Autor: brito_admin

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Ingratidão

Era uma vez um sapo e um escorpião que estavam parados à margem de um rio.

– Você me carrega nas costas para eu poder atravessar o rio? – Perguntou o escorpião ao sapo.

– De jeito nenhum. Você é a mais traiçoeira das criaturas. Se eu te ajudar, você me mata em vez de me agradecer.

– Mas, se eu te picar com meu veneno – respondeu o escorpião com uma voz terna e doce -, morro também. Me dê uma carona. Prometo ser bom, meu amigo sapo.

O sapo concordou.

Durante a travessia do rio, porém, o sapo sentiu a picada mortal do escorpião.

– Por que você fez isso, escorpião? Agora nós dois morreremos afogados! – disse o sapo.

E o escorpião simplesmente respondeu:

– Porque esta é a minha natureza, meu amigo sapo. E eu não posso mudá-la

      Heloisa Prieto. (O livro dos medos)

A quem anda neste torrão abençoado por Deus e bonito por natureza é preciso saber viver: tentar entender a natureza humana ou pelo menos não gerar grandes expectativas, por que é de onde não se espera nada, que nada vem, isto se quiser manter uma saúde mental equilibrada.

Nós, os humanos, somos completamente permeados por inúmeros vícios nos levando a comportamentos egoístas, somos fáceis de vestir(?) um escafandro e submergirmos, encapsulados pela corrupção de nossa ingratidão e na escuridão das profundezas passamos a não enxergar nada mais que nosso próprio umbigo. Desdenhamos de tudo e de todos, como se fora um soberbo profeta, que esquece de que o futuro pode ser ouro, mas também tem grandes chances de ser pirita.

Dizem que ingratidão inocula nas pessoas uma imensa fraqueza moral e ética as assombrando, atormentando-as e, por saberem dessa condição de não terem a gratidão como preceito, o medo as torturam, as consomem. Sob cega soberba, não agradecem, não pedem desculpas, entende, se assim o fizerem, estarão sendo humilhadas, derrotadas, fracas.

Pessoas ingratas tratam os mais fracos, os pobres, os cidadãos comuns como se fossem menos gente, menos humanos, menos vivos, apenas pobres diabos almas penadas, zumbis. Mas, de fato, na verdade estas pessoas são simplesmente seus reflexos e, é isto que as atemorizam e com uma nevoa, olham para um lado só, feitas estátuas de sal, para esquecer de onde vieram e daqueles que puseram pequenos seixos nos seus alicerces o qual hoje, edificam seus palácios.

Diz Cícero “a gratidão não é só a maior das virtudes, mas a origem de todas as outras”. Agradecer, ter gratidão é uma qualidade dos fortes destes que têm consciência que tudo lhe foi dado: a vida, a saúde, as habilidades, família, filhos, amigos, dinheiro, fortuna e fé. Entretanto, por vezes atravessam o Rubicão da ingratidão, e assim feito, feito está. Porém, se estão vivas, ainda dá tempo de agradecerem a cada respiro.

Diz a o livro Sagrada aos cristãos: A ingratidão mostra que estamos longe de Deus – Ramanos – 1:21

Calhordice

A grande imprensa brasileira é conspiradora, retrógada e reacionária. Tem lutado permanentemente contra o Brasil. Torce, incentiva, fomenta a negação do país ter no mundo o papel que lhe é de direito. Haja vista a calhordice promovida pela diretora de jornalismo do Estadão forçando uma ligação do Ministro da Justiça, Flávio Dino com uma senhora alcunhada de “Dama do Tráfico”.

Guerra

Em nome de um equilíbrio e controle geopolítico a conivência do mundo “civilizado” ocidental salta aos olhos com a barbárie instalada em Gaza, onde o cretino Netanyahu mata crianças e idosos palestinos sob pretexto de uma guerra contra o Hamas, o que de fato, vemos nas imagens de tv, são inocentes crianças ensopadas de sangues.

Editais

Me disse um amigo, esse pessoal que elabora os editais culturais, sente prazer com o sofrimento alheio. São pessoas invejosas de mente doentia, gente do mal. Pois, com régua e compasso calculam a extensão do dano mental naqueles que se aventuram a participar de qualquer modalidade descrita no “bendito” edital e, acabam sucumbindo à frustração intensa por não conseguirem entender porra nenhum. De fato, eles são feitos para uma pequena casta de “artistas”.

Frase

“A venda de órgãos (humanos) é um mercado a mais” Javier Milei, Presidente da Argentina

Caricatura

Caricatura do Javier Milei, Presidente da Argentina para o 18º Salão Internacional de Humor de Caratinga/MG

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Javier Milei

Caricatura do Javier Milei, Presidente da Argentina para o 18o Salão Internacional de Humor de Caratinga/MG – 2023

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Padre Sátiro

Tudo já dito e todas reverências foram postas ao Pe. Sátiro Cavalcanti Dantas, que nos deixou nesta segunda-feira,27, aos 93 anos de idade para ir aos céus. Como eu não sei rezar, desenho esta singela homenagem.

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Aninha Queiroz

Caricatura da comerciante Aninha Queiroz, carnavalesca Fundadora do Bloco Aurora na Rua, da comunidade do Pium/RN, que infelizmente não estará mais entre os seus amigos foliões, partiu mais cedo, no 23 de junho de 2023. Mas, certamente, junto com seu Antônio – outro ícone do carnaval de Pium – farão festa no céu.

Aninha também será homenageada no carnaval de 2024, pelos amigos foliões, sob a liderança do Nelson Rebouças.

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Edson Barbosa

Nossa homenagem ao amigo ex-prefeito de Baraúna/RN, Edson Barbosa, que nos deixou nesta manhã de sábado,25.

Certo que sua falta será permanente entre nós, desejamos aos familiares e amigos nossas condolências.

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Seu Antônio

Caricatura de Antônio Jacinto, habilidoso carpinteiro nascido nos anos de 1939, em São Gonçalo do Amarante. No início dos anos 50 mudou-se para comunidade do Pium, Parnamirim/RN, onde fundou a Escola de Samba Unidos do Pium em 1985. Seu Antônio brincou seu último carnaval neste 2023, indo festejar no céu.

No Carnaval de 2024, sob a organização do amigo agitador cultural Nelson Rebouças, o mestre carpinteiro, será homenageado durante o reinado de Momo no Pium.

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Fernando Coelho dos Santos

Caricatura de “Fernando Coelho” para o 18º Salão Internacional de Humor de Caratinga, infelizmente não foi selecionado. Enviei 7 desenhos para o festival, 5 foram selecionados. Obrigado, a comissão julgadora.

Considerado o “pai da ideia dos salões de humor no Brasil”, Fernando Coelho dos Santos será o homenageado do 18º Salão Internacional de Humor de Caratinga, como caricatura temática através do 3º Festival Jal&Gual. 

     Fernando Coelho e o caratinguense Zélio Alves Pinto, criaram em 1973 o 1º Salão Makenzie de Humor e Quadrinhos, o primeiro realizado no Brasil, que desde então, influenciou os mais de 130 eventos, que até hoje seguem seus conceitos iniciais, tanto na organização, regulamento, formatação e premiação. Estes vários salões, são responsáveis por vários salões, são responsáveis por nossas destacadas gerações de humoristas gráficos.

Salão Internacional de Humor de Caratinga

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Danilo Santos Miranda

Meu Danilo Santos Miranda para Exposição, em São Paulo/SP, organizada pelo jornalista/cartunista José Alberto Lovreto – JAL.

Você cartunista ainda pode mandar o seu até dia 30 de novembro/23.   

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CAPELA ESCOLA DO BOM JESUS

*) Por Márcio de Lima Dantas

No bairro Bom Jesus, localizado nos arrabaldes da cidade de Mossoró, há alguns anos, quando fiz essas fotos, encontrava-se uma capela tão comum aos distritos um tanto distantes do centro (não sei o estado atual), sobretudo às populações com forte pendor a fé propugnada pela Igreja Católica. Isolada em um extenso terreno baldio, na entrada daquele bairro rural, erguida à beira da autoestrada que segue em direção à cidade de Governador Dix-septrosado, descendo para o lado direito.

Essas ermidas, quase sempre despojadas de uma maior profusão de adereços, simbolicamente funcionam como o poder de uma Instituição Religiosa, fazendo saber de uma pertença, outorgando de maneira subliminar que o raio de ação de determinada prática religiosa está para além do que se imagina em um primeiro olhar.

Com efeito, não podemos esquecer o fato de que periodicamente vem um sacerdote batizar crianças, legalizar casamentos, catequizar e oficiar a liturgia, fortalecendo a coesão do rebanho, evitando a dispersão por meio de uma permanente assistência. Antigamente, não era difícil encontrá-las nas cercanias de muitas cidades, no interior de fazendas ou às margens de estradas. O que chama atenção nessa pequena capela são os usos simultâneos de dois espaços considerados como excludentes: o sagrado e do profano.

O escrito acima da porta de entrada, ocupando quase toda a largura da fachada principal, CAPELA – ESCOLA – DO – BOM – JESUS, demonstra em um rasgo de lucidez e pedagogia que onde habita o sagrado também há lugar para acolher crianças e adolescentes necessitados de receberem as primeiras letras e a tabuada, tornando-os mais aptos para a vida. O sagrado e o profano não são antípodas, haja vista as festas religiosas ao deus Dionísio, na antiga Grécia. Para não ir muito longe, observamos que no carnaval brasileiro, refiro-me às escolas de samba do Rio de Janeiro.

No século XIX, a conhecida ala das baianas, era tão-somente uma parte dos cortejos das procissões em homenagem ao calendário de eventos da Igreja Católica (In: Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida). Curioso observar como o caráter de mestiçagem se estende ao plano arquitetônico da capela. Tal miscigenação concerne às formas empregadas na consecução da fachada, dando a conhecer apenas por um detido olhar das partes empregadas em lograr êxito, resultando em uma graciosa harmonia. Não precisa ser apreciador de arte para simpatizar com essa pequena construção chantada em um lugar ermo.

O próprio fato de ter sido construída em um terreno baldio, não detendo casas na sua vizinhança, já convida o olhar para ela, ressaltando suas linhas arquitetônicas de um despojamento e uma simplicidade que, como todos sabem, é muito difícil de se conseguir no domínio da arte. Vejamos como isso se organizou.

Nos dois lados da ermida, temos uma alternância entre duas portas e duas janelas longilíneas, sendo que nas quatro aberturas que dão para o interior, a parte que fecha cada uma é em arco clássico, ocorrendo um certo aprofundamento na alvenaria, permitindo ressaltar tanto o arco, como a as portas e janelas de madeira. Tem também uma outra coisa, uma espécie de falsa coluna quadrada, essas linhas riscam do sopé até o cume. Cada parte que enquadra janela ou porta sobressai discretamente acima da linha do telhado, provavelmente proporcionando obliterar a queda d´água, que irá escoar ao longo da bica, bem visível quando do início da frente. A porta principal detém uma compleição que remete aos arcos ogivais, tão nossos conhecidos por terem sido usados na Idade Média nas catedrais góticas.

É óbvio que não seguem rigorosamente os contornos desses arcos, mas não há como deixar de estabelecer uma relação, visto que o Imaginário da Igreja Católica detém elementos dos diversos estilos estéticos que vigoraram consoante as condições históricas, possibilitando uma eficácia maior da Ideologia da fé, que sempre manteve a supremacia no que diz respeito à dimensão religiosa. Assim, essa porta de madeira contém oito almofadas; é a maneira que se nomina toda e qualquer forma em alto-relevo em portas, servem para conceder valor estético, não funcional, permitindo entrever uma elegância e dignidade ao conjunto de paradigmas utilizados na elaboração sintagmática dessa humilde capela.

A calçada junto com o batente para adentrar pelo recinto, lembra aos que vêm estudar ou praticar sua fé a natureza de um simbólico que lança vetores para o alto, vigorando o caráter ascensional, tanto no que concerne a um lugar para ritualizar um deus, quanto no que diz respeito à escola como sítio do saber. Ambas resguardam sutilmente relações de poder presentes na vida social. Esse conjunto em movimento ascendente está encimado por uma elegante platibanda, arrumada em cima, tornando-se um estilizado triângulo equilátero.

Via de regra, a platibanda funciona como um meio de esconder a cumeeira, visto ser a intersecção de duas águas-mestras. Tudo indica que sua dimensão estética sobrepujou a dimensão funcional ou de valor prático. É só prestar atenção, como aquela finaliza o cume, havendo uma pequena janela em arco com um discreto sino. Logo acima, temos uma cruz. Não podemos deixar de ressaltar o lado direito e esquerdo da platibanda. O fato de ter duas volutas serpenteando em busca do alto, lembra a linha curva presente na tradição Barroca da nossa cultura. Mais uma vez remarcamos que não passa de uma estilização da linha curva que predominou nas construções religiosas e civis durante o nosso período Colonial.

A linha curva é bastante condizente com o ideal propugnado pelas religiões, pois estabelecem como alvo das prédicas a subjetividade, a emoção, um ethos que se opões frontalmente à razão, pois é necessário acreditar em algo abstrato, não tangível.

Não vamos esquecer um componente dessa fachada. É um traço presente na Arquitetura Clássica, advinda de uma sedimentação estética que levou séculos para se presentificar, atingindo seu apogeu na arquitetura da Antiga Grécia. Estamos falando da simetria bilateral, a possiblidade de cortar ao meio a capela, acabando com dois lados iguais. Tal traço segue à risca esse plano arquitetural, não muito presente no Barroco.

Por fim, nessa tão modesta capela, adjacente à cidade de Mossoró, pudemos constatar um amálgama de diversos estilos de época concernentes à História da Arte no Ocidente. Bem claro que não seguem strictu sensu os paradigmas apontados aqui, mas são estilizações ou evocações dessas manifestações artísticas.

O fato desses partícepes se manifestarem discretamente nos traços dessa construção, não invalida as nossas observações, visto que, no século XX, foram poucas as formas de arte que se apresentaram em estado puro. O importante é que na sua aura haja identidade e pertencimento a determinados grupos sociais. No caso aqui estudado, a Igreja Católica e a Escola, todas duas resguardadoras da Ideologia, seja por meio de um deus monoteísta, seja por meio da linguagem. Ambas ferramentas manuseadas desde sempre pelos que detém o controle da sociedade.

(*) Márcio de Lima Dantas – Professor doutor e escritor

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Feliz 15 anos, viva sua idade.

Hoje, seria e é, um dia para lhe oferecer meus parabéns, felicidade etecetera, etecetera, etecetera… …Mas, antes devo render gratidão aos céus, universo, deuses por me permitirem ainda respirar os ares terrestres e poder ver duas netas chegarem a idade mágica dos 15 anos: Kayllanne e, neste dia de 18 de novembro de 2023, você minha amada neta Aléssia Brito. Por motivos de distância e tempo não posso lhe dar um abraço e um beijo. Apesar dos mais de 7 mil quilômetros que nos separam fisicamente, me apego a Lei da Relatividade, em que tempo e distância são relativos, no meu coração você e seu irmão são uma constante.

Hoje, eu poderia aborrece-la com um monte de conselhos dizendo que a vida é boa e a felicidade até existe, o que, de fato, pode ser que sim. Entretanto, segundo alguns filósofos boa parte do nosso futuro, felicidade e boa vida depende de nós, talvez, 50%. Já São Thiago diz “fé sem obra é morta”, isto é, somente a vontade sem ação nada se faz. Se pudesse, fique certa, que aplanaria seu caminho para sua felicidade ser plena.

Agora sim, um conselho: nunca se esqueça de onde você veio, suas raízes são os alicerces de uma jornada à felicidade.

Feliz 15 anos, viva sua idade.

Vovô te ama muito, aqui com o coração esborrotando de saudades.  

Brito.