Jade Brito

Natal, 23 de abril de 2018

Bom dia, filha minha.

O ano de 1995, foi abençoado – como diria meu amigo Delegado (porteiro, filósofo e agora, monge) -, basta dizer que há 23 anos, você dava o prazer de sua presença enchendo a casa e nossas vidas de luz. Sem falar, que neste mesmo ano, o Botafogo ganhou o Campeonato Brasileiro de Futebol de 1995. O que, evidentemente, facilitou você ter essa mesma sabedoria – dádiva aos alvinegros -, de torcer pelo Fogão, mostrando o quão grande e forte é seu coração.

Já contamos o porquê decidimos chama-la de Jade por diversas vezes, porém, ontem mesmo, me indagaram se teria sido por causa daquela pedra? Não. Por quê então? Por causa da música de João Bosco, claro, a música se refere a pedra. Foi num show de João…

Bom, sei que deveria estar lhe dando os parabéns, afinal é seu aniversário. Mas, é que, e você sabe, quando falam de música me empolgo.

Sou réu, confesso que música e leitura sempre foram – e continuam sendo -, minhas fontes, oásis e refúgios preferidos. Não me contento apenas em ouvir, de algumas não só as escuto, vejo-as, leio-as, não as partituras, mas, as entrelinhas, tal qual faço nas leituras. Meus livros fazem vergonha de mostrar a qualquer cristão, são tão riscados, marcados, cheios de digitais, que, certamente, se alguém de fora, fosse fazer uma faxina eles seriam as primeiras vítimas de despejo.

Eu sei que você também é assim e, com isso se angustia com as dores do mundo ao seu redor. Por outro lado, sou sabedor da sua força, de não se adaptar e, muito menos cair na vulgaridade do “não posso fazer nada”, daqueles que optam pelo fracasso a irem à luta. E como diz Lulu Santos, em sua “Toda forma de amor”: Eu não pedi pra nascer, Eu não nasci pra perder, Nem vou sobrar de vítima, Das circunstâncias e assim sendo, tem ciência de “Quem sabe faz a hora e não espera acontecer”.

Por esta e outras, estamos juntos – em espírito, e em orações à Atena -, nessa sua jornada rumo ao seu mestrado. Entretanto, “carpe diem”, pois por aqui, nesta bolota de poeira cósmica, a vida é tão transitória como uma brisa de ontem, que me fez vista, vinda além Redinha.

Ah! Parabéns filha querida. Feliz Aniversário!

Do seu pai Brito

 

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