Santos “de casa” obram milagres.
Santos “de casa” obram milagres.
Não deveria, mais ainda me surpreendo quando ponho os olhos sobre muitos conterrâneos que sucumbem ao caminho da complacência com os políticos da aldeia dos comedores de cabeça de camarão. O grande poeta Caetano Veloso diz “coragem grande é poder dizer sim” e, sem dúvidas tirar a venda dos olhos para olhar ao seu redor e ver a sujeira em seu quintal ou embaixo da soleira, não é para todos: só para os raros.
Aqui, usamos o velho truque da avestruz: enfiamos nossos quengos (como diz o homem dos tamanquitos: Caby da Costa Lima) nas dunas de areias de Genipabu e nas areias coloridas de Tibau(se é que ainda existem), acometidas de labirintite temporária pelo efeito da 51 ingerida pela casta mais baixa e outros, claro, pelo whisky 18 anos, e, anestesiados esticamos o dedo para os lados do Planalto Central do Brasil, como se lá fosse o princípio de todos os males que flagela a nação abençoada por Deus e bonita por natureza. Parece até que vivemos em uma dimensão e os políticos em outra.
Enquanto isso, as velhas oligarquias bolorentas potiguares se regozijam, aproveitando-se de nossa Síndrome de Estocolmo e, feitos zumbis, avalizamos seus malfeitos, sem questionamentos.
Poucos ou quase ninguém repercutem ou discutem nossos listados na Operação Lava-Jato ou em outras pendengas políticas/judiciais: Não para condená-los, julgá-los, mas para termos melhor ciência o porquê de tais acusações, ou até mesmo oportunizar a eles uma defesa, explicarem, esclarecerem a seus eleitores porque pesam tais suspeitas sobre eles. No entanto, eles fingem que não fizeram nada e nós fingimos que acreditamos. Muito deles apostam em nossa servidão, memória fraca e cumplicidade velada.
Temos as principais lideranças políticas do Estado do Rio Grande do Norte, encalacradas com a justiça: José Agripino, Henrique Alves, Garibaldi Alves, Henrique Eduardo Alves, Rogério Marinho, Rosalba Ciarlini, Sandra Rosado, Larissa Rosado…
Precisamos sair urgentemente desta zona de conforto perigosa, até para separamos o joio do trigo. Afinal, nem todos são culpados, nem todos são inocentes.