Autor: brito_admin

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Canta Maria

Natal, 23 de agosto de 2024.

À Maria

Nesta.

        Veja, outro dia redescobri Fernanda Takai – Pato Fu – baixei várias músicas conhecidas residentes em nossas “playlist” – frescura – na lista, a quais impôs outra roupagem muito bela, algumas até me catapultou para um tempo distante, lá nos idos do jornal Gazeta do Oeste. No qual aquele micro system que tocava horas a fio fazendo da jornada, de muitas vezes 15,17h, ser menos cansativa e imagine, prazerosa.

        Também é verdade, muitas vezes o seu som de poucos decibéis era suprimido por nossos dotes de cantantes de fim de churrasco, revelando a nossa pouca ou quase nenhuma capacidade de trabalhar sem uma música para embalar nossas penas e a exaustão mental, que por vezes teimava em nos expor em cochilos de segundos, mas, isto é outro assunto.

       A música, sempre fez parte de minha vida, certamente sou um “músico” frustrado, tanto é verdade que até fiz (fizemos) 2 anos de conservatório na UERN, mas desisti por pura falta de tempo ou talvez uma desculpa, inconsciente, à falta total de afinidade do violão comigo. Que ao longo tempo travamos uma luta diária, eu tentando aprender uma nota e ele se recusando a colaborar. Visitando os corredores da memória topei com nosso amigo Lins – em memória – reclamando a Canindé Queiroz de não se concentrar porque você estaria o tempo todo cantando, recebendo como resposta uma pergunta “mas, você não é surdo?”.

       Não entendo quem não gosta de música, bom sujeito não é, certamente, é doente da cabeça. Nestes 38 anos dividindo 24h juntos, creio, nunca ter passando um sem vê-la cantarolando. Sem preconceitos você canta para mim; para os filhos; filhas; netos; netas e para suas plantas, como poderia em seu aniversário, além, do natural, de desejar mais outros tantos anos de vida e não dizer, Feliz Aniversário!!! Canta Maria:

Canta Maria – Fernanda takai

Canta, Maria, a melodia singela
Canta que a vida é um dia
Que a vida é bela, minha Maria
Canta que a vida é um dia
Que a vida é bela, minha Maria

Canta, Maria, a melodia singela
Canta que a vida é um dia
Que a vida é bela, minha Maria
Canta que a vida é um dia
Que a vida é bela, minha Maria

Maria é meu amor…

Brito e Silva

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Marieta Lima

Caricatura da mossoroense MARIETA LIMA, uma das mais importantes artistas plásticas do RN. Nossa doação para PINACOTECA DA UFERSA, recém-criada pela professora, escritora e pesquisadora Isaura Amelia Rosado Maia

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Samir Ghanem

Samir Ghanem

Caricatura do comediante egípcio Samir Ghanem para o 8º INTERNATIONAL CARTOON GATHERING – 2024, promoção do Ministério da Cultura do Egito. Não sei se está fazendo parte da exposição, não recebi confirmação.

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Sílvio Santos

Meu Sílvio Santos para EXPO SÍLVIO 2024. Organizada pelo jornalista/cartunista Jal José Alberto Lovetro.

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Presunçoso

Não sou uma pessoa muito adepta de modismo, gírias e, provavelmente, fui um adolescente muito chato, pouco me enturmava, fiz pouco amigos, colegas tenho aos montes. Passava boa parte do tempo disponível no meu quarto mobiliado com uma rede, uma cama de solteiro, uma mesinha para estudar e desenhar. Alguém disse “o homem é avaliado pelo número de amigos que tem”, certamente, se tem muitos seria uma pessoa “in” se tem poucos seria “out” – como grafava um colunista social da terra de Santa Luzia – neste conceito, estaria condenado ao ostracismo da minha rua.

         Na verdade, era um pouco “presunçoso”, muito dos meus conhecidos diziam que eu era “bosteiro”, isto é, metido a besta e, era mesmo – creio, pela régua de muitos, ainda sou -. Lá em casa recebíamos a Veja e a revista Rodovia, minhas companheiras nas madrugadas. Sempre gostei de aprender e, por isso, às vezes, os “amigos” riam de mim, pondo apelidos: ouvindo a Rádio Rural de Mossoró anunciando o jubileu de 20 anos de uma loja, a turma ficou sem saber que diabos era aquela palavra pouco usual, fui ao “pai dos burros, o Aurélio, voltei e lhes disse, ficaram me chamando de “Jubileu”. Eu ficava com raiva, não pelo apelido, mas porque eles nem sabiam o que era e, ainda assim faziam chacota.

      Provavelmente, quando vinha vindo à turma, diziam “lá vem o chato”, tinha ciência disto. Entretanto, não me frustrou, ao contrário, no alto da minha arrogante jovialidade dizia comigo “pior pra eles que não sabem o que eu sei”. É certo, isto ajudou a forjar meu caráter: controlar a arrogância, ser ético, mais tolerante e, principalmente, não dar muita bola às críticas que não merecem respostas, até hoje, se dizem “é assim” confirmo. Se dizem “não é assim” digo exatamente: não entro em luta que o objeto não tenha valor.

       Ao longo dos meus 65 anos de vida nunca quis e não continuo não querendo ser nada além, do que fui, sou e continuarei sendo até o final e, acredito ter e ser mais do mereço, porém, só quero aprender “tiquinho” mais sobre a vida. Talvez, tenha sido negligente com futuro, entretanto, não existe pouco ou quase nenhum pecado a me arrepender: os pecados são meus, nunca quis ser herói, como diz João Bosco – só quem tentou sabe como dói -.

       Há muito, aprendi a me reconhecer no espelho e entender que sou livre, porque sei que não sou: inveja, rancor e outros sentimentos menores os tragos no porão, em um baú a sete chaves as quais repousam no fundo do poluído Rio Mossoró/RN, certamente, nem com ajuda de Poseidon e Iemanjá as recupero.

Brito e Silva – Cartunista

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Dia dos Pais

Não sou conformista, acredito eu, ingrato ou egoísta com a vida que tive junto ao meu pai. Portanto, não me vejo um pingente do pensamento mediano coletivo no qual a métrica é “eu devia”, a “síndrome do Epitáfio”, que por vezes só lembra quando mídia “futuca” a consciência adormecida, sonolenta e preguiçosa, atende ao chamado.

         Aqui, entrincheirado no tronco da Jurema, vejo multidões de almas penadas condenadas ao peso dos seus pecados, a sua hipocrisia. Silentes, anestesiadas pelo “sacrifício da moda” de expressarem publicamente suas lamúrias: “eu devia ter beijado mais a minha mãe, eu devia ter abraçado mais o meu pai, eu devia… eu devia… eu devia… no fundo, oram para apressar os ponteiros do “Rolex”, o dia se esvair e voltarem à suas vidinhas, no aguardo de outra convocação do marqueteiro de plantão.

          Não querendo ser melhor ou pior dos que aqueles atendem ao som do berrante, o aboio do “vaqueiro” que controla a manada, lhe ditando o que deve comer, vestir, andar e pensar, logo sou surdo, cego e mudo. Dias das Mães, Dias dos Pais, Dias dos Namorados, lojas empanturradas de pessoas que “em nome do amor” se esbofeteiam para presentear seus entes queridos, certamente, logo serão esquecidos ou pior: estarão nas estáticas que nos envergonham. Obviamente, vocês vão dizer que é uma visão muito tacanha e pessimista, pode ser. Mas, é muito próxima da realidade.

        Voltando às vacas magras. Hoje é Dia dos Pais. Você tem todo direito de dar uma gravata ao invés de um abraço, um par de meias ao invés de um beijo, uma camisa ao invés de cafuné. Eu, pouco beijei, pouco abracei e talvez, pouco afaguei seus cabelos brancos. Entretanto, acreditando ser a música a maneira mais fácil para falar de amor com Deus, os anjos, as almas, as pessoas e, por isso, desde sempre todos os dias escuto pelos menos duas músicas preferidas do meu pai, – seu Luiz, em memória – que ouvíamos juntos, tenho os céus por testemunhas.

       Portanto, não espere o “Epitáfio” beije, abrace, afague seus cabelos, ame seu pai, não importa a “lembrancinha”, apenas ame-o.

Feliz Dias dos Pais. Brito e Silva – Cartunista

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À minha Maria

Natal, 30 de julho de 2024.

À minha Maria

Em Paulínia/SP

        O “poetinha” Vinícius de Moraes cunhou “a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”. Pode ser uma grande verdade ou não, como diz Cae – veja a intimidade -. O fato certeiro, é que os encontros sempre serão extraordinários, mesmo aqueles que você planeja, sabe o que vai dizer, e diz, aqueles que são frutos do acaso também tendem a ser admiravelmente oportuno ou não precisaria ter acontecido. Enfim, os encontros e desencontros são invitáveis.

       Maria, este nosso desencontro, de férias, depois de algumas décadas: eu no Chile, você em São Paulo/Rio de janeiro, não planejado por mim nem por você, nem por ninguém, foi uma casualidade. Lembrei quando nos anos 80 trabalhamos no mesmo prédio, Edifício Cidade do Natal e, por dois anos a fio e não nos encontramos, a casualidade – destino – estava escrito nas estrelas para reencontramos – desde a adolescência – em 1986, no jornal Gazeta do Oeste e de lá para cá dissemos não aos desencontros…Exceto este… Ah…Deixar pra lá, já guardei o vinho da vinícola de Undurraga para quando você chegar.

       Quase perdi o fio da meada. Ah, sim! Desencontro. Ariano Suassuna diz em uma palestra “se você faz um convite ao brasileiro, se disser eu vou; pode ir ou não. Mas, se ele disser vou fazer tudo pra ir, pode ter certeza que ele não vai”. Foi assim com meu amigo professor e escritor Edilson Pinto, homem de grande sensibilidade e fino trato com a escrita em crônicas postadas no edilsonpinto66, em seu Diário de Um Voluntário. Sabedor que eu iria ao Chile me confidenciou que também estaria por lá, na bela Santiago, em meados de julho e, ficamos de nos encontrar, trocar um “dedinho” de prosa na terra de Neruda.

       Ora, veja Maria: ele chegaria dia 17 e eu voltaria ao Brasil no dia seguinte, 18 de julho. Eu sabia que ele sabia e, ele sabia que eu sabia que a gente não teria tempo para nosso encontro chileno. Mesmo que houvesse tempo hábil, certamente, eu continuaria dizendo que “iria fazer de tudo para ir a nosso encontro”, ele, certamente, ficaria certo do nosso desencontro. Até gostaria, de deixar registrar as digitais em algumas taças de vinho, mas, como todo bom cristão, ele é um “pecador contumaz” e, como tal, sofre da “inveja alvinegra”. Veja você Maria, por diversas vezes ameaçou de quando nos encontramos no Chile me cobriria com um pano vermelho e preto, que chamou de “manto”, você é conhecedora de minha descrença total em superstições. Porém, dizem por aí, “praga de urubu não pega”, mas vai que… E como seguro morreu de velho, “infelizmente” o desencontro se fez presente, não houve tempo para falar com o amigo Edilson Pinto.

P.S.: Desculpe a brincadeira, seria um prazer ter nos encontrados no Chile e dividir com uma boa taça de vinho. Quem sabe no final do brasileirão, em terras brasileiras?

Chile I

      Depois de décadas de trabalho tirei férias de 34 dias, no Chile, impostas por meu primogênito Alex Polary. Por lá fiz diversos passeios à vinícolas, City Tour, Cerro San Cristóbal, El Museo de Cera de Las Condes, Portillo, Parque Safari, fui a Algarrobo onde se encontra a maior piscina ao ar livre do mundo, a beira do Pacífico. Lá, andei feito “porca maga”, com o amigo Clevinho, em Ñuñua – comuna em que mora Polary/Sanara com meus netos Aléssia e Enzo – e suas cercanias para espantar o frio e conhecer o dia-a-dia do povo chileno. Conheci muitas ruas e suas estruturas arquitetônicas e paisagísticas, chileno? Que nada! Frio de “lascar o cano” o povo todo em casa, uma vez ou outra encontrava alguém sendo puxado por seu cão para um passeio “cocozal”.

Chile II

        Mas, devo confessar que fiquei com uma “pontinha”, mentira, uma grande inveja daquele pequeno país, onde há uma valorização da arte que não há por aqui. Conheci vários brasileiros: músicos, garçons, motoristas, empresários que trabalham para viver dignamente. É de dar inveja.

Chile III

Aqui o livro do grande escritor/cartunista cubano radicado no Chile, Pepe Pelayo em parceira como Francisco Puñal, recebido depois de um café e uma boa conversa, em Santiago/CL. No livro impera o bom humor e muita imaginação em textos e fotografias que se fundem numa simbiose criativa dos autores, este o qual, me fará aprender a ler em espanhol.

Chile IV

Uma visão estranhei logo na chegada: Em quase todo esquina e praça que passava tinha alguém se “medicando” puxando um fumo, por lá a maconha é liberada para uso medicinal e muita gente decide se automedicar ao ar livre.

Frase

Nordeste: “pior região do país em todos os aspectos”, ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Caricatura

Caricatura do amigo cartunista cubano/chileno Ramon Carrillo.

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Kaillany

Quando criança, minha primeira neta Kaillany, insistia para eu desenhar uma caricatura sua, hoje, quer um desenho realista: eis!

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Foto & Grafía

Aqui com o livro do amigo cartunista e escritor, cubano, radicado no Chile, @pelayohamoryumor Pelayo em parceira como Francisco Puñal, que recebi depois de um café e uma boa conversa, em Santiago/CL. Livro em que o bom humor e muita imaginação em textos e fotografias que se fundem numa simbiose criativa dos autores. Parabéns, pelo belo livro, amigo.

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Malandros

El mejor de Brasil en Chile, esse é o slogan do Restaurant Malandros, em Santiago, no qual almocei algumas vezes na companhia de meu filho Alex Polary, uma Moqueca de Peixe, deliciosamente brasileira.

Quando você põe o pé na soleira da porta de entrada do Malandros já sente aquela atmosfera brasileira, logo confirmada ao entrar. Na primeira vez que fui, pensei estar no Oba Show – do nosso querido Ribamar Freitas Do Oba, lá em Mossoró/RN – em dias de jogos da seleção canarinho, de 1994. Bandeirinhas enfeitam o teto, por trás do balcão um painel exibe replicadas das taças dos campeonatos mundiais da “seleção canarinho”. Sem falar do atendimento impecável dos garçons e da garçonete gaúcha que nos atendeu.

Lá prometi fazer a caricatura do sócio do restaurante – que minha raquítica memória dá cabo de não me lembrar seu nome – como promessa é dívida, enviei por e-mail. E se você estiver em Santiago, passe nos Malandros e bom apetite.

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Conociendo y compartiendo con reconocido caricaturista brasileño

Mi amigo y colega brasileño Cival Einstein me escribe para informarme que visitará Santiago de Chile, su amigo y coterráneo, Brito Silva, reconocido caricaturista e ilustrador.
Días después nos contactamos y a fin coincidimos para conocernos y compartir un café. Tuvo la amabilidad de hacerme una caricatura y regalármela enmarcada y yo, más humildemente, le regalé solo uno de mis libros.
Fue un encuentro estupendo, placentero, enriquecedor. Espero que se decida -a pesar del frío que le ha tocado vivir-, a venir a vivir a Chile con su simpático hijo que también conocimos.
Gracias, Cival, por darme la oportunidad de conocer a ese gran ser humano y caricaturista que es Brito.

Pepe Pelayo

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À minha Maria

Santiago(CH), 26 de junho de 2024

À minha Maria

Em Natal,(RN-Brasil)

        Você que tudo vê com os olhos da mansidão, mesmo com ruas de nossa bela capital, Natal, as alagadas consegue, no horizonte, ver o arco-íris. Pois muito bem. Aqui chegando – e vamos fazer nossa viagem de carro até aqui – certamente, no primeiro dia será acometida da síndrome do encantamento, do deslumbramento andino. Eu, cabra lá dos lajedos do principado de Baixa do Chico e criado na embaixada de Angicos, nos Paredões, não estaria imune. Abestalhado com a cidade de Santiago e as montanhas que a cercam, vesti um pijama verde para dormir, no outro dia acordei e era azul, à tardinha vi neve rosa nos picos dos montes andinos, no outro dia me disseram que era apenas reflexo da luz do sol que se preparava para dormir além mar, com sono, dormi com as galinhas e o sol ainda lá fora parecia sem sono, noutro dia minha nora Sanara, me alertou que o Astro Rei por estas bandas é preguiço, demora ir deitar-se.

          No segundo dia, Santiago despe-se, se mostrando por inteira em pura realidade nerudiana. Agora, sem aquela paixão de adolescente que nos faz ver neves cor de rosa, mas vendo suas paisagens, plantamos uma semente de amor que vai brotando a cada esquina, a cada curva – evidentemente, não quero deixar enciumada a bela Cidade do Sol, musa e orgulho de todos os potiguares – no shopping vemos a elegância de suas meninas desfilando adornadas por várias camadas de roupas de grifes, gorros, cachecóis, luvas, golas por sobre a boca, expondo apenas os olhos deixando os visitantes, acostumados, aos corpos bronzeados semi-nus de nossas “Garotas de Ipanema”, quer dizer de Ponta Negra, à imaginação.

        A neve nas alturas do Vale Nevado e Farellones, à degustação dos vinhos da vinícola Undurraga, as  sensações são muitas aguçando todos os nossos sentidos de prazeres, tudo é de encher os olhos, de empanturrar nossa memória de vistas deslumbrantes. Mas, como toda beleza também tem seu lado trágico, fomos ao Estádio Nacional Julio Martínez Prádanos – Santiago, que serviu de palco de horrores durante a ditadura do ditador Augusto Pinochet, de lá saímos entrelaçado com Mercedes Sosa – em memória – cantando “Yo tengo tantos hermanos. Que no los puedo contar”, isto, depois de visitar as casas do grande poeta Plabo Neruda.

          É certo, la belleza del pueblo, de la historia “muy hermosa” nos encanta. Entretanto, “Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá; as aves, que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá”. Por isso Maria, quando sentir saudades de mim, não se espante se aquela estrela brilhante em sua janela bater.

         Canta, canta Maria, me espere que chego já!

Tema delicado

       Nas terras de Neruda fui ao museu de cera, por lá tive encontro com um “poquito” da história chilena, muita figuras importantes expostas em tamanho natural. Entretanto, seguindo a cronologia dos presidentes dei por falta de Salvador Allende e Agusto Pinochet, logo indaguei a guia que me respondeu “porque es un tema delicado”.

Cartum

Nesses dias Polary e minha neta Aléssia – fissurada em livros – me levaram a livraria Antartica, a rede mais importante do Chile, aonde procuramos por alguma literatura sobre o cartum chileno, para minha decepção não encontramos nada.

Salvo

Meu amigo Cinval, cartunista cearense que conhece o mundo todo, me deu o contato de Pepe Pelayo, um dos grandes daqui, marcamos um café pra depois do dia 2 de julho, que também me repassou o contato de Jorge Montealegre, também cartunista e um estudioso, que espero ter uma boa conversa.

Mily

Chegou Mily, mais uma neta, mais uma Brito. Seja bem-vinda, fique certa, que será muito amada.

Frase

Milei ‘tem que pedir desculpas ao Brasil e a mim’ – Lui Inácio Lula da Silva

Caricatura

“Milei tem que pedir desculpas ao Brasil e a mim” Luis Inácio Lula da Silva Presidente do Brasil

Caricatura

Caricatura do nosso editor da revista PAPANGU, Túlio Ratto com a qual ganhamos MENÇÃO HONROSA no XXIX Salão Internacional de Humor de Caratinga/2024.

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Frio

Santiago(CH), 25 de junho de 2024

Ao meus netos Kayllanne, Lívia, João Miguel e Milly.

         Vocês aí, têm que ver para crer: a vida aos pés dos Andes começa às 10h e neste período o frio é de “lascar o cano”. Hoje, amanheceu, marcando no termômetro do celular 4 graus. Para quem nasceu lá nas quebradas do sertão, do Principado de Baixa do Chico, isso é quase uma eutanásia. Mas, como sou brasileiro, nordestino e não desisto nunca e como disse Euclides da Cunha, em “Os Sertões”, “O sertanejo é, antes de tudo, um forte”, pois então. Vesti um jeans por sobre a calça do pijama, uma camisa de frio, que sua vó Maria, comprou especialmente para esta ocasião, mais uma jaqueta e um casaco de tecido impermeável, com duas ou três camadas, calcei duas meias e um par de luvas, não antes de uma ducha a deliciosos 30 graus centígrados.

       Pois muito bem, já paramentado para combater ao frio, os deuses decidiram atender minha entoada oração ...”Se quer saber pra onde eu vou, pra onde tenha sol, é pra lá, que vou”…Tupã e a deusa Pachamama tiveram compaixão desta pobre alma pecadora e uma fresta de sol cobriu o teclado do notebook me convidando a um passeio na Plaza Ñuñoa, lá fomos eu, Pollyanne e Valentina, prima de vocês tomar sol. É verdade, que a conjunção, sol e frio, na medida certo, pode ser, e foi, de certa forma é confortável, mesmo para nosotros habituado ao sol escaldante da “Capital do Sol”, Natal/RN, “A Noiva do Sol”, que assim cunhou o nosso gênio potiguar Câmara Cascudo. Entretanto, se você permanecer muito tempo, além do necessário, neste sol, pode ir parar no hospital, com queimaduras. Logo, o sol de lá, como o de cá, deve ser respeitado.

Brito e Silva – Cartunista