Autor: brito_admin

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Ziraldo encantou-se

Em uma de suas palestras “Se você não existisse, que falta faria?” o filósofo Mário Sérgio Cortella diz que morrer é ser esquecido, portanto, se você viveu com dignidade e transformou sua labuta em algo de real significância à sociedade e ao seu tempo e, ainda projeta em novas e futuras gerações impacto de admiração e carinho, essa pessoa não morre, é o caso: Ziraldo não morreu, encantou-se neste 6 de abril de 2024.

          No livro em homenagem aos 90 anos há belíssimos testemunhos de vários cartunistas do Brasil, onde contam seus contatos e histórias vividas ao lado do pai do “Menino Maluquinho”, não participei, entretanto, figurei na Edição da Revista Huai, editada pelo jornalista/cartunista Edra, que trazia noventa caricaturas do mestre Ziraldo, desenhadas por 90 cartunistas, dentre elas uma minha.

         Não tiver o prazer de conhecer Ziraldo pessoalmente. Nos anos 80, Canindé Queiroz, diretor-presidente do jornal Gazeta do Oeste, me trouxe de São Paulo, vários exemplares do Pasquim e um livro de Ziraldo – o qual perdi na mudança para o Acre – que aliado a outro livro do grande cartunista, o cearense Mendez consolidaram definitivamente minha opção pelo cartum, apesar de ter sido Diretor de Arte de várias agência de publicidade, Diretor de Arte e Cenografia de TV e Jornal, comentarista de política na TV – a Nankin nunca deixou de correr em minhas veias e o mineiro lá de Caratinga, o Ziraldo Alves Pinto foi um dos culpados.

         De fato, queria ter a sua habilidosa inteligência para retratá-lo em forma de homenagem e agradecimento, entretanto, me apequeno em minhas limitações e, assim sendo, só quero agradecer por poder contar aos meus netos que fui seu contemporâneo e que partilhamos arte dos traços. Ziraldo não morre, pois jamais será esquecido. Viva Ziraldo.

Brito e Silva – Cartunista

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Brito

Acabei de receber do cartunista, Luis Fernando Werle, essa maravilha de caricatura. Obrigado, amigo.

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Mentir é preciso

Mintam, mintam por misericórdia – Nelson Rodrigues

Lá na embaixada de Mossoró/RN, em Baixa do Chico, no pé do serrote, deitado numa rede de telecelada na cidade de Jaguaruana/CE estava sempre meu tio Nôga – in memoriam – a se deliciar do aconchego da exuberante sombra de um pé de manga-rosa a contar estórias. É assim, nesta bela imagem que tenho o meu tio emoldurado na parede do museu de minhas memórias.

        Outro dia vi uma entrevista do grande dramaturgo Ariano Suassuna onde admitia admiração profunda pelos mentirosos, não os mentirosos que tornam a mentira em um crime, mas daqueles que inventam novas realidades, enfeitam a crueldade veracidade da vida, cravou também quem escreve carrega sempre na tinta uma boa dose de mentira, isto é, impõe à realidade uma bem requintada fantasia transformando um pedaço de chão rachado ou uma capoeira ressequida pelo sol escaldante em um vasto campo verdejante, com montanhas azuladas ao fundo, compondo a obra de arte imaginária, em primeiro plano, sob o sol da primavera corre, com os pés desnudos, uma linda e singela donzela com um vestido branco translúcido e esvoaçante ao vento, deixando amostra seu delineado corpo juvenil, revelando a beleza da cor de sua pele. Indubitavelmente, é um convite ao leitor registrar essa imagem que não existe. 

         No ano de 2008, o Zé Ramalho na versão de “Things Have Changed” do prêmio Nobel de Literatura de 2012, o cantor americano Bod Dylan cunhou que “a verdade do mundo vem de uma grande mentira” e, de fato, não há saída a mentira é parte tão intrínseca de nossas vidas que de tão íntima, muitas vezes não percebemos sua utilidade no dia-a-dia. Todos nós mentimos. Calminha aí! Não precisa se ofender, basta admitir que mente.

        Lendo, algum hipócrita, certamente, soberbamente dirá “eu não minto”, esse tipo, em geral, acredita no que diz. Pode até ser haja uma pessoa de alma tão limpa que não minta para outrem, ainda assim, mente para si mesmo. É bem verdade que existe mentira e mentira, cabe a você saber qual das duas faz parte do seu viver. Há quem minta pelo prazer do bem, isto é, de uma bela gargalhada, também há o sádico que mente pelo prazer de ver o sofrimento.

        Voltando ao Tio Nôga. Fomos lhe fazer uma visita em um sítio ali pelos arredores de São Gonçalo do Amarante/RN e, soubemos de um entrevero dele com um sujeito das proximidades, preocupados, o inquirimos:

– Foi nada não meu sobrinho.

– Nos disseram que houve até agressão física…

– Não, não! Foi uma besteira.

– Besteira?

– Sim, um “bebo choco” encostou a “zurêa” dele na minha foice.

          Esse era meu tio, cheio de pilhérias, gostava de contar estórias, tal qual Chicó. É certo, uma mentira bem contada e bom pra danado. Já disseram que mentir é preciso, viver não é preciso!!!  

Brito e Silva – Cartunista

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Eu não sou cachorro não

Eu não sou cachorro não

Fazendo uma pesquisa no Youtube, encontrei uma cantora chamada Bárbara Eugênia, soltando a voz suavemente em “Por que brigamos”, um versão dos anos 70, da canção “I Am…I Said” do Niel Diamond, interpretada por Diana que fez um sucesso danada, tanto a original como a versão tupiniquim. Pois muito bem, continuei ouvindo a cantante, que de fato, é bárbara – não resisti ao trocadilho – seguindo na mesma “vibe” cantou Márcio Creyk, Tim Maia…

A razão, puxou-me as orelhas para concentrar na busca, com outra aba aberta permaneci de ouvidos bem atentos nas ondas da suave voz agradavelmente afinada, os olhos e os dedos freneticamente buscavam algum sinal de minha “caçada”. Porém, passei a ouvir uns acordes de órgão de uma melodia, que imaginava conhecer, deslizando como se fosse uma brisa do Atlântico sobre a Praia de São Cristóvão – Areia Branca/RN – trazendo o “Amigo, por favor leve essa carta…”, “Paixão de um Homem”, música do Valdick Soriano, fui tomado, como se imergisse numa máquina do tempo ou entrasse numa sala de cinema para assistir um filme que já tinha vista, aliás, era integrante.

No final dos anos 70, início dos 80 – não lembro bem o ano – estava sendo feito o asfaltamento da BR 110, que liga Mossoró à cidade de Areia Branca/RN e nós, eu e Laércio e outros amigos – que agora minha esquálida memória não me permitir revelar – decidimos ir tomar um banho na Praia de São Cristóvão, enchi o tanque da possante Monark – três litros de gasolina davam para ir ao Atacama e voltar – e Laércio Eugênio Cavalcante na Cinquentinha Yamaha e em um domingo típico da cidade dos Monxorós, lá fomos nós. Logo ao sair dos Pintos começamos a enfrentar as dificuldades da empreitada, eram montes e mais montes de areia, brita, pedra, não sei se estávamos acometidos da síndrome do “Selvagem”, filme estrelado por Marlon Brando, até que depois do Rio do Carmo, avistamos o Piquiri, isto já passava do meio-dia, o sol cozinhando os miolos.

Paramos sob uma árvore, a qual o nosso amigo Claudino, fotógrafo da Gazeta, possuía mais cabelos no alto do cucurutu, que ela tinha folhas em seus galhos, em assembleia decidimos desistir do sacrificoso banho, haja vista, que naquela pisada íamos chegar na praia lá por volta da segunda-feira à tarde e, certamente, dona Maria Emília já teria instruído Mazé – dona Maria José – a fazer nossas contas.

Sedentos, com a língua mais seca que de papagaio, enchemos os olhos ao avistar uma hipnótica placa de Coca-Cola do outro lado da via, nos dirigimos à aquela reconfortável visão:

– Boa tarde.

– Boa tarde.

– Tem algo para comer?

– Tem não!

– Então, traga duas cervejas, bem geladinhas!

– Tem cerveja não!

– Tem Pitú?

– Tem não!

– Tem o quê?

– Caranguejo!

– Traga um meiota!

– Tem algum tira-gosto?

– Não!

Alguém da turma comentou “um bar que não tem nada”, o atendente com limões partidos na mão, os pondo sobre a mesa arrematou:

– Tem limão, e é se quiser.

– Dá para botar um som?

O atencioso proprietário dirigiu-se até uma vitrola portátil pôs um long-play para rodar “Eu não sou cachorro…” …E só tem esse disco!

Experiência

Coloquei um projeto na Lei Paulo Gustavo, que tem como enredo a passagem de Lampião em Mossoró, seria uma animação de 10 minutos, não fomos selecionados não por haver experiência e referências estéticas e, não ter pelo menos dois trabalhos produzido. Pois, sim.

Prefeito Cloroquina I

A mídia do prefeito de Natal/RN, Álvaro Dias Cloroquina, é de uma competência exemplar, haja vista as peças publicitárias veiculadas em horário nobre nas tvs. Entretanto, a incompetência do prefeito e sua equipe de fiscalização diz diz as belas imagens. A praça Armando Nobre Viana inaugurada há pouco mais de dois meses tem a pista de caminhada com toda sua tinta largando.

Prefeito Cloroquina II

Fazer obras que beneficiem a coletividade é obrigação do poder público, mas, também tem que ser feitas com qualidade, usando produtos e insumos de primeira e não apenas, uma bela maquiagem para uma pomposa inauguração para o Prefeito Cloroquina se empavonar como se fora algo excepcional.

Prefeito Cloroquina III

“É obra por todo canto, é obra em todo lugar” diz o jingle da administração Cloroquina, torço, de fato, que obras sejam duradouras, sentadas em produtos de qualidade. Mas, pelas “feridas” na Praça Armando Nobre, em Candelária, nos deixa temeroso quanto a excelência.

Frase

“Comunismo acabou. Para mim não existe o comunismo, no Brasil não existe”. presidente do Superior Tribunal Militar – Ministro Francisco Joseli Parente Camelo

Caricatura

Caricatura do Tezuka Osamu, tido no Japão como o “pai do mangá moderno”, para o “Manga Pandemic Web Exhibition 2024”, no Japão.

Nossa coluna na PAPANGU RE REDE

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Júlia Arruda

Desenho da vereadora Júlia Arruda, feito para homenagem do Corecon-RN a 8 mulheres de destaque em suas respectivas áreas de atuação, por ocasião do 8 de março – DIA INTERNACIONAL DA MULHER.

Ao longo de 8 dias foram publicados, pelo Corecon-RN, um desenho por dia.

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Fabiana Lopes

Desenho da engenheira Ceo da Neoenergia/Cosern, Fabiana Lopes, feito para homenagem do Corecon-RN a 8 mulheres de destaque em suas respectivas áreas de atuação , por ocasião do 8 de março – DIA INTERNACIONAL DA MULHER.

Ao longo de 8 dias foram publicados, pelo Corecon-RN, um desenho por dia.

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Érico Junqueira

Nossa homenagem ao cartunista baiano, Érico Junqueira, que também foi engenheiro e doutor em Urbanismo, falecido, aos 75 anos neste domingo (24), em São Luís. O premiado cartunista e professor aposentado da UFMA e UEMA, havia sofrido um AVC há duas semanas e estava internado no Hospital dos Servidores. O estado de saúde se agravou e ele não resistiu, morreu no mesmo hospital.

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Peter explica

Outro dia, dentro do meu breve e franzino espectro do conhecimento da alma humana, falei sobre saudade e suas várias definições poéticas e filosóficas, é bem verdade, algumas foram piegas de doer a muleta, outras até com uma fina superfície de uma presumida verdade. Entretanto, definir este sentimento “muito embora sendo fã da ciência, e por isso mesmo sei que não é precisa e a verdade absoluta não é perseguida” fica faltando um pedaço, como um quebra-cabeça que não se completa se uma única peça estiver ausente. Logo, conceituar saudade, seja por belos e melódicos versos dos mais criativos poetas ou mesmo os elaborados pensamentos filosóficos, certamente, o conceito ficaria manco, capenga necessitando de muletas para se manter de pé, como sempre ocorre.

Saudade é um sentimento que permeia toda a raça humana e até parece também atingir outros mamíferos como os cães. Os mitos, as crendices populares também têm nos revelado, o que antes do Reino Vegetal, campeavam pelo mundo sobrenatural, metafísico, transcendental, agora pode ser real. Por exemplo: as árvores podem ter sentimentos, não sei se de saudade, mas segundo estudo cientifico do alemão, especialista em árvore Peter Wohlleben, garante que elas possam sentir dor e até outras emoções como o medo.

É notório que as superstições entre os humanos de todas as civilizações muitas delas envolviam membros do Reino Plantae. Na cultura indígena os curandeiros em suas pajelanças usam galhos e folhas para aliviar dores e curar o mal, também nas cidades e pequenos povoados pessoas utilizavam ramos de plantas para “rezar” curando “espinhela caída, dor no estombo, incosto…” assim como a Espada de São Jorge e pé de Peão Roxo eram (são) cultivados nas casas e apartamentos para proteger o ambiente do mau-olhado, gente invejosa e pessoas de “olho gordo”.

Tal qual o alemão Peter que atestou o sentimento das árvores, posso dizer o que Damiana – uma das minhas três mães – também percebeu algo que a deixou perplexa: a rebeldia do pé de mangueira plantada por meu pai, seu Luiz, a qual ele zelava como se cuidava de uma neta, em troca recebia mangas docemente suculentas e deliciosas. Entretanto, após sua “ida falar com Deus”, a Mangifera se recusa terminantemente ser cortês com aqueles que costumavam se deleitar com seus frutos, agora lhes oferecendo em sua primeira carga e todas as outras subsequentes os seus frutos azedos, impossíveis à degustação. Talvez, seja saudades da companhia de seu Luiz.

Também é bem verdade que Maria no início das manhãs dedicava longas conversas com as roseiras e suas três-marias, isto quando morávamos, na Rua Ana Neri, em Petrópolis/Natal/RN, nos confidenciou a amigo vizinha que todas murcharam e morreram logo após nossa mudança. Saudade? Não sei. O Peter explica.

Brito e Silva – Cartunista

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Fátima Bezerra

Desenho da Governadora do Estado do Rio Grande do Norte, a professora Fátima Bezerra – feito para homenagem do Corecon-RN a 8 mulheres em diversas áreas, por ocasião do 8 de março – DIA INTERNACIONAL DA MULHER.

Ao longo de 8 dias foram publicados um desenho por dia.

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Yashar Kamal

Caricatura do romancista curdo Yashar Kamal, ganhador do Nobel para 5.o Encontro Internacional de Cartoon Curdo, que mais uma vez minha esquálida memória me fez perder o prazo.

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Virgínia Ferreira

Desenho da Secretária de Planejamento do Estado, a economista Virgínia Ferreira – feito para homenagem do Corecon-RN a 8 mulheres em diversas áreas, por ocasião do 8 de março – DIA INTERNACIONAL DA MULHER.

Ao longo de 8 dias foram publicados um desenho por dia.

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Maria do Livramento

Desenho da professora da UFRN, Maria do Livramento Miranda Clementino, feito para homenagem do Corecon-RN a 8 mulheres em diversas áreas, por ocasião do 8 de março – DIA INTERNACIONAL DA MULHER. Ao longo de 8 dias foram publicados um desenho por dia.

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Sonhos

Dizem que na vida há tempo para tudo: nascer, crescer e morrer, esta é a lei mais proeminente e, sem adendo, da natureza na qual todo ser vivo desde uma bactéria aos mais sábios de todos os homens, têm a ela o seu chamado atendido.

Os sonhos também nascem, crescem e morrem. Já sonhei acordado algumas centenas de vezes, estes, na verdade são apenas delírios e desejos que jamais sairão deste universo. Há sonhos que você alimenta, cultiva, rega, capina, asfalta o caminho por onde ele deverá passar, criando atmosfera aonde se realizará a metamorfose, deixando de ser sonho e, sim, tornar-se uma concretude. Claro, neste tipo de empreitada o dispêndio de energia, provavelmente, será volumoso, ainda assim, compensador e prazeroso. Entretanto, há outros nascidos pré-determinado a deixar o berçário apenas para se acomodar no baú do esquecimento, de fato, pode até ser que não fora nem sonho, mas, apenas um desejo fugaz.

Lá na boa terra da Santa dos Olhos, Mossoró, no final dos anos 70, precisamente, em 1979, deu-se início a minha carreira profissional quando fui contratado pelo Jornal Gazeta do Oeste. Na cidade haviam dois jornais, O Mossoroense – terceiro jornal mais antigo da América Latina – carinhosamente chamado por todos de “O Mossoroense velho de guerra” e naturalmente a Gazeta, porém, circulavam na urbe O Diário de Natal, O Poty e a Tribuna do Norte dentre outros do “Sul maravilha”, com um delay de dias.

No meio se dizia “quem trabalhava N’O Mossoroense queria trabalhar na Gazeta e quem trabalhava na Gazeta, queria um dia trabalhar na Tribuna do Norte”. Pois, muito bem, fiz meio ao contrário – porém desejando seguir à risca – do jornal Gazeta fui convidado por Marcos Aurélio para a gráfica RN Econômico, momento em que a sociedade da revista homônima estava se desfazendo para surgimento do jornal Dois Pontos.

Por aqui na capital potiguar, em 1982, trabalhei na Cooperativa dos Jornalistas de Natal, no jornal Estilo, de Toinho Silveira, quando fui convidado pelo jornalista Dorian Jorge Freire a voltar para Mossoró e participar de um novo projeto do jornal O Mossoroense e, lá se foi meu sonho(?) de fazer parte da equipe da Tribuna do Norte. Em 1989 fui para Rio Branco/AC, dirigir o departamento de Arte e Cenografia da TV e jornal Rio Branco e, portanto, o sonho definhou.

1999, vim morar em Natal, prestei serviço, nas Tvs Tropical, Intertv e na Tv União, onde participávamos do programa político Liberdade de Expressão fazendo trinca com Manoel Ramalho e Professor Luis Carlos Noronha. Um belo dia o meu amigo cartunista Brum, da Tribuna do Norte, naquele período, em meados de 2018, me convidou para eu tirar suas férias, percebi que aquele sonho tinha virado notícia do jornal de ontem, sem alternativa, disse não. Afinal, eu não era mais aquele Brito de antes e, certamente, a Tribuna do Norte, já aquela época não era mais a mesma.

Brito e Silva – Cartunista

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Prefeito Álvaro Dias: desonesto intelectual

Tenho comigo a ideia, não sei se vã, que a política é uma das atividades mais nobres da humanidade, haja vista, se praticadas por pessoas de também igual faculdade. Há pouco mais de dois mil anos a frase cunhada por Júlio César “a mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta” balizou muitos caracteres de figuras públicas de notória sabedoria e honradez, também incrustou em muitos anônimos, em sua maioria.

Sim, a política é sim o caminho mais digno para o poder constituído devolver aos cidadãos o que lhes é de direito: serviços e ações para o bem-estar comum da comunidade, entretanto, para que isto, seja, de fato, concretizado, cristalizado se faz necessário político com os predicados “ser honesto e parecer honesto”, caso haja desequilíbrio não há aderência uniforme entre o político e o povo, um dos dois tende a sair perdendo, à regra geral, o cidadão é o grande perdedor.

O político que inaugura uma reforma e menos de dois meses se revelam os resultados da má qualidade do material utilizado, certamente, este gestor não está em consonância com as qualidades acima citadas, logo o Álvaro Dias Cloroquina, prefeito de Natal, põe por terra o dito de Júlio César, não é honesto e não parece ser honesto.

Calminha aí! Não acuso o prefeito Cloroquina de roubo, corrupção – pelo menos na literalidade das palavras – mas de incompetência intelectual, pois, fez um “carnaval” dos diabos com a Praça Armando Nobre Viana, em Candelária, enganou, falseou a verdade, todos esperavam uma obra de qualidade e não me venha falar de “meia-qualidade” ou “meia-verdade”, ambas não existem: parte da tinta das pistas está largando. Portanto, prefeito Álvaro Dias Cloroquina, o senhor é um desonesto intelectual: seja por incompetência de fiscalização ou por suas falas nas publicidades.