Autor: brito_admin

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Bola murcha

O Fantástico da Rede Globo, teve a semana passada inteira para atiçar nossa curiosidade com seu quadro “Cadê o dinheiro que estava aqui?”,  onde insinuava que o “Irma” iria descambar sobre o torrão potiguar, entretanto, não passou de chuvisco muito do fraquinho, não deu nem para molhar a grama do Arena. O “repórter secreto” deveria ter sido apresentado no “Bola Murcha”, pois, nada de novo trouxe ou acrescentou que nós, conterrâneos de Poti não soubéssemos.

Os R$ 100 milhões do superfaturamento na construção do Arena da Dunas, depois transformado em propina, tomou o mesmo caminho, que a propina segue nestes casos: o bolso dos políticos.

Não houve na de fantástico, dessa meninada, todos sabem seus nomes e endereços: Rosalba Ciarlini, Henrique Eduardo Alves e José Agripino Maia, frequentam constantemente as raias da Justiça e são velhos conhecidos do Ministério Público.

Porém, foi preciso um veículo de expressão nacional dizer o quê já tínhamos ciência há muito e dissimuladamente fazíamos de conta que não era conosco. É preciso que tenhamos – claro, se quisermos um Rio Grande do Norte melhor – mais coragem e fazermos uma autocrítica, alguns questionamentos: estas raposas que nos rouba o sono e os sonhos merecem permanecer nas políticas? E seus filhos netos, que nunca trabalharam, por herança merecem seus Legados?

Sim? Tudo bem, continuem votando neles e sejam cumplices dos roubos e mortes por todo nos Estado. Não? Ótimo, não votem neles, simples assim.

A besta

Na internet há vários vídeos do deputado, Bolsonaro atacando o Lula e o PT, nada demais, a besta cumpre seu papel no jogo, como peão, sabe que mais cedo ou mais tarde será descartado.

A direita não quer vê-lo rondando o Palácio do Planalto e muito menos a esquerda, portanto, seu destino foi traçado a várias mãos irmanadas em um interesse comum.

De Volta

Já em solo potiguar, Ricardo Valério, Presidente do Corecon/RN, depois de 3 dias na capital mineira, Belo Horizonte, onde participava do Congresso Brasileiro de Economia.

Semelhança

“O Governo moderno não é senão um comitê para gerir os negócios comuns de toda classe burguesa” Karl Marx
Qualquer semelhança com o governo do ladrão-geral da República, não é mera coincidência.

 

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Fale Sem Inibições

Fale Sem Inibições

Nos dias 01 e 2 de setembro, no auditório do Corecon/RN, acontecerá o curso “Como Falar Em Público Sem Inibições”, ministrado pelo professor, em comunicação profissional da UFG – Fundação Getúlio Vargas, Adelmo Freire.

Vagas limitadas para apenas 15 participantes. Inscrições ao preço de R$ 180,00, pelo 3201-1005 e corecon-rn@corecon-rn.org.br. Segundo os organizadores, restam apenas 5 vagas.

Assassinaram a palavra

“Minha palavra cantada pode espantar, e a seus ouvidos parecer exótica”, diz Cae, viu intimidade? Intimidade nada, só para mostrar como a palavra não se limita a um conjunto de letras ordenadamente que diz algum sentido, ela é mais que isto, muitas vezes extrapola do que diz. Estudiosos da língua são unânimes e rubricam que a palavra é viva, tem alma, personalidade, alguns juram que tem dupla personalidade, segundo o forrozeiro Genival Lacerda, se assim não fosse, não seria ele o sucesso que é.

Mas, deixando a profundidade de lado, como não sou gramático, e mesmo atestando só fazer um “o” com uma quenga, ainda assim, concordo com a academia e, digo mais: sou testemunha da morte em vida, de uma palavra que outrora era fora muito usada no meio de comunicação e, hoje é ojerizada, se pronunciá-la próximo de um publicitário o sujeito fica todo “apatacado” com urticária e é capaz de choque anafilático ou quem sabe um ataque cardíaco fulminante.

Também a dita cuja, permeava as lojas do comércio varejistas, os vendedores a veneravam, principalmente no final do mês, quando adoravam enfiá-la nos bolsos. Mas, hoje em dia a coitada anda meia moribunda, agonizando em seu leito de morte, contam, esperar à extrema unção.

Realmente, tudo muda, o quê ontem era jovem, novo, hoje é antigo e não diz mais o quê quer dizer. Senão vejamos, desculpe o nome “feio”: comissão. Muitos ou quase todo mundo foge dela como o diabo foge da cruz, claro, desde que não seja sócio de um bando que surgem entre os mortais de 4 em 4 anos.

Há algum tempo, publicitários recebiam dos veículos de comunicação, sobre a verba aplicada em inserções percentuais de 15% a 20% de comissão – desculpe o palavrão -, atualmente se recebe BV, não, não é boca virgem não, é Bônus de Veiculação, ninguém quer ouvir falar em comissão.

A turma do colarinho branco não é brinquedo não, por onde passa o estrago está feito, como se uma besta fera fosse, uma peste, e é: essa gente mata pessoas, mata sonhos, mata alegrias e mata até palavra. Assassinaram a palavra comissão.

Deu no NY Times

“Lula ainda é o político mais popular do Brasil”

Desfaçatez

Dá pena da desfaçatez dos programas políticos do PSDB e DEM. O investigado Senador José Agripino falando de benefícios para “meu Estado Rio Grande do Norte”, o PSDB por sua vez usa dois negros em suas veiculações, como se, de fato, tivesse algum respeito pela causa negra. O núcleo negro do partido desmente essa tentativa passar à população que há uma preocupação com causa negra, é mentira, pois este núcleo é dirigido por uma loira, que dizer, uma capataz branca.

Carocatto2

Preciso urgentemente aumentar minha dose de memoriol, anotei em minha agenda a exposição do cartunista Túlio Ratto, para o dia, 25, portanto hoje. Na verdade a “Caricatto2” se deu ontem, na sede da OAB/RN, Rua Barão de Serra Branca, s/nº – Candelária).

Mas, se estenderá por todo dia de hoje (25), você ainda pode ir se deliciar com as caricaturas de empresários, políticos, jornalistas advogados e todos que passaram pela pena do Túlio, até à 21h.

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Vivas a Cascudo

É para se comemorar nossas raízes mais genuínas, hoje é o Dia do Folclore Nacional. Nestes tempos estranhos, onde nossos ícones da tribo de Poti, perderam a razão de sê-los, porém, ainda nos resta Câmara Cascudo, este forjado e dedicado às coisas do povo soube elevar a terra potiguar ao seu lugar de merecimento. Vivas a Cascudo.

Boi de piranha

Quando da campanha de Fátima Bezerra (PT), a prefeita de Natal contra a jornalista Micarla de Souza, fiz algumas críticas a sua performance. Pois, mesmo com apoio do Presidente Lula, ela não conseguia decolar, – inclusive recebi ameaças da meninada, sendo eu eleitor de Fátima -. Pois, muito bem, às urnas alicerçaram o que havia dito. Naquela oportunidade rezava para eu estar errado, não estava.

Não estava atrelado ter muita ciência em políticas ou ser discípulo de Nostradamus, para percebermos claramente os sinais de fracasso, entres eles a empatia, porém, Fátima mudou e o cenário que mostra o quebrar da barra é outro.

Numa pesquisa de intenção de votos tenho como líder, a senadora petista, muitos entendidos do borogodó, fazem beicinho, desdenham e desqualificam o apanhado de dados, o fazem por várias razões que não cabe a mim decifrá-los, mas são todos desnudos e visíveis, basta ver de onde eles partem.

Concordo plenamente com pesquisa, se fosse hoje, não seria bicho de sete cabeças se a senadora Fátima lograsse êxito. Ora, os principais caciques e sua nauseabundas oligarquias estão desmoronando (aparentemente) de velho e podre, momento mais propício não apareceu, mas peraí, até 2018 é preciso contar com as variáveis.

Portanto, cuidado senadora, esta pesquisa pode ser boi de piranha.

Parla

O Corecon e a Comunicação Profissional iram realizar nos dias 1 e 2 de setembro, o Curso Falar em Público Sem Inibições. Se você tem esta dificuldade não perca esta oportunidade.

Pena Prateada

O ninho tucano ameaçado a cair do galho. Parte dos opositores do senador Tasso Jereissatti (PSDB/CE), pretendem encurtar seu longo bico, destituindo da interinidade da Presidência do PSDB. A troca de bicadas ficou acirrada quando o tucano comedor de farinha cearense, mudou a data das convenções sem levá-las ao debate interno.

Os tucanos da Serra da Canastra, querem a volta ao comando do partido o Pena Prateada, Aécio Inocente Neves.

Canalhice

O monstrengo do fundão eleitoral, criado neste engodo de reforma política, perdeu fôlego diante da rejeição popular, mas pasmem, no submundo, corredores e esgotos do Congresso Nacional à volta da contribuição de campanha de empresas surge com força total. Ora, canalhas fazem canalhices.

Frase

“Posso ser candidato ao Senado. Não digo dessa água não beberei”, disse o ex-deputado Ney Lopes.

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Luiz Melodia – Pérola Negra

Luiz Carlos dos Santos (Rio de Janeiro, 7 de janeiro de 1951 – Rio de Janeiro, 4 de agosto de 2017), mais conhecido como Luiz Melodia, foi um ator, cantor e compositor brasileiro de MPB, rock, blues, soul e samba. Filho do sambista e compositor Oswaldo Melodia, de quem herdou o nome artístico, cresceu no morro de São Carlos no bairro do Estácio.

Foi casado com a cantora, compositora e produtora Jane Reis de 1977 até sua morte, e era pai do rapper Mahal Reis (1980).

Lança seu primeiro LP em 1973, Pérola Negra. No “Festival Abertura”, competição musical da Rede Globo, consegue chegar à final com sua canção “Ébano”.

Nas décadas seguintes Melodia lançou diversos álbuns e realizou shows no Brasil e na Europa. Em 1987, apresentou-se em Chateauvallon, na França, e em Berna, Suíça. Em 1992, participou do “III Festival de Música de Folcalquier”, na França, e, em 2004, do Festival de Jazz de Montreux, à beira do Lago Leman, onde se apresentou no Auditorium Stravinski, palco principal do festival.

Participou do quarto disco solo do titã Sérgio Britto, lançado em setembro de 2011 (Purabossanova).
Em 2015, ganhou o 26º Prêmio da Música Brasileira na categoria Melhor Cantor de MPB.

 

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Loas à Redinha

Minha cunhada Kaliana, em vista, me disse em tom meio tristonho, sentir saudades de quando morava deste lado do rio, isto é, na zona norte, na Redinha, e via a chuva avançar sobre a Cidade Alta e o Rio Potengi e, vagarosamente invadindo o manguezal até topar nas vidraças de seu apartamento. Confesso que fiquei a imaginar a bela cena.

Nestes dias de Redinha, que ainda me são poucos, tive a mais nítida e clara sensação de que meus 18 anos de Petrópolis, não vivi Natal. Confinado a um espaço de 12 metros quadrados usados para ler, escrever, desenhar, fazer publicidade, arranhar as cordas do meu sofrido violão, foi, de fato, uma prisão. Certa vez, minha filha Jade, de galhofa, disse: “Cuidado, mamãe, painho está lá fora, tenho medo dele se quebrar, pois o sol está forte”, tamanha era minha clausura em um cárcere privado de aparente conforto.

Aqui, na Redinha, por duas vezes vi se materializar a visão de minha cunhada. Imagem magistral ver a chuva na boca da barra engolindo as praias do Meio e dos Artistas, sobre aos arranha-céus dos bairros de Petrópolis e Cidade Alta pintando-os de um cinza-melacólico, depois se precipitando sobre o Potengi como quem me avisando, num “chego já”, pouco minutos está lavando nossas janelas e almas, tão rápida de deslumbrante chegada foi sua escapulida em direção a outras pairagens, não sem antes pintar um arco-íris de encher os olhos.

Não que eu queira implantar ou fomentar alguma sementinha de inveja em quem mora nos bairros de Neópolis, Nova Parnamirim (Natal/RN), Paredões ou Abolição III e Santa Delmira (Mossoró/RN) – não citarei nomes para não causar discórdia -, mas o nascer do sol nos presenteia com uma vista impagável – como disse o psicólogo Mayron Marcos -, estamos numa expectativa de uma lua cheia sobre às águas do abraço do Potengi com o Atlântico. Esperemos pois. Vivas à Redinha.

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QUAL É A NOSSA MOEDA, HOJE?

Ivanaldo Xavier*

Há alguns anos, durante as crises econômicas e os arrochos provocados pelas tristes e equivocadas decisões tomadas pela gestão Fernando Henrique Cardoso, escrevi uma crônica onde declarava que a moeda corrente do Brasil, naquela época era a perspectiva, cunhada à duras penas ao final de cada ano quando se celebrava o Natal e o Ano Novo. O brasileiro, como sempre, acreditava em um ano melhor e juntava suas perspectivas para os 365 dias que se iniciava com o novo ano. Hoje, temos uma situação bem diferente daquela, pois o atual governo vem destruindo não apenas as perspectivas de dias melhores, mas também a esperança do brasileiro de que exista uma luz no fim do túnel.

Cunhávamos as nossas perspectivas que chegavam a nos abastecer dessa moeda até antes de começar os meses B-R-O-Bros, como são conhecidos setembro, outubro e novembro e a partir daí passávamos a usar a esperança para terminar os dias que ainda restavam no ano. Veio a gestão PT e imprimiu um novo jeito de governar, considerando gente, as pessoas mais pobres, os negros, as mulheres, os LGBT’s, os miseráveis, os sem tetos, os sem terras, enfim, todos aqueles que não constavam, até então, nas políticas públicas elaboradas pelos últimos governos brasileiros de tão triste memória e que resultou na morte de bravos heróis, na perseguição de muitos outros e no exílio de grandes brasileiros. Foram os anos da ditadura e até da transição para o que acreditávamos, ser uma democracia.

Nossa moeda passou a ser o Real e não mais apenas a perspectiva ou a esperança de dias melhores. O brasileiro passou a se alimentar melhor, teve direito ao teto, a educação, emprego e até alguns itens considerados supérfluos e que somente à elite tinha acesso. Vivemos dias de glória e o país até saiu do Mapa da Fome publicado pela ONU, anualmente. Passamos a disputar a sexta posição entre as maiores potências econômicas do planeta e tivemos o privilégio de formar uma reserva cambial de quase 400 bilhões de dólares, maior até mesmo que a dos Estados Unidos, o que nos dava uma estabilidade econômica invejada pelas maiores nações, que estavam altamente vulneráveis às crises econômicas internacionais, que no capitalismo, são cíclicas, pois o capitalismo é uma espécie de uma gigantesca pirâmide, um dia a casa cai e alguém tem que pagar a conta.

Sanguessugas do legislativo, judiciário, executivo e a grande mídia uniram-se à potências internacionais e resolveram que o povo da América Latina teria que pagar essa conta da gigantesca pirâmide que é o capitalismo e passaram a golpear democracias, como a do Brasil, principalmente, que ainda não estava totalmente consolidada. Aqui as instituições públicas ainda sofriam espasmos de ditadura e de vez em quando ainda saíam dos trilhos da democracia e experimentavam decisões ditatoriais.  Aqui ainda confundiam liberdade de expressão com liberdade de calúnia nas grandes mídias. Aqui a população ainda não havia sido devidamente instruída sobre os seus direitos numa democracia.

Do dia para a noite constatamos que nossa moeda Real havia desaparecido de circulação para os pobres, negros, mulheres, LGTB’s, miseráveis, sem tetos, sem terras… enfim, para o brasileiro comum em sua grande maioria como o resultado de um golpe na democracia e no povo. Tentamos recorrer às perspectivas e lembramos que não havíamos cunhado esta moeda virtual durante muitos anos e ela não mais existia para substituir a moeda corrente… corremos nossos olhos para a nossa última alternativa, a esperança, que dizem ser a última que morre e ela estava lá, agonizante, dando os seus últimos suspiros de vida. Não adiantou massagem no coração, respiração boca a boca. A esperança também morreu. Estamos, então, sem nenhuma moeda?

*Jornalista e Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente. Autor dos Livros: O Organoléptico e Da prensa ao jornalismo ambiental.

 

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Sujos e mal-lavados

Os cacicagões da política do Rio Grande do Norte, não podem “mangar” e muito menos fazer pouco uns dos outros, todos são sujos e mal-lavados e estão na mesma canoa furada. Enquanto o Ministro do Supremo, Edson Fachin arquivava denúncia contra o senador Garibaldi Alves (PMDB), a Polícia Federal fazia uma busca na residência do Bob Pai, governador Robinson.

Nem baixou a poeira, o Gripado, aquele senador potiguar, da perereca de R$ 55 mil, Presidente Nacional do DEM, vai depor na Polícia Federal, acusado de peculato e lavagem de dinheiro. Jajá é suspeito de empregar um fantasma no seu gabinete, no Senado Federal.

A Ministra do Supremo, Rosa Weber deferiu o pedido do Procurador-Geral da União, Rodrigo Janot, a fazer diligências em imóveis a procura de documentos que possam comprovar ou inocentar  o senador: “A oitiva do senador investigado pode ser efetivada tanto perante o órgão do Ministério Público quanto perante a autoridade policial”, disse a Ministra.

O ex-senador Darcy Ribeiro, certa vez disse “O Senado é melhor do que o céu, porque nem é preciso morrer para estar nele”.

Lá como aqui, a “meninada” do parlamento tem essa mania besta de empregar fantasma. Não sei por quê?

Ruim

O Coisa Sarnento, que pernoita numa tumba, no subsolo do Palácio do Jaburu, fez previsão de R$ 969 para o salário mínimo do ano que vem, R$ 10 a menos que a projeção atual sobre a inflação do período. Quando o sujeito é torto, até a cinza é torta. Vai ser ruim assim lá nas profundezas do inferno.

Brincadeira

Pimenta do fiofó dos outros é refresco, diz o dito popular. Assim, desse jeitinho os deputados estão preparando uma pseudo-reforma política em que criam um tal de “Distritão, ou um “semidistritão” onde elegeremos metade dos deputados numa espécie de parlamentarismo tupiniquim, a outra metade numa lista fechada feita pelos partidos. Uma maneira de assegura a eleição de muitas canalhas ao parlamento, sem falar dos R$ 3,5 bi que irão custear as campanhas eleitorais que sairão do nosso bolso.

Moralista

O senador Cristovam Buarque (PPS/DF), correu rapidamente para informar que sua conta pessoal do Twitter foi invadida: “Minha conta foi invadida. Registrei ocorrência na Polícia Legislativa e DRCC. Não curti nenhuma foto de mulher nua”, disse. A rede social mostra aos seguidores as postagens que o usuário clicou com o botão curtir. Ora, e é imoral, ilegal ou engorda curti uma bela mulher nua? Moralistas de beira de esquina. Quem não sabe das “meninas de programa” que rebolam as cadeiras nos corredores e banheiros do Congresso? Ora, Cristovam!

Salário Universitário

O governador do Estado do Ceará, Camilo Santana (PT), sancionou uma lei nesta quarta-feira (16/8), regulamentando o pagamento de um salário mínimo (R$ 937) para universitários vindos da rede pública de ensino. Eles receberão o valor durante os seis meses iniciais do curso ou meio salário ao longo do primeiro ano.

Frase

“Prefeito Carlos Eduardo lançou Natal no buraco”, deputado Fernando Mineiro(PT/RN)

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Chapolin Alves

“Tem genti qui nasci cum a bunda pra lua”, diz sem pestanejar, meu amigo Delegado (porteiro e filósofo). De certa forma tem razão. Carlos Eduardo (PDT), prefeito de Natal, poderia não, se enquadrar direitinho.

Depois que o PMDB sofreu o cangapé com a prisão do ex-deputado Henrique Eduardo Alves, o Senador Garibaldi Alves – apesar da denúncia ter sido arquivada, pelo Ministro Edson Fachin -, constar o nome na lista da Odebrecht e do seu filho, o deputado Walter Alves, qualquer solução caseira da família do patriarca Aluízio Alves, passaria pela cozinha de Carlos. Claro, o prefeito de Natal é Alves. Entretanto, sempre foi o patinho feio, a prioridade era Henrique, Garibaldi e sua prole, Carlos permanecia à margem. Mas, agora, a coisa mudou de figura. E quem poderá salvar os Alves? Os Alves mesmo, isto é, Carlos Eduardo Alves é o Chapolin Colorado da família e está em suas mãos até a escolha do cargo a concorrer em 2018.

Por outro lado, o senador José Agripino não se movimenta muito para não descer mais ainda na movediça Lava Jato. Quem poderia fazer frente a Carlitos, seria o Bob Pai. Porém, a justiça, ao que se descortina, irá nocautear o governador Robinson Faria, que mesmo sem ajuda da lei, seria um oponente mais fraco que caldo de batatas. Então, Carlinhos está de melê solto.

O prefeito da Cidade do Sol, não fez nada que se possa destacar, no atual cenário acredita não necessitar muito esforço: uma obrinha aqui, outra ali, será o suficiente para catapultá-lo a voos mais altos em 2018. Começou a fazer obras visíveis, uma delas é a Avenida Prudente de Morais que está recebendo uma camada de asfaltou novinho em folha.

Carlos, a Avenida Dr. João Medeiros Filho, parece pista de cross. Ah! Lembre-se que deste lado do rio, também têm votos.

Alcaçuz

Grave às denúncias contra o Governador Robinson Faria. Alguns entendidos do borogodó afirmam que Mister não terminará seu mandato e poderá se hospedar compulsoriamente em Alcaçuz.

Cidadão

João Dória é cidadão natalense e o empresário Flávio Rocha recebeu a medalha Frei Miguelinho, certamente, nesta tórrida, sofrida e ensolarada cidade nunca mais calamidades.  Na solenidade ocorrida no Teatro Riachuelo, o nome impronunciável e não dito, parece ter sido combinado previamente, foi do Presidente da Câmara, afastado, Raniere Barbosa, ninguém quis colar seu nome ao do vereador, nem mesmo os homenageados ousaram falar. Mesmo tendo sido dele a iniciativa das homenagens. Que coisa!

INSS

O governo do chupa-cabras, presidente golpista temer, vai massagear o lombo dos servidores públicos federais com um porrete de urtiga. Está em estudo um aumento da contribuição do INSS, atualmente é de 11%, com a elevação passaria para 14%. É a conta chegando!

Frase

“Imprensa acha que usa, mas ela é usada”, diz Dunga sobre escalações.

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O Chilique do Bob Pai

Infelizmente, havia e ainda pode existir os que juram de pés juntinhos, que a corrupção é coisa lá do cerrado brasileiro, e que nossos políticos são todos limpinhos de almas puras e lavadas com Omo total, certamente estes deram com os burricos n’água. Aqui na taba, da várzea à capoeira a famigerada corrupção brota viçosa e exuberante.

O Robinson Faria, dá chiliques e acusa a imprensa de potencializar a violência, sua casa é “visitada” pela Polícia Federal para uma varredura, em busca de documentos que comprovem sua participação no esquema que desviava recursos usando empregados fantasmas. O esquema, segundo delatores, funcionava desde sua Presidência da Assembleia e, que ele recebia R$ 100 mil por mês. Também pesa sobre a cabeleira do Bob Pai, acusação de pagar uma “mísera” quantia de R$ 5 mil por mês para não ser citado na delação premiada, da gestora do esquema, Rita das Mercês, dinheiro este que era pago em estacionamentos de shoppings e até no Centro Administrativo do Estado.

Bob Pai fora do tom

Enquanto isto, dois estudantes de músicas da UFRN, vivem um drama surreal, em qualquer parte do mundo civilizado, estes moços seriam motivo de orgulho ao seu torrão, aos governantes, mas, por estes lados a banda toca desafinada. Os dois músicos ganharam bolsa para estudar na Finlândia, no entanto, mendigam apoio e fazem uma vaquinha para poderem custear viagem e estadia naquele país.

Bob Pai em águas turvas

O Mister Robinson, aparentemente tem a numerologia como guia, a não ser que seja muita coincidência do número 5 lhe persegue à sombra. O Robinson dorme sob suspeita de corrupção, o Joesley Batista, dono da JBS, afirmou ter repassado ao governador R$ 5 milhões e mais outros R$ 5 milhões para seu filho, o deputado federal Fábio Faria, as quantias seriam um “agrado”, isto é, uma espécie de “caução de propina”, para que o Bob Pai dessa preferência de venda da Caern à JBS. Não há como negar que nosso governador navega em águas turva e turbulentas.

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Eu sou teu sangue meu velho

Claro, que nós homens estamos numa categoria inferior à da mulher, ela sim é sublime, apesar de todo nosso esforço de ter algum poder igual ao dela, sempre acabamos chorando nossas mágoas em seus braços, ela merece todas as homenagens, e digo: 365 dias são poucos à sua grandeza. Mas, hoje é dia de falar de homem, macho, super-herói: pai.

Diga aí, qual o “caba” macho que num faz os olhos verterem quando lembra de seu velho pai? Ou aquele que não teve tempo para conhece-lo, ou ainda: aquele que não sabe quem é seu pai? Por mais insensível que seja, o sujeito não resiste. Nem que seja pelo menos uma nanogotinha no canto do olho, certamente escorre, não tenho a mínima dúvida disto.

Eu mesmo daria alguns anos de minha vida por poucos segundos permitidos à minha infância ao lado do meu pai e daria outros tantos com cada filho que puder ter no colo, pondo-o para dormir cantando. Olhe, meu amigo ser pai, é uma coisa assim… Assim, como….Quer dizer é assim… Quase… Bom, quem é pai sabe do que falo.

Ah! Não me venha com essa conversa de todo dia é dia dos pais e esta data é coisa do capitalismo selvagem, do consumismo desenfreado, concordo. Mas, eu, hoje, vou almoçar com o meu, e depois que minha irmã, Márcia disse que tinha uma tripinha de porco bem torradinha  – que Socorro não veja -, feita no capricho pra ser degustada, não falto nem a pau, aliás, só quero um motivo pra ir almoçar lá em papai: quando chove; faz sol; é domingo; sexta-feira; segunda; valho-me de qualquer ensejo para ver meu pai, enquanto ele está por aqui, preciso aporveitar. Não quero ser mais um a ter Epitáfio – Titãs, como trilha sonora da vida.

Mas, se você acha bobagem, tudo bem. Agora, não me venha choramingar quando ouvir Pai – Fábio Jr, “Tudo porque te amo” – Casa da Máquinas, Meu Velho de Altemar Dutra, ou quem sabe Naquela Mesa do Sérgio Bittencourt que escreveu esta maravilha para o seu pai Jacob do Bandolim. Portanto, meu caro, se eu chorar e a lágrima molhar o meu sorriso, fique certo que é alegria, de você já não sei. Um Feliz Dia dos Pais.

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Lula cá

O presidente Lula Iniciará no 17 próximo, uma caravana pelo Nordeste, onde visitará 28 municípios da região. Aqui, na aldeia irá a Mossoró e Currais Novos, toda a jornada será feita de ônibus: “É uma caravana que exige muito de cada companheiro. Será uma tarefa imensa, quase 22 dias de viagem. É preciso que haja um mínimo de infraestrutura”, afirmou Lula.
A largada terá início no Estado da Bahia com final roteirizado para o Maranhão. Segundo o petista, o objetivo é para que Partido dos Trabalhadores se reencontrar com a sociedade brasileira. Em 8 Estados visitados, o ex-presidente Lula será recebido por governadores, aliados e a militância.
A “Caravana da Esperança”, assim batizada, percorrerá 3.000km, também há um desejo de transmissão em tempo real. Porém, em seu Estado natal, Pernambuco, o governador não será anfitrião.
Logo após a excursão nordestina, Lula visitará a região Sul e Sudeste, dando especial atenção aos Estados de Minas Gerais e São Paulo.Segundo militantes fervorosos, em Mossoró, no dia 28, preparada uma grande festa para recepcionar o Presidente Lula.

Economista

Neste imbróglio de poucas perspectivas da área financeira e econômica vivida por todos nós, precisamos dos economistas, mais do quê nunca. Carecemos sim, necessitamos com urgência aprender a lidar com nosso mirrado dinheiro mensal, termos mais ciência do quê é e, pôr em prática a chamada Economia Doméstica, para não cairmos em dívidas que com pequenos atos poderiam ser evitadas.
Em tempos bicudos toda ajuda é bem-vinda. Creio piamente na fala do amigo Ricardo Valério, Presidente do Conselho Regional de Economia do Rio Grande de do Norte.

Ibama

O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, continua a malhar em ferro gélido. Nesta, segundo 31 de julho, pediu novamente a prisão e perda de mandato do senador Aécio Neves (PSDB). O Janot parece desconhecer a Lei n. 9.605, em seu Artigo 29: Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, estará cometendo crime ambiente.
Portanto, para engaiolar o tucano, não deve o Procurador solicitar autorização ao Supremo e sim, ao IBAMA.

Impostos

O Governo vampiresco do Sarnento, através do Ministro da Fazenda, Henrique Meirelle, sinaliza com a possibilidade de utilizar a velha e degenerada fórmula de cobrir o rombo do déficit de R$ 20 bi com aumento de impostos. Não precisamos dizer do efeito cascata provocado pelo aumento dos combustíveis. Dá-lhe temer!

Energia

Não há luz no fim do túnel, se houver certamente estará apagada. O governo decidiu aumentar a conta de energia, não enter em choque, é apenas temer pagando a conta do impeachment e a sustentabilidade do seu cargo.

 

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O Peru de Patrícia

O ser humano é mesmo surpreendente. Quando vi pela primeira vez uma foto, na revista Cruzeiro ou Manchete, lá pelos anos 70 – não vou estressar e tensionar minha fina memória -, de uma figura com os olhos “esbrugalhados”, o bigode desafiando a gravidade disse a mim mesmo, esse cara é louco, em seguida comecei a degustar a matéria, deparei-me com outras imagens tão ou mais desconcertantes quanto a primeira, eram seus quadros com objetos retorcidos, derretidos, não tive dúvidas, confirmei minha suspeita: esse cara é louquinho da silva.

Mas, os artistas são loucos, como diz o Astor Piazzolla na sua Balada Para Um Louco:

“Ah! ah! ah! Você ri… você ri porque só agora você me viu.
Mas eu flerto com os manequins,
o semáforo da esquina me abre três luzes celestes.
E as rosas da florista estão apaixonadas por mim, juro,
vem, vem, vamos passear. E assim dançando, quase voando eu…”

São todos loucos, muito loucos. E, nos surpreendem a cada momento, quando menos se espera, estão nos mostrando que ainda existe algo a ser feito, como Chico e sua “Tua Cantiga”, que bela surpresa.

Sem mais nem menos folheando, aliás, navegando tropecei numa moldura onde uma figura parecendo querer furar os olhos com seu bigode, descia as escadarias do metrô parisiense, sendo puxando por seu bichinho de estimação, um faceiro tamanduá Bandeira, nada mais “comum” a excentricidade aos artistas, se não fosse ela protagonizada por Salvador Dali que, a elevou ao quadrado. A cena devolveu-me aos bons anos 70, quando saíamos uma turma de meninos com gaiolas e alçapões para pegar passarinhos, todos sonhando com um Golinha, Azulão, e, meu irmão De Assis, meteu no “quengo” de achar um ninho de Urubu com filhote para ele criar, o quê foi reprovado com veemência por nós e Dona Geralda, minha mãe. Meu irmão não se tornou artista, é certo, mas é um eletricista de mão cheia e torcedor daquele time (não sei pronunciar o nome, Deus me livre três vezes) que tem como casa um ninho dessa ave.

Depois de cinquenta e lá vão fumaças, com os olhos cansados de ver todo tipo de imagem e histórias nas redações de jornais por onde passei, acreditei que poderia não me surpreender com mais nada. Qual o quê! Hoje cedinho, ainda debaixo dos lençóis pedi para Maria desligar a tv, sair do Globo Rural, pois ela não era fazendeira nem nada, ela disse que o grugrulejar que invadia nosso quarto era do bichinho de estimação de Patrícia nossa vizinha, uma bela ave Meleagris, isto é, um pomposo e bem cuidado peru.

Em pleno bairro de Petrópolis, acordar ao canto de ocelado peru, claro, não fiquei mais espantado que os transeuntes de Paris ao ver Dali e seu tamanduá.

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Propinoluz

A Cidade do Sol potiguar, virou “Cidade Luz”, não pela mesma razão ou talvez sim, da bela Paris. A cidade do Liberté, Egalité, Fraternité, ganhou carinhosamente a denominação de “Cidade Luz”, por causa das mentes brilhantes que eram atraídas a beberem água do Rio Sena, na bela capital francesa. Aqui, na taba, as mentes brilhantes corruptas bebem no fétido, poluído e maltratado Rio Potengi e também são o motivo da transformação da Cidade do Sol em “Cidade Luz”, numa operação do Ministério Público.

A corrupção iluminou às portas do fundo da Prefeitura de Natal. Um dos secretários mais importantes da administração passada de Carlos Eduardo, agora, Presidente da Câmara Municipal de Natal, Raniere Barbosa, teve seu gabinete vasculhado, documentos apreendidos e afastamento solicitado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte, por suspeita de corrupção, na Operação “Cidade Luz”, que investiga o desvio de R$ 22.030.046,06 da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal (Semsur).

Segundo MP/RN, há fortes indícios de superfaturamento e pagamento de propina relativos a contratos firmados entre empresas e a Semsur para a prestação de serviços referentes à manutenção e à decoração do parque de iluminação pública da capital potiguar.

Não há luz no fim do túnel, mas um propinoluz.

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DE CERCO E CIRCO

Quem foi o idiota que disse que “a alegria do palhaço é o circo pegar fogo”? Mesmo Nero, que não era nenhum palhaço, mas, apenas um péssimo cantor, se assustou quando percebeu a trágica dimensão do incêndio que impôs à eterna Roma. É bem certo que numa visão pragmática o fogo tem função purificadora, redimente, todavia, o faz radicalmente e com destruição até da coisa confrontada, para o bem ou para o mal. Assim, palhaço que se preza mesmo não deseja que o circo pegue fogo, pois, afinal, o espetáculo deve continuar e fazer rir é o seu objetivo de vida, além de ganha-pão, claro. A referência serve àqueles que têm vida de palhaço sem serem necessariamente palhaços na vida.

Cai como uma luva essa assertiva se o foco for direcionado ao momento político atual. Ora, poucas vezes na história desta República um presidente sofreu um cerco tão grande quanto o Temer, num país em que a luta contra notórios e notáveis corruptos se transformou em pretexto para ações de conquista e fortalecimento do poder político. O mais intrigante: as famílias brasileiras, homens e mulheres, participam entusiasticamente dessa caça aos corruptos, como se isso nada tivesse a ver com eles, como se os políticos e outros biltres envolvidos em falcatruas com dinheiros públicos não tivessem sido eleitos com seu votos. Queiram ou não, os políticos de todos os matizes e exercestes de cargos eletivos têm a mesma cara do povo brasileiro. Afinal, “levar vantagem em tudo”, ser mais ‘esperto’ , furar as filas da vida ou ser fascinado por privilégios faz parte do nosso ethos, “complexo de vira-lata” à parte.

O surpreendente é a recorrência da corrupção: a despeito das técnicas sofisticadas de investigação e das cada vez mais frequentes, estonteantes e arrasadoras ‘colaborações premiadas’, as ‘delações’ para usar a linguagem mais crua e usual, políticos importantes continuam a agir desabridamente com a promoção de negociatas e ações criminosas de corrupção, além daquelas que fazem para esconder os malfeitos e obstruir a atuação da Justiça.

Foi o que ocorreu recentemente com pessoas com trânsito no Palácio do Planalto e, pasmem, com protagonismo direto do presidente da República, Michel Temer, o que deu à crise política contornos insuportáveis. Como explicar o envolvimento direto de pessoas do círculo íntimo do presidente Temer em casos comprovados de corrupção: a cena filmada e exibida do deputado Rocha Loures a receber uma mala de dinheiro sujo chega a ser patética, sobretudo, a corrida que fez pelas ruas de São Paulo capaz de quebrar até os recordes do velocista Usain Bolt. Mais ridículo ainda foi o diálogo do próprio presidente da República  com o empresário corruptor – o indefectível Joesley Batista, o ‘Safadão’, do grupo J & F, no subterrâneo do Palácio Jaburu, residência de Temer, quando foram tratadas questões que envolvem graves crimes e que, levados a conhecimento do Supremo Tribunal Federal através de denúncia formalizada pela Procuradoria Geral da República, se transformaram na primeira apuração criminal na história da República que envolve a figura do primeiro mandatário da nação por crime comum.

O presidente Temer, todavia, somente será definitivamente processado no STF se mais de um terço dos membros da Câmara Federal aceitar a denúncia. Temer já ganhou na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. No plenário, dificilmente sairá uma decisão que determine o prosseguimento da denúncia: goste ou não dele, fato é que Temer conhece muito bem esse jogo e sabe jogar, jogando na mesa os triunfos que tem no momento certo. Contrariamente do que ocorreu com a ex-presidente Dilma Rousseff, Temer dá mostras de enorme capacidade de articulação política para conseguir votos suficientes para sepultar o processo que poderia afastá-lo da presidência e, de modo definitivo, defenestrá-lo da presidência da República. Sem dúvida, ele vem suportando olimpicamente um dos maiores cercos políticos sofridos por um presidente da República da história brasileira.

Uma coisa é certa: embora fragilizado politicamente, sobretudo, com as prisões de seu auxiliares diretos – Eduardo Cunha, Henrique Alves, Rocha Loures e Gedel Vieira, Temer demonstra uma enorme capacidade de dar respostas rápidas e eficazes para os tantos problemas que atravancam o seu governo, inclusive, os baixíssimos  índices de popularidade. Claro, difícil é prever como serão as consequências da sua (anunciada) vitória na Câmara dos Deputados.

Político experiente e profundo conhecedor dos meandros da política, ele sabe que dificilmente será impedido de transmitir a faixa presidencial ao ungido pela urnas na eleição presidencial de 2018, o que, aliás, pode ser até uma razoável solução política neste momento, à míngua de alternativa para sua substituição imediata. Por suposto, imagine-se um afastamento de Temer em face de uma derrota (que não ocorrerá!) no plenário da Câmara Federal: o deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ), conhecido pelo codinome ‘Botafogo’ – que nada tem a ver com o meu glorioso time da Estrela Solitária! –  nas investigações de corrupção da Operação Lava Jato, que convocaria uma eleição presidencial indireta pelo Congresso Nacional. Muita confusão que só agravaria mais e mais as crises da economia e da política. No mais seria trocar seis por meia dúzia, o que não parece nada razoável. Melhor é esperar um pouco mais, pelas eleições de 2018. Afinal, de sã consciência, ninguém quer ver o circo Brasil pegar fogo.

Paulo Afonso Linhares

 

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…É preciso cantar!

 

Creio que a música é uma das mais importantes e majestosas expressões artísticas do homem, quiçá, não seja a mais bela. “Sem a música, a vida seria um erro”, cantou Nietzsche, já o escritor britânico Oscar Wilde escreveu: “A música é o tipo de arte mais perfeita: nunca revela o seu último segredo”. Outro dia escrevi numa conversa com minha caçula Larissa Brito, que a “música é a maneira mais fácil de falar com Deus”, falei numa tentativa de acalmar seu coraçãozinho adolescente evangélico, e também por não saber rezar, quando necessito de uma intervenção Dele, canto.

Fico em harmonia com os ditos de Nietzsche e Wilde e sigo no mesmo compasso e melodia. Vejam no quê nos transformamos, imagine se não houvesse a música, quê espécie de humanidade seríamos?

Não conseguia imaginar como uma pessoa podia não gostar de música. No jornal Gazeta do Oeste, sobre minha mesa um micro system tinha lugar cativo e sagrado, eu e  Maria  trabalhávamos cantando e, incomodava Lins, o outro colega do departamento de arte. Ele se irritava e, nós nunca nos colocamos em seu lugar, ao contrário, sob o manto do egoísmo dizíamos ser frescura do meu amigo de infância, Chico de Tetê.

Segundo um estudo da Universidade de Barcelona, existem indivíduos que não sentem prazer ao ouvir músicas. Esta incapacidade foi batizada de “anedonia musical específica”. Portanto, meu amigo, Chico, você que já partiu para o Plano Superior e, certamente tem um coração muito mais puro destes que aqui estão, rogo-lhe perdão.

Ontem, tirando a poeira do bornal, onde costumo guardar as mais preciosas lembranças, dei de cara com uma música me empurrando na máquina do tempo de volta aos meus 15 anos, lá nos Paredões, no exato momento em que saía a primeira fornada de pão, da padaria de “seu Arlindo”, de parede e meia da minha casa. Dona Geralda (minha mãe), a estas alturas, já havia feito um bule de café e posto à mesa, juntamente com a lata de manteiga Itacolomy, logo Carlinhos (in memorian), meu irmão, em gesto robótico automático entrava na padaria retornando com uma braçada de pão bem quentinho: doce, d’água, massa fina e sem esquecer o de coco, o meu preferido, para alimentar o batalhão de amigos e namoradas que todas(quase) as tardes batia continência lá por casa, para estudar, e formar um grupo de animadora de torcida para ver “seus namorados pernas de paus” baterem um rachar no meio da rua, confesso que meus olhos, por um momento, tornaram-se uma cacimba minando água, não por melancolia, tristeza, saudosismo, não, não, mas por ter vivido aquele tempo, onde as coisas “pareciam” ser mais simples.

Digo sim: pingou água no teclado. Mas, dessa vez a tristeza reclamou seu lugar ao meu lado. Choramos copiosamente vendo o quê fizeram e estão fazendo e ainda farão com nosso país verde e amarelo.

É Wilde, não tem jeito! Cada vez que ouvimos a mesma música, descobrimos parte do seu segredo, muito embora, pensamos em outro contexto, em outros tempos de quintais. Porém, “para ser feliz nessa vida é preciso cantar”.

“Hoje, você é quem manda falou tá falando, não tem discussão, não…”