Ringo Starr
Sir Richard Starkey, Kt, MBE (Liverpool, 7 de julho de 1940), mais conhecido pelo seu nome artístico Ringo Starr, é um músico, baterista, multi-instrumentista, cantor, compositor e ator britânico, que ganhou fama mundial como baterista dos Beatles após substituir Pete Best, ficando nos Beatles até a separação do grupo em 1970. Quando a banda foi formada em 1960, Starr era membro de outra banda de Liverpool, Rory Storm and the Hurricanes. Além de atuar como baterista, Starr foi intérprete de canções de sucesso dos Beatles (em particular, “With a Little Help from My Friends” e “Yellow Submarine”), como co-autor em “What Goes On” e compôs “Don’t Pass Me By” e “Octopus’s Garden”.
Ringo é conhecido pelo seu estilo seguro de tocar e pelos seus toques de originalidade. O apelido Ringo surgiu por causa dos anéis que Ringo gostava de usar (ring quer dizer anel em inglês). Ele também é vegetariano, assim como outros integrantes dos Beatles, Paul McCartney e George Harrison. Em 2011, Starr foi eleito o 4º maior baterista de todos os tempos pela revista Rolling Stone.
Após a dissolução dos Beatles em 1970, Starr lançou-se em uma carreira solo de sucessos, e formou uma banda a All Starr Band, na ativa desde 1989.
Ringo Starr morava com a mãe, Elsie, e o padrasto, Harry Graves em um bairro humilde de Liverpool. Quando era pequeno, passou por vários problemas de saúde, ficando internado em um total de três anos em hospitais de Liverpool. Por essa razão, ele acabou ficando atrasado na escola e aos 15 anos mal sabia ler e escrever.
Em 1957, Ringo começou sua própria banda skiffle com Eddie Miles, chamada The Eddie Clayton Skiffle Group. No ano de 1959, ele juntou-se ao grupo Raving Texans, que tinha como cantor Rory Storm. Posteriormente a banda mudou de nome para Rory Storm and the Hurricanes. Foi nesta época que ele passou a adotar o nome artístico Ringo (derivado de “ring”, anel em inglês) por causa dos anéis que constantemente usava. Os Hurricanes fizeram uma turnê em Hamburgo em 1960, onde Ringo acabou conhecendo os integrantes de outra banda de Liverpool, The Beatles.
Ringo só acabaria entrando para os Beatles quando eles acertaram um contrato de gravação com a gravadora Parlophone. Cansados do temperamento de Pete Best, o baterista dos Beatles naquela época, os outros integrantes da banda resolveram dispensá-lo e chamar Ringo Starr para substituí-lo. Os fãs de Pete não gostaram da substituição e no início, protestaram contra a mudança gritando Pete Forever, Ringo Never (ou seja, Pete sempre, Ringo nunca).
Ringo Starr só entrou como baterista dos Beatles em 1962. Enquanto fazia parte do conjunto, ele compôs poucas canções, na verdade foram só duas: Don’t Pass Me By, para o Álbum Branco e Octopus’s Garden para o álbum Abbey Road e mais quatro em co-autoria com os outros beatles (What Goes On do Rubber Soul, Flying do Magical Mystery Tour, Maggie Mae e Dig It do Let it be). Embora não tivesse feito muitas composições, sempre cantava uma música nos shows e discos da banda de outras autorias, entre elas Boys, I Wanna Be Your Man, Honey Don’t, Act Naturally e Good Night. Mas conseguiu grande sucesso cantando as músicas Yellow Submarine do álbum Revolver e With a Little Help From My Friends do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, ambas escritas pela dupla Lennon/McCartney e também por uma música de autoria sua, Octopus’s Garden do álbum Abbey Road. No documentário Anthology, Ringo declarou que toda vez que ele mostrava alguma nova composição sua aos outros beatles, eles acabavam identificando alguma similaridade com outra composição popular.
Ringo entre os Beatles era o que tinha a personalidade mais calma e possuía um estilo tranquilo, o que foi um fator importante na sua integração com os outros integrantes do grupo mesmo após a sua dissolução em 1970. Ele foi durante todo o tempo o que manteve um melhor relacionamento com os outros três ex-beatles.
Apesar do sucesso da banda, ele era considerado por muitos músicos um baterista medíocre. Para se defender usava, com seu humor característico, uma frase sarcástica: “Dizem que não toco muito bem, mas sou o baterista da melhor banda do mundo… logo, sou o maior baterista do mundo!”. Mas ele tem muito a seu favor nesse quesito, tendo sido o baterista a popularizar um modo de tocar bateria com igual força em ambas as mãos, em contraposição ao estilo vigente, que deixava a mão esquerda segurando a baqueta como um palito chinês. Ringo também ajudou a melhorar a qualidade das gravações de bateria na época. Como membro dos Beatles, teve importância na elaboração dos arranjos, com batidas simples, mas inconfundíveis.