Cartola
Em homenagem ao início da primavera. Mas, lembrando sempre “Que as rosas não falam”.
Outro dia falei diretamente com aqueles que estavam – ou estão – desejosos do meu voto. Disse que estava disposto a não tomar o precioso tempo do(s) habilitando(s), porém, a barra do final da campanha já desponta no horizonte e até o presente momento, ninguém bateu-me à porta. Será que peguei muito pesado? Ora, não exigi projetos de governo, não pedi registros das promessas em cartório, nada disso. Fiz uma minúscula solicitação, coisinha besta de nada, qualquer cidadão comum e a maioria do brasileiro tem: honestidade. Pedi que o postulante fosse honesto, apenas isso. Ainda estou a ver navios, mas sou bastante otimista, até o término das eleições confio ter um tête à tête com meu futuro eleito.
Por falar nisso, observo muita gente a falar mal do horário eleitoral, sei, não é um ato mais interessante do mundo para se fazer, não é, de fato, não é mesmo a coisa mais prazerosa de se ver. Evidentemente você não faz pipoca e põe leite moça ou pede uma pizza, senta de frente à tv, convoca toda família para assistir o Programa Eleitoral Gratuito, qualquer pessoa que tenha o mínimo de sensatez não faria isso, não? Pois devia. Não sabe o quê está perdendo. Saiba você, desavisado, o programa eleitoral não merece toda essa crítica rasteira de ser chato e sem graça penhorada a ele, quem apregoa tão falso boato certamente merecer ser excomungado por tamanha heresia ou quem sabe, o perdão, pois não sabe o quê diz. E falo mais: este programa deveria veicular o ano inteiro, todos os dias, no horário nobre, em todas as rádios e canais de televisão abertos e fechados.
É sabido que o avanço tecnológico e econômico mudou nosso modo de viver e pôs de ponta cabeça os costumes estabelecidos. Atualmente se gasta um terço do dia no trabalho, mais outro tanto indo e vindo e, claro, em casa não consegue se despir do cansaço, deixando-o na soleira da porta, o quê potencializa a carga cumulativa de estresse podendo desaguar na doença no século, a tal da depressão. É preciso que nos unamos numa corrente de norte a sul de leste a oeste na construção de uma PEC -Projeto de Emenda a Constituição-, para a efetivação do Programa Eleitoral Gratuito todos os dias nos meios de comunicação, garanto-lhes que erradicaremos a depressão dessa terra mãe gentil daremos um Fora Depressão. Para isso, basta o sujeito(a) ter duas doses diárias, de 2 minutos no programa mais hilário da tv brasileira, quiçá mundial, bingo! Adeus estresse, tchau querida depressão. De uma PECada só expulsaremos a besta e desbancaremos o Butão, seremos o país mais feliz do mundo. Vou fazer minha pipoca e ligar a tv.
Brito – Cartunista.
Jornalista Dorian Jorge Freire (In memoriam )
Caricatura de Angelina Jolie, usando a técnica de realismo. 8 horas de trabalho.
Eu sou mesmo um sujeito sem graça. Tenho poucos vícios e manias, todos irrelevantes, sem o mínimo de importância, tanto, se os guardá-los no fundo do abismo do bisaco poucos perceberiam, inclusive eu. Uma psicóloga amiga minha, diz que eu seria um desastre esticado em um divã, segundo ela sou bastante equilibrado, tenho uma visão de mundo bastante realista um pouco utópica quando se refere as relações sociais humanas entre pobre e rico, capital e trabalho, mas, quando se trata de mim, comigo mesmo, sou bem resolvido, e, portanto, ainda segundo ela, sou sem graça e fora dos parâmetros atuais do ponto de vista psicossocial, porque um grande contingente de pessoas têm problemas que exigem passagens pelos consultórios dos discípulos de Freud mundo afora.
“Você, eu não levaria ao meu divã”, disse-me ela outro dia, preferindo longas horas de miolo-de-quartinha no meu escritório, regadas a generosas xícaras de café. De fato, não consigo fazer uma tempestade em copo d’água – Talvez por falta de imaginação -. Certa vez, quis colocar na minha pochete um traumazinho para chamar de meu. Debulhei um rosário de motivos, que certamente se eu soubesse potencializá-los da forma correta, poderiam se transformar em algo bem neurótico que provavelmente carregaria pendurado no pescoço em um trancelim como um pingente. Dentre a montanha de razões elegi três: a pobreza, feiura e altura física.
A pobreza: essa logo descartei. Você não estar pobre, você é pobre, não importa quanto dinheiro tenha, vintém, por se só, não o fará rico, não lhe confere mais conexões neurais.
A feiura: apostei no conto La Belle et la Bête, de Gabrielle-Suzanne Barbot de Villeneuve, que resumidamente se torna no nosso “Quem ama o feio bonito lhe parece”. Risquei do caderno.
A altura: Restou-me meus 1.60cm, quando me preparava, enfim, para ter meu próprio trauma, conheci Thurbay Rodrigues, no jornal Gazeta do Oeste, isto lá nos anos 80, que pôs uma pá de cal nas minhas pretensões traumáticas. Todas às vezes que me via aborrecido querendo bancar o “galo cego”, dizia: “Se esse baixinho tivesse meu biótipo”, isto poderia catapultar minhas intenções, mas que nada, deu um revertério, não vingou, tive que abrir mão da empreitada. Nunca mais, traumas me atraíram, nem o do Bebeto Braga, como diz o Caby da Costa Lima.
Por isso, como diz meu amigo Delegado (porteiro e filósofo): se a vida está azeda, faça uma limonada.
Brito – Cartunista
Ex-vereador da cidade do Natal/RN, Disckson Nasser
Esse material faz parte de uma exposição que deveremos fazer em Natal/RN, em 2017, que ainda está em gestação. Aqui mostro o processo de produção de uma
caricatura usando a técnica de realismo. Será a segunda exposição totalmente virtual, a primeiro foi em 2011, no Salão Nobre da Assembleia Legislativa Do Rio Grande do Norte.
XXI Salon Internazionale Diogenes Taborda Mercosur 2016, de Buenos Aires, Argentina – 100 ° Anniversario Premio Gabino Ezeiza –
Vostfundacion Prêmios
Prémio de mérito proeminente: Brito e Silva – Brasil
Fundação Cultural Prémio Stessens Raposa: Hamza Akin -Turquia
100º Aniversário Prémio Gabino Ezeiza : Passaprawas -Tailândia
Jarul Ortega: Kicker Award. República Dominicana
Caricatura do cantor e compositor Caetano Veloso para exposição de artistas brasileiros no Museu de Humor Gráfico Diógenes Taborda, Buenos Aires, Argentina.
Amigo, Brito. Desculpe-me intrometer, mas é apenas para contribuir. Nomes próprios sempre começam com letras maiúsculas, exemplo: Paulo, Roberto, Natal, Mossoró…O amigo vem cometendo esse erro seguidas vezes, quando se refere ao nosso Presidente do Brasil, Michel Temer. Acredito ser apenas um descuido.
– Não amigo, não foi descuido, embora não pareça sou um tanto quanto cuidadoso com o quê escrevo. Para mim, temer se escreve assim mesmo.
– Não, não, você está equivocado, Temer é nome próprio, a primeira letra, o “T”, tem que ser maiúscula.
– Esse temer não.
– Esse Temer sim.
– Okay, de qualquer forma obrigado pelo alertar. Mas, vou seguir grifando com minúscula, temer Golpista.
– Está errado. O “T” de temer é maiúsculo e “g” de golpista é minúsculo.
– Certo ou errado depende da perspectiva que olhamos.
– De jeito nenhum. Errado é errado e certo é certo.
– Não creio que terei que desenhar para você entender.
– Agora, você está me destratando. Eu fiz filosofia, jornalismo e mais três anos de direito. Só quis adverti-lo de um erro primário. Passe bem!
– Calma, homi! Não precisamos brigar por causa de um “têzinho” sem importância.
– Sem importância? Eu estudei muito para saber que é importante.
Por outro lado, eu não completei o Mobral e, se meu desenho pode lhe ferir os olhos e, o “Têzão” lhe é tão caro – eu prefiro Tesão-, então vou escrever para ficar mais claro: Exaro o nome desse sujeito caviloso com letra minúsculo porque para mim, ele não é substantivo, no máximo um coletivo tipo horda, bando, corja ou então adjetivos, para não ser indelicado, assim como traidor, imoral, golpista…Portanto, continuarei a tatuar michel temer.
– Ah! Me diga isto. Por que não disse logo que tinha um conteúdo político por trás disto?
– Eu tentei!
– Tentou não.
– Tentei!
– Tentou não!
– Tentei…
– Não t…
– Da próxima desenho…
– Ora, seu @#$%^&*…
Caricatura da cantora Maria Bethânia para exposição de artistas brasileiros no Museu de Humor Gráfico Diógenes Taborda, Buenos Aires, Argentina.
.Charge com o presidente (golpista) michel temer e eduardo cunha “Tango do Impeachment” para exposição de artistas brasileiros no Museu de Humor Gráfico Diógenes Taborda, Buenos Aires, Argentina