Alta do Dólar

Caricatura do sebista, provocador e agitador cultura, Severino Ramos, do Sebo Balalaika.
Patrício Freire, brasileiro lutador de MMA do Bellator, peso médio.
30 – 4 – 0 (vitória – derrota – empate)
Pedro Carvalho lutador português de MMA do Bellator, de peso médio .
11 – 3 – 0 (vitória – derrota – empate).
Natal, 27 de fevereiro de 2010
Para Polary
Diz a filosofia que “o conhecimento de nenhum homem pode ir além da sua própria experiência”, portanto, é crível dizer que quando emitimos opiniões, nos comportamos, falamos, andamos, dançamos, cantamos e ensinamos aos nossos filhos não pode ser frutos de terceiros, mas, vem de dentro de nós mesmo, de nossas próprias experiências vividas ou ainda por vivê-las.
Digo isto, porque quando você nasceu e por ser o primogênito, eu e sua mãe sem experiência alguma em lidar com outro ser, no qual sua a dependência era tão espantosamente enorme de nós. Ainda assim baseado em experiência de nossos pais moldamos as nossas e, a fizemos para que você pudesse ter o melhor de nós dois.
Em 1980, quando você chegou vivíamos um período político complicado, embora já com sinais de cansaço. Entretanto, quando lhe via ali, pequeno frágil, imaginava o Brasil, melhor, não apegado ao refrão do “Brasil é o país do futuro”, mas, queria um Brasil mais solidário, partilhado, socialmente mais igualitário e com menor distâncias entre as classes naquele momento, porque se assim fizesse o futuro estaria garantido.
Assim fizemos, fomos para ruas nas diretas já, com minha minúscula arma (charges e textos) publicados na Gazeta do Oeste, O Mossoroense, O Povão, Jornal Salário Mínimo e muitos outros jornais que lutavam por liberdade e democracia. Conseguimos.
Na primeira eleição para presidente, entrei no meu quarto e chorei, pois votar pela primeira vez para escolher o mandatário do país, era uma felicidade incomensurável, pensava: consegui, conseguimos, enfim, vou saber o que é viver em uma democracia.
Conseguimos? Sei não. Descuidamos, não soubemos passar o legado, o bastão, fomos irresponsavelmente displicentes, não vigiamos, não cuidamos. Acreditamos que ela seria por si só alto-sustentável, esquecemos que merecia ser cultivada, regada para pode nos dar uma sombrosa guarida.
Muitas vezes hoje, me pego questionando, se o que fiz foi pouco? (Em minha ingênua e santa ignorância acreditei que com um lápis e papel poderia mudar alguma coisa…) E concluo que não fiz o bastante, se assim não fosse verdade, você, meus netos e nora estariam aqui, em solo potiguar e não no Chile, em busca de dias melhores.
Você não imagina o tamanho da saudade e paradoxalmente o tamanho do alívio e felicidade quando os vejo caminhando e brincados nos parques públicos de Santiago, sem o risco de uma bala perdia, de um assalto. Agradeço todo dia aos deuses e ao povo chileno que os recebeu.
Eu, por aqui, com lápis e papel travo minha luta, que pode ser inglória, porém, o objetivo tenha certeza que é nobre. O que mais desejo antes de morrer, é vê-los e todos os brasileiros vivendo dias melhores e sonhados.
” Mas, tudo isso é pouco, diante do que sinto…”
Feliz Aniversário filho meu.
Do seu pai Brito.
Ontem, (segunda-feira), na fila (sem fila) do pão um vizinho, sorridente me indagou:
– E aí, seu Brito? Parece que não gosta de carnaval!?
– Gosto sim. Quanto mais longe tiver de mim, mas gosto…
– Eu também! Isso é coisa do diabo.
Com um boa tarde, me esguiei, segui ao barraco na velocidade das tartarugas do Arquipélago de Colón, comer pão com geleia de acerola, feita por Maria. Ele ficou importunando a coitada do caixa, que certamente, preferiria está em algum mela-mela ou no bloco dos Cão, louvando a folia, santificando com alegria a festa mais profana e abençoada pelos deuses, que a tirania daquela verborragia preconceituosa arrogante advinda do bloco dos infelizes.
“Carnaval é a alegria popular. Direi mesmo, uma das raras alegrias que ainda sobram para a minha gente querida. Peca-se muito no carnaval? Não sei o que pesa mais diante de Deus: se excessos, aqui e ali, cometidos por foliões, ou farisaísmo e falta de caridade por parte de quem se julga melhor e mais santo por não brincar o carnaval.” Dom Élder Câmara.
Gosto sim, de carnaval. Longe ou perto, dentro ou fora, só ele nos permite alegrias e êxtases em profusão juntas e misturadas, pois bem: Dei-me ao desplante de ler algumas dezenas de páginas do Livro da Filosofa, ouvi Banda Reflexu’s, Pink Floyd, The Beatles, Luiz Gonzaga, Agepê – som alto sem vizinhos por perto e com ausência total de música de sertaneja nas redondezas, ô glória -, assisti As Sufragistas, La La Land e mais dois chatos que esqueci os nomes e ainda vi Portela na avenida, nesta segunda. Ora quem pode proporcionar uma miscelânea destas? Certamente, só o “manda-chuva” da vez. Ah, também fiz uma boa arrumação em nossa loja (virtual), que estará de portas abertas, em breve.
Gosto sim, de carnaval. Você pode até tentar sair dele, mas ele não sai de você e quando não vai até ele, ele vem até você. Para tirar a prova dos nove, o Rei lhe induz ao revivamento, a mente lhe é povoada com belos carnavais já vividos que agora, se torna tão deglutíveis e palpáveis como um bom sonho.
Assim, foi feito: Me senti tão inteiro, como se presente estivesse na festa momesca, através das minhas belas e amadas netas Valentina (filha de Pollyanne/Felipe) e Lívia (Jade/Roberto), em seu primeiro ensaio de foliã. Gosto sim, de carnaval. Somos do bloco da vida, da alegria!