Meu nome é Enéas
Aqui, em meio a rabiscos, lembrei do que me disse Paulo Linhares, pelo WhatSpp: “Todos nós temos nossas batalhas”, o que me levou a Mário Sérgio Cortella, em sua palestra, onde fala da necessidade de termos inimigos fortes, amigos sinceros que nos digam, na lata, na cara dura aquilo que precisamos ouvir e não o que queremos ouvir e ver, pois assim, nos tornamos mais fortes para as lutas do dia a dia. Em geral, se deixarmos os elogios ultrapassarem os limites de sua verdade, estaremos fadados ao fracasso, a luta será, inevitavelmente, perdida, não importando a arma que empunhemos.
É verdade, Paulo: temos nossas lutas também e, sem dúvida alguma, a maior delas é contra nós mesmos. A Teoria da Psicanálise de Freud diz que o superego é responsável por “controlar” o Id, isto é, reprimir os instintos primitivos com base nos valores morais e culturais. Devo confessar que já pensei – veja a ousadia – como Vinicius de Moraes, que certa vez disse: “Críticos são sujeitos que têm mau hálito no pensamento”. Depois de muitos banhos de água de sal para sarar as feridas, hoje, costumo observar com muito mais cuidados às críticas negativas ou aquelas mais contundentes, certamente, me dizem algo a mais. Também não serei hipócrita de afirmar que desconsidero as críticas elogiosas, seria uma grosseira mentira: tenho um silo esborrotando delas e, algumas penduro na parede de entrada. É certo, que também existem, aos borbotões, aquelas disfarçadas, que na verdade é inveja, tais como: esse texto não foi ele que fez, essa publicidade também não, ele não é tão criativo assim, ele não tem capacidade de fazer isto…Ora, estas já apertei o botão da descarga faz tempo.
Não há duvida que aquela opinião que entra em choque com a sua, certamente, lhe causa mais impacto, ela sempre nos pega de surpresa, principalmente relativa a seu trabalho. Onde quase ou sempre, você espera elogios aos milhões e, na net então, os likes e comentários positivos, têm que serem capazes de encher a Armando Ribeiro Gonçalves.
Pois, bem. Semana passada desenhei Raul Seixas e Jairo, meu amigo de 40 anos e lá vai fumaça, achou parecido com Enéas Carneiro, aquele do Prona, candidato à Presidência da República, do “Meu nome é Enéas”. Fui para prancheta, desenhei, redesenhei e ficava igual ao já feito, como não saía do lugar fui ao auxílio de Maria – ela, anos-luz mais inteligente que eu -, disse: desenhe Enéas!
Pronto, eis o dito cujo. Obrigado, amigo Jairo, pela sinceridade. Agora, é com você.