Todos pagam seu quinhão.
Não tenho a menor dúvida, depois desta pandemia, a vida não será como antes. As relações, certamente, ganharam novos contornos, ficarão expressadas e balizadas nas ações do antes, durante e depois.
Se, dessa passar, vou rever alguns conceitos que nutria a alguns bolsonaristas, que ainda imaginava ter neles um pouco de sensatez e hombridade, talvez uma migalha de honradez, muito embora no período da campanha e todo o mandato do Tapir até aqui, se mostraram nebulosamente vazios de tais caros provimentos de caráter.
Agora, não é hora de arengas, pendengas menores, é certo. O momento é de solidariedade coletiva. Entretanto, falo destes que nem mesmo nestes tempos se comportam ou não têm o menor respeito pelo que diz as autoridades sanitárias. Parecem não possuir amor próprio, ao próximo, talvez por ignorância ou puro absoluto desprezo por suas vidas e alheias.
Não lhes são bastante o que se ver mundo afora. O amontoado de gente mortas e mais outras milhares de infectadas pelo coronavírus, que certamente, irão gerar outros milhares de cadáveres, ainda assim, não dão a menor bola para o isolamento social. Chefiados e incentivados por um presidente da República desiquilibrado, muitos atendem o som do berrante, saem às ruas sem os devidos cuidados.
Na cidade João Câmara/RN, o poder público municipal faz vistas grossas à desobediência ao isolamento, segundo o amigo Gilvan Leite e, fotos comprovam pessoas se aglomerando nos espetinhos, supermercados, paredões de som. Tudo isto acontecendo, certamente, com a conivência das autoridades municipais maior do município, com as bênçãos do prefeito Manoel Bernardo. Nada mais bizarro, dantesco e irresponsável. As urnas puniram os responsáveis. Aqui, sobre este torrão ressequido, de uma maneira ou de outra, todos pagam seu quinhão.