“Job” é meus “zóvus”

Quando o Waldeck Artur de Macedo humorista, radialista, cantor e compositor baiano, conhecido por Gordurinha, compôs a musica “Chiclete Com Banana”, pareceu apenas uma bem-humorada música e é, entretanto, também uma crítica aos americanos que tinham pouco ou quase nenhum conhecimento do Brasil e a uma boa parcela dos brasileiros que expunham uma verdadeira admiração exacerbada pelo estilo dos galegos, principalmente porque ainda estava bastante viva a presença dos soldados estadunidenses em terras brasilis.

O certo, é que nosso complexo de vira-lata sempre nos empurrou para outras paragens além fronteira, em busca frenética de uma sofisticação social aceitável nas cortes europeias renegando nosso passado mestiço, indígena e caboclo, assim íamos para França, é certo, alguns apaniguados da elite, que de fato, somente alimentavam ela própria, em detrimento da casta mais baixa, da ralé que ficava a ver navios, literalmente.

No período da Ditadura Militar, a arte sofreu uma recrudescente censura, logo abriu-se um mercado para o que vinha de fora: passamos a consumir de forma compulsória a arte e costumes dos ianques; música, filme, teatro, “baicon”, MacDonald… Claro, que Reino Unido por aqui também fazia a festa, The Beatles, Pink Floyd, Rod Stwart e tantos outros cantores e bandas. Evidentemente toda essa profusão da língua inglesa impregnou a todos nós.

Lembro quando entrei no jornal Gazeta do Oeste, nos anos 1979, encontrei palavras chique “Copy Desk” que era o cara que fazia a revisão dos textos; na diagramação tínhamos o “Paste up”, profissional que fazia a colagem determinada pelo diagramador; “picas“, unidade de medida; “ombudsman” o sujeito que fazia uma análise do jornal impresso naquele dia dentre muitas outras. Quando migrei para publicidade a palavra mais dândi, sofisticado era “brainstorm”, na boca deste cabeça chata comedor jerimum perdia todo seu glamour, não podia ser mais brega, isto nos anos 90. Agora, é quase impossível ligar a tv e não ouvir pelo menos uma centena de palavras em inglês que sepultaram suas semelhantes em português. Não sei há motivos para os estudiosos da língua pátria terem alguma preocupação ou é pura breguice usual ou, talvez ainda, uma posição alarmista deste bocó, lá do sertão de Angicos. O fato é, na percepção de um monte de cabeça de vento, acredita, ser “descolado”, usar Call ao invés de ligação; deadline ao invés prazo; feedback ao invés de retorno…Ora, meus caros, “job” é meus “zóvus”. Aqui trabalhamos feitos condenados.

Como disse o grande dramaturgo Ariano Suassuna “Não troco o meu “oxente” pelo “ok” de ninguém!

“Chiclete Com Banana”,

Eu só ponho bib-bop no meu samba

Quando o Tio Sam tocar o tamborim

Quando ele pegar no pandeiro e no zabumba

Quando ele aprender que o samba não é rumba…”

– Almira Castilho/Gordurinha.

Rabo entre as pernas

O Malta, aquele senador “pastor” bolsonarista, que aparece sempre, vociferando na CPMI de 8 de janeiro, como se fora o próprio bastião da verdade e da venturança. Rodeado por outros rotos mentais vomitou em uma coletiva acusando o Presidente Lula de não ter assinado a Lei de Liberdade Religiosa.

Depois de um vídeo circular internet o qual mostra as fuças do mentiroso pastor, na solenidade em que Lula assina a lei em questão. De cara lisa, na última sessão da CPMI, estava quietinho lá no fundão com o rabo entre as pernas. A mentira parece ser um mandamento de alguns pastores bolsonaristas.

Emirados

O fisioterapeuta Roberto Freitas, de passaporte em mãos rumo aos Emirados Árabes Unidos, fazendo parte do staff do lutador de MMA Paulo Borrachinha, que irá lutar no dia 21 de outubro, em Abu Dhabi. Roberto fará toda preparação física do atleta. Vitória!!!

Livro 1 – Rock’n Roll

Logo mais na Amazon, o livro Rock’n Roll – Uma Breve História da Música Que Mudou a Maneira de ver o Mundo – do advogado, professor e músico Ugo Monte. Socorro Brito, que fez a diagramação antes, agora faz a adaptação para o formato da empresa do Jeff Bezos.

Livro 2 – Memórias do meu Eu, na Terra Syara Minor

Também na grade do InDesign do computador de Maria o mais novo livro Memórias do meu Eu, na Terra Syara Minor, do professor Severino Martiniano, lá da bela cidade de Ceará-Mirim/RN, meus miolos fervem para uma boa capa, além das ilustrações que anteveem aos capítulos.

Frase

“O senhor se tornou uma pessoa abjeta, misógina” – Senadora Eliziane Gama falando com o deputado Marcos Feliciano.

Caricatura

Caricatura do jornalista, tradutor e poeta romeno George Cosbuc para Festival Internacional da Romênia.

Brito e Silva – Cartunista

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