Meus moinhos de ventos
Outro dia um “amigo” me questionou sobre o “ódio” que expressava no meu trabalho contra Bolsonaro, segundo ele eu parecia estar sendo pago para adestrar, alienar, catequisar meus seguidores. Ora não sabe o indigente mental que os meus “seguidores” cabem num fusquinha e ainda sobrar assento confortavelmente à Wilza Carla, se viva fosse.
Na verdade, não respondi. Posso até ter sido pretensioso, pois tive a nítida impressão se fosse explicar, certamente, ele não iria entender bulhufas. Há pouco me veio a certificação que teria perdido um precioso tempo, se tivesse feito. O mesmo sujeito – in box – disse que meus textos e meus desenhos eram umas “merdas”. Ora, não discordo disto, ele pode estar certo que meus textos, desenhos e comentários são ruins de correr água, por que não seriam? Discordo de terem capacidade de influenciar qualquer cristão de consciência sã.
Porém, isto provocou-me à uma reflexão, que aqui exponho: Meus desenhos, textos e comentários são meus, fazem parte do que sou, é meu pacote, o pacote Brito, logo os moinhos ventos são todos meus e pangaré também. Essa é minha verdade sem o menor intuito de sugestionar ou induzir ninguém a nada ou seguir-me como quem segue gurus, não sou tão ingênuo e, portanto, não seria tão pretencioso para imaginar que estaria doutrinando alguém ou levando quem quer seja a pensar diferente lendo o que escrevo ou desenho, quem se permite ao trabalho de assim pensar, certamente, não pensa. Ora, o que faço, como faço é apenas minha maneira de enxergar o mundo, meu ponto de vista, que por sinal, amanhã ou agora mesmo pode mudar. O que penso e faço não são estáticos como o bolsominion estaria imaginando, desde que perceba e tenha o convencimento de estar errado, posso mudar sem constrangimento. Entretanto, por toda minha história profissional, pessoal, comportamento ética, do que li, vi e vivi é impossível uma reviravolta de 180 graus e apoiar o Presidente Cagão e ter simpatia por qualquer coisa que posso vir de sua mente suja, se assim o fizesse não seria eu, mais provável, talvez uma entidade.
Portanto, de elmo, armadura e de lápis em punho me mantenho firma meu “amigo”. Quem escolhe seus líderes, seus ídolos são seus liderados seus fãs e não o contrário. O “candidato” a líder tem ideias, práticas e objetivos que se alinham a seus possíveis liderados e assim se compactua uma aliança de confiança ungindo o líder, quando o líder deixa de entregar o que foi prometido começa a definhar sua credibilidade e pelos que antes o adoravam, serão os mesmos que o levarão à guilhotina. Por isto, digo e reafirmo quem votou no Cagão tinham e têm simpatia e apoiam suas ideias, práticas e objetivos, não são menos nem mais que iguais: cagões!