O voto: arma perigosa

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Após, o rio de lama que desceu à ribanceira e as novas enxurradas que virão, ainda iremos continuar a sofrer a força das oligarquias Brasil a dentro, poucas mudanças ou quase nenhuma – se o povo assim o quiser-. Aqui, na aldeia potiguar não é diferente, o silêncio é mortal em relação aos políticos e suas lideranças estarem envolvidos em malfeitos ou com problemas com a justiça eleitoral ou criminal, ninguém fala nada. Blogs, jornais, tvs, redes sociais não digitam um caractere se quer, uma vez ou outra um desavisado tenta romper o lacre da fossa, logo é bombardeado por comentários poucos democráticos.

As oligarquias da taba, já são senhoras sexagenárias, tem a malícia e prática dos anos a seu favor, ela compila votos como quem apanha algodão, com a mão suave, deixou para trás o velho cabresto e o chicote, hoje é mais sútil: ela compra os meios de comunicação de porteira fechada, isto é, com tudo que há dentro, quando não trocam suas concessões por negócios inconfessáveis. Porém, a Lava-Jato, Ministério Público, Polícia Federal e Justiça Eleitoral vieram para desnudar esta velha e assanhada persona, expondo sua verdadeira face, aquela que víamos era um disfarce, uma máscara como a do Rei Balduíno IV, de Jerusalém.

As velhas oligarquias estão de joelhos, revelou-se seu macróbio corpo pelancudo, carcomido, decrépito e sujo de sangue das almas que morrem nos corredores dos hospitais e postos de saúde, das crianças que perecem por falta de leitos neonatal, da falta de segurança. A velha está frágil, é verdade, mas não está morta e, portanto, pode ressurgir vigorosa e gerar outra para ocupar seu lugar preservando sua linhagem. Entretanto, um simples ato pode desencadear sua extinção ou uma baixa significativa que a deixaria estéril: o voto! A velha senhora alimenta-se de voto, corte este suprimento e ela morrerá de inanição.

O voto, esta arma perigosa é mortal contra político corruptos e oligarquias putrefatas.

 

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