Autor: brito_admin

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A necessidade urgente de discutir o lixo

No final da década de 1980, e início da década de 1990, eu já fazia as primeiras observações e leituras sobre as ameaças e as possibilidades de reaproveitamento do lixo, a partir da ação dos catadores e catadoras de materiais recicláveis na cidade de Natal. Através do contato diário com esses profissionais, quer seja na Cidade Alta ou no lixão de Cidade Nova/Felipe Camarão, fiz a monografia de conclusão do curso em Ciências Econômicas intitulada: “Uma alternativa encontrada no lixo”. De lá para cá houveram inúmeros avanços, principalmente no que diz respeito a produção científica. A Eco-92, realizada no Rio de Janeiro, despertou para as questões ambientais. Embora, com poucas adesões, o tema vai ocupando espaços na Academia. Do ponto de vista de política pública, a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS – foi uma grande contribuição, muito embora já houvessem diversas experiências exitosas no tratamento ambientalmente adequado do lixo e no reaproveitamento. Contudo, o despertar da sociedade sobre o assunto ainda é secundário, não faz parte do seu cotidiano. A inserção dos resíduos sólidos (lixo) na grande mídia televisa talvez desperte a população para o problema. A possibilidade de criação dos consórcios intermunicipais de resíduos sólidos (saneamento básico) é uma grande possibilidade de avançar na questão do reaproveitamento, no tratamento ambientalmente adequado e erradicação dos lixões. Entretanto, essa é outra questão desafiadora uma vez que nossa sociedade não foi formada em laços afetivos e solidários. Os municípios tem dificuldade em dialogar com seus vizinhos, estes com os estados e com a União, respectivamente. Trata-se de uma questão histórica. Isso porque o processo de ocupação e de formação do território brasileiro se deu, se não na sua concretude, em base de muita exploração, animosidade e violência. Precisamos avançar na política de fortalecimento da “Governança solidária” e na construção do “Capital social”. Vamos adiante!

Prof. Raimundo Inácio
Economista/Doutor em Geografia

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Albert Einstein

Neste 14 de março completou 143 anos de nascimento do físico alemão Albert Einstein, que morreu em 18 de abril de 1955, nos Estados Unidos.

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Patativa do Assaré

No 5 de março passado, o cearense, de Assaré/CE, Antônio Gonçalves da Silva ou simplesmente Patativa do Assaré, completou 113 anos de nascimento. Cantor, compositor, improvisador e um dos grandes ícones da poesia popular brasileira. 

Patativa faleceu no 8 de julho de 2002 aos 93 anos, deixando uma vasta obra literária estuda em diversas universidades e instituições de ensino brasileiras.

Hoje, 14 de março, Dia da Poesia, minha homenagem a um dos mais autênticos representantes de nossa cultura nordestina e assim sendo, o faço a todas e a todas que navegam nessas águas.  Vivas à poesia. Viva Patativa do Assaré!!!

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Zila Mamede: corpo a corpo com a poesia

Zila da Costa Mamede foi e, é, uma das mais importante poetisa do mundo literário potiguar. Nascida em Nova Palmeira/PB, mas radicada no Rio Grande do Norte.

“Zila sentiu a voz irresistível da Terra … Todos os seus poemas nasceram do chão sagrado… “, escreve Cascudo na introdução ao Arado de 1959.

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A poesia e o cartum

Meu entendimento na arte dos versos e igual ao conhecimento sobre física quântica, isto é, nada! Entretanto, a poesia é uma das formas literárias que mais admiro e degusto com satisfação, talvez, por em meus delírios e impressões, ver alguma semelhança com o que faço, isto é, com os meus maus traçados e a poesia. Creio que o cartunista e o poeta têm em comum a fineza da síntese, a delicadeza e a sutileza de transmitir, muitas vezes, nas entrelinhas e traços,

Henfil com a pena no nanquin era mordaz e cortante como Ferreira Gullar em seu Poema Sujo: “Ferreira Gullar […] acaba de escrever um dos mais importantes poemas deste meio século, pelo menos nas línguas que eu conheço; e certamente o mais rico, generoso (e paralelamente rigoroso) e transbordante de vida de toda a literatura brasileira”, disse o Vinícius de Moraes.

Por falar no “Poetinha” ouso dizer que sua poesia e do jornalista Cid Augusto se entrelaçam em amores nas curvas sinuosas das mulatas desenhadas pelo cartunista Lanfranco Aldo Ricardo Vaselli Cortellini Rossi Rossini, ou simplesmente Lan, italiano de nascimento, mas brasileiro de coração, com o qual expressava no bico de sua pena as cariocas.

Laércio Eugênio Cavalcante tem a leveza e firmeza no traço imposto aos seus cartuns tal e qual as redondilhas que brotam da mente fértil do grande poeta mossoroense Antonio Francisco, transbordadas de sertaneidade na forma, cor no cheiro de terra molhada. Pode ser que alguns digam que Maria me deu o remédio errado, agora, não me neguem o direito de dizer que o Beco da Lama – Ora, outro dia um amigo me disse que o Beco da Lama é poesia – caminha de mãos dadas com os traços de Edmar Viana, que junto com o jornalista Everaldo Lopes encantou e divertiu por décadas os leitores do Diário de Natal e Tribuna do Norte, no seu Cartão Amarelo com seus traços poéticos.

Talvez tenha pouca lucidez, quer dizer, de fato, não tenho nenhuma, em se tratando de poesia. Mas ainda assim, me permito trazer essa semelhança entre o poeta e o cartunista, faço essa parecença sem o menor pudor, esse encontro, embora, haja tantas desencontros pela vida: ao poeta lhe confere respirar o mundo, suas dores, suas alegrias, suas mazelas, seus amanheceres e juntar palavras exprimindo sentimentos, isto é a matéria-prima do cartunista.

A charge tem simetria, métrica, pode ser concreta, lírica, épica, dramática…Me disse um amigo que sob a pena se imprimi a alma, talvez, seja por isto que a minha voa. Sei que vocês vão dizer que viajei na maionese. Ora (direis) ouvir estrelas! Certo. Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,”: Vou ali desenhar um poema. Vivas à poesia, vivas aos poetas!!!

Brito e Silva – Cartunista

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Anna Fernandêz

Anna Fernandêz cantora e compositora potiguar, natural de Caicó/RN, começou sua trajetória artística em Natal, em 1988, no Projeto “Noites Potiguares”, onde foi classificada para o Pixinguinha local, e, logo em seguida, para o Pixinguinha Nacional e o Pixingão. Anna Fernandêz também recebeu o “Prêmio Sharp” como cantora revelação.

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Ed Motta

Perdão

Na live que fez no dia 18 de fevereiro Ed Motta afirmou que Seixas tinha uma fala de caráter: “Peço perdão pela forma agressiva e grosseira que falei do Raul Seixas. Posso ter uma opinião sobre ele, posso ter uma crítica sobre ele pelo fato de ele ter sido produtor de discos. Tenho críticas a quem é produtor de discos, eu tenho direito a isso”.

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Caricatura de Ed Motta

Desenhando o cantor Ed Motta, com o auxílio luxuoso de minha neta, que uma vez ou outra, faz intervenções precisas.

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8 de março – Dia Internacional da Mulher

Neste 8 de março, através da caricatura da professora mossoroense Celina Guimarães primeira eleitora no Brasil, a votar em 5 de abril de 1928, na cidade de Mossoró/RN – a terra das liberdades – homenageio e dedico meu respeito às mulheres. Vivas às mulheres, estes seres maravilhosamente inteligentes.

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Bruninha – a bisneta

Todos dias eu e Maria calçamos nossos surrados e pisados tênis nos preparando para sairmos no rumo da venta a caminho da praça da Igreja Nossa Senhora da Candelária, quando lá chegando nos dedicamos a olhar aquela ruma de aparelhos para exercícios físicos, os quais evidentemente nos cansam, assim sendo nos dirigimos para o banquinho, que já tem a nossa cara e, por lá ficamos até às 17h35, então já recuperados e acabrunhados de ver toda aquele gente se martirizando naqueles monte de ferros, que para alguns desavisados causam até uma boa impressão, mas na verdade são equipamentos requintados para torturas e, pior, são indicados por médicos e fisioterapeutas de boa índole.

Bom! Hora e meia, já se faz, logo seguimos para buscar nossa neta Lívia na escolinha, a qual é a responsável direta por este nosso calvário.

Outro dia, antes do pai a leva-la à escola fez uma recomendação: “Vovó Có vá me buscar mais o vovô Bito e leve Buninha, no carrinho dela”. Ora! quem haveria de não atender um pedido desta natureza? Só se fosse um avô oco, um desalmado. Na hora de sairmos Maria percebeu a falta de pagamento de um boleto que chegou atrasado – estes malvados que consomem quase toda nossa renda doméstica, nos assombrando religiosamente todo final e início de mês, podem até atrasarem, mas faltar? Nunca – sugeriu irmos pela casa lotérica e lá fomos nós: ela com a boneca e eu levando o carrinho de Bruninha. Todas pessoas que passavam olhava de um jeito diferente: Umas riam, outras balançavam a cabeça – talvez, imaginando de qual hospício saíra estes dois velhinhos doidos -.

Maria entrou na lotérica, não antes de pôr a boneca no carrinho, me encarregar de ficar de olho, alguns minutos depois uma senhora saindo do prédio passou por mim, não se conteve “que fofinha” deu uma risada e danou-se apressada dobrando a esquina.

Boleto pago, seguimos à praça ao nosso observatório. O carrinho de Bruninha é um rosa-pink com detalhes verdes delata pupila, mesmo se você tiver miopia em alto grau, ainda assim, certamente, iria enxergar pelo menos a uns mil metros de distância. Os carros passavam sorridentes, transeuntes nos miravam intrigados com a cena de dois sexagenários sentados num banco de praça com uma boneca e seu carrinho, além do mais, uma vez ou outra Maria trocava algumas palavras com a boneca. O certo, é que pontualmente pegamos Lívia na escola e ela satisfeita com sua Bruninha, a caminho de casa dava alguns conselhos à boneca: “Olhe aqui filhinha, não pode pular no sofá, a vovó Có biga, entendeu Buninha?”.  

Sem netos seríamos apenas velhos troncos de árvores ressequidos pelo tempo implacável incapazes florescer na primavera. Creio que os netos são o que melhor pude ter nessa passageira vida.

Brito e Silva – Cartunista

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“Geraldinho” Carvalho: dos picadeiros de circos em Campina Grande para Fox Music USA Wards, em Miami

Geraldo Carvalho de Oliveira Júnior, nascido na micro-região do Sertão Central, na cidade de Angicos/RN, em 08 janeiro de 1967, concretizando um sonho de menino, mora em Brasília/DF desde os anos de 2009. O músico potiguar filho de Geraldo Carvalho de Oliveira, ferroviário e dona Joana Guedes de Oliveira, do lar, passou parte de sua infância e adolescência em Campina Grande/PB onde adotou o nome artístico de Geraldo Carvalho de onde saiu para ganhar o mundo. 

Geraldo foi o único brasileiro na entrega do Prêmio Fox Music USA Wards 2018, em Miami, Flórida, na versão latino-americano, onde venceu na categoria Melhor Balada Pop, com a canção Estilhaço de Alegria, de parceria com Mário Noya, que também intitula o seu terceiro CD. Antes foram Manhecença (2001) e Um Toque a Mais (2007).  Vejamos um pouco mais de “Geraldinho”, assim chamado carinhosamente por todos.  

Quando deu seus primeiros na música?

Meus primeiros passos na música, foi ainda na infância, em Campina Grande. Apesar de ser de Angicos, meu pai ferroviário mudou-se, foi transferido para Campina Grande/PB, lá meus irmãos já tocavam violão, sempre tinha um violão em casa, e entre 9 e 10 anos eu comecei a aprender tocar violão, e daí fui tocar em igrejas em Campina Grande, em circos, participar de festivais em circos, e na TV Borborema de Campina Grande. 

Suas influências musicais?

Minhas influências são do rádio, sempre tinha um rádio ligado lá em casa. Meu pai sempre deixava um rádio ligado, minha mãe também adorava músicas, todos os dois, e influencias é Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga, Zé Ramalho, Fagner, Belchior, Caetano Veloso, Gilberto Gil, essa galera toda da MPB.

A família apoiou?

Bom minha família sempre gostou de música, meus pais, meus irmãos tocavam então não tinha muito isso, a gente estudava e o violão estava sempre ali, gente aprendia e meu pai nunca se opôs, lógico quando a gente já fica um pouco maior, para sair da adolescência surge aquela preocupação né? Que todos irmãos fazendo escola técnica e eu enveredando pelo caminho da música, então sempre tem uma preocupaçãozinha, de vez enquanto perguntava se era isso mesmo que eu queria, mas nunca interferiram não.

Em que grupos que participou?

Bom o único grupo que eu participei foi um grupo de rock, um grupo escolar, do querido amigo Marcelo Bob, artista plástico, grande artista plástico Marcelo Bob.

Dá para viver de música no RN?

Viver de música no Rio grande do Norte eu sempre vivi, cheguei a trabalhar com música também na saúde mental da prefeitura e do Estado Rio grande do Norte da prefeitura de Natal do Estado do Rio grande do Norte, mas sempre vivi de música na noite, toquei muito a noite, tem que tocar muito, mas na época dava. Hoje como eu tô morando em Brasília não posso responder muito bem essa pergunta, mas vejo meus amigos aí vivendo de música todos eles né?

Se pudesse escolher, seria músico ou escolheria outra profissão?

É, se eu pudesse escolher escolheria música ou outra arte, ou Artes plásticas, cinema, ou teatro a literatura, mas com certeza seria artes se eu pudesse escolher.