Fomos à feira
Ontem, sábado, 3, fomos à feira em família, especificamente, para 11ª Feira de Livros e Quadrinhos de Natal, no Parque das Dunas, creio que os organizadores darão como sucesso das anteriores, tamanho era o público. Pollyanne, Jade, eu e as netas Valentina e Lívia, liderados por Maria, fizemos de tudo um pouco: show musical para crianças, compramos livros, pipocas, quando meus olhos brilharam quando vi a logo do Café Santa Clara, imediatamente entramos numa fila para comprar uma dose, descubro que não era pago e, sim uma ação publicitária do café lá de São Miguel/RN, antes de saborear o pretinho você tinha que girar uma roleta, com várias opções” tente de novo, volte depois”…, coisas assim – mas você seguia e tomava o café – Maria tentou três vez, errou todas, chegou minha vez, na primeira, eu com 63 anos nunca acertei um bingo, uma rifa, sorteio de qualidade nenhuma, acertei de “prima”, ganhei o último kit, sachês de achocolatado, dois tipos de sucos, café com leite e cappuccino’, mas na hora de encher o copo faltou o preciso líquido, ficamos lá esperando e jogando conversa fora com o pessoal do Santa Clara.
Copo cheio, satisfação estampada nas fuças saímos entra as letras. Esbarramos no jornalista e escritor Cefas Carvalho, um breve bate-papo, um livro, uma foto, deixamos o amigo com sua dúvida “Não Sei Quantas Alma Tenho”, embicamos feira a dentro. Tropecei por diversa vezes em um monte de amigos do Facebook: alguns me olhavam, como quem dizia “é ele”, outros – penso eu – imaginavam “nem ele não”. Devo confessar: que coisa mais esquisita essas amizades virtuais, ao vivo, parecemos ter medo, toda aquela intimidade se esvai no mundo real, de fato, e comprovadamente, elas só valem, lá no Meta.
Cefas meu velho, sou do tempo de botequins, de aperto de mão, de um abraço apertado num amigo que há tempos não vemos. Entretanto, este é o mundo que nos apresentam, é o que está posto, logo é com ele mesmo que tenho que conviver. Passei no stand da gráfica Manibu – imaginando em ver o velho amigo Afrânio – acrescentei no meu balaio o livro “Trovaborratela de Natal” – fui quem fez a caricatura do Pedro Grilo que ilustra a capa – querendo uma dedicatória, como Adélia Costa não estava deixei lá, se por ventura ela aparecesse pudesse autografar. Com Maria me puxando pela mão, saí a cata de Adélia, qual o quê? Só a conheço no oitão virtual, certamente, devo ter passado por ela algumas centenas de vezes em diversas ocasiões, Maria dizia aquela senhora ali parece demais com ela, mas aí a dúvida se aprofundava, pois o parece é apenas uma imitação, nunca o original, andei mais uns quilômetros, perdi algumas calorias, de volta à gráfica, peguei meu livro e vim pra casa lê-lo, limpo, sem autografo.
autografo.
Adélia, no próximo vou me encher de disposição e vou ao lançamento, e ter o prazer de vê-la ao vivo e a cores.
Brito e Silva – Cartunista