Inveja do Ceará

Rio Grande do Norte, pobre RN, enquanto o Ceará, o governo do PT, claro, com ajuda de todos os outros anteriores, torna projetos com assinatura de Estado e não de governo, nós rezamos a Tupã.

Aqui ficamos na pequinês, na parte mais baixa, arando a grama que as oligarquias pisam. Por pura indolência, conivência, conveniência ou medo de jogar “lama” nos brasões das famílias que há mais de meio século dominam a política potiguar e inegavelmente, são responsáveis diretas pelo caos instalado, pelo abandono em que está relegado os potiguares.

Quando o Ceará recebe viaturas para Polícia Militar, nós, recebemos 2000 soldados da Força Nacional, que nada mais é que um paliativo, pois quando forem embora, se restabelece o status quo. Sem, citar que nossos policiais vão às ruas em viaturas com pneus carecas, coletes vencidos, balas “chocas” e agora, salários atrasados, e muitas vezes ficam a pé por falta de gasolina, é uma vergonha? É uma vergonha, sim. A culpa é do incompetente Robinson? Claro, que é. Mas, venha cá e fica aí mesmo. E os outros: Rosalba Ciarlini; Wilma de Faria; Garibaldi Alves Filho; José Agripino; Geraldo Melo também não o são? Certamente que sim.

Entretanto, não tomamos atitude nenhum, a não ser elegê-los sucessivamente. Navegamos em terreno de pantanoso lamaçal e, protozoariamente nos acovardamos, não assumimos nossos erros, não dividimos culpas, a repassamos aos adversários com todas as responsabilidades pretéritas, pois é mais fácil e cômodo.

Se assim continuarmos pensando e agindo, não há dúvidas que permaneceremos no atraso, mendigando favores do Governo Central, seja ele de qual matize for, pois sempre haverá um pequeno político norte-rio-grandense a lambê-lo os pés, com nossa preciosa letargia.

Não quero fazer loas ao governo petista cearense(que merece, ah, isso sim: merece), mas me deu uma inveja danada, quando vi aquele vídeo com o Camilo Santana, todo orgulhoso entregando aquelas viaturas à Polícia Militar do seu estado. Digo sem medo de cometer algum sacrilégio, que o Ceará sempre esteve a anos luz da tribo potigura. E nós, para justificarmos a violência em Mossoró, discutimos que se mata mais hoje, que no período da ditadura militar, isto é, ainda estamos com um pezinho – para ser generoso -, no período paleolítico.

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