Quem diabos gosta de gente normal?

Hoje cedo, amanheci com a voz de minha neta mais nova, Valentina de apenas 2 anos dizendo no WhatsApp: Bom dia, vovó Socorro,” arrancando lágrimas de Maria e, certamente, lavando-lhe a alma.

Já no computador vi a foto publicada pelo amigo Franklin Machado, uma taça de vinho onde aparece, na espuma, a figura de Scooby-Doo, com a devida ajuda de Maria, que deve ter um parafuso a menos ou a mais, de imediato acrescentei os olhos de um fantasma por trás do frouxo cachorro. Pois, muito bem, não tive como evitar não pensar em meu amigo Céfas Carvalho, que me atiçou a descobrir minha pareidomania. Logo fui remitido há duas semanas, quando Valentina nos meus braços, da minha janela olhando para nuvens via coelho, cachorro, pássaros e quase toda fauna conhecida por ela.

Curioso que sou fui pesquisar sobre essa tal de pareidolia. Danei-me ao Google. A resposta, veio da revista Galileu na seguinte manchete: “Pessoas neuróticas costumam ver rostos em coisas”, no primeiro momento dei-me por satisfeito.

Mas, por ser acometido da curiosidade que matou o gato e por trabalhar em comunicação anos a fio, sei que não se deve medir o monstro por sua sombra.

Continuei a caminhar no artigo, alguns parágrafos abaixo li que pesquisadores no Laboratório de Ciências da Comunicação em Tóquio NTT, concluíram que pessoa neuróticas são mais predispostas à pareidolia como mecanismo evolutivo, pois estão sempre em alerta a ameaças e claro, o perigo pode ter um rosto uma forma.  Agora sim, estou satisfeito. Ah! Afinal, quem diabos gosta de gente normal?

 

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