Autor: brito_admin

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Encontros

Ontem,11, sai da toca, fui à Cidade Alta, João Miguel  – meu neto de 10 meses – queria comprar uma chupeta nova e Valentina – neta de 6 anos – ia cconferir se já havia chegado o restantes dos livros do ano letivo, como não gosto do fuzuê, do empurra, empurra nas papelarias, pedi licença aos netos, entreguei-os sob à custódia da avó e da mãe, me danei para o Sebo Balalaika, a verdade é que gosto de uma boa conversa e Ramos sempre nos alimenta bem, por lá encontrei o professor Mossoró, logo em seguida chega o jornalista e amigo das antigas, o músico Moisés de Lima.

Quando quase já me fazia entendido sobre baixo, papo que rolava entre Moisés e Ramos, dois entendidos do borogodó, sobre os grandes baixistas mundo afora, fui acordado pelo WhatsApp, a mensagem dizia que João e Valentina estavam me intimando para irmos almoçar no Bardallos.

Por lá dei de cara com a amiga Guadalupe, que renovou uma promessa antiga de nos fazer uma visita para tomarmos um cafezinho com canjica, o que fazíamos com certa frequência quando morávamos em Petrópolis. Bucho cheio, já beirando o terreiro, vi numa mesa o amigo músico Dudé Viana, lá de nós, de Moscow, trocamos algumas palavras apressadas por causa do uber que buzinava lá fora e, o papo ficou pra depois. 

Os sorrisos revelam o quanto a comida do Bardallos agradou.

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Aprendendo e ensinando

Desenho feito a partir de uma foto antiga retratando a penúltima diretoria da APM – Associação dos Professores de Mossoró no período de 15/10/1985 a 15/10/1987 – por sinal estampava um belo slogan: Com quem aprendemos e ensinamos uma nova lição – composta pelos professores: Luiz Carlos – Presidente, Felipe Caetano – Vice-Presidente, Daisy Fernandes – Secretaria, Valdomiro Morais – Tesoureiro, José Bino – Cultura e Lazer, Nazaré Davi – Assessoria Jurídica, José Maria Melo – Segundo Tesoureiro, Auricéia Praxedes e Socorro Narciso – Auxiliar de Secretaria.

Mais tarde a entidade seria absorvida pela APRN – Associação de Professores do Rio Grande do Norte. 

A cada desenho concluído é um desafio vencido. Obrigado ao amigo Bino pela confiança em nosso trabalho.

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Somos gêmeos de Paulo

Paulo Caruso foi enfeitar o céu com aquarelas que veremos ao pôr do sol todos os dias. Um cartunista que deixa saudades porque soube como nunca mostrar o Brasil visto de dentro do povo. Músico, adorava as noites do bairro da Vila Madalena, em Sampa, tocando piano com um copo de whisky por perto.

Desenhava caricaturas ao vivo com uma rapidez como se elas já estivessem ali no papel branco esperando o toque da caneta.Paulo Caruso é uma referência importante para todos os cartunistas porque tinha uma noção da história política do Brasil como poucos.

Agora é pensar nele como uma caricatura feita pelos seus pares nesta exposição. Desculpe Chico Caruso, mas nas caricaturas somos todos gêmeos do Paulo. E de você.

Aqui, uma singela homenagem de quem tem o Paulo como inspirador de sonhos. Ele vive em nós.

José Alberto Lovetro, o JAL, é Jornalista, Cartunista, Presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil e idealizador, juntamente com Gualberto Costa, do Prêmio HQMIX.

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Paulo Caruso

Paulo José Hespanha Caruso, conhecido como Paulo Caruso, que neste sábado,4, de março morreu. Os irmãos Caruso juntamente com outro gigante do cartum brasileiro, o cearense Mendez foram os responsáveis por minha paixão por caricatura.

Jamais imaginaria fazer parte do livro, com uma caricatura minha, organizado e escrito pelo jornalista e historiador Levi Jucá em homenagem ao Mendez.

E, hoje, fazer a caricatura do grande Paulo Caruso, por ocasião de seu falecimento. Aqui vai meus maus traçados traços. 

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Celina Guimarães

Hoje é o aniversário de uma das maiores conquistas das mulheres no Brasil. No dia 24 de fevereiro de 1932 as mulheres, oficialmente, ganharam o direito ao voto.

Mas essa conquista começou muito antes, em 1927, no Rio Grande do Norte, quando Celina Guimarães se tornou a primeira mulher eleitora do Brasil.

A Agência SAIBA MAIS conta um pouco desta história em formato de Webstorie. Leia e compartilhe essa história com a gente!

CELINA GUIMARÃES: 1ª ELEITORA DO PAÍS
https://saibamais.jor.br/web-stories/u200bu200bcelina-guimaru00c3es-1u00aa-eleitora-do-pau00cds/

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Envelhecer

Por Socorro Oliveira

Envelhecer, ah! Um tema as vezes contraditório, tem as suas vantagens maiores que as desvantagens. Eu respirava tudo que inspirava das mais recatadas à outras nem tanto. Era estabanada, falava o que vinha as ventas, sem pensar, criticava a troco de nada, e nem sempre a crítica era construtiva, uma das características que enterneci, hoje paro, penso se vale apena à crítica, botar pra fora palavras sem refletir primeiro.O envelhecer traz um pacote de mazelas é certo, sim físicas. “Não se pode ter tudo no mesmo pacote”, mais a questão espiritual melhorei muito. De tudo quanto a velhice me trouxe o que mais me incomoda, além das dores, é o craquelar da pele e muitas vezes a falta de mobilidade, nunca fui de me embelezar, claro que toda vaidade é da natureza feminina, porém sempre achei melhor malhar o cérebro do que o corpo, o branquear dos cabelos é outro enchimento de paciência, se fosse um método de salão, ficar branco de uma vez só, eu até enfrentaria, mais não, todo dia, um fio por vez. Detesto salão, nunca gostei do puxa-puxa, do tira e bota, e principalmente, das banalidades das dondocas que se acham a última bolacha do pacote, desnecessárias e vazias.Uma coisa a maturidade não me tirou; me encheu a paciência, não me agradou mando se lascar em alto e bom som, em letras grandes e garrafais.As vantagens disso tudo é uma maturidade, um enxergar além das entrelinhas, é o observar a vida no dia a dia, e errar menos, apesar do erro continuar, pecar muito mais por emoção do que por ação, ficamos propício a sentir as dores do próximo e as novas nossas, é claro. Observo, que não podemos parar de se movimentar, pra se ter mais mobilidade, adiar o entrevamento ao máximo, pois a máquina fica enferrujada, embora no final do dia chegue à “conta” dessa agilidade.Bom dia vou ali cuidar para não enferrujar.

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Café amargo

Por Socorro Oliveira

Nem sempre os olhos refletem a alma, com o tempo aprendemos a controlar os sentimentos, não deixar transparecer o que vem na mente no momento, assim como o corpo nem sempre demonstra as dores que se sente.Venha, sente, vamos bater um papo de alma, não se preocupe minha consciência é um baú de chaves secretas, enferrujadas por causa das intempéries da vida, tomemos um café, o meu é forte e amargo, – minha tia costuma dizer que de amargo já basta a vida – não se sinta constrangido de não gostar do sabor amargo, assim como o café temos nossas amarguras e frustações.Não se envergonhe de largar o fardo que te corcova, que te faz lagrimejar, eu também choro de vez enquanto, quando as barreiras criadas não suportam o desague, não gostou do café mesmo adoçado? Te faço um chá, sou boa anfitriã gosto de fazer a pessoa se sentir à vontade, como se estivesse no seu habitar.Sim, a vida está bem mais difícil. Porém, isso não lhe dá o direito de ser tão amargo, deixe isso para meu café, o sol lá fora parece não amenizar a frieza dentro de você, eu sei, não precisa me dizer, um espirito de luz falou que tudo passa, isso também vai passar.Quer almoçar comigo? Vou fazer uma torta, minha especialidade, todos gostam, ou fingem gostar, eles são como os pensamentos, uns agradáveis outros não, posso servir um suco de maracujá, acalma os nervos, dizem que nos faz dormir.Ontem, estives-te presente em meus pensamentos: lembrei-me de dias inocentes de nossa infância lá no bairro Alto da Conceição, em Mossoró, de quando corríamos descalços, eu só de calcinha e você meu irmão Eguismar, com suas traquinagens, às vezes tirava o calção e saía nu com ele na cabeça, lembra? A calçada era nosso parque, as brincadeiras nos deixavam cansados sem pensar na vida que iriamos ter, só vivíamos e assim adormecíamos felizes.Precisamos nos ver com frequência. Um pouco mais de café?

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Lula

Ucrânia sinaliza que aceita proposta do Presidente Lula para acabar com guerra. Lula escrevendo a história mundial e colocando, definitivamente, a “coisa” em seu devido lugar.

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Guimarães Rosa

O complexo de vira-lata impende nosso Nobel

“Carta aberta à Academia Sueca: por um Nobel póstuma a Guimarães Rosa”, artigo do escritor Wander Lourenço veiculado na Revista Bula, em 30/01/2023. Embora muitos possam denominar que a “carta aberta à Academia” seja mais uma reclamação ou uma proposição descabida, não levam a sério e são impedidos de imaginarem que, por “injustiça”, ou talvez até, acreditem que não temos competência para um Nobel. 

Será que os elencados no texto, entre tantos outros brasileiros, não tenham predicados, bagagem literária para tanto?

Será que nossa fauna de 2013 milhões de brasileiros, culturalmente, seja tão pobre, tão estéril que não consegue produzir algo consistente capaz de um Nobel? A América Latina tem seis Nobel de Literatura: Gabriela Mistral (Chile), Miguel Ángel Asturias (Guatemala), Pablo Neruda (Chile), Gabriel García Márquez (Colômbia), Octavio Paz (México) e Mario Vargas Llosa (Peru).

O texto me fez lembrar do General Ozires Silva – fundador da Embraer – no programa Roda Viva no qual comentou sobre um jantar que participou em Estocolmo/Suécia, no qual três membros do Comitê do Nobel também estavam presentes e, um deles sentou ao seu lado. E Ozires perguntou o porquê do Brasil não ter um Nobel, seu interlocutor desconversou, não respondeu.

Segundo o general, depois de algumas doses de Vodka, um deles decidiu responder: “Vocês brasileiros são destruidores de heróis”. Ozires Insistiu: Por quê? “Todos os candidatos brasileiros que apareceram, contrariamente aos dos outros países, mais particular os Estados Unidos, quando aparece um candidato brasileiro, todo mundo joga pedra, do Brasil. Não tem apoio da população, parece que o brasileiro desconfia do outro ou tem ciúmes do outro. Sei lá o que acontece”.

Nosso complexo de vira-lata – se é que temos – prejudica nosso Nobel? Viva Guimarães Rosa! Vivas à literatura brasileira!!! 

Brito e Silva – Cartunista