De boa!

Diz a filosofia que nós humanos somos desprovidos de instinto, isto é, nascemos sem saber quem somos, não temos a menor ideia do que fazer (como tudo tem exceção, às vezes alguém nasce já relinchando e se torna Presidente do Brasil). O gato quando nasce sabe que é gato, e segue sua vida de gato inteirinha sem aprender absolutamente mais nada, nada de aprender coisas de cavalo, de porco ou de tubarão, na verdade vai levando sua vidinha miando e fazendo gatices. O homo sapiens precisa aprender tudo. Dizem que o único instinto que temos é o da sobrevivência que nos impulsiona a procurar o peito materno.

Aprendemos a andar, falar, ler, nadar, correr, escrever, ciências, enfim, somos impostos a saber ser humano. Claro, evidentemente que fomos dotados de um cérebro, e é bem verdade que o tal órgão vem zerado e sem manual de instrução, fazendo-nos dependentes de outros humanos que irão nos abastecer de informações para que nós possamos entender que somos humanos e, evidentemente compreender o mundo em nossa volta. Porém, as informações, ações, comportamentos, exemplos não são uniformes a todos os humanos recém-chegados
a terra, mesmo se fossem, não serviria para todos, pois, cada humano é uma peça única. Um gato que nasce no Japão não mia em japonês, mia em “gatês” língua miada por todos os gatos na face de todo o planeta terrestre, já uma criança nascida no Japão vai aprender falar, andar, cantar e se comportar como japonês e para se comunicar com um brasileiro terá que aprender português ou o brasileiro falar japonês, que também passou pelo processo de aprendizagem.

Entretanto, para não nos aprisionar em um divã por toda vida. Talvez, para aliviar sua consciência e compensar nossa falta de instinto, a natureza nos deu o que se convencionou chamar de dom, talento, habilidade natural, mas por sacanagem não disse qual o dom de cada um: Todos têm que se virar, procurar o seu. Conheço uma porção de gente que não encontrou sua habilidade natural, se tornando pessoas frustradas, maus profissionais, maus pais, maus amigos. Aqueles que têm a felicidade de conseguir se consagram bons profissionais: bons advogados, cientistas, professores, músicos, empresários… …Assim formam a maioria da raça humana usando seus dons medianos.

Porém, existem aqueles sujeitinhos sortudos, que chegam atrasados e vão para o rabo fila e quando da sua vez, já cansada a “natureza”, ver um monte de dons amontoados, se não forem usados serão desperdiçados, decide então entregar ao último, e o cara nasce com mais talentos que os outros, com uma espécie de “inteligência plus” assim como Jesus de Nazaré, Albert Einstein, Gandhi, Mozart, Van Gogh, Da Vinci, Caetano Veloso, Lula, Madiba, Sócrates, Platão…

Aos que flutuam ali no limiar, naquela linha tênue entre a mediocridade e a completa falta de raciocínio lógico, a chamada burrice nata – meu caso -, há um consolo, dito pelos que, cheios de caridade, generosidades e piedade, profalam: “Se você não vence pelo talento, irá vencer pela persistência”.

Até hoje, aos 62 anos completos, no 20 de julho, ainda não sei onde me encaixo: tenho certeza que não fui o último da fila e, se fui, certamente, quando chegou minha vez não tinha mais nenhum talento disponível. Também esse negócio de persistência é papo furado, pelo menos para mim não funcionou. Há 35 anos resisto, persisto e não desisto nunca de um dia aprender a tocar violão. Mas devo confessar, quando vejo Gilberto Loia tocar Corsário ou Jade – de João Bosco – e Geraldo Carvalho dedilhando seu pinho, tenho vontade de desistir, mas como bom brasileiro não desisto, resisto. Se não conseguir sair das três notas musicais que aprendi, mas se resistir e vencer Bolsonaro já estarei de “boa”.

Fezes

Os boletins médicos afirmam que foi retirado 1 quilo de fezes, através de cateter inserido no nariz do Presidente Bufão. Quando disse que o cagão expelia fezes e gases por todos os orifícios era apenas uma força de expressão, o que agora, deixa de sê-la.

Galvão

Galvão Bueno, como narrador esportivo não poderia
ser mais desonesto, antiético, mesquinho e pequeno.
O sujeitinho quer ganhar a todo custo, menospreza os adversários, nos empurra um sentimento de rivalidade danoso, infla o “jeitinho brasileiro” de levar vantagem em tudo, fair play para ele é somente uma palavra. Os meios justificam os fins, enfim, é um pulha.

Caricatura

Caricatura de Elza Soares, feita para participar do Prêmio Valdemir Herzog. Porém, li e agendei: Inscrição até 30 de julho, era 30 de junho, perdi prazo, quem manda ser analfabeto e cego.

Você também pode gostar...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *