Fui feliz sim, em 2016!
Arquejando seus últimos suspiros, 2016 teima em não descer a sete palmos, parece nos jogar na cara um aviso de apelo convincente e desesperado, suplicando para que nós não o esqueça, e quem poderia fazê-lo?
De fato, 2016 não foi generoso – nem será de fácil esquecimento- , com o Brasil, aliás, com o mundo. Perdemos figuras importantes da fauna humana global, guerras se intensificaram, eleições inimagináveis em tempos menos turbulentos, sem falar dos imigrantes e refugiados sírios que perambulam ao léu em terras do velho continente, expondo a indiferença e indecência da poderosa Europa em não ter uma resolução definitiva para o problema.
Aqui, na aldeia, Tupã, com vergonha nos deu as costas. Afirmar que sofremos um golpe “branco”, que a democracia foi ferida seria chover no molhado. O certo é, nossas feridas ainda levarão algumas décadas para sarar (se é possível). Listar os desacertos e mazelas contidos nos 365 dias de 2016, levaríamos no mínimo mais de légua e meia (bem contadas).
Entretanto, farei uma defesa desta pequena fração de tempo, no campo pessoal. Puxando a brasa para minha sardinha, 2016, a mim, foi muito bom, quer dizer, foi ótimo: Me dei ao luxo de fazer uma limpa, descartar pessoas e clientes que não poderiam me acrescentar nada, no plano financeiro e muito menos ainda no humano; dei um “chega pra lá” no embuste de ser seguidor de Kenneth H. Cooper; assumi meu lado sedentário e, hoje, me dou ao desplante de comer um pão francês recheado com uma farta tora de queijo coalho; fui apresentado a rede social espanhola www.bebee.com a qual fiz generosas e valiosas amizades (Javier, Juan Imaz, Tifany Rodio e Marcos Vinicius Fernandes Ferreira; recebi velhos e bons amigos em minha choupana e sem dizer que meus filhos, apesar de todos, terem sentido as mesmas dores de 2016, estão todos com saúde e felizes.
Ah! Minha fortuna pessoal cresceu! Somou-se, Valentina, minha neta, o mais novo membro da tribo Brito. Com Maria Socorro de Oliveira tive duas arengas e meia (de três segundos cada), por causa (e quase sempre) do exagero de exercícios que faço dias a fio no controle remoto da televisão, então, fui feliz sim, em 2016.
A 2017, que venha e não seja tão carrancudo quanto seu antecessor!