…Tê-los!

Eu e meu velho pai, seu Luiz, o qual me dá um orgulho danado de ser seu filho.

No Poema Enjoadinho, o poetinha Vinicius de Moraes, expressa, uma secular questão:

Filhos… Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-los?

Sabiamente, a pergunta trás embutida a resposta, nos direcionando ao “melhor tê-los para sabê-los”, nos fazendo fugir do martírio pela eternidade da síndrome do epitáfio: “Eu devia…”. Assim sendo, ouvindo Vinicius, Chico, Caetano, Raimundo Fagner, Belchior, João Bosco fui fazendo filhos, todos sob a luz do sejam bem-vindos que serão amados quanto.

Com saber do meu primogênito, Polary que veio do Chile, para me ver? Como saber de Aléssia, sua filha, minha neta, que ora começa os primeiros passos no desenho? Como saber de Enzo, também seu filho, ligando de Santiago, com seu “Bom dia vovô Brito”? E, realmente transforma meu dia.

Como saber de Valentina (3), filha de Pollyanne me acordando em uma segunda-feira, nos intimando a ir com ela e a avó, ao cinema?

Como saber de Kaylanne, quando pequeninha, em suas visitas de sábados, deitava-se entre mim e avó, me mandava ficar de costas, se recostava nelas e dormia? 

Como saber de Lívia, em pô-la sobre meu peito, sentir o pulsar de seu pequeno coraçãozinho em um sono dos anjos?

Eu sei! Sei de Polary, que me enche os olhos com sua disposição e coragem de enfrentar a vida destemidamente, sem as lamúrias dos covardes; sei de Pollyanne e seus passos firmes, milimetricamente regidos pela ética e apego a solidariedade ao bem-comum dos povos e à família; Sei de Jade, que costuma repetir que a “ignorância é uma benção” e, sentindo as dores do mundo, tendo uma visão apaixonada pelas causas perdidas, mas que merecem ser lutadas; Sei de Larissa, minha caçula e bióloga, que lá de Mossoró, passamos hora a fio, em longas conversas de diversos assuntos, dos quais aprendo muito.

Eu sei. Não faria nem mais nem menos do que tenho. Eles me bastam, não caibo em mim de tanta alegria de tê-los, sabê-los e sê-los.

Ao meu velho e querido pai toda minha gratidão e amor, pois, todos somos frutos do seu “tê-los”.

Feliz Dia dos Pais.

Brito – filho, pai e avô.

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