Frio

Santiago(CH), 25 de junho de 2024

Ao meus netos Kayllanne, Lívia, João Miguel e Milly.

         Vocês aí, têm que ver para crer: a vida aos pés dos Andes começa às 10h e neste período o frio é de “lascar o cano”. Hoje, amanheceu, marcando no termômetro do celular 4 graus. Para quem nasceu lá nas quebradas do sertão, do Principado de Baixa do Chico, isso é quase uma eutanásia. Mas, como sou brasileiro, nordestino e não desisto nunca e como disse Euclides da Cunha, em “Os Sertões”, “O sertanejo é, antes de tudo, um forte”, pois então. Vesti um jeans por sobre a calça do pijama, uma camisa de frio, que sua vó Maria, comprou especialmente para esta ocasião, mais uma jaqueta e um casaco de tecido impermeável, com duas ou três camadas, calcei duas meias e um par de luvas, não antes de uma ducha a deliciosos 30 graus centígrados.

       Pois muito bem, já paramentado para combater ao frio, os deuses decidiram atender minha entoada oração ...”Se quer saber pra onde eu vou, pra onde tenha sol, é pra lá, que vou”…Tupã e a deusa Pachamama tiveram compaixão desta pobre alma pecadora e uma fresta de sol cobriu o teclado do notebook me convidando a um passeio na Plaza Ñuñoa, lá fomos eu, Pollyanne e Valentina, prima de vocês tomar sol. É verdade, que a conjunção, sol e frio, na medida certo, pode ser, e foi, de certa forma é confortável, mesmo para nosotros habituado ao sol escaldante da “Capital do Sol”, Natal/RN, “A Noiva do Sol”, que assim cunhou o nosso gênio potiguar Luís da Câmara Cascudo. Entretanto, se você permanecer muito tempo, além do necessário, neste sol, pode ir parar no hospital, com queimaduras. Logo, o sol de lá, como o de cá, deve ser respeitado.

Brito e Silva – Cartunista

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