Respeito

 

Ora, meu senhor tenha senso! Disse uma senhora para um “cidadão de bem” que resmungava na fila do pão, do Nordestão.

– Cale-se velha coroca! Balbuciou baixinho o rapaz, mas com nítida intensão de ser ouvido, foi!

– Respeite à senhora seu viado – retrucou outro, lá pelo meio da fila.

– Me respeite, fresco é você, negro fedorento. Devolveu.

– Olhe quem pede respeito, um marginal, tatuado desse jeito. Penetrou na arenga uma mocinha que acompanhava uma cadeirante.

– Ora, respeite. Vá cuidar dessa aleijada. Berrou um ofendido.

– Mais respeito seus pecadores, vocês todos vão para o inferno!

– Respeito? Lá vem uma evangélica! Falou uma católica, debulhando um terço, rezando o Pai Nosso.

– Respeite a religião alheia. Sua flamenguista…

– Respeite, o gosto dela abcdista d’uma figa. Berrou um “caba” de camiseta do América. O alvinegro não se fez de rogado, “matou no peito e chutou com os dois pés”.

– Ô povo sem respeito. Só podem ser eleitores do PSDB! Murmurou uma mocinha cheia de balangandãs e uma boina vermelha sobre a cabeça com a figura do Che e uma camiseta preta com grafismo do Trump, já bem próxima ao açougue.

Sai de fininho, antes que descobrissem que carrego duas estrelas no lado esquerdo do peito.

Por favor! Não me perguntem o final desta pendenga. Mas, adianto: logo depois, daqui de casa, ouvi o som de sirene, não sei ao certo, se era de ambulância ou viatura policial. Ouvi tanto “respeito”, qualquer final é plausível.

Desarmamento

Enquanto isso, o ex-presidente do TJ/RN, o desembargador Cláudio Santos sugere a população ir às ruas exigir a revogação da Lei do Desarmamento.

Para obterem votos, muitos políticos de carreira ou os novos postulantes a cargos eletivos, utilizam estratégias de apelo coletivo fácil: entregar armas ao cidadão de bem, criando uma falsa sensação de segurança, ao invés de lápis e cadernos…

Analfabetismo

O Governo do golpista, michel temer, reduziu a verba para alfabetização de adultos.

 

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