaram um contrato de gravação em 9 de maio de 1962 com a Parlophone Records. George Martin, o produtor musical dos Beatles, sugeriu que eles trocassem de baterista, o que foi feito com a entrada de Ringo Starr também de Liverpool. Finalizava-se então a formação dos Beatles com John Lennon (guitarra rítmica), Paul McCartney (baixo), George Harrison (guitarra solo) e Ringo Starr (bateria). Tal formação manteve-se nos shows e nos discos até a fase “psicodélica” da banda, quando os integrantes passaram a demonstrar talento e interesse em outros instrumentos, inclusive Lennon passa a se destacar não só em guitarra base, mas também solo (Get Back, Honey Pie, Birthday, Revolution), contrabaixo (Helter Skelter, Back in the USSR, Let it Be, Long and winding road, esta última tendo a linha de baixo odiado por McCartney e ajudou a contribuir com a intriga em torno da música que também fora arranjada por Phil Spector, a contragosto do compositor) e teclado e piano (I’m down, Oh, Darling!, Something). John Lennon foi também quem gravou a gaita nas músicas dos Beatles.

Em 5 de outubro de 1962, os Beatles lançaram seu primeiro compacto com a canção “Love me Do”. E no dia 11 de fevereiro de 1963, em apenas um dia, gravaram seu primeiro álbum Please Please Me. Não demorou muito para os Beatles se tornarem um grande sucesso na Inglaterra. E, com o posterior sucesso nos Estados Unidos, iniciava-se a beatlemania.

Na primeira fase do grupo, John era responsável pela maioria das composições dos Beatles, mesmo elas sendo assinadas como dupla Lennon/McCartney. Era evidente sua liderança e maior produtividade musical na banda. John Lennon também começou a desenvolver-se como letrista e compôs algumas canções mais intimistas influenciado por Bob Dylan como “I’m a loser” e “You’ve got to hide your love away”. Durante a segunda fase dos Beatles, John revelou-se cada vez mais um grande letrista. Entre suas composições estão “All you need is love”, “Strawberry Fields Forever”, “A day in the life” e “Across the Universe” entre outras.

Em 1966, John declarou em uma entrevista: “O cristianismo vai desaparecer e encolher. Eu não preciso discutir isso, eu estou certo e eu vou provar. Nós somos mais populares que Jesus agora. Eu não sei qual será o primeiro – o rock ‘n’ roll ou o cristianismo. Jesus estava certo, mas seus discípulos eram grossos e ordinários.” A frase “somos mais populares que Jesus Cristo” repercutiu no mundo todo, recebendo ataques religiosos, gerando eventos em locais públicos de jovens religiosos queimando discos dos Beatles, e até mesmo grupos fanáticos esperaram a banda do lado de fora do show para tentar matá-los. John pediu desculpas publicamente, alegando ter sido mal interpretado, se explicando logo depois. “Não sou antideus, nem anticristo, nem antireligião”, disse. Ele também disse que esta frase poderia ter sido substituída por “a televisão é mais popular do que Jesus” que seria a mesma coisa e não faria tanto barulho. Esse fato e algumas letras polêmicas de sua carreira solo (entre elas, “God”, onde diz não acreditar na Bíblia e em Jesus) lhe renderam fama de ateu, mas Lennon nunca chegou a expressar esse suposto ateísmo, declarando-se, em uma entrevista, agnóstico.

Devido à morte do empresário dos Beatles, Brian Epstein, em 1967 a banda começou a ter problemas sérios. O fracasso financeiro da Apple Corps, empresa criada pela banda, foi o começo. O clima começou a ficar tenso no estúdio, pois havia briga entre os membros. Em 1970, Paul McCartney anunciou o fim dos Beatles.

Logo após a separação, John deu uma entrevista à revista Rolling Stone, onde ele mostrou ressentimentos relacionados a Paul McCartney e aos Beatles. Segundo ele, os Beatles tratavam Yoko Ono hostilmente. Também alegava não ter o espaço que queria na banda, que a mesma perdera o sentido, e até revelou sua forte insegurança em trabalhar ao lado de Paul McCartney, algo que desde quando eles se conheceram, o atingiu. Quando viu Paul tocando pela primeira vez, se encantou, e Paul foi amigável, ensinou Lennon a tocar duas músicas que ele estava tocando errado, e John quisera ele em sua banda de primeira, mas também revelava ciúme quanto a ele. John tivera dificuldades quando começou a tocar guitarra, enquanto Paul era um prodígio com instrumentos musicais ainda mais novo. Durante o período logo após a separação da banda, Lennon demonstrava agressividade nas entrevistas quanto a Paul McCartney, alegando até que, com ele, conforme os anos, os Beatles se tornariam a “banda de apoio” que o Paul desejava deles. Ele falou tanta coisa da banda que em outra entrevista anos depois, quando as coisas se acalmaram, ele retirou algumas de suas declarações e voltou a ocasionalmente ter contato com os antigos amigos, mas isto foi perto da data da sua morte.

0

Paul McCartney

Sir James Paul McCartney Kt, MBE (Liverpool, 18 de junho de 1942) é um cantor, compositor, multi-instrumentista, empresário, produtor musical, cinematográfico e ativista dos direitos dos animais britânico. McCartney alcançou fama mundial como membro da banda de rock britânica The Beatles, com John Lennon, George Harrison e Ringo Starr. Lennon e McCartney foram uma das mais influentes e bem sucedidas parcerias musicais de todos os tempos, “escrevendo as canções mais populares da história do rock”. Após a dissolução dos Beatles em 1970, McCartney lançou-se numa carreira solo de sucessos, formou uma banda com sua primeira mulher Linda McCartney, os Wings. Ele também trabalhou com música clássica, eletrônica e trilhas sonoras.

Em 1979, o Livro Guinness dos Recordes declarou-o como o compositor musical de maior sucesso da história da música pop mundial de todos os tempos. McCartney teve 29 composições de sua autoria no primeiro lugar das paradas de sucesso dos EUA, vinte das quais junto com os Beatles e o restante em sua carreira solo ou com seu grupo Wings.

Paul McCartney é o canhoto e baixista mais famoso da história do rock, embora também toque outros instrumentos, como bateria, piano, guitarra, teclado, etc. É considerado como um dos mais ricos músicos de todos os tempos. Foi eleito, em 2008, o 11º melhor cantor de todos os tempos pela revista Rolling Stone. Fora seu trabalho musical, McCartney advoga em favor dos direitos dos animais, contra o uso de minas terrestres, a favor da comida vegetariana e a favor da educação musical. Em 1997 foi publicada a biografia intitulada Many Years From Now, autorizada pelo músico e escrita pelo britânico Barry Miles. Sua empresa MPL Communications detém os direitos autorais de mais de três mil canções,  incluindo todas as canções escritas por Buddy Holly.

Como os outros três membros da banda, McCartney foi agraciado, em 1966 como Membro do Império Britânico. Porém, é o único membro dos Beatles a ostentar o título de “Sir”, honraria que lhe foi concedida pela Rainha em 1997. Paul McCartney é vegetariano e já declarou à imprensa como tomou essa decisão: “Há muitos anos, estava pescando e, enquanto puxava um pobre peixe, entendi: eu o estou matando, pelo simples prazer que isso me dá. Alguma coisa fez um clique dentro de mim. Entendi, enquanto olhava o peixe se debater para respirar, que a vida dele era tão importante para ele quanto a minha é para mim”. É membro honorário e participante ativo das campanhas do PETA (People for the Ethical Treatment of Animals, ou Pessoas pelo tratamento ético dos animais, em português).

Paul nasceu no Hospital Geral de Liverpool, Inglaterra, onde sua mãe, Mary, tinha trabalhado como enfermeira na maternidade alguns anos antes. Ele tinha um irmão, Michael, que nasceu no dia 7 de janeiro de 1944. Foi batizado com o nome de James Paul McCartney na igreja católica; sua mãe era católica e o pai, protestante, posteriormente tornou-se agnóstico. Como muitos de Liverpool, os McCartney tinham ascedência irlandesa.

No ano de 1957, McCartney então com quinze anos conheceu John Lennon ao assistir ao show de uma banda chamada Quarrymen em Woolton (subúrbio de Liverpool). Esta seria a banda que daria origem aos The Beatles. No início, a tia de John desaprovou a amizade dos dois pois McCartney vinha da classe operária. A entrada de McCartney para a banda se deu após Lennon ver McCartney tocar a canção “Twenty Flight Rock” de Eddie Cochran. John Lennon acabou o convidando para entrar para a banda. Os dois começaram a compor juntos algumas canções. Em 1958, McCartney convenceu Lennon a aceitar George Harrison na banda. Lennon estava relutante ao aceitá-lo já que Harrison era considerado muito novo. Após a entrada de Harrison, Stuart Sutcliffe, amigo da escola de artes de John Lennon, entrou para a banda como baixista.

Os Quarrymen mudaram de nome várias vezes até começaram a se chamar The Beatles. Em 1960, a banda foi pela primeira vez tocar em Hamburgo. Na época, Jim McCartney relutou bastante em deixar seu filho ainda adolescente, Paul, ir a Hamburgo. Paul e o baterista Pete Best acabaram sendo deportados da Alemanha após darem início a um pequeno incêndio no local onde estavam hospedados.

Os Beatles quando chegaram no Aeroporto JFK, na Cidade de Nova Iorque, em 7 de fevereiro de 1964: essa primeira visita dos Beatles aos Estados Unidos é um dos momentos fundamentais da história da banda e, mais amplamente, do rock mundial.

Em 21 de março de 1961, os Beatles fizeram seu primeiro show no Cavern Club. Após Paul McCartney notar que outras bandas de Liverpool tocavam as mesmos covers que eles, ele e John se intensificaram em compor novas canções. No mesmo ano, os Beatles retornaram a Hamburgo para fazer shows em clubes noturnos, neste momento Paul passou a tocar baixo pois Stu largara a banda e então os Beatles se tornaram um quarteto com dois guitarristas (John e George), um contrabaixista (Paul) e um baterista (Pete). Foi ainda no mesmo ano que os Beatles conheceram Brian Epstein e logo depois conseguiram o contrato com a EMIParlophone após serem recusados pela Decca Records. Com a assinatura do contrato, Pete, o baterista, foi dispensado e em seu lugar entrou Ringo Starr.

Durante os Beatles, McCartney formou junto a John Lennon uma dupla de compositores, e combinaram que mesmo quando alguma canção fosse escrita só por um deles, ela traria a assinatura de Lennon/McCartney. Nos Beatles, McCartney era o que mais escrevia canções românticas. São de sua autoria canções como “Yesterday”, “And I Love Her”, “Michelle” e “Here There and Everywhere”. Embora Paul sempre fosse acusado de só escrever baladas, ele também escreveu várias canções com um estilo mais pesado como “Back In The USSR”, “Helter Skelter” e “The End”. A canção “Yesterday” é a mais regravada por outros artistas em todos os tempos. Nos anos 60, Paul ainda escreveu canções para outros músicos entre elas “A World Without Love” gravada por Peter & Gordon que atingiu o primeiro lugar nas paradas de sucesso). Em 1966 os Beatles, no auge da fama, pararam de fazer shows ao vivo. No mesmo ano, Paul McCartney foi o primeiro beatle a desenvolver um projeto musical solo, onde compôs a trilha sonora para o filme televisivo The Family Way. Pelo trabalho, McCartney ganhou o prêmio Ivor Novello como melhor tema instrumental.

Depois que Brian Epstein morreu em 1967, McCartney se tornou a figura central da banda, o que acabou gerando conflitos com Lennon. Ele e Lennon também entraram em conflito na hora de escolher um novo empresário para a banda. Em 1969, McCartney tentou convencer os outros beatles de voltarem a fazer apresentações ao vivo. Neste mesmo ano, por sua sugestão os Beatles gravaram o filme/documentário Let It Be pensando que isto os reaproximaria, o que não aconteceu. Em dia 10 de abril de 1970 Paul McCartney anunciou publicamente o fim dos Beatles em entrevista coletiva e anunciou o lançamento de seu primeiro álbum solo. Embora eles já não quisessem mais continuar juntos a entrevista antecipada de Paul sem o consentimento dos demais integrantes gerou mágoas a ponto de ser acusado por eles de traidor.

McCartney admitiu que se refugiou no álcool para lidar com o fim da banda em abril de 1970 e quase desistiu da música.

O lançamento do álbum Let It Be quase um mês depois da declaração oficial do fim dos Beatles deixou Paul insatisfeito. A produção do álbum foi entregue a Phil Spector, e McCartney ficou desapontado com o tratamento que Phil deu a suas canções, principalmente em “The Long and Winding Road”.

0

George Harrison

George HarrisonMBE (Liverpool, 25 de fevereiro de 1943 – Los Angeles, 29 de novembro de 2001) foi um guitarrista, cantor, compositor e produtor musical e cinematográfico inglês que obteve fama internacional como guitarrista dos Beatles. Geralmente chamado de “o Beatle quieto”, Harrison aderiu ao hinduísmo e ajudou a ampliar os horizontes dos outros Beatles assim como seu público ocidental ao incorporar instrumentos indianos na música do grupo. Embora a maioria das canções da banda fossem escritas por John Lennon e Paul McCartney, a maioria dos álbuns dos Beatles, a partir de 1965, continham, pelo menos, duas composições de Harrison. Suas músicas para o grupo incluem “Taxman”, “Within You Without You”, “While My Guitar Gently Weeps”, “Here Comes the Sun” e “Something”. Esta última se tornou a segunda música mais regravada dos Beatles.

As primeiras influências musicais de Harrison foram George Formby e Django Reinhardt. Carl Perkins, Chet Atkins e Chuck Berry foram influências posteriores. Em 1965, ele começou a levar os Beatles na direção do folk rock através de seu interesse pelos Byrds e por Bob Dylan, e na direção da música clássica indiana pelo seu uso do sitar em “Norwegian Wood (This Bird Has Flown)”. Tendo iniciado a adesão da banda à meditação transcendental em 1967, ele desenvolveu, posteriormente, uma associação com o movimento Hare Krishna. Depois do fim do grupo em 1970, Harrison lançou o álbum triplo All Things Must Pass, que foi aclamado pela crítica, produziu seu single mais bem sucedido, “My Sweet Lord”, e introduziu seu som característico como artista solo, a slide guitar. Ele também organizou, em 1971, com o música indiano Ravi Shankar, o Concerto para Bangladesh, precursor de shows beneficentes posteriores como o Live Aid. Como produtor musical, Harrison produziu grupos contratados pelo selo Apple dos Beatles antes de fundar a Dark Horse Records em 1974 e, e como produtor cinematográfico, co-fundou a HandMade Films em 1978.

Como artista solo, Harrison lançou vários singles e álbuns que se tornaram best-sellers e, em 1988, co-fundou o supergrupo The Traveling Wilburys. Músico prolífico, participou como guitarista convidado em faixas de Badfinger, Ronnie Wood e Billy Preston e colaborou em canções e música com Dylan, Eric Clapton, Ringo Starr e Tom Petty, entre outros. A revista Rolling Stone o colocou na 11.ª posição na lista dos “100 Maiores Guitaristas de Todos os Tempos”. Ele também foi incluído duas vezes no Rock and Roll Hall of Fame: como membro dos Beatles em 1988 e, postumamente, por sua carreira solo em 2004.

O primeiro casamento de Harrison, com a modelo Pattie Boyd em 1966, terminou em divórcio em 1977. No ano seguinte, ele se casou com Olivia Harrison (nascida Arias), com quem teve um filho, Dhani. Harrison morreu em 2001, aos 58 anos, de câncer de pulmão. Ele foi cremado e suas cinzas foram jogadas nos rios Ganges e Yamuna na Índia, numa cerimônia privada de acordo com a tradição hindu. Ele deixou um patrimônio de quase 100 milhões de libras.

Nascido em Liverpool em 25 de fevereiro de 1943, Harrison era o caçula entre os quatro filhos de Harold Hargreaves Harrison se sua esposa Louise (nascida French). Ele tinha uma irmã, Louise, e dois irmãos, Harry e Peter. Sua mãe trabalhava como assistente de loja para uma família católica de raízes irleesas, e seu pai era um motorista de ônibus que havia trabalhado como despenseiro na companhia marítima White Star Line. Sua futura esposa, a modelo Pattie Boyd, descreveu os pais de Harrison como “bem baixos e bem Liverpooldianos”.

De acordo com Boyd, a mãe de Harrison era especialmente encorajadora: “Tudo que ela queria para seus filhos era que eles deveriam ser felizes, e ela reconheceu que nada fazia George mais feliz do que fazer música”. Ávida fã de música, ela era conhecida entre amigos por sua barulhenta voz, que, às vezes, ao cantar, espantava visitantes ao chacoalhar as janelas da casa dos Harrisons. Enquanto esteve grávida de George, ela teve por hábito ouvir a transmissão semanal do programa Radio India. Joshua Greene, biógrafo de Harrison, escreveu, “Todo domingo, ela sintonizava em sons místicos evocados por sitares e tablas, na esperança de que a música exótica trouxesse paz e calma ao bebê no útero”.

Harrison nasceu e viveu os primeiros seis anos de sua vida em Arnold Grove, n.º 12, no distrito de Wavertree, em Liverpool, uma casa geminada num cul-de-sac. A casa tinha um banheiro externo e seu aquecimento vinha, unicamente, de uma única lareira de carvão. Em 1949, foi oferecida uma council house à família e se mudou para Upton Green, n.º 25, em Speke. Em 1948, aos cinco anos, Harrison foi matriculado na Dovedale Primary School. Ele passou no exame eleven-plus e cursou o Liverpool Institute High School for Boys de 1954 a 1959. Embora o instituto oferecesse um curso de música, Harrison ficou desapontado com a ausência de guitarras e sentiu que a escola “moldava [os estudantes] para ficarem amedontrados”.

As primeiras influências musicais de Harrison foram George Formby, Cab Calloway, Django Reinhardt e Hoagy Carmichael. Nos anos 1950, Carl Perkins e Lonnie Donegan foram influências significativas. No início de 1956, ele teve uma epifania: enquanto andava em sua bicicleta, ele ouviu a música “Heartbreak Hotel” de Elvis Presley tocando numa casa próxima, e a canção despertou seu interesse no rock and roll. Frequentemente, ele sentava no fundo da sala de aula, desenhando guitarras em seus livros da escola, e, mais tarde, comentou: “Eu estava viciado em guitarras.”Harrison citou Slim Whitman como outra influência inicial: “A primeira pessoa que vi tocando guitarra foi Slim Whitman, numa foto dele em uma revista ou ao vivo na televisão. Guitarra estavam, definitivamente, ficando na moda”.

Embora apreensivo sobre o interesse de seu filho em seguir uma carreira musical, no final de 1956, o pai de Harrison comprou-lhe um violão Dutch Egmond flat top. Um amigo de seu pai ensinou a Harrison como tocar as músicas “Whispering”, “Sweet Sue” e “Dinah” e, inpirado pela música de Donegan, Harrison formou uma banda de skiffle chamada The Rebels com seu irmão Peter e um amigo, Arthur Kelly. No ônibus a caminho da escola, Harrison conheceu Paul McCartney, que também cursava o Liverpool Institue, e os dois se tornaram amigos através do amor de ambos pela música.

0

Ringo Starr

Sir Richard StarkeyKt, MBE (Liverpool, 7 de julho de 1940), mais conhecido pelo seu nome artístico Ringo Starr, é um músico, baterista, multi-instrumentista, cantor, compositor e ator britânico, que ganhou fama mundial como baterista dos Beatles após substituir Pete Best, ficando nos Beatles até a separação do grupo em 1970. Quando a banda foi formada em 1960, Starr era membro de outra banda de Liverpool, Rory Storm and the Hurricanes. Além de atuar como baterista, Starr foi intérprete de canções de sucesso dos Beatles (em particular, “With a Little Help from My Friends” e “Yellow Submarine”), como co-autor em “What Goes On” e compôs “Don’t Pass Me By” e “Octopus’s Garden”.

Ringo é conhecido pelo seu estilo seguro de tocar e pelos seus toques de originalidade. O apelido Ringo surgiu por causa dos anéis que Ringo gostava de usar (ring quer dizer anel em inglês). Ele também é vegetariano, assim como outros integrantes dos Beatles, Paul McCartney e George Harrison. Em 2011, Starr foi eleito o 4º maior baterista de todos os tempos pela revista Rolling Stone.

Após a dissolução dos Beatles em 1970, Starr lançou-se em uma carreira solo de sucessos, e formou uma banda a All Starr Band, na ativa desde 1989.

Ringo Starr morava com a mãe, Elsie, e o padrasto, Harry Graves em um bairro humilde de Liverpool. Quando era pequeno, passou por vários problemas de saúde, ficando internado em um total de três anos em hospitais de Liverpool. Por essa razão, ele acabou ficando atrasado na escola e aos 15 anos mal sabia ler e escrever.

Em 1957, Ringo começou sua própria banda skiffle com Eddie Miles, chamada The Eddie Clayton Skiffle Group. No ano de 1959, ele juntou-se ao grupo Raving Texans, que tinha como cantor Rory Storm. Posteriormente a banda mudou de nome para Rory Storm and the Hurricanes. Foi nesta época que ele passou a adotar o nome artístico Ringo (derivado de “ring”, anel em inglês) por causa dos anéis que constantemente usava. Os Hurricanes fizeram uma turnê em Hamburgo em 1960, onde Ringo acabou conhecendo os integrantes de outra banda de Liverpool, The Beatles.

Ringo só acabaria entrando para os Beatles quando eles acertaram um contrato de gravação com a gravadora Parlophone. Cansados do temperamento de Pete Best, o baterista dos Beatles naquela época, os outros integrantes da banda resolveram dispensá-lo e chamar Ringo Starr para substituí-lo. Os fãs de Pete não gostaram da substituição e no início, protestaram contra a mudança gritando Pete Forever, Ringo Never (ou seja, Pete sempre, Ringo nunca).

Ringo Starr só entrou como baterista dos Beatles em 1962. Enquanto fazia parte do conjunto, ele compôs poucas canções, na verdade foram só duas: Don’t Pass Me By, para o Álbum Branco e Octopus’s Garden para o álbum Abbey Road e mais quatro em co-autoria com os outros beatles (What Goes On do Rubber Soul, Flying do Magical Mystery TourMaggie Mae e Dig It do Let it be). Embora não tivesse feito muitas composições, sempre cantava uma música nos shows e discos da banda de outras autorias, entre elas BoysI Wanna Be Your ManHoney Don’tAct Naturally e Good Night. Mas conseguiu grande sucesso cantando as músicas Yellow Submarine do álbum Revolver e With a Little Help From My Friends do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, ambas escritas pela dupla Lennon/McCartney e também por uma música de autoria sua, Octopus’s Garden do álbum Abbey Road. No documentário Anthology, Ringo declarou que toda vez que ele mostrava alguma nova composição sua aos outros beatles, eles acabavam identificando alguma similaridade com outra composição popular.

Ringo Starr em 1964.

Ringo entre os Beatles era o que tinha a personalidade mais calma e possuía um estilo tranquilo, o que foi um fator importante na sua integração com os outros integrantes do grupo mesmo após a sua dissolução em 1970. Ele foi durante todo o tempo o que manteve um melhor relacionamento com os outros três ex-beatles.

Apesar do sucesso da banda, ele era considerado por muitos músicos um baterista medíocre. Para se defender usava, com seu humor característico, uma frase sarcástica: “Dizem que não toco muito bem, mas sou o baterista da melhor banda do mundo… logo, sou o maior baterista do mundo!”. Mas ele tem muito a seu favor nesse quesito, tendo sido o baterista a popularizar um modo de tocar bateria com igual força em ambas as mãos, em contraposição ao estilo vigente, que deixava a mão esquerda segurando a baqueta como um palito chinês. Ringo também ajudou a melhorar a qualidade das gravações de bateria na época. Como membro dos Beatles, teve importância na elaboração dos arranjos, com batidas simples, mas inconfundíveis.

0

Luiz Ayrão

Luiz Gonzaga Kedi Ayrão (Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 1942) é um cantor e compositor brasileiro. Seus principais sucessos são as canções “O Lencinho”, “Porta Aberta”, “Nossa Canção”, “Águia na cabeça” e “Os Amantes”, esta última gravada em 1977 e que vendeu aproximadamente dois milhões de cópias.

Nasceu no bairro do Lins de Vasconcelos, no Rio de Janeiro. Filho do músico e compositor Darcy Ayrão (1915–1955), cresceu em ambiente musical. Na casa de um tio, Juca de Azevedo, saxofonista, costumavam frequentar Pixinguinha e João da Baiana, que tocavam composições do maestro e professor Ayrão. Aos 20 anos, através de seu tio compositor, conheceu vários artistas de renome, entre eles, Ataulfo Alves, Humberto Teixeira, Osvaldo Santiago e Alcir Pires Vermelho.

Nesse ambiente, Ayrão desenvolveu o gosto pela música e seus cadernos, cheios de composições, faziam sucesso entre os colegas que frequentavam o Bar do Divino, conhecida esquina do subúrbio carioca onde jovens, que mais tarde se tornariam famosos, se aglomeravam. Nessa época, veio morar no seu bairro, aquele que iria se tornar o maior ídolo da então chamada Música Jovem: Roberto Carlos, surgindo então uma grande afinidade.

Posteriormente, formou-se em Direito e atuou durante alguns anos na profissão de Advogado e Procurador do BEG – Banco do Estado da Guanabara.

Em 1962 teve sua primeira composição gravada, “Só por Amor”, interpretada por Roberto Carlos, que logo depois, também viria a gravar, no ano de 1966, “Nossa Canção”, considerado o primeiro sucesso romântico do cantor. Durante essa época, compôs várias canções que foram gravadas por diversos artistas da Jovem Guarda, ícones dessa geração, como Renato e Seus Blue Caps, Golden Boys, dentro outros.

Em 1968 participou do festival “O Brasil canta no Rio”, da TV Excelsior, com a composição “Liberdade! Liberdade…”. Em 1969, a convite de Rildo Hora e Romeu Nunes, esta canção foi lançada em compacto simples pela RCA Victor.

No ano de 1973 gravou um compacto simples com a canção “Porta aberta”, composição de sua autoria em homenagem à Portela e foi considerado seu primeiro sucesso como cantor. Devido ao grande sucesso do compacto, a gravadora Odeon lançou em 1974 seu primeiro LP.

Em 1975, lançou o disco Missão, despontando com os sucessos nacionais “Bola Dividida”, de sua autoria, e ainda “Saudade da República”, de Artúlio Reis. Por essa época, mudou-se com a família para São Paulo e passou a cantar na Catedral do Samba, uma das principais casas da noite paulista, dividindo o palco com Pery Ribeiro e Leny Andrade.

Em 1976 regravou “Nossa Canção” no LP Luiz Ayrão, no qual também foram incluídas de sua autoria, “Conto até Dez”, “Reencontro”, “A Viúva”, “Bola pra Frente”, “Um Samba Merece Respeito”, “O Lobo da Madrugada”. Deste LP, destacou-se também “Quero que Volte”, permanecendo por mais de um ano nas paradas de sucesso.

Em 1977 gravou novo LP, destacando-se o choro “Meu caro amigo Chico”, no qual fez uma resposta musical ao também choro “Meu caro amigo”, de Francis Hime e Chico Buarque. Uma polêmica envolveu o lançamento do disco por causa da faixa “Mulher à brasileira”, samba-enredo com o qual havia chegado às finais na escolha de samba na GRES Portela para o desfile do ano seguinte, sendo o samba aclamado como o preferido pela comunidade na quadra da escola e bastante divulgado nas emissoras de rádio, inclusive, foi cantado pela multidão presente nas arquibancadas superlotadas na hora do desfile de 1978.

Ainda em 1978 gravou o LP O Povo Canta, no qual interpretou de sua autoria “Jogo Perigoso”, além de “Amor Dividido” e “Violão Afinado”, ambas em parceria com Sidney da Conceição, além da faixa-título, também parceria de ambos. No disco incluiu ainda “Meu Anjo”, composição que seu pai fizera em homenagem à sua mãe Sylvia.

No LP Amigos, de 1979, interpretou um de seus maiores sucessos, a composição “A Saudade que Ficou – O Lencinho”, de Joãozinho da Rocinha (um de seus pseudônimos) e Elzo Augusto. Na faixa contou com a participação especial do coral dos Canarinhos de Petrópolis. Destacou-se também neste disco a faixa “Escola de Samba”, de sua autoria.

Em São Paulo, como empresário, fundou três casas de shows: Canecão Anhembi, Sinhá Moça e Modelo da Liberdade, por onde passaram nomes como: Roberto Carlos, Elis Regina, Simone, Chico Anísio, Amália Rodrigues, Martinho da Vila, Clara Nunes, Cauby Peixoto, Angela Maria, Isaurinha Garcia, Jair Rodrigues, Silvio Caldas, Nelson Gonçalves, Inezita Barroso, Adoniran Barbosa, Os Demônios da Garoa, Os Cantores de Ébano, Lana Bittencourt, Denílson, o comediante Costinha, o humorista e compositor Chocolate e inúmeros outros talentos.

No LP de 1983 – Quem não tem Esperança não tem Horizonte… foi gravada a canção Águia na cabeça composta em parceria com Sidney da Conceição, em homenagem a sua escola de samba Portela, que lhe rendeu muito sucesso.

No Ano de 1986 gravou o álbum: Raízes do Samba, onde brindou novamente escola de samba Portela com o samba “O que que há portela” de sua autoria com o nome de Tiãozinho Poeta, (outro de seus pseudônimos) e alcançou sucesso não só na quadra da escola como também nas emissoras.

Em 1999 lançou outro álbum com canções que fizeram sucesso, como: A saudade que ficou (O Lencinho), Saudades da república, Portela dividida,

Ayrão é autor de 3 livros, o romance: O País dos meus Anjos (2000), sobre o caminho entre a descrença e a fé; Meus Ídolos & Eu, (2010), onde abre seu acervo de memórias, reunidas ao longo de 50 anos de vivência no meio artístico e narra de maneira bem-humorada histórias dos bastidores vividas e contadas por algumas das geniais personalidades do nosso universo musical, prefaciado pelo jornalista e importante historiador da Música Popular Brasileira, Ricardo Cravo Albin, e, mais recentemente, mais um romance: Da Aurora ao Pôr do Sol (2016), inspirado em sua história pessoal.

Participou de muitos programas de televisão do país, tendo gravado mais de trinta discos, e ganhou muitos prêmios. Suas canções o levaram a fazer shows em países da América Latina, Estados Unidos da América, Itália, França e Japão.

Completando mais de 50 anos de carreira, e mais de 5 mil shows mundo afora, Ayrão atinge a impressionante marca de cerca de 11 milhões de cópias vendidas, 40 álbuns lançados no Brasil e America Latina, 11 Discos de Ouro, 8 Discos de Platina, 2 Discos de Diamante e centenas de troféus e premiações diversas.

0

Gonzaguinha

Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, mais conhecido como Gonzaguinha, (Rio de Janeiro, 22 de setembro de 1945 – Renascença, 29 de abril de 1991) foi um cantor e compositor brasileiro.

Gonzaguinha era filho registrado, mas não natural, do cantor e compositor pernambucano Luiz Gonzaga e de Odaleia Guedes dos Santos, cantora do Dancing Brasil.

Compôs a primeira canção “Lembranças da Primavera” aos 14 anos, e em 1961, com 16 anos, foi morar no bairro de Cocotá, na ilha do Governador, com o pai para estudar. Mais tarde, estudou Economia na Universidade Cândido Mendes. Na casa do psiquiatra Aluízio Porto Carrero conheceu e se tornou amigo de Ivan Lins. Conheceu também a primeira mulher, Ângela, com quem teve 2 filhos: Daniel e Fernanda. Teve depois uma filha com a atriz Sandra Pêra, a atriz e cantora Amora Pêra.

Foi nessa convivência na casa do psiquiatra, que fundou o Movimento Artístico Universitário (MAU), com Aldir Blanc, Ivan Lins, Márcio Proença, Paulo Emílio e César Costa Filho. Tal movimento teve importante papel na música popular do Brasil nos anos 70 e em 1971 resultou no programa na TV Globo Som Livre Exportação.

Caracterizado por uma postura de crítica à ditadura, foi visado pelo DOPS. Assim, das 72 canções mostradas a esse órgão, 54 foram censuradas, entre as quais o primeiro sucesso, Comportamento Geral. Neste início de carreira, a apresentação agressiva e pouco agradável aos olhos dos meios de comunicação valeu-lhe o apelido de “cantor rancor”, com canções ásperas, como Piada Infeliz e Erva. Com o começo da abertura política, na segunda metade da década de 1970, começou a modificar o discurso e a compor canções de tom mais aprazível para o público da época, como Começaria Tudo Outra VezExplode CoraçãoGrito de Alerta e O que É o que É, e também temas de reggae, como Nem o Pobre nem o Rei.

As composições foram gravadas por muitos dos grandes intérpretes da MPB, como Maria Bethânia, Zizi Possi, Simone, Elis Regina (Redescobrir ou Ciranda de Pedra), Fagner, e Joanna. Dentre estas, destaca-se Simone com os grandes sucessos de SangrandoMulher, e daí e Começaria tudo outra vezDa maior liberdadeÉPetúnia Resedá.

Em 1975, dispensou os empresários e tornou-se um artista independente, o que fez em 1986 fundar o selo Moleque, pelo qual chegou a gravar dois trabalhos.

Nos últimos doze anos de vida, Gonzaguinha viveu em Belo Horizonte com a segunda mulher Louise Margarete Martins (Lelete) e a filha deles, a caçula Mariana.

Morte

Gonzaguinha morreu aos 45 anos, em 29 de abril de 1991, ao regressar de uma apresentação no Paraná, vítima de acidente automobilístico em uma rodovia no sudoeste daquele Estado. Em 2017 Gonzaguinha foi tema do carnaval da GRES Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, com o enredo “É! O Moleque desceu o São Carlos, pegou um sonho e partiu com a Estácio!”.

0

Zé Luiz

José Luiz Silva, o “Padre Zé Luiz” nasceu em 1928 em São José do Campestre/RN e morreu em 1991, em Natal. Foi padre durante duas décadas em Pendências, Macau, Touros e Pau dos Ferros. Deixou a batina em 1969, casou-se e teve 3 filhos. Foi jornalista e publicitário, escreveu em diversos jornais do Estado e publicou 8 livros.