Ele que se dane
No princípio, o homem para adquirir um produto ou qualquer coisa que lhe despertasse interesse e este pertencesse a outra pessoa, em comum acordo, usavam a troca, o famoso escambo. Mas, ao longo do tempo surgiu a necessidade de algo que pudesse ser levado com mais facilidade, então se testou de tudo: pedra, pau, sal e vieram as moedas no século 1º A.C., 18 séculos depois, criou-se o dinheiro de papel, o qual até, e talvez, muito mais hoje, as pessoas são capazes de tudo para tê-lo em grande quantidade, mais e mais e mais e, quanta mais, melhor.
Pessoas fazem tudo por dinheiro, de jurar amor eterno a matar pai e mãe pelo “desejado” e, cá prá nós, o canto do “bicho” é inebriante e envolvente melodicamente como de uma bela sereia, se o sujeito não tiver firmeza em suas convicções, certamente, mergulhará de cabeça, de smoking e tudo. Não, não estou dizendo que precisamos queimá-lo em praça a pública, até porque é muito mais fácil se fazer fogueira com livros – A Santa Inquisição e Hitler já provaram e, se deixarem o Bolsonaro, certamente, também o fará -, mas, tenho minhas reservas a ele, também não estou dizendo que não queria uma Mega Sena – o diabo é que não jogo -, todavia, minha relação com dinheiro nunca foi das melhores, temos algumas incongruências, incompatibilidades antigas, não nos cheiramos bem, essa é a verdade.
Há alguns anos, um “amigo” ficou mal comigo por causa de R$ 15,00, pois fui depositar-lhe R$ 900,00 e o banco descontou a taxa do DOC, ele não ficou nada satisfeito e não quis me ver nem pintado de ouro, depois, desfiz uma sociedade informal com outro “amigo”, por causa de “centavos”. Todas às vezes que íamos dividir os lucros, 50% para cada um, ele ficava com R$ 5, 00 a R$ 10,00 a mais, percebi que a necessidade dele era maior que a minha, deixei ele com tudo (1 site). Não contando os que me devem e fogem de mim como o diabo da cruz e, sem falar de outros dissabores.
Dindim, mufunfa, nota, tostão, Real seja lá o apelido que damos, a ele, não me dobro nem a pau. O uso, apenas o uso nas necessidades, como quem usa papel higiênico. Um amigo diz que é preciso gostar do dinheiro para haver recíproca. Talvez, este meu comportamento reforce e alimente essa intriga dele comigo, mas, ele que se dane.