Autor: brito_admin

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Não existe deficit na previdência

O senador Hélio José (PROS-DF) apresentou nesta segunda-feira, 23, o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência, que investigou as contas do seguro social no País. Trouxe à conclusão: “é possível afirmar, com convicção, que inexiste déficit da Previdência Social ou da Seguridade Social” disse o senador.

Hélio José dedicou algumas páginas de seu relatório para lembrar da dívida ativa de empresas brasileiras de grande porte, que deixaram de contribuir com a Previdência Social, mas continuam sendo beneficiadas com políticas governamentais. No texto, ele cita como exemplo o débito da JBS, que tem, segundo a CPI, uma dívida de R$ 2,4 bilhões com o sistema de Seguridade Social. “Está faltando cobrar dos devedores e não querer prejudicar trabalhadores e aposentados, mais uma vez”, disse o senador.

Outro argumento utilizado no texto tem como base a criação da Desvinculação de Receitas da União (DRU), em 1994, ainda na gestão FHC. “Uma parcela significativa dos recursos originalmente destinados ao financiamento da Previdência foi redirecionada. Segundo cálculos da Associação Nacional de Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), somente entre 2005 e 2014, um montante da ordem de R$ 500 bilhões foi retirado da Previdência via DRU”, criticou o senador em seu texto.

O relatório final será colocado em votação nas próximas semanas, quando os senadores que compõem a CPI vão analisar a proposta e poder propor emendas à versão do senador Hélio José.

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“NOSSA ELITE É INTERESSANTE: TODOS LIBERAIS E DEPENDENTES DO ESTADO”

SAIBA MAIS – Agência de Reportagem: Rafael Duarte  – Fotos: Vlademir Alexandre  – Ilustração: Gabriel Novaes – 22 de outubro de 2017 DEMOCRACIA

Ilustração: Gabriel Novaes

A cientista social e economista pernambucana Tânia Bacelar priorizaria investimentos em infraestrutura e Educação para reduzir os efeitos da crise no Nordeste. Para ela, o impacto negativo só não foi maior em razão da pujança econômica do governo Lula na região, o que ainda segurou alguns indicadores.

Referência entre os especialistas na área social e econômica, Tânia é conhecida pela defesa de políticas públicas em favor da parte debaixo da pirâmide social brasileira. A convite do ex-presidente Lula, participou do conselho político criado nos governos do PT com técnicos de vários segmentos para contribuir com sugestões e criticas.

Hoje professora aposentada da UFPE, a socióloga e economista esteve em Natal para participar do Diálogos, evento promovido pela ADURN Sindicato, na UFRN. Nesta entrevista à agência Saiba Mais, Tânia Bacelar falou sobre os efeitos da crise na região Nordeste, alternativas e os desdobramentos das ações do governo Temer.

Agência Saiba Mais – A senhora participou, a convite do Governo do RN, da primeira tentativa de criar uma região metropolitana em Natal, ainda no final dos anos 1990. Como foi a experiência?

Tânia Bacelar – Foi um trabalho muito frustrante.

Por quê?

Porque o conceito (de região metropolitana) não batia com o objeto do trabalho. Então foi muito difícil porque os municípios não compareciam às reuniões, não havia consciência de que haviam problemas comuns. As questões que são de tratamento metropolitano não despertavam interesse aqui. Também jogaram municípios que não tinham nada a ver com a metrópole. Esses critérios, que são políticos, têm a ver com a representação dos municípios na Assembleia Legislativa e, sabe-se lá porque, acham que é status integrar região metropolitana. Mas esse problema acontece em outros Estados também. Ceará, Paraíba… só Pernambuco nunca chancelou isso. Para mim foi frustrante (a experiência em Natal), mas nunca mais acompanhei.

Por falar em região, por que a crise econômica afetou mais o Nordeste?

Eu vou defender um pouco o contrário. Os dados mostram que em alguns aspectos afetou mais, mas no geral não afetou tanto. O Brasil vinha de um momento bom, o Nordeste vinha de um momento muito bom e tivemos uma espécie de capacidade de resistência a um primeiro momento da crise pelo acúmulo que você tinha feito na fase imediatamente anterior. Mas bateu muito forte no emprego, no mercado de trabalho, porque você vinha de um ciclo expansivo excelente do emprego. Na renda bateu mais forte e no comércio de serviço bateu ainda mais.

E que áreas não foram tão afetadas?

Na indústria bateu menos e na agropecuária não bateu. Não bateu nem no Brasil nem no Nordeste. A agropecuária está surfando na crise. E o Nordeste tem os investimentos em energia renovável que coincidiram na crise com a consolidação da fase em investimento em eólica. Para alguns estados isso foi muito importante. A eólica já começa a pesar na economia porque o Nordeste trouxe para cá a produção dos equipamentos. A Bahia e Pernambuco produzem aquelas pás da energia eólica que encontramos nas estradas. Então teve a energia e por trás teve a indústria.

Agora no desemprego pesou muito. Salvador e Recife voltaram a liderar as taxas de desempregos nas metrópoles do país. Sempre foi assim e voltou com muita força. Tanto que o desemprego médio do Brasil está em 13% e o do Nordeste está em 18%, o que é muito alto, ou seja, é quase um desempregado a cada cinco pessoas. O Rio Grande do Norte, terceiro em desemprego, levou um cacete muito grande. Merece um estudo a situação do RN.

Cientista social e economista, Tânia Bacelar defende que avanços do governo Lula reduziram efeitos da crise no Nordeste

Qual sua expectativa daqui para frente ?

A área de comércio e serviços, como emprega muito, afetou o Nordeste demais, e na construção civil também foi muito forte. Porque você vinha de uma fase de investimentos importantes. Dos grandes investimentos, das obras de infraestrutura, e tudo isso tinha criado muito emprego na construção civil. Quando acabou, o impacto na construção civil foi muito forte. Olhando para frente, acho que o Nordeste tem que abrir o olho. Aqui a gente depende mais de política pública, a crise fiscal é forte. E a tendência é um impacto aqui maior do que nas áreas mais ricas, onde o setor privado tem um peso mais forte.

A tendência é o aumento da desigualdade na região?

Mantidas essas tendências que estão aí, a médio prazo vai ser pior para o Nordeste. A macrotendência é valorizar o investimento em infraestrutura porque ajuda na retomada. O Brasil precisa muito e é uma frente de expansão econômica importante, é uma cadeia ampla, só que você vai fazer isso com a participação do setor privado. Diferente do século 20, onde era o governo que fazia, a aposta agora é “vamos fazer aqui, mas vamos trazer o setor privado”. Então o Estado vai ser o ente que vai conceder, liderar as PPPs, mas não vai patrocinar. Esse é o modelo que tende a predominar. Mas esse modelo tem um problema porque quando você coloca o setor privado, a taxa de retorno é uma variável estratégica. Então, onde tem a melhor taxa de retorno? É onde tem a melhor densidade econômica. Logo, o modelo de financiamento leva à concentração naqueles territórios onde a densidade econômica é mais forte. Portanto, entre Nordeste, Sudeste e Sul, (os recursos) tendem a ir para o Sudeste e Sul. E dentro do Nordeste, tende a ir para as grandes cidades, para o litoral, porque aqui também tem concentração. O litoral do Nordeste tem mais densidade econômica que o interior. Então acho que a gente tem que fazer dois debates: o primeiro é como é que o Nordeste vai participar desse novo momento, ou seja, qual é a modelagem desses projetos de PPP, tem gente propondo um fundo garantidor mais pesado para o Nordeste e para o Norte. É possível identificar algumas saídas para o próprio processo. E como o Estado ainda vai ter um dinheirinho, deveria botar mais onde tem menos potencial de trazer investimento privado. O Nordeste e Norte e, dentro deles, o interior. Mas é preciso que a gente faça o debate. Senão o rio corre para o mar.

Os governadores criaram um fórum com os chefes do executivo dos 9 estados do Nordeste. Isso ajuda ou é apenas um pires maior estendido ao Governo Federal?

O que vejo nesse fórum é assim: os governadores negaram a Sudene e criaram um fórum paralelo. E no fórum paralelo não tem secretaria-executiva. A agenda do fórum para mim é um problema. O fórum é bom, mas a agenda termina sendo apenas conjuntural. As reuniões acontecem quando um tema relevante aparece. E como não tem uma estrutura técnica relevante que apoie aquilo, não vem de um debate consolidado, articulado. Eles poderiam ter criado abaixo dos governadores uma estrutura técnica com técnicos dos próprios estados que construíssem a agenda deles, que desdobrasse a agenda deles para complementar as reuniões. E isso não tem. Então as reuniões são episódicas e as pautas são episódicas. Então eles atuam na conjuntura. Agora mesmo se reuniram e fizeram uma carta contra a privatização da Chesf. Mas é pontual. E depois, como desdobra isso? Então, acho que tem um erro de concepção do fórum que leva ele a esse desdobramento. Na Sudene você tinha uma secretaria executiva. Havia um conselho, eles faziam parte, mas quando saía do Conselho você tinha uma estrutura técnica que tratava aqueles assuntos. Os governos estaduais têm técnicos competentes. Mas não tem uma estrutura técnica articulada. É o secretario de planejamento que fica improvisando a pauta que foi escolhida pelo governador. E não há uma pauta regional.

Se a senhora pudesse definir prioridades para a agenda dos governadores, quais seriam?

Ah, eu colocava essa primeiro. Investimento em infraestrutura, o modelo de financiamento precisa ser discutido. O Nordeste tem duas agendas: como participar do debate nacional e como fazer o debate dentro da região, porque na região também há densidades econômicas muito distintas. Uma coisa é o litoral, outra é o interior.

Que investimentos poderíamos ter na região?

Infraestrutura é minha primeira agenda. O investimento feito em educação superior é uma novidade que aconteceu no Nordeste. A matrícula aqui cresceu mais rápido que a média nacional e, dentro do Nordeste, cresceu mais no semiárido do que nas áreas onde ela estava concentrada. Foi uma mudança na última década muito relevante. É um investimento de médio e longo prazo. Então a gente não colheu ainda os resultado porque somos vulneráveis. Os indicadores educacionais do Nordeste são ainda muito distantes da média nacional e, sobretudo, nas regiões mais ricas. Aí o Sul mais que o Sudeste. Eu colocaria na minha agenda a Educação e Educação Superior pelo investimento que foi feito no período recente, que foi numa direção muito boa.

As escolas técnicas se multiplicaram durante os governos do PT…

A presença dos Institutos federais… eu estive em Pau dos Ferros e é impressionante a presença daquele Instituto ali e o papel que ele exerce naquele entorno. É uma novidade muito positiva. Gente que jamais teria chance, teve. Agora é uma coisa que não se consolida num curto prazo, onde a manutenção é que pesa porque o principal custo de uma universidade é professor. Então se começa a cortar aí, a gente pode jogar a banheira com água, com menino, tudo fora. Então eu botava a Educação na minha segunda agenda de investimento.

O Governo Federal vai exatamente na contramão dessa sua proposta ao aprovar a PEC dos Teto dos Gastos que congela por 20 anos investimentos exatamente em educação, saúde…

Eu acho que tem duas coisas: uma é atuar nacionalmente para evitar que isso aconteça. Eu tenho uma leitura da PEC 55 de que a sociedade não aguenta. Quando eu vejo as projeções que o próprio Ministério da Fazenda faz na área de saúde, educação e assistência social… o corte é muito forte. O que seria e o que vai ser, quando você compara isso, o tamanho do hiato é muito grande para uma demanda insatisfeita. Não é uma sociedade estável. A demanda de saúde por exemplo vai crescer porque a sociedade vai envelhecer muito rapidamente. Então minha visão é que essa PEC foi aprovada agora, mas quem viver verá, porque a sociedade brasileira não aguenta com ela. Então essa discussão vai estar presente nas próximas eleições. Talvez nessa com menos força porque está muito próxima…

Com a PEC 55 caminhamos para a educação privada?

O problema da educação privada é que nem todo mundo pode pagar. Porque a educação ampliou? Porque quem financiou foi o Governo. Porque a educação privada cresceu? Porque teve Fies e Prouni. Então a oferta é privada, mas o financiamento é público. E se a crise é pública, vai bater neles também. O que eles estão fazendo? Se atrelando a bancos para que os bancos deles financiem os estudantes. Mas isso tem um limite porque o financiamento do Banco tem que ter um retorno que o financiamento público não tem. Então esse debate nós vamos continuar fazendo. Por isso eu digo que aquilo ali [a PEC 55] não se sustenta. Então essa é uma linha de trabalho. A segunda é uma linha de reflexão: é sobre o que nós mesmos podemos fazer. Aí é um pouco a universidade olhar para dentro dela porque na minha visão tem espaço para a gente se abrir mais, tá certo? Essa fase boa nos acomodou um pouco. Nossa tradição não é de uma interação muito forte, muito menos com o setor privado. Mas também não só com o setor privado, é com outros setores da sociedade civil também. Então a universidade é um pouco isolada. No período das vacas gordas, nosso isolamento aumentou. Mas precisamos ver que a gente tem espaço também de interação mais forte.

O problema também foi modelo de incentivo ao consumo que marcou especialmente o governo Lula e se exauriu no governo Dilma?

Eu defendo que ele continue, ta certo?

Mas ele não se esgotou?

Se esgotou na expectativa que a gente tinha. Então veja: o modelo do governo Lula não apostava só no consumo. Todo economista sabe que o consumo é estratégico. Dois terços da demanda brasileira é consumo. Quando você abre o PIB pela demanda, mais de 60% é consumo, então ele vai ser uma variável estratégica sempre no Brasil. Sempre foi. Quem puxou a economia brasileira no século 20 foi o consumo interno, não foram as exportações. Diferente do Japão, da Coreia do Sul, aqui o mercado interno é uma coisa tão importante… e qual foi a experiência diferente da era Lula? Foi o consumo interno das elites e o fomento do consumo interno da base da pirâmide. A mudança foi quem consumia. Mas a média da renda brasileira é muito baixa. Então, quem botar as fichas todas no consumo está sabendo que vai colocar por algum tempo.

Houve um erro estratégico, então?

A equipe de Lula sabia disso. Tanto que o modelinho era consumo e investimento, ta certo? Porque se a renda média é baixa, você não pode botar suas fichas todas ali. Você tem que combinar isso com investimento. Então renda média baixa é muito importante no Nordeste, 70% das pessoas ocupadas ganha entre 1 e 2 salários mínimos. Mesmo o milagre que Lula tentou fazer, que era juntar crédito com a tua renda, e crédito do jeito que a gente gosta, porque ele dobrou o crédito e escalonou no tempo. Então com 100 paus de uma moto em não sei quantos anos, dá pra você comprar. Mas depois que você compra a moto, compra a televisão, compra o computador… bateu na sua renda. Sua capacidade de endividamento está limitada pela sua renda. E não dá para apostar. Agora acho que o Brasil tem esse potencial. Esgotou, temos que desistir? Não! Pera aí, não vamos desistir, mas vamos combinar melhor isso com o investimento porque acho que vai faltar. Então é combinar melhor isso. Porque toda empresa de fora quer vir para o Brasil? Todo o mundo quer o mercado brasileiro, porquê? Porque é um mercado grande, dinâmico, o brasileiro gosta de consumir… se endivida pra consumir. Então, porque nós vamos renunciar a um potencial que é nosso? Eu sou contra quem diz “ah, exauriu”. Exauriu não, senhor! Deu uma parada e era esperada essa parada. Foi mais profunda por conta da crise.

Na fase da economia pujante a senhora cita o governo Lula. Qual foi o pecado da Dilma?

Vários (risos). Acho que ela … vou dizer dois pecados: o primeiro é uma coisa que ela fez certo do jeito errado, quando em 2012 ela patrocinou a queda brusca da taxa de juros. É uma medida econômica pesada, correta, porque a taxa de juros no Brasil é absurda, mas feita de um jeito errado, sem negociação política, sem análise política… ali ela rompeu o pacto de Lula. Então, era uma medida econômica que teve um desdobramento político porque o pacto de Lula era um pacto de dizer: “vamos melhorar aqui embaixo, mas eu não vou mexer com os de cima”. Então quando você olha as estatísticas de Lula, a base da pirâmide melhora mas o topo da pirâmide está lá garantido. Com essa medida ela meteu a faca ali no pacto político que sustentava o Governo. Perdeu a briga e teve que recuar. E recuou derrotada. E a partir dali, começa o calvário dela. Em 2013 já tem gente na rua de repente e 2014 ela perde a eleição antes de ganhar. Ela perdeu a eleição no primeiro turno porque ela perdeu o Congresso e se elegeu com a vitória de Pirro (obtida a alta preço). Então, esse erro teve um desdobramento. Mas veja que é um erro correto porque a medida, abstraindo o jeito, é uma medida boa.

E o segundo pecado?

O segundo erro foi não perceber a dimensão das mudanças que estavam ocorrendo no ambiente mundial. Porque Lula operou numa janela de oportunidades do mercado de commodities. Com a crise de 2008 e 2009, e a retração da China, de 2010 em diante o mercado de commodities afunda. Então, o que era oportunidade no governo Lula, era problema no governo da Dilma. E a equipe dela não conseguiu perceber a profundidade, até porque foi muito rápida, daquela mudança que estava acontecendo. E aí, a reação da Dilma foi tentar continuar a era Lula, que já não era mais possível. Então, por exemplo, o pacto que ela faz com a FIESP eu não entendo. Por que? Ela renuncia R$ 100 bilhões, quando a receita já estava caindo, para que a turma usasse aquele dinheiro para investir. Como investir, se o consumo já estava desacelerando? A renúncia fiscal vira pó porque ela não vira investimento porque o mercado já não estava sinalizando. Então, ela aprofundou a crise e não resolveu o problema da retomada da economia. E politicamente também foi um desastre porque a FIESP também ficou contra ela. Na hora em que ela precisou, botaram o pato na avenida Paulista. Então deu em quê aquela medida, do ponto de vista econômico e do ponto de vista político? Acho que a equipe da Dilma teve dificuldade em perceber o novo momento que estávamos vivendo. O desdobramento inicial da crise mundial no Brasil não foi tão forte, talvez isso tenha contribuído porque não levamos a paulada de um vez. Então acho que houve uma subestimação e tentou-se fazer o que Lula fez no imediato pós-crise que era dizer: peraí, vamos continuar consumindo! Ele foi para a televisão. Articulou a história da linha branca e ampliou do automóvel para a geladeira…

Faltou articulação política?

Essa era a grande diferença política do Lula para a Dilma. Lula sentava com os heterogêneos, conversava… eu era do Conselhão, fui dos dois. A diferença era da água para o vinho. Lula usou o Conselhão para gerir a crise. Aí tirou do Conselhão, porque era muita gente, umas dez pessoas, e a história da linha branca saiu das reuniões dele com essa equipe. O Lula ouvia as pessoas e, no outro dia, ele implantava. E animava a turma, que contribuía. Então o Lula conseguiu enfrentar a crise de um jeito positivo. Acho que a Dilma tentou fazer isso. Agora tentou em outra conjuntura e sem diálogo.

A senhora destacou que o grande erro da Dilma foi ter quebrado o pacto político do Lula com a elite. É possível governar o Brasil só investindo na base da pirâmide e retirando privilégio dessa elite?

É preciso, mas não é desse jeito. O povo diz assim: fazer o certo na hora errada e do jeito errado é fazer errado. Eu estou com a sabedoria popular. Nem tudo que é certo…tem que escolher o jeito de fazer, como fazer, com quem fazer… quem vai botar para defender… isso é negociação política e no Brasil essa negociação política é muito difícil porque as nossas elites sempre se apropriaram do Estado brasileiro. A gente vai cortar o SUS com a PEC 55, mas não corta a isenção que o mesmo governo dá para quem tem seguro privado de saúde. Eu tenho seguro privado de saúde. Quando faço minha declaração de rendimento, abato o que eu pago do seguro–saúde. E quem paga isso? É o mesmo Estado que está cortando o SUS. Porque corta aqui e não corta ali? E no Brasil não é tarefa fácil, é difícil…

A senhora fala muito em investir em infraestrutura, mas a saída também não estaria numa distribuição mais justa da carga tributária?

Minha primeira reforma seria a reforma tributária. Mais importante do que todas. Primeiro porque nosso sistema tributário é ruim economicamente. Só que eu acho que o nosso empresariado tem a bandeira errada. Eles não querem aumento da carga tributária, ponto. Botam um impostômetro na rua, e foca no tamanho da carga. Nosso problema não é o tamanho da carga, mas a composição da carga. Qual é a nossa composição? É um sistema tributário que foca nos impostos indiretos e não foca nos impostos diretos. Outros países do mundo, a maioria, faz o contrário. Quando você foca no imposto indireto, para a sociedade é ruim porque concentra renda. O imposto indireto entra no preço. Eu cobro ICMS e o cara bota ICMS no preço, o ISS também. Então, você embute no preço aquela carga tributária. Se eu ganhar 10 vezes o que você ganha e pagar este mesmo gravador, nós pagaremos a mesma carga tributária. Então, é injusto por definição. Por isso é que no Brasil quem paga mais é quem tem renda menor e quem paga menos é quem tem renda maior. Agora, economicamente também é péssimo porque taxa a produção torna nossas empresas pouco competitivas quando elas se confrontam com os países que fazem o contrário. É preciso fazer esse debate com a sociedade brasileira. Quando éramos uma economia fechada, protegida para fazer nossas indústrias, isso funcionou, mas no mundo que a gente vive não funciona mais. Então, o Brasil precisa fazer essa discussão. O ICMS é uma excrescência. Pega qualquer empresário lá de fora e tenta explicar para ele o que é o ICMS na origem com alíquota interestadual, guerra fiscal no meio… sabe o que ele faz? Ele contrata um especialista porque é impossível. O ICMS é no destino. Não sai porque São Paulo perde.

E ainda há uma forte dependência dos Estados e municípios das transferências federais, o que deixa os mais fracos, especialmente no Norte e Nordeste, reféns da União…

A gente fez o contrário. A Constituinte queria uma reforma tributária onde fôssemos gradualmente descentralizando a receita pública, até porque a Constituinte descentralizou a despesa. Tentou-se descentralizar a despesa e a ideia é que a receita também descentralizasse. Mas a gente reconcentrou a receita na mão da União. Desde o final dos anos 80, a União criou as tais das contribuições. Por que? Ela não divide com estado e município, fica só para ela. É o contrário do que o Brasil precisa.

Tânia Bacelar concedeu entrevista para agência Saiba Mais antes de receber homenagem do ADURN Sindicato

Qual o impacto da operação Lava-jato na economia?

Enorme. Porque ela pega o núcleo duro das maiores empresas brasileiras, em dois setores que eram o carro-chefe do crescimento na era Lula. E acho até que a Dilma desconsiderou o impacto econômico da Lava-jato, porque (a Lava-jato) pega Petróleo e gás e se você olhar o núcleo de investimento de petróleo e gás, pode pegar os números do BNDES, era líder disparado. Então bate no coração de um segmento que estava puxando a economia, que era petróleo e gás, e o entorno da cadeia. E segundo que você bate nas empreiteiras, que é estratégico para fazer investimentos e são nossas maiores empresas. As nossas grandes empresas são empreiteiras, transnacionais que exportam serviços especializados, uma engenheirada brasileira fazendo projeto de ponte, de porto, o que botar eles fazem no mundo inteiro, então não são irrelevantes do ponto de vista econômico. E onde é que a lava-jato bate? Nos dois pilares. Só sobrou o agronegócio.

A senhora acha que foi de propósito?

Não, mas como era importante também tinha muita corrupção ali. Agora é o seguinte: olhar para a corrupção não significa que você tem que desconhecer o impacto econômico daquilo que está sendo feito.

A lava-jato quebrou o país?

Com certeza.

Mas não é exagero?

Sozinha não, mas que ela deu uma contribuição relevante, com certeza. Olhe onde ela bateu. E não é à toa que ela bate onde tem muito dinheiro.

O problema fiscal do Brasil pode ser resumido na frase “a despesa não cabe mais na receita”? Essa foi a justificativa do governo Temer para aprovar a PEC 55.

O Governo brasileiro faliu nos anos 80. Acho que essa é uma mudança relevante porque até os anos 80, quando a gente fechava as contas públicas, o Estado era superavitário. Com os choques dos juros e o endividamento da era Geisel, a gente entra num vermelho na conta pública. Estamos arrastando esse endividamento desde aquela época. A realidade hoje é uma situação fiscal muito complicada, então isso não pode ser desconhecido. Portanto, tem que mexer na conta pública. Mas qual é o problema da PEC 55? É que ela só mexe num item da conta, que é a despesa primária. E a despesa financeira? E a receita? E a composição da receita tributária? E as isenções? Tem que abrir a conta toda, ler a conta toda e ver onde é que pode diminuir. Que vai precisar ajustar, não resta dúvida. A pergunta é: onde ajusta e onde é que o pau canta? Por enquanto, o pau vai cantar em cima dos mais fracos. O relatório desse ano do Banco Mundial faz uma defesa muito interessante. Ele fez uma estimativa de quanto é que o Governo gasta com os mais pobres. E a conta, ainda modesta, diz que os 40% mais pobres só levam 17% da despesa. Portanto, dá pra fazer o ajuste sem mexer nos mais pobres, tá certo? O grande desafio é político. E como é que faz isso mexendo nos de cima? Como é que tira de quem se acostumou a montar no Estado? Porque o discurso das nossas elites é muito interessante. Todos são liberais, mas todos dependem do Estado. O Brasil é um país desafiador.

*Colaborou a jornalista Jana Sá

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Ray Conniff

Filho de pai trombonista e mãe pianista, foi natural que ele seguisse o caminho da carreira musical. Conforme Ray contava em suas entrevistas, fez um curso por correspondência, com um único dólar, que o introduziu na arte da teoria musical. Formou o seu primeiro grupo artístico ainda adolescente.

Anos mais tarde, aperfeiçoou-se de forma profunda na carreira, ao se tornar discípulo da Juilliard School. Depois de atuar e formar uma sólida base musical como trombonista e arranjador nas Big Bands, como as de Artie Shaw, Harry James e outros, Ray passou a escrever arranjos para Johnny Mathis, Guy Mitchell, Johnnie Ray, mas devido a seu talento, teve a oportunidade de formar sua própria orquestra em 1955, a convite de Mitch Miller, da CBS.

Seu estilo de associar vozes masculinas a trombones, trompas e saxofones baixo, e vozes femininas a pistons, clarinetes e saxofones altos, dava-lhe uma característica inusitada e só sua. Seu coral limitava-se a pronunciar sons como da-das e du-du-dus e outras variantes, ao invés de palavras, o que imprimia um “colorido musical”, intensificando os tons suaves e, ao mesmo tempo, abrandando os mais fortes.

O som de Conniff ficou famoso logo após o lançamento de seu primeiro disco solo, em 1956, e que se intitulou ´S Wonderful, que vendeu milhões de cópias e permaneceu por meses nas primeiras posições da parada de sucessos. Daí até o segundo, terceiro e quarto álbuns, todos de grande sucesso, foi um pulo, assim como seus lançamentos subseqüentes.

Ray Conniff fez um grande sucesso até o início da segunda metade da década de 1960, período em que seu som ainda era ouvido em bailes de clubes, nas rádios e nas festinhas caseiras. No entanto, a partir do final desta mesma década, suas vendas começaram a decair. A despeito disso, sempre se manteve fiel a seu estilo, com algumas variantes, como discos com o pistonista Billy Butterfield e a introdução dos cantores ainda no início da década de 1960 e que, a partir do final desta, passariam a ser a sua maneira predominante de interpretar as canções, com gravações mais espaçadas do estilo que lhe consagrou, até por uma imposição do mercado que, àquela altura, apresentava forte concorrência com o lançamento de novos estilos mundo afora.

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Ninhada

A tucanada nesta temporada não teve uma boa ninhada, todos os ovos postos goraram. Aécio Neves, João Dorian e o próprio governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não têm unanimidade dentro do partido e, quem será o candidato do PSDB à Presidência da República, em 2018, ainda é uma incógnita.

Tradicionalmente indecisos, os tucanos sabem que os “bicos longos” de plumagem reluzentes são capazes de não mais que um voo de galinha do pé seco, e, portanto, namoram qualquer um que tenha semelhança bical.

O Luciano Huck, chamou a atenção do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) – talvez tenha confundido a protuberância frontal entre os olhos do apresentador, com um bico tucano -, como um nome novo que poderia ter força eleitoral diante da atual crise de credibilidade da classe política no país.

Entretanto, o DEM, (parceiro e irmão siamês do PSDB) e PPS, também assediam o marido de Angélica a uma decisão. O Huck, apesar colaborar com o “Renova Brasil”, um grupo de empresários e profissionais liberais que se organiza para criar um fundo para financiar a formação de novos partidos e o lançamento de candidaturas ao parlamento, ainda espera um sinal verde dos Marinho.

Aécio

Depois do imbróglio em que se meteu o senador mineiro, Aécio Neves (PSDB), o tucanato quer arrancar-lhe as penas do rabo e por conseguinte a cadeira de Presidente do PSDB. As bicadas insistentemente vêm dos aliados do senador cearense Tasso Jereissati (PSDB), que o querem na Presidência do partido.

Cheiro de mato

Um cheirinho de mato é bom para o coração. Comprovadamente estudos de uma equipe de cientistas japoneses chegaram a conclusão que passear pela natureza pode melhorar substancialmente a saúde do ser humano. Sentir cheiro da natureza reduz a pressão arterial e aumenta as moléculas anticancerígenas na corrente sanguínea.

Aqui abaixo do equador, muitos estão anos luz à frente dos asiáticos: a meninada, não só cheira, mas, também queima e come.

Sindical

O deputado Paulinho da Força (SP), presidente do Solidariedade, lidera a pressão e negocia com temer a criação de uma nova contribuição que possa suprir a falta do Imposto Sindical. temer disse que o governo não vai se opor se o deputado conseguir articular com líderes da base aliada a recriação do imposto.

Zero

Reitores das universidades e Institutos federais de todo o país estão preocupados com o Orçamento Geral da União de 2018, pois, em seu arcabouço trás zero para investimentos das universidades e institutos federais. O destroçamento do ensino público superior em pleno andamento.

Frase

“Muita gente sabia, muita gente denunciou, mas na época ficou por isso mesmo. Hoje, todo mundo sabe e ninguém tem mais motivo para ignorar: o impeachment da presidenta eleita e reeleita Dilma Rousseff foi resultado de propina e compra de parlamentares”. Dilma Rousseff

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Solidariedade

Em meio a tantas ações de desesperança e falta de solidariedade, vem de Apodi, no oeste potiguar, uma iniciativa que podemos dizer que ainda há esperança na humanidade.

O Padre Chagas e as pastorais da igreja católica, arregimentaram vários professores da cidade, buscaram ajuda de amigos e professores filhos da terra, que moram em outras cidades, para juntos e solidariamente, tornarem realidade a efetivação de aulões preparatórios para o Enem, e, ao mesmo tempo arrecadarem alimentos não perecíveis para entidades carentes, que são doados pelos alunos que assistem as aulas.

Nestes aulões, o professor Luiz Carlos Noronha, que mora em Natal,  filho de Apodi, lidera um grupo de outros professores que se desloca à cidade do oeste, para dar robustez a iniciativa do padre Chagas e levar conhecimentos e solidariedade a alunos e as entidades que precisam.

A arrecadação do último aulão, 300k de alimentos, foi destinada à Casa dos Estudantes da cidade de Mossoró, “Nós sabemos que há uma demanda tanto de alunos quanto de entidades que necessitam de ajuda da sociedade civil, pois, os governos não olham ou não querem reconhecer tal carência. Esta iniciativa beneficia dois segmentos de uma só vez. Eu, como professor, sei das necessidades e privações dos alunos e, podendo contribuir para os estudantes de minha cidade, sejam melhores preparados para o Enem, o farei, me sinto realizado como educador, é nossa vocação ensinar”, disse o professor Luiz Carlos Noronha.

Corporativismo

O corporativismo e malandragem no Senado saiu ganhando, com uma folga de 2 votos, os iguais do senador Aécio Neves(PSDB), desautorizaram o Supremo a usar medidas cautelares contra seus membros, sem uma aprovação prévia do legislativo.

Privatização

O governo, no seu faz de conta que está tudo bem, leva à frente seu projeto de privatização, desta feita, o desgoverno temer se empenha em abrir o capital da Caixa Econômica Federal.

Santos

Após a santificação dos 30 mártires potigures, já há indícios de congestionamento de pedidos de milagres aos santos, notadamente da classe política.

Palestras

O corecon/RN, sob a batuta do economista Ricardo Valério, abre um ciclo de palestra sobre educação econômica doméstica e o momento atual vivenciado pelo país. Nesta quarta-feira(18), acontecerá a primeira palestra, no auditório do Detran, e uma outra logo na sexta-feria(20), no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), para magistrados e funcionários.

O ciclo, que faz parte das comemorações dos 40 anos de Corecon/RN, será intensificado com outras palestras já programadas até o final do mês.

Frase

“Não serei candidato”, juiz Sérgio Moro, ao ser questionado sobre sua possível candidatura às eleições de 2018.

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Fátima e o Vento Forte

Liderando a corrida para as eleições de 2018, ao governo do Estado, a companheira senadora Fátima Bezerra(PT), mantém um certa folga do segundo colocado, Governador Robinson Faria(PSD), que além do desgaste natural do cargo que teria mesmo sem problema financeiros, carrega sobre os ombros a maior crise da segurança pública já vista, e, para quem fez campanha prometendo ser o “Governo da Segurança”, certamente, será um ponto negativo, além da má gestão administrativa que levou o funcionalismo público a receber seus proventos atrasados e, sem uma saída a curto prazo. Um contingente bastante expressivo que deu apoio a sua eleição e, que provavelmente migrará à outra urna. Para completar o cenário, ainda se vê as voltas com a justiça em seus calcanhares, podendo peá-lo, deixando-o fora do páreo de 2018.

A senadora Fátima também tem lá suas pendengas a resolver. Nenhuma, claro, de grande monta, porém, pelo menos muitas explicativas terá que dar para seus eleitores, sobretudo das verbas recebidas para campanha 2014 de empresas envolvidas com a Lava Jato, embora não há ilicitude nestas operações. Entretanto, seus opositores tentarão de toda forma linká-la à sujeirada da “petralhada’ nacional. Este sim, será um de seus obstáculos, porém, um outro maior poderá emergir, dizem – se não for somente balão de ensaio ou um aceno para dizer que está “vivo” -, que o ex-governador Geraldo Melo anda se exercitando para criar forte musculatura e, na vigésima quinta hora, se alinhar na faixa de largada. Se apenas uma brisa surgir, poderá até ajudá-la, mas, se for “Um Vento Forte”, como no passado, certamente, assanhará os cabelos lisos da morena.

Ainda assim, Fátima pode, deve e vai ao “pote” com uma sede de ontem, sabe que não tem “muito a perder”, pois, ainda lhe restariam 4 anos de senado. Porém, é bom ficar de cabelo em pé.

Favela

Mais um partido político ganha registro no Tribunal Superior Eleitoral, somando-se aos já existentes, passaremos a 36 agremiações aptas a lutarem por votos dos leitores em 2018.

O novo partido vem com uma proposta bem definida: lutar pela causa dos negros. O Frente Favela Brasil, liderado por Celso Athayde, fundador da Central Única das Favelas (Cufa), diz que o partido será de negros para negros, isto não impede que brancos, pardos, mulatos, amarelos, azuis e outras cores façam parte, mas como filiados. Todos os postos de liderança ou qualquer outra atividade que envolva cargos dentro e fora do partido serão ocupados por negros, inclusive vagas às candidaturas para as eleições ao executivo e ao parlamento. Ah! O partido não faz distinção de votos de quem tem mais ou menos melanina, receberá os sufrágios de todas matizes de peles. Bem democrático.

Te vira

Vejo no Blog do jornalista, César Santos, do jornal De Fato, os vereadores mossoroenses expondo o protótipo de sua nova sede. Os edis ouriçados dizem que a Casa do Povo para sair do papel serão necessários a pequena quantidade de R$ 10 milhões.

Uma festa à apresentação do projeto arquitetônico: “Já conseguimos dar dois passos para a realização desse sonho que é a construção da sede própria da Câmara Municipal que foi a doação do terreno para a construção da sede e a apresentação do projeto. Precisamos encontrar uma forma de realizar esse sonho para esse trabalho grandioso. Talvez Mossoró seja a única cidade da região que ainda não dispõe de uma sede própria para o Legislativo”. Vi uma pontinha de ironia na fala da prefeita Rosalba, tipo assim: fiz minha parte, agora dinheiro que é bom, te vira.

PMDB

O deputado federal Walter Alves (PMDB) filho de Garibaldi, confirmou que seu pai o senador Garibaldi Alves (PMDB) será escolhido o presidente do partido no RN, para os próximos dois anos.

Nada há de novo. Eles foram, são e serão dono do PMDB, porque sempre foi assim e assim sempre será. Né não Professor?

Frase:

“Nem de longe confere ao Poder Legislativo o poder de revisar juízos técnico-jurídicos emanados do Poder Judiciário”, Edson Fachin, Ministro do Supremo.

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Aberta temporada de pesquisas

Foi dado início à temporada de pesquisas eleitorais e a elas, somos todos condicionados ao debate dos resultados percentuais, muito embora saibamos que algumas ou muito delas são fajutas e a sopinha numérica final é ao gosto do freguês, que servirão apenas para marketing do “pagante”.

Uma nova amostra revela o deputado Fábio Faria (PSD-RN) em segundo lugar para sua reeleição em 2018, mesmo depois de ser acusado pelo dono da JBS, Joesley Batista, de receber R$ 5 milhões de propina adiantados, – uma espécie de calção propinal -, para que o grupo J&F tivesse a reserva de compra da Caern.

Uma clara, demonstração que nós, aqui da terra de Poti, não damos a menor importância à acusação do Jeca goiano ou conscientemente fazemos vistas grossas aos malfeitos dos nossos políticos.

Pesquisa II

Para governador em 2018, a senadora Fátima Bezerra (PT) segue numa ponta com 22,5% e na outra o desembargador Cláudio Santos (1,5%) e entre eles ficam Robinson Faria com 15,9%), Carlos Eduardo Alves (9,4%) e o Jaime Calado (2,9%). Esperemos às próximas rodadas.

Pesquisa III

Fiz uma pequena pesquisa na internet sobre, a cata de informação extras, mas em quase todos os blogs e portais a notícia tratava apenas do segundo lugar do filho do governador Robinson Faria. Até o momento desconheço o 1º colocado e o 3º, na verdade, nada mais é de se estranhar nestas planícies de várzeas potiguaras.

Viva

Segundo o dicionário: AUXÍLIO: Subsídio; ajuda financeira oferecida com o objetivo de ajudar alguém: auxílio doença; auxílio; Socorro; ação de auxiliar, de socorrer: ele foi buscar auxílio.

Aqui fica bem explícito que o AUXÍLIO é para suprir uma necessidade, uma carência, uma falta. Como não perguntar: qual a carência financeira de um magistrado que tem como salário base de R$ 27.500,17, para receber auxílio moradia, retroativo há 5 anos no valor de R$ 4,3 mil mensais, com a respectiva correção monetária? Financeira, certamente não é. Por outro lado, o temer, estuda cortar o Balsa família, até março de 2018.

Porém, uma decisão da Corregedoria, suspendeu o pagamento aos juízes federais do Rio Grande do Norte deve ser suspenso liminarmente.

Frase

“Robinson perdeu uma oportunidade muito grande de fazer um enxugamento quando assumiu. Ele poderia ter feito fusões de secretarias até mesmo para que o estado estivesse em tamanho mais adequado”, afirmou Ricardo Valério, Presidente do Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Norte.

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Abstinência!

A depressão é um distúrbio afetivo que nos faz companhia desde os nossos primórdios. Entre os sintomas estão a baixa estima, pessimismo e uma tristeza profunda, as causas são de variadas origens, mas certamente, aos acometidos de tal enfermidade mental, está a abstinência de determinada coisa que o fazia feliz, onde a endorfina, em profusão, lhe dava a sensação de prazer imediato, agora, sem o gatilho, pode entrar em depressão.

Dito isto, leio que o ex-deputado Henrique Eduardo Alves(PMDB), que nos orgulhou a todos, gregos e troianos ou aluizistas e dinartistas ou ainda simplesmente potiguares, quando ascendeu no segundo posto do comando da República, o que não sabíamos ou fazíamos vistas grossas, era sua vida no submundo do crime, nos porões da quadrilha organizada do PMDB -segundo o ex-Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot-, diz os jornais que está com depressão.

Daqui, do oitão, desejo uma recuperação rápida. Precisamos do ex-deputado são e salvo para que possa pagar por seus crimes , ou provar que não os cometeu, contra o Brasil e principalmente contra o povo pobre potiguar que morre em filas dos SUS, quando não são humilhados, amontoados -feitos gados -, nas madrugadas em portas de Unidades de Saúde em busca de exames, que quase sempre espera mais de ano para conseguir e, nem por isso, ficam depressivos ou poucos somam-se a ele.

Qual será a abstinência do ex-deputado?

Humor

O tucanato paulista quer a cabeça, ou melhor, desbotar a plumagem mineira do senador bico longo, Aécio Neves, retirando-o da presidência do PSDB. Segundo um humorista do partido, o neto do Tancredo estaria “manchando” o nome da agremiação e sua permanência pode ameaçar a performance das eleições de 2018. Pois diga, bixim.

Pontes

O desprezo das autoridades constituídas, com a ZN (Zona Norte) de Natal, é de uma crueldade insana e absurda, pois a região dispõe de mais de 300 mil habitantes, e um contingente de eleitores que define qualquer eleição. No entanto são relegados a natalenses de segunda classe.

Basta ver o sofrimento imposto à população logo bem cedo, quando ao sair para o trabalho, é obrigada a suportar engarrafamento horas a fio, pois, somente duas pontes servem à Zona Norte, ao passo que a segunda cidade do Estado, Mossoró, com uma população equivalente, possui 5 pontes.

Frase:

“Prisão de Lula no período eleitoral incendiária o país e seria um erro histórico”, João Dória(PSDB), prefeito de São Paulo/SP

 

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AÉCIO APENAS RIMA COM TÉDIO…

Paulo Afonso Linhares

Vladimir Maiakóvski, num dos versos do poema dedicado a Sierguéi Iessiênin, deixou lançada uma dessas frases que a massa ignara de todos os cantos haverá de repetir por séculos a fio: “Melhor/ morrer de vodca/ que de tédio” (para nós, de fala lusa, na belíssima tradução de Boris Schneiderman, Augusto de Campos e Haroldo de Campos). Penso que se vivesse nestas terras de Pindorama, hoje, o vate russo mudaria, um pouco, o seu poema de admoestação ao colega suicida e diria: “Melhor/ morrer de Brasil/ que de tédio!” Sim, porque aqui não se precisa de vodca ou outras potestades alcoólicas para espancar o tédio; o realismo mágico dos acontecimentos do dia a dia desses brasis surpreendentes e contraditórios até não deixam margem às atmosferas tediosas.

Em suma, por tudo que nos revelam os noticiários da grande mídia, a histeria infantil das falas iracundas e não menos desinformadas de diversos matizes políticos e ideológicos que escorrem nas redes sociais, as arengas nojentas do Congresso Nacional, as cretinice ridícula do poder ilegítimo que habita o Palácio do Planalto, os esbirros proto-hegemônicos da Sacra Aliança da Moralidade Pública (juízes implacáveis, anjos vingadores do Ministério Público e Polícia Federal), não há espaço para tédio. Tudo é medo,  valores não há, surpresas estonteantes abundam, hipocrisias de todos os calibres enojam e as certezas são fantasias meramente republicanas de um Brasil idealizado e bizarro.

O desgraçado do homo medius, a comer o pão que a Globo amassou, como insano bêbado, dá chutes para todos de lados. Na verdade, botinadas poucos certeiras, porque perplexas apenas. Sem dúvida, é justo que queira compreender para influir nos destinos da “nossa pátria mãe tão distraída”, que jamais sequer percebeu “que era subtraída. Em tenebrosas transações”, para lembrar os versos de Chico Buarque, aquele que não precisa ir para Cuba, porque nosso, tão nosso, no pouco de bom que temos.

Os franceses se orgulham por ter “un fromage pour chaque jour” (algo como “um queijo para cada dia”). Nestas paragens de Castro Alves, o maior dos nossos poetas, envergonha-nos a descoberta de uma pilantragem, um caso monumental de corrupção ou das suas tantas conexões, além dos modos tantos de tratá-los (de preferência, sempre à margem da lei), a cada raiar desse sol inclemente que nos alumia e fascina. Tédio? Ninguém tem. No máximo, assalta-nos (literalmente) a vergonha, a raiva, a frustração com as instituições, o desalento, a impotência de ver “triunfar as nulidades”, o aborrecimento da cidadania desmoralizada e outras coisas neste mesmo rumo.

Depois de todo esse ‘converseiro’, vale refletir sobre a recente decisão do Supremo Tribunal Federal que afastou do cargo o senador Aécio Neves (PSDB/MG), no bojo do processo que lhe move a Procuradora Geral da República por receber propina do grupo JBS, segundo delação de Joesley (Safadão) Batista. Claro, surpreendeu mesmo a reação majoritária de setores de onde jamais se poderia imaginar. O PT e alguns parlamentares petistas, seguindo a opinião maciça de juristas, inclusive, de ministros do próprio STF (votaram pelo afastamento de Aécio Neves do mandato de senador da República  e para lhe impor restrições de saídas noturnas ou de se ausentar do país, os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Luiz Fux, ficando vencidos os ministros Alexandre de Moraes e Marco Aurélio Mello).

O grave disso é que os petistas perderam uma grande oportunidade de ficar calados, quando nem os tucanos deram apoio ao seu correligionário, embora seja justo enfrentar essa questão, menos pelo sanador Aécio e mais pela sanidade das instituições, porquanto o STF não pode impor a suspensão do exercício de mandado parlamentar em caráter temporário, como medida liminar, sem previsão legal. O risco é a generalização, quando os juízes dos inúmeros grotões começarem a suspender o exercício de mandados eletivos, inclusive do Poder Executivo, por qualquer banalidade.

No seu voto, o ministro Marco Aurélio Mello demonstrou que o ordenamento jurídico brasileiro, em especial, a Constituição, não prevê essa pena de afastamento temporário do mandato parlamentar, sob qualquer pretexto. Sem lei prévia não há crime nem pena, segundo enunciado famoso atribuído ao filósofo alemão Ludwig Feuerbach (nullum crimen, nulla poena sine lege). Aliás, percebe-se uma reação cada vez mais consistente aos arroubos do ativismo de setores do Judiciário/Ministério Público, a partir da própria Suprema Corte. No mínimo mais três ministros do STF, nesta matéria, tendem a se alinhar às posições de Marco Aurélio e Alexandre de Moraes: os ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.

No bojo da histeria coletiva que têm causado as revelações de muitos e vultosos casos de corrupção a envolver importantes figuras da República, fazem-se necessários bom senso e serenidade, sobretudo, para aqueles que têm como encargo manejar as ferramentas da deusa Themis: a balança e a espada. Neste sentido, perder o fio dos fundamentos do Direito pode ser arriscado e inevitavelmente danoso. Ora, é elementar que as restrições a direitos devem ser precedidas de norma, porquanto ninguém pode ser compelido a fazer ou a deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Esta é a pedra angular de todos os sistemas de direito dos povos civilizados.

Assim, a objeção desse surpreendente número de pessoas à suspensão do mandato senatorial de Aécio Neves tem a marca de um “basta” aos exageros do ativismo judicial no trato dessas questões que envolvem corrupção de contestáveis da República.  Independentemente de quem seja, Aécio ou qualquer outro parlamentar deste país, a suspensão temporária de mandatos conferidos pela soberania do povo, sem previsão legal, é uma inominável aberração. Engraçado é que, no azougado espaço das redes sociais, pode ser encontrada diatribe mais ou menos assim: “os senadores do PT estão a defender Aécio já pensando em si próprios, num futuro próximo”. Todavia, muitos petistas do meio artístico se mostraram indignados com a nota do partido e a posição da sua bancada no Senado, preferindo, isto sim, ver Aécio Neves se ferrar  de qualquer maneira.

Pode até nem haver esse resguardo do ponto de vista pessoal, mas, seguramente cada cidadão, de variadas formas, deve contribuir para a continuidade e o aperfeiçoamento das instituições democráticas e republicanas, de modo a evitar mais uma tragédia política, uma recaída ditatorial, que poderia infelicitar milhares de pessoas e impedir o desenvolvimento espiritual e material do povo brasileiro, bem dentro do espírito daqueles versos do poeta brasileiro Eduardo Alves da Costa (erroneamente atribuídos ora a Bertolt Brecht, ora a Maiakóvski):“Na primeira noite eles se aproximam/ e roubam uma flor/ do nosso jardim./ E não dizemos nada./ Na segunda noite, já não se escondem;/ pisam as flores,/ matam nosso cão,/ e não dizemos nada./ Até que um dia,/ o mais frágil deles/ entra sozinho em nossa casa,/ rouba-nos a luz, e,/ conhecendo nosso medo,/arranca-nos a voz da garganta./ E já não podemos dizer nada.”

 

 

 

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Mais um

 

Mais um escritório de advocacia nos confiou a criação de sua logo e identidade visual. Desta feita, as advogadas Marília Mesquita e Ivete Lisboa. Obrigado, a confiança.

Fachada

Boa parte da meninada “canarinho” que foi às ruas saltitar em uma dancinha safada coreografada em um fatídico “FORA DILMA”, agora se escode atrás de uma vergonha que nunca tive e, com a cabeça enterrada na areia tentam não ser vista.

Meus senhores e senhoras vocês que avalizaram este governo corrupto e corruptor são tão responsáveis pela tragédia e danos causados à população pelo ladrão-geral da república – segundo Joesley Batista-, quanto aqueles que elegeram para fazê-lo.

O Palácio do Planalto, veste rosa, em notório apoio institucional à campanha contra o câncer de mama. Bem, mas isto é, literalmente só fachada. No Brasil 8,4 milhões de mulheres que necessitam a Mamografia Bilateral, principal exame a um diagnóstico preciso para detecção precoce de nódulos no seio, não conseguem o exame pelo SUS.

No ano passado, apenas 24% de mulheres com idade crítica para fazer mamografia conseguiram realizar o exame na rede pública, uma tragédia anunciada onde teremos um crescimento avassalador neste tipo de câncer, pois, sem um diagnóstico cedo o tratamento fica comprometido, dizem os mastologistas.

Roubar, tripudiar e matar é a natureza deste governo pequeno.

Senado

O senado federal adiou discussão sobre imbróglio se o Supremo tem ou não competência para suspender, embora que temporariamente, o senador. O senado só retorna o assunto depois que o próprio STF se debruçar sobre o assunto, o que ocorrerá ainda nesta primeira quinzena de outubro.

Bicando

A tucanada continua trocando bicadas nas penas platinadas de seus curtos rabos. Com sempre, em qualquer situação mais tensa, os tucanos não tomam decisão: uma parte reza a Deus e outra se ajoelham ao diabo e assim permanece na escolha do relator da comissão que irá decidir sobre a segunda denúncia contra o anão temer.

Frase

“Não é da minha responsabilidade”, diz Moro sobre Lula candidato em 2018

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Trabalho finalizado

Advogados Associados

Mais um trabalho concluído com cliente satisfeito. Criamos a logo e toda identidade visual do escritório de advocacia do amigo Marcílio Mesquita e, projetamos a fachada, executada pela NatalPress. Obrigado, pela confiança.

Reforminha sem vergonha

Apesar do meu candidato a deputado federal não ter sido eleito, se o tivesse, e fosse integrante da horda que arregimenta aprovação desta “Reforma Política” mixuruca, que ora, desponta no Planalto Central, eu o riscaria o seu nome do meu caderno para sempre, como o farei se minha senadora Fátima Bezerra fizer o mesmo: votar nesta simulação de reforma, neste engodo, que não é nada mais, nada menos que uma maneira de suprir as “doações” empresariais. Uma vergonha vergonhosa!

Ranque da vergonha

Natal a capital com o ar mais puro das Américas, – qualquer posição contrária se dirija Nasa -, sobe a mais pódio, porém, neste caso não há de que nos orgulharmos não, e sim, é motivo para sentirmos vergonha de nós mesmos e de nossos dirigentes políticos. Além, de outro dia termos abiscoitado o título de Capital Mais Violenta do Nordeste, agora, somos também a capital mais endividada do Brasil, isto é, os natalenses são os maiores devedores do país e, enquanto o Governo do Bob Pai e a Prefeitura Municipal, do Carlitos Alves não equacionarem o salário do funcionalismo, ostentaremos este novo título pendurado ao pescoço como um pingente da vergonha.

Pesquisa DataFolha

Em Sem Lula, Marina Silva assume liderança em 1° turno nos cenários. Os presidenciáveis tucanos Geraldo Alckmin e João Doria tiveram desempenho semelhante ao da pesquisa anterior, oscilando entre 8% e 10%. A grande novidade foi o crescimento de Lula e 5%. O líder petista parece massa de pão, quanto mais bate mais ele cresce.

Aumento de energia

Desde ontem(1), estamos pagando energia mais cara. O governo decidiu que as contas de energia terão o segundo patamar 2 da bandeira vermelha. O consumidor terá um acréscimo de R$ 3,50 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.

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Palestras Corecon/RN

Corecon/RN

Na última sexta-feira, em audiência com o Presidente do Tribunal de Contas do Estado, Conselheiro Gilberto Jales, o Presidente do Corecon-RN, economista Ricardo Valério, solicitou a inserção dos economistas nas convocações de concurso públicos e pleiteou estágios para os novos acadêmicos de Economia. Na oportunidade também foi fechada parceria entre as entidades para realizações de Palestras de Educação Financeira a serem ministradas no TCE, em 27 de outubro, às horas.

“Uma parceira de importância fundamental com Tribunal de Contas. Nela teremos a oportunidade de abordar com mais clareza os desafios de lidar com o nosso orçamento e educação financeira, que nos deparamos no dia a dia ”, afirmou o presidente do Corecon/RN, Ricardo Valério.

Seguindo a agenda de reuniões, sob a batuta do conselheiro, Wagner Puerta, o Corecon/RN, participou de encontro bastante concorrido com a Apex, SUDENE, BNB, Governo do Estado entre outras entidades empresariais na FIERN, sobre políticas de Desenvolvimento Regional.

Corecon II

O presidente do Corecon/RN, Ricadro Valério, abriu a reunião de trabalho na sede da entidade, com a comissão das Palestras de Educação Financeira, em seguida passou a condução para os Conselheiros Candido Gabriel, Celso Arnaldo, Helder Cavalcanti e Pierre pelo Sindicato e se dirigiu ao TJ, para uma sintonia fina e ajustes finais das palestras que os Economistas farão no próximo dia 06/10/17 das 10 às 12 horas, no auditório do Júri do TJ. Estão todos devidamente convidados.