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Ricardo Lopes

Caricatura do amigo de longas jornadas Ricardo Lopes, um dos grandes artista da fotografia potiguar, o qual tenho o privilégio de sua amizade.

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Responsável por boa parte das “memórias” de Mossoró, Vingt-un Rosado completaria 101 anos neste sábado(25)

Por Caio César Muniz – 25 setembro2021

Não se pode falar da história de Mossoró sem citar ao menos uma obra da Coleção Mossoroense: Câmara Cascudo, Francisco Fausto de Sousa, Raimundo Nonato, Raimundo Soares de Brito e mais uma série de memorialistas foram os responsáveis pelo ajuntamento dos fatos, pela apuração, pelo enfeixamento destas histórias em formato de livros.

Porém, estes mesmos fatos que acabaram moldando a identidade (falsa ou não) da cidade, como o famoso motim das mulheres, a abolição dos escravos mossoroenses, o voto feminino e o ataque do bando de Lampião a Mossoró poderiam simplesmente terem adormecido nos braços do esquecimento se não fosse a perseverança e o olhar astuciosos do professor, escritor e editor, Jerônimo Vingt-un Rosado Maia.

Vingt-un completaria neste sábado 101 anos de idade. Era um apaixonado por Mossoró e tudo que lhe cercava, o último filho numerado do farmacêutico Jerônimo Rosado, nada lhe escapava aos olhos, principalmente em se tratando da sua terra natal: a história, a paleontologia, a geomorfologia e mais uma penca de ciências. Não à toa, reconhecidamente pela própria Petrobras, foi um dos responsáveis pela instalação da empresa em solo mossoroense, após muitas tentativas de provar a viabilidade do ouro negro em solo potiguar.

O vigésimo segundo numerado de Jerônimo Rosado iniciou seus estudos no Ginásio Diocesano Santa Luzia, mas também esteve por recife e formou-se em Agronomia no ano de 1944, na Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL/MG).

Foi ali que nasceu a ideia da ESAM, uma versão mossoroense da tradicional escola mineira, à sua imagem e semelhança e nos anos 60 veio a realizar o sonho, com o apoio do irmão, Dix-huit, à época diretor do Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário (INDA).

Em Lavras foi colega de gente do naipe de Oswaldo Lamartine de Faria, construindo uma amizade que perduraria por toda a vida e foi também onde conheceu América Fernandes, que viria, posteriormente, a ser sua esposa.

O homem por trás de tantas histórias

Se há uma palavra que resume Vingt-un, era “pressa”. Talvez porque quisesse deixar sempre mais e mais de legado para a história, tinha sempre uma urgência que fazia parte do seu cotidiano. Isto talvez tenha até contribuído para a sua saúde não tão em dia, principalmente tendo em vista que também era um guloso assumido e um apaixonado pela culinária nordestina.

Não abria mão, no entanto, de algumas caminhadas ao final da tarde, às vezes na Estação das Artes, quando esta ganhou sua área comum de passeio e, depois, ao lado de América, ao redor da “casa dos 21 tamarineiros”. Era só, mas já era o bastante como exercício físico.

Leitor compulsivo, não dá para mensurar quantos livros leu durante a vida, mas é certo que raramente se via Vingt-un sem algum livro em mãos. Em sua biblioteca um grande acervo de música clássica também compunha seu acervo e, mesmo com uma audição comprometida, não deixava de ouvir os mestres da música mundial.

 Coleção Mossoroense e seus recordes

FONTE: Oeste Em Pauta

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Saudade bate, mas não mata!

“É mais fácil cultuar os mortos que os vivos 
Mais fácil viver de sombras que de sóis 
É mais fácil mimeografar o passado 
Que imprimir o futuro…” Zeca Baleiro

Vendo pela vigésima quinta vez o filme o Gladiador, não tem como não fazer “pausa” para uma reflexão quando se ouve Marco Aurélio dizer para seu filho Commodus “Suas falhas como filho são minhas faltas como pai”, claro, é o sentimento de um pai amoroso, talvez, mais que isto, na verdade um pai extremamente protetor, pesaroso e culpado por ver o canalha, invejoso e inepto em que se tornara seu filho. Essas culpas não fazem parte do meu volumoso fardo de pecados, que ainda não “esborrotou” sobre meus sexagenários ombros. Por meus filhos fiz – e faço – o que pude e o que deu.

Pode parecer arrogância – e é, afinal somos todos arrogantes em maior ou menor escala – dizer que tenho poucos arrependimentos, mas é que aprendi desde a madrugada que ninguém sai desta vida incólume, sem tatuagens nas costas causadas pelas cortes das chibatadas do “feitor”. Todos pagam seu quinhão, ninguém põe sua “conta” no prego ou faz portabilidade para minimizar os juros, pois, o credor é o mesmo e, menos ainda pode transferir a titularidade da dívida a outrem. Os pecados são todos meus, não há como negar, saltam aos olhos e deles sou prisioneiro solitário. Todo santo dia travo lutas titânicas com os meus demônios de plantão, que amavelmente me seduz ou tentam: inveja, cobiça, vaidade, arrogância, ingratidão, vingança, rancor… …Algumas venci, entretanto, amanhã, como Fênix ressurgem das cinzas, às vezes mais fortes ou outras fracas. Apesar de não me dar por vencido, tenho ciência que tempo é um credor eficaz, com ele, deveu, pagou, de uma maneira ou de outra a luta termina, talvez sem vencedores. 

Não quero ficar um velho – se tiver o privilégio de alongar minha velhice – lendo salmos sem entender; ajoelhar sem rezar; ver o espelho e não enxergar a Deus; olhar meus filhos e netos e não ver um milagre. Claro, também é certo que muitos vão às igrejas, templos, terreiros põem-se a rezar, orar, cantar e dançar na vã tentativa de serem assim, “perdoados”, depois pagam o dízimo, saem sorridentes, abraçando todos os “irmãos”, beijam pai, mãe, filhos, amigos, enfim, creem que estão de alma nova e “limpinha” como se fora um pano de chita que acabara de sair da máquina de lavar tendo sido chacoalhado e centrifugado em água com uma boa dose de sabão OMO – Branco Total – seguem despreocupadamente empilhando e cometendo todos as atrocidades com seu próximo, certo, que no domingo seguinte sua performance e seu bolso pagam uma nova “lavagem”, que se iludam.

Tenho o maior respeito por aqueles que praticam qualquer religião, aqueles, que de fato, não só participam das liturgias de seus credos, mas fazem delas práticas cotidianas, porém dos hipócritas, não sinto nada. Deles não serei algoz e, menos ainda, atiraria a primeira pedra, cada um sabe de si e, invariavelmente, somos apenas o que somos. Só um pecado me atormenta e me pesa, se é que estar – e sei que estar – aos ombros a arrogância do desprezo mortal pelo “ceifador”, mesmo sabendo quem é o vencedor. Talvez, por completa ignorância, ainda assim, creio ser, da vida, a morte o fato definitivo mais justo a gregos e troianos.

Outro dia vi um vídeo onde alguém dizia “Saudade bate, mas não mata. Saudade eu tenho dos que já morreu, porque os que tá vivo sabe onde me achar”, é de uma arrogância fenomenal. Como diz Zeca Baleiro é mais fácil cultuar os mortos que os vivos. 

Não tenho saudades dos meus mortos, pois é deles minha companhia diária. Aos nove anos perdi minha mãe, adulto perdi minha ex-esposa Isi, depois meu irmão Carlinhos e ano passado meu pai subiu aos céus. Tenho dito que a música me salva, na verdade ela me aproxima dos meus mortos ouvido as suas preferidas: De Isi ouço “Andança”; de Carlinhos “Still Loving You”; do meu velho pai ouço Boiadeiro e, assim os mantenho vivos em mim. É certo que, a muitos rendo minhas homenagens em vida e peço aos me querem bem, em razão da minha “partida”, não precisam encher rios de lágrimas pendurados na alça do meu caixão, e quando lembrarem de mim, apenas cantem aquela música.

Brito e Silva – Cartunista

Comunista

Aqui abaixo do equador, tudo é possível e inédito: Já vi negro nazista, cristão adorando torturador, mulher machista, patriota prestando continência à bandeira e ao hino americano…Portanto, não poderia causar nenhum espanto o Capitão Bufão presta reverência ao Memorial do Soldado Comunista Desconhecido, ficar em isolamento e fazer 5 testes de Covid-19, por exigência do Putin.

Já dizia o Charles de Gaulle, “o Brasil não é um país sério” e produz essas aberrações. Isso aqui ioiô não é para amadores.

Caricatura

Caricatura do cearense Mário de Oliveira Mendez, feita para o I Festival Internacional de Caricatura e do Cartunista do Maciço de Baturité/CE. Agora está no livro MENDEZ – O MESTRE DA CARICATURA, do escritor Levi Jucá.

Para adquirir o livro “Mendez: Mestre da Caricatura”, basta acessar o site do Ecomuseu (www.ecomuseu.com.br/mendez). 

Livro

Venho pesquisando músicos potiguares com os quais pretendo fazer um livro de caricaturas com um pequeno perfil de cada um. Tenho me deliciando com alguns “achados” extremamente gratificante. Confesso a minha ignorância era, e é, monumental, talvez, como eu haja uma infinidade de potiguares que não conhecem nossos talentosos e magníficos músicos para os quais quero trazer essa luz. 

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Oswald de Andrade – Modernista

Oswald de Andrade era integrante do Grupo dos Cinco, que criou a Semana da Arte Moderna Brasileira, em 1922, composto por Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Menotti del Picchia, Tarsila do Amaral e Mário de Andrade.