Amy Jade Winehouse

Amy Jade Winehouse (Londres, 14 de setembro de 1983 — Ibid., 23 de julho de 2011) foi uma cantora e compositora britânica conhecida por seu poderoso e profundo contralto vocal e por sua mistura eclética de gêneros musicais, incluindo souljazz, R&B e ritmos caribenhos, como o ska. Oriunda de uma família com forte tradição musical ligada ao jazz, Winehouse ingressou na carreira artística ainda na adolescência, apresentando-se em pequenos clubes do gênero em Londres. O talento promissor da garota rapidamente despertou o interesse dos representantes de companhias discográficas e, como consequência, rendeu-lhe a assinatura de um contrato de gravação com a Island Records, em 2002.

A sua estreia no cenário musical britânico ocorreu em 2003, com o álbum Frank, que, embora elogiado pelos críticos musicais, não obteve, inicialmente, boas vendagens. Apenas em 2006, com o lançamento do seu segundo álbum de estúdio, Back to Black, Amy Winehouse ganhou proeminência como uma artista. Back to Black obteve a aclamação dos críticos e, impulsionado pelo êxito de “Rehab”, a canção-assinatura de Winehouse, atingiu recordes de vendas em territórios britânico e americano. O disco foi o mais vendido do mundo em 2007, com seis milhões de cópias comercializadas, e, ao vencer cinco troféus durante a 50.ª edição dos Grammy Awards, em 2008, consagrou a cantora como a britânica mais premiada em apenas uma edição da supracitada premiação. A intérprete trabalhava em seu aguardado terceiro disco de estúdio desde 2008, mas uma trágica sequência de eventos impediu-a de concluí-lo.

Considerada a precursora da Nova Invasão Britânica, Amy Winehouse é referida pelos especialistas como a responsável por desencadear a revolução a que se assistiu na música soul dos anos 2000. A cantora apareceu por dois anos consecutivos, 2006 e 2007, na “Lista dos Mais Populares” da NME, foi eleita a “heroína suprema” dos britânicos pela Sky News, em 2008, com base em uma pesquisa realizada entre pessoas com menos de 25 anos de idade, e, no mesmo ano, foi incluída na lista “Personalidades Mais Influentes da Música”, do periódico The Evening Standard. Em 2009, ocupou a primeira posição entre as cantoras internacionais que mais venderam em território brasileiro no ano anterior, de acordo com a revista Veja, com mais de 500 mil álbuns comercializados, tornando-se um dos recordistas de vendas no país. Apesar de sua curta discografia, Winehouse vendeu mais de 40 milhões de álbuns e singles em todo o mundo. O visual característico da artista, composto por um alto penteado em forma de colmeia e forte sombra negra para olhos, transformou-a em um ícone fashion reconhecido por influentes marcas de moda.

No entanto, apesar de bem-sucedida, a sua carreira foi muitas vezes ofuscada por seus problemas pessoais. O conturbado relacionamento com o ex-assistente de vídeo Blake Fielder-Civil, o seu abuso de substâncias psicoativas e a constante perda de peso tornaram-se assuntos recorrentes nos tabloides e culminaram em seu afastamento da indústria fonográfica em 2008. A cantora realizou uma tentativa fracassada de retornar aos palcos em 2011, ano em que veio a falecer em sua própria residência, em Londres, no dia 23 de julho, aos 27 anos, devido a uma ingestão excessiva de bebidas alcoólicas após um período de abstinência. Após o falecimento da cantora, Back to Black tornou-se o disco mais vendido do século XXI no Reino Unido. Posteriormente, foi lançada a compilação Lioness: Hidden Treasures, que dividiu os críticos musicais e registrou boas vendagens. Em 2012, a cantora entrou para a lista “100 Grandes Mulheres na Música”, do VH1, na 26.ª colocação. Em 2015, foi lançada a cinebiografia Amy: The Girl Behind The Name, que retrata a trajetória de Winehouse e recebeu aclamação dos críticos e atingiu recordes de bilheteria em território britânico.

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